Mary continuava jogada no final da escada. Quinn e Brittany estavam assustadas, Tina e Mercedes apavoradas. Santana filmava tudo pelo celular, e Rachel estava em choque.

–O que houve?- gritou uma mulher loira, com pele clara, muito bonita. Ela deveria ter uns trinta e alguma coisa.- Minha filha! O houve com você?- ela correu pra perto da menina.

–Eu cai mãe.

–Sozinha?

–Eu escorreguei.- ela disse olhando friamente para Rachel. -Sozinha.

–John!- ela gritou. -Leve essas meninas pra casa e eu levo a Mary. E aproveita e pega o Jesse na casa da sua irmã.

–Querida, não vai caber todo mundo no carro.- disse um homem, atrás de Rachel. Ele era moreno e muito bonito.

–Eu vou pro hospital com vocês.- disse Rachel.

–Eu também. -falaram Santana e Quinn ao mesmo tempo.

–Então entrem no carro!

...

Rachel estava sentada a meia hora da entrada do hospital ao lado de Quinn e Santana.

–Podia ser pior...- disse Santana. -Ela podia não ter...

–Cala a boca Santana! Deus me livre!- disse Quinn. -Meus pais tao vindo me buscar.

–Os meus também.

–Os meus não vão poder vir. Estão no cinema, e desligaram o celular.- disse Rachel.

–Quer carona?

–Obrigada, Quinn, mas o Finn está vindo.

–Oi. -disse Mary, andando no corredor com o braço enfaixado.

–Como você está?- perguntou Quinn.

–Torci o braço e ralei o joelho e as costas. Nada de mais.

–Eu disse. Podia ter sido pior...

–Podia mesmo. Minha mãe está resolvendo algumas coisas com o medico. Não posso fazer o musical.

–Pera! O Puck acabou de me mandar uma mensagem dizendo que o musical foi transferido pra quarta que vem!- disse Santana mexendo no celular.

–Pode esquecer. Preciso de duas semanas de repouso.

–Mary... -começou Rachel.- Você tem um irmão chamado Jesse?

–Não, por que?

–Porque a sua mãe estava falando que precisava buscar o Jesse...

–Meu primo? Ah... Minha tia vai viajar, e como o Bruno ta num acampamento, o Jesse vai ficar lá em casa.

–E por acaso o nome dele é Jesse St. James?

–Não. É Jesse James Klark.

–Nossa Rachel... -disse Santana. -Você empurra a garota da escada, ela te salva das garras da mãe dela e você nem agradeceu e já vai perguntando da vida pessoal da garota! Que sem noção...

Rachel corou.

–Desculpa, Mary.

–Tudo bem, Rachel.

–Oi. Como você está?- perguntou Finn pra Rachel entrando no hospital.

–Ela ta bem. Quem se machucou foi a Mary.- disse Santana.

–Mary? Nossa! Você torceu o braço? O que houve?

–Ela caiu. -disse Santana. -Na verdade, sua namorada empurrou ela, e a Mary disse que ela caiu sozinha pra salvar a pele da nossa amada Berry.

–É verdade, Mary?

–Sim...

–Pode ver.- disse Santana mostrando o celular.

–Mas, por que você fez isso, Rachel?

–Nós brigamos, e começamos a...

–Mary, você ta bem?- disse Finn ignorando totalmente Rachel.

–Estou sim.

–Meu pai chegou. -disse Quinn olhando pra janela.

–O meu também. -falou Santana. -Melhoras.

–Tchau, fica bem, Mary. -falou Quinn. As duas saíram juntas.

–Você está com sede, Mary?- perguntou Finn olhando pra Mary.

–Estou sim.

–Vou comprar alguma bebida pra nós dois.- Finn se levantou.

–Eu também quero.- disse Rachel.

–Eu só tenho dinheiro pra duas.

–Toma aqui. -Mary falou entregando umas moedas que estavam no seu bolso.

Finn sorriu e saiu.

–Obrigada por tudo Mary. Eu...

–Cala a boca, Rachel! Você é mesmo muito burra em pensar que eu estou fazendo isso por você.

–Como assim?

–Agora você não passa da menina que me empurrou da escada. Ate o Finn ta falando mais comigo do que com você.

–Mas é porque você ta machucada.

–E você acha mesmo que foi você que fez isso aqui?-Mary mostrou o braço.

–Mas...

–Você não me empurrou, so tocou em mim e eu me joguei. Se você vir o vídeo, vai parecer que foi você.

–Eu não acredito...

–Era so uma mensagem, Rachel.

Ela ia falar alguma coisa, quando Finn chegou com as bebidas.

–Vamos pra casa. -disse Rachel angustiada.

–Vamos ficar mais um pouco.- falou Finn olhando pra Mary.

–Pode ficar, eu pego um Taxi. Eu tenho dinheiro.

–Então nos vemos amanha. -disse Finn.

Rachel ficou em pê, de queixo caído olhando pra ele, que continuava encarando Mary.

–Finn, vem aqui rapidinho!

Ele saiu com Rachel pro lado de fora do hospital.

–Ela ta fingindo!

–Claro que não! Você viu o braço dela?

–Finn! Acredita em mim!

–Rachel, você ta com ciúmes?

–Claro que não! Agora vamos embora.

–Não. Eu to cansado das suas ordens. Você sempre manda em mim quando estamos juntos. Vamos dar um tempo. É melhor assim.

–Finn...

–Adeus, Rachel.- Rachel saiu correndo pela rua escura. Ela começou a chorar, e se sentou num banco, numa esquina, que Finn não conseguia ver. Ela pegou o celular e ficou admirando o plano de fundo. Era uma foto dos dois juntinhos. De repente, ela começou a cantar, e guardou o celular e ainda cantando, foi andando pela rua. Ela o amava, mas sabia que o melhor a fazer era esquece-lo, por mais que fosse impossível.

Guess mine is not the first heart broken.
My eyes are not the first to cry.
I'm not the first to know
there's just no getting over you.

I know I'm just a fool who's willin'
to sit around and wait for you.
But, baby, can't you see
there's nothin' else for me to do?

I'm hopelessly devoted to you.

But now
there's no where to hide
since you pushed my love aside.
I'm out of my head,
hopelessly devoted to you,
hopelessly devoted to you,
hopelessly devoted to you.

My head is sayin', "Fool, forget him."
My heart is sayin' "Don't let go.
Hold on to the end."
And that's what I intend to do.

I'm hopelessly devoted to you.

But now
there's no where to hide
since you pushed my love aside.
I'm out of my head,
hopelessly devoted to you,
hopelessly devoted to you,
hopelessly devoted to you.