O Casamento escrita por Isis Alanis
Notas iniciais do capítulo
OLHA QUEM VOLTOOOOOOOOOOU! Gente, não morri! hahah é que a vida tá meio complicadinha, sabe? Mas ontem fui na saraiva, li os 3 primeiros caps de A Escolha, e baixei O Guarda e O Principe, e lembrei de o quanto AMO essa trilogia e lembrei de vocês
Acordar com Maxon do lado é sempre maravilhoso. Ao vê-lo dormir, tenho a certeza de que fiz a escolha certa, embora não tenha feito o mesmo com Aspen. Apesar de tudo, o carinho que eu sentia por Aspen, ainda existe, porém guardado a sete chaves, escondido até de mim. Esse carinho... Me leva a preocupação... Onde está ele? O que está fazendo? O que está planejando? Qual o objetivo dele? São tantas perguntas sem resposta e que sei que não há jeito de eu tentar pedir a resposta sem acabar pondo a minha vida em risco.
Após o café, fui me encontrar com a Rainha Amberly para vermos um vestido para a cerimônia de premiação, tanto para mim, quanto para ela. Eu estava muito ansiosa, e embora ela tentasse me acalmar, eu não conseguia. Escolhemos dois vestidos longos, é claro, um verde esmeralda para ela, e para mim um dourado com um tecido meio cintilante por cima, e por mais que pela descrição pareça exagerado, não é. É perfeito!
Depois dessa prova, saindo do SalãoPrincipal, no caminho ao meu quarto com Maxon, me senti enjoada e corri para o banheiro mais próximo, e vomitei todo o meu café da manhã. Dessa vez, me certifiquei de que ninguém havia visto o incidente, afinal, não foi nada demais. Devia ter algo não muito bom no que comi mais cedo. Me limpei, peguei meus intrumentos e comecei a tocar uma melodia antiga, que aprendi com o meu pai quando eu ainda não passava de uma criança. Eu, até agora, nunca havia entendido a letra, mas a vida me mostrou o que ela queria dizer há pouco tempo...
"A cada estrela que brilhar/ Notarás que ela trará/ Um rastro a iluminar/ A cada caminho que a estrela maior tomar/ A sua cauda atrás irá rumar/ Essa é a estrela que jamais voltará/ Um rastro eterno ela deixará"
Parece uma letra boba, de música infantil. Mas eu me vi na estrela, ultimamente. Eu deixei um rastro, nos caminhos que tomei, nem sempre bons, e nem sempre ruins, mas todos sem volta. Mexi na vida de muita gente, e muita gente mexeu na minha. Essas estrelas não vão voltar, mas o rastro delas em mim, vai se apagar.
Porém, o rei atrapalhou meus devaneios e as minhas metáforas.
– Bonita música, America!
– Obrigada, Rei Clarkson. - Respondi, fingindo estar tranquila. Nunca fico calma na presença dele.
– Amberly me disse que você ficou deslumbrante no vestido escolhido.
– Ah, foi gentileza da parte dela. Ela que estava perfeita!
– Uhum, com certeza. Minha esposa sempre foi linda, inteligente, me apoiou em todos os momentos e é uma mãe para todo o povo de Illéa. Algo que na minha opinião você jamais será. Principalmente depois de sugerir a extinção das castas que é um bem maior para todos os moradores deste país!
– Sinto discordar, mas eu tenho certeza que vou ser tão boa quanto. Maxon confia em mim pra isso, e eu vou procurar não deixar atender as expectativas dele. Quanto a questão das castas, o senhor nunca vai mudar minha opinião. Os Estados Unidos funcionaram bem por centenas de anos e as castas não existiam. Foi a maior potência do mundo por décadas.
– É? E o que aconteceu com ele? Faliu, não é mesmo?
– E se continuarmos assim, vamos no mesmo ritmo. A maioria das pessoas está descontente e revoltada, se o senhor punir a todos por isso, vai ter um país de pessoas do Oito, e então me diga... Como vai sustentar a economia?
– Sua menina insolente! Você vai ver... Vou tirar você daqui muito antes do que imagina!
– PAI?! PARE DE FALAR ASSIM COM A AMERICA AGORA! - Maxon chegou de repente, e essa frase soou como se ele tivesse reunido toda a coragem dele e a autoridade.
O Rei deu um tapa na dele com força.
– Isso é pra você aprender a fazer suas escolhas melhor.
Ele deu outro tapa com mais força do que no primeiro, tanto que Maxon caiu.
– E isso é pra você aprender a parar de proteger uma traidora como ela.
Assim que o Rei saiu, me apressei pra cuidar de Maxon. Fiz tudo o que podia fazer, mas antes que ele pudesse me dizer alguma coisa, eu corri.
Corri como jamais corri em toda a minha vida. Corri como se eu estivesse indo salvar alguém da minha família. Corri como se eu tivesse que salvar a mim mesma.
O problema daqui é que não tem para onde correr. Fui para o jardim e ainda assim me senti presa, me senti perseguida, me senti insegura. Resolvi pegar então o caminho para o único lugar onde eu consegui me sentir segura. O meu quarto da época da Seleção.
Quando entrei, Maxon já estava lá. Ele já sabia que eu iria pra lá.
– Meri, deixa eu falar...
– NÃO, MAXON! NÃO QUERO ESCUTAR! ELE FAZ O QUE QUER DE VOCÊ E FALA O QUE QUER DE MIM, E NÃO HÁ UM QUE POSSA FAZÊ-LO NOTAR O QUANTO ISSO ESTÁ ERRADO! - Explodi. Acho que até o pessoal da Carolina pode me ouvir.
Eu abri a porta pra escolher outro esconderijo mas não consegui sair. Devia haver meia dúzia de guardas na porta. Se vieram curiosos ou se Maxon os mandou vir, eu não sei.
– America, vem cá... - Maxon tentou me abraçar.
– NÃO, MAXON! NÃO QUERO ABRAÇO, NÃO QUERO CARINHO! EU NÃO QUERO MAIS FICAR AQUI! TER QUE OUVIR SEU PAI DIZER COISAS HORRÍVEIS PRA MIM, BATER EM VOCÊ E SAIR NUMA BOA NÃO É PRA MIM! EU NÃO NASCI PRA ISSO.
– Está bem. Arrumarei uma carruagem para nós.
Eu fiquei boba com ele ainda querer ir comigo.
– Nós?
– Nós.
– Mas?
– Você acha que eu gosto disso America? Eu amo você e me amo também. Amo também o meu pai, mas isso tem que dar um basta. Vamos arrumar outro lugar para ficar. Onde você quer ir?
– Eu quero que busquemos minha família e depois podemos ir para um lugar na antiga America do Sul. O nome é Tupibrasil. Antes, era só Brasil.
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Então é isso, suas lindas! Obrigada