O Casamento escrita por Isis Alanis


Capítulo 2
Mais que explicações...


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pelo capítulo de ontem ter sido sem graça, e tals... Não tive tempo de terminar porque de domingo à quinta a minha mãe desliga meu wifi entre 22 e 23 horas, então deu a hora e tive que sair. Me desculpem, vou postar o máximo que eu puder!



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– E se tivesse ocorrido um ataque, America? Você imagina como eu me senti pensando que eu poderia te perder agora? Como eu me senti passando a madrugada inteira na porta do seu quarto? Como eu me senti passando a minha primeira noite de casado ficando separado de você sem ao menos saber o porquê?

Após eu e May chegarmos ao jardim, eu fiz a costumeira reverência ao rei e a rainha e beijei Maxon que estava me encarando desde a hora que apareci por lá. Eu o ignorei e fui comer, estava realmente faminta e como sempre, a comida estava espetacular.

Enquanto comia, fui conversar com a minha família. Eles me conheciam, me fizeram rir, me distraíram e nem fizeram menção ao fato de ter sumido no final da festa de ontem a noite, mas eu sabia que mais cedo ou mais tarde eles iriam querer saber o motivo pra tanto.

Uma hora depois, senti Maxon, por a mão no meu ombro. Eu pedi licença a minha família e me retirei da mesa, pegando meu prato. Dei um sorriso a Maxon e fui pegar mais um pedaço daquela torta de morango que eu gostei tanto, mas Maxon não saiu do meu lado, e quando o olhei, mexeu na sua orelha, gesto para me dizer que quer conversar comigo, sorriu e segurou a minha mão, me convidando para um passeio. Deixei meu prato para lá, dei o melhor sorriso que pude e segui caminhando com ele, imaginando aonde isso tudo iria chegar.

Não é preciso dizer que após levar broncas sobre o meu comportamento eu já era só lágrimas e soluços, e sem poder fugir, já que ele estava na minha frente me segurando com força, mas sem me machucar, tudo o que eu conseguia fazer para colaborar era ouvir e tentar não deixar entrar por um ouvido e sair pelo outro.

– Você não pode fugir assim sempre que... que... eu nem sei o que te aconteceu! Mas você em breve será a rainha, e vai ter que aguentar tudo forte. Se você fugir e sumir, o que você acha que eles farão? Eles vão sentir o que eu senti ontem! Eu estava completamente perdido! America, você está prestando atenção?

Somente assenti lentamente com a cabeça.

É claro que depois de A Seleção e de todo esse tempo comigo, Maxon já havia se acostumado com choros femininos, mas jamais se acostumou com as minhas fugidas. Eu apenas ainda não aprendi a lidar com certas coisas, certas coisas que nem sei se posso contar pra ele.

Depois de um silêncio quase fatal, quando estava parando de soluçar, abaixei a cabeça e sussurrei:

– Eu imagino e eu sei de tudo disso. Estou perdida também, não sei como agir, o que fazer para ser a princesa de vocês. Eu, sempre forte e teimosa, estou me submetendo a isso tudo por sua causa. Eu amo você e sinto muito por tudo isso.

Ele começou a sussurrar também.

– Então me ajude a te ajudar, agora me sinto impotente. Querida, eu posso te proteger de quase tudo, exceto você mesma. Me diga, America! Me diga! O que houve?

De repente começou tudo outra vez. Estouros, gritos e desespero. Minha família. Maxon me olhou assustado, e eu o olhei pedindo para que me soltasse que foi o que aconteceu em seguida. Ele só não soltou minha mão. Corremos até onde todos estavam, e só haviam guardas.

– Senhores, eles já entraram, vão também, por favor!

Entramos e eu comecei a os procurar, pedi silêncio a Maxon, procurando algum som e não percebi nada. Um outro estrondo aconteceu e novos gritos, gritos que provavelmente eram da May. Acreditei nisso e comecei a correr com Maxon logo atrás de mim. Maxon me alertou de que eles haviam entrado no castelo, mas tudo o que eu pensava em fazer era correr atrás de onde estava vindo o grito.

Quando cheguei, parei de imediato, Maxon quase que me atropelou. Ao chão, estava Marlee. Imóvel. E senti novamente as lágrimas banharem meu rosto. Marlee estava morta? Não sei, quando eu ia verificar, Maxon apontou para a extremidade do corredor. Rebeldes. Nortistas? Sulistas?

– Maxon! Me ajude, temos que ser rápidos! Pegue a Marlee no colo!

Quando ele já estava a segurando, era quase tarde demais, eles estavam perto demais. E eu o vi. Meu coração parou de bater instantaneamente. Maxon percebeu, e me chamou, gritou, correu até os guardas que estavam vindo ao nosso encontro, entregou Marlee a um deles e me colocou no colo. Eu mal conseguia respirar. Mas senti. Senti o cheiro de sangue. De quem era? Dele? De Marlee?

Chegando ao abrigo, eu me atraquei a ele, e como não disse nada, ele também não o fez. Ele sempre soube quando ficar quieto. Era Aspen. Eu tinha visto Aspen dentro do castelo, e ele era um rebelde. Provavelmente, o chefe deles. Estou acabada, derrotada. O que havia levado ele a isso? Ódio e inveja de Maxon? Ele não pensou em mim? Em tudo que nós fomos e talvez sejamos um pro outro?

Quando foi anunciado o casamento, Maxon o mandou para casa, e eu o entendo. Aspen não entendeu. Eu pedi para falar com ele, antes que ele fosse embora e vi no olhar dele a raiva. Só a raiva. Ele fingia ternura pra mim, me abraçou e disse que ia me amar pra sempre, então... saiu.

Levei um susto quando Maxon se moveu, e percebi que Marlee não estava conosco. E perguntei por ela.

– Marlee?

Então, eu senti uma dor no coração. Mas já não conseguia mais chorar. Será que minha melhor amiga estava morta? Ela que me apoiou tanto desde A Seleção, ela que sofreu tanto injustamente... O que será que aconteceu? Tomara que esteja tudo bem. Finalmente olho para Maxon para ter alguma resposta.

Ele balançou a cabeça em sinal negativo e eu percebi que estava chorando. O resto do meu coração que estava inteiro, se partiu e eu voltei a chorar, me senti como ele havia dito que se sentiu mais cedo. Impotente e desolada. Mas eu chorava o encarando, e então ele percebeu que eu estava chorando por ele, e me abraçou.

Eu o beijei. Foi molhado, também por causa das lágrimas, e apaixonado. Meus lábios refletiam meu interior, eu estava desesperada por ele, mas sua língua acariciava a minha com calma, e eu sentia cada vez mais o meu corpo esquentar e sempre que ele me dava selinhos para tentar parar, eu o puxava de volta. Eu queria mais, queria ficar com ele pra sempre porque eu pude, ali, esquecer de tudo. Eu o desejava muito naquele momento e a cada beijo me sentia mais quente e apaixonada, e sentia que ele também estava assim. Eu estava pronta pra ele, e ele pra mim. Então, quando paramos, eu o olhei profundamente e afirmei:

– Nós estamos casados.


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