Era apenas uma turnê... escrita por Lena Potter Howe


Capítulo 3
Aceito


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas. Quantos comentários *u* O capitulo está um pouco parado, mas não ficará assim para sempre ok? Espero que gostem :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/471638/chapter/3

POV Ally

No mesmo dia Trish, Dez e eu encontramos Carter para falar sobre a proposta. Nós quatro sentamos em um banco do lado de fora da universidade e eu despejei nele tudo que minha professora havia falado. Ele escutou tudo compreensivo e surpreso. Dez e Trish acrescentaram algumas coisas, mas me deixaram contar tudo. Quando terminei fitei Carter seriamente.

– Um documentário de uma turnê? – Ele perguntou incrédulo e eu assenti – Isso parece ser bem sério, mas nós temos que conversar com o empresário desse cantor. Além disso, é uma grande responsabilidade sobre vocês. Por outro lado é muito bom para cada um de vocês. Afinal, fazer parte da produção de uma turnê ainda na faculdade dão muitos créditos a vocês – Ele falou pensativo.

– Eu também pensei assim. Ela falou que esse trabalho garante nosso ano – Falei nervosa.

– Vamos fazer assim, vou à reunião amanha com vocês e dependendo da proposta decidimos – Falou pegando minha mão.

– Carter se eles concordarem em alguém ir conosco você aceitaria? – Trish perguntou cautelosa.

– É obvio. Apenas tenho que saber sobre como ficaria meu ano. Uma turnê pode durar até um ano – Ele falou dando ombros.

– Obrigada – Falei abraçando-o.

– Sem problemas, garotinha – Ele falou rindo. Este é meu outro apelido – Parabéns alunos prodígios – Parabenizou batendo nas costas de Dez.

– Obrigada. Sei que mereço – O ruivo falou se curvando. Ri e bati em sua cabeça.

– Convencido – Falei rindo.

Depois dessa cena carinho nós quatro fomos almoçar. Depois cada um foi para suas obrigações. Carter estava trabalhando em um projeto. Dez estava gravando vídeos pela universidade. Trish estava em seu estágio. E eu estava no campo da universidade esperando Carter. Na maioria das vezes eu ia a pé, ou ia junto com Carter em seu carro. Nada muito luxuoso.

Na maioria das vezes acabava aceitando a segunda opção para ter mais tempo aqui no campus. Na frente da universidade havia um gramado bem grande apenas para os universitários. Hoje tinha várias pessoas aproveitando o sol que estava ou simplesmente estudando, assim como eu. Senti um pouco afastada e puxei minha bolsa.

Tirei um livro de poesia, meu celular, livro de ciências. Eu estudava biologia em meu tempo livro, meu outro sonho é ser médica. Ajudar as pessoas. Mas, acebei optando por musica que é minha paixão. Talvez quando eu terminar eu comece outro curso. Não tenho certeza.

Fiquei a tarde toda concentrada nos livros e ouvindo música. Apenas um dia normal, a não ser por uma proposta.

*********************

Levantei assustada e com a respiração pesada. Minha cama toda estava vibrando. Revirei os olhos ao ver meu celular. Olhei na tela. Era apenas sete da manhã, em uma quinta feira. E era minha mãe que ligava. Respirei fundo e aceitei a ligação.

*ligação.

– Oi mãe – Falei sonolenta.

– Allyson espero que você não esteja dormindo – Soltei a respiração lentamente.

– Agora não, mãe.

– Liguei para saber de uma coisa. Sua professora me ligou. É verdade sobre o documentário? – Arregalei os olhos.

– Sim, mãe.

– Parabéns, filha. É uma ótima oportunidade.

– Mesmo? – Perguntei desconfiada.

– Claro. Sua professora me explicou sobre o quanto é importante para você - Sim, muito importante.

– Obrigada, mãe. Agora tenho que ir para a universidade. Falo com você depois da reunião.

– Beijos, filha.

*

Desliguei rapidamente e me joguei na cama. Não deu nem um segundo e eu ouvi a voz de Carter.

– Ally se arrume logo – Gritou provavelmente de seu quarto. Levantei um pouco tonta e atravessei meu quarto.

O quarto não é muito grande. Tem apenas minha cama de solteiro, um guarda roupa, uma cômoda e o banheiro. Nada muito decorado. No apartamento tem apenas dois quartos, um meu e um do Carter. Os dois têm banheiros. O que é muito bom. Entrei no banheiro e me deparei com minha cara morta.

O banheiro é pequeno, mas eu não reclamo. Afinal, é só meu. Sempre o deixo organizado, diferente de Carter. Tirei meu pijama de ursos rapidamente e me enfiei debaixo do chuveiro. Tomei um banho rápido, pois já podia ouvir os gritos de Carter.

Saí do banheiro enrolada em uma toalha roxa e fui até meu guarda roupa. Tirei uma calça jeans escura e uma camiseta branca caída em um ombro. Prendi meu cabelo em um rabo e saí do quarto ainda descalço.

Fui até a cozinha e vi Carter colocando algumas coisas na pequena mesa. Nossa cozinha tinha as coisas básicas: fogão, pia, micro-ondas, geladeira e um armário. No meio dela tem uma mesa não muito grande. Nós temos um acordo que é: cada dia um cozinha. Então tem que fazer a comida do dia inteiro sendo, café da manha e jantar.

Sentei-me à mesa e peguei uma maça. Observei Carter. Ele estava apenas com uma calça jeans, sem camisa. Qualquer menina em meu lugar estaria babando. Ele é meio bronzeado, o motivo eu não sei, já que não vamos à praia. E também tem muitos músculos, outro motivo qual eu desconheço. Seus cabelos castanhos estavam um pouco grande já. Todo bagunçado já que ele não tinha a mínima preocupação de passar ao menos a mão nos cabelos. Seus olhos eram castanhos iguais os meu. Somos bem parecidos, constatei.

– Sua panqueca, minha panqueca – Falou colocando dois pratos. Colocou também dois copos e um caixa de suco – Panquecas para o jantar também – Falou rindo.

– Como fez isso tão rápido? – Perguntei confusa e peguei o garfo que ele me estendia.

– Deixei tudo preparado ontem – Falou sorrindo.

– Ah – Peguei um pedaço de panqueca. Estava realmente muito bom – Mamãe ligou – Falei abrindo o suco.

– Sobre a turnê? – Perguntou curioso.

– Sim. Vou ligar para ela após nossa conversa com a professora – Falei.

– Vamos conversar com ela assim que chegarmos tá? – Perguntou comendo o ultimo pedaço de sua panqueca. Como ele comia tão rápido?

– Tá – Falei e terminei de comer.

– Guarde o suco, vou terminar de me arrumar. E não demore – Falou já no corredor.

Respirei fundo e massageei meu pescoço. Estava tão cansada e nem tinha começado o ano direito. Joguei a louça na pia rapidamente na pia e enchi um copo com suco. Guardei o suco na geladeira e peguei copo indo para meu quarto em seguida.

Coloquei meu tênis velho rapidamente enquanto bebia o suco. Bebi o resto do suco em um gole e escovei os dentes.

– Ally – Carter gritou. Vi meu reflexo rapidamente e corri até meu quarto. Joguei algumas coisas em minha bolsa e peguei o copo vazio. Andei rapidamente até a cozinha e vi Carter já na sala.

– Já estou indo. Pegou seu caderno preto? – Gritei colocando o copo na pia. Escutei um xingamento e Carter passou rapidamente indo para seu quarto.

Nós conhecíamos todas as matérias um do outro, assim fica mais fácil. Afinal, Carter sempre esquece algo. Fui até a sala e peguei uma almofada caída no chão. Nosso apartamento era mais ou menos assim: O primeiro cômodo é a sala. Tem dois sofás e na frente tem um arque com a TV. Apenas nas férias víamos TV já que não temos muito tempo.

Ao lado da sala tem a cozinha. Entre elas tem apenas uma parede baixa. Ela funciona como uma bancada, pois é grande e acaba no meio. Ao lado tem um corredor largo. Nesse corredor tem apenas a porta de nossos quartos virando um para o outro. O apartamento é pequeno assim, pois é justamente feito para apenas duas pessoas universitárias, pois fica perto do lugar.

– Valeu – Carter falou aparecendo na sala.

– De nada, agora vamos – Falei e saí do apartamento. Carter fez o mesmo e trancou a porta. Ao mesmo tempo a porta em frente a nossa se abriu. Era nosso vizinho.

A maioria dos apartamentos eram iguais o nosso. Na única vez que conversei com ele, me contou que estudava no mesmo lugar. Mas, não tivemos mais tempo para conversar então não nos conhecíamos muito. Ele apenas acenou e foi para as escadas. Nosso prédio tem oito andares e nós moramos no sexto. Como sempre estamos atrasados usamos o elevador. Assim como hoje.

Entramos no elevador e pouco depois saímos dele. Passamos pelo porteiro que sorriu para nós. Fomos até o estacionamento e eu entrei no passageiro. Raramente Carter me deixava dirigir, mesmo eu sabendo.

Liguei a música enquanto ele saia do estacionamento. Começou a tocar Katy Perry. Vi Carter revirar os olhos. Ele sabe o quanto eu a adoro. Quando a música começou, cantei junto. Carter teve seu show particular e quando terminei eu me abaixei agradecendo e rindo. A próxima musica me fez congelar. Austin Moon.

– Esse é o... – Carter não precisou terminar de falar.

– Sim – Cortei-o. Concentrei-me na musica e Carter ficou em silencio.

Eu tinha que admitir que o cara é bom. Sua voz perfeita fez arrepios se espalharem por mim. Quando a música acabou tive vontade de gritar “NÃO”. A letra da música era linda mesmo não sabendo se ele mesmo compôs.

– O cara é bom – Murmurei e vi Carter sorrir.

– A grande Ally Dawson está admitindo que alguém é bom? – Ele debochou estacionando já na universidade.

– Bobo – Bati em sua cabeça e depois saí do carro.

– Vamos lá – Carter falou saindo do carro. Acenei concordando nervosamente.

– Acho que Trish e Dez já estão lá – Falei enquanto andávamos. Carter apenas assentiu e sorriu me tranquilizando.

Subimos as escadas em silêncio e fomos até a conhecida sala. A porta estava aberta, mas paramos antes de entrar. Carter me olhou questionador e eu sorri fazendo uma careta. Ele riu e nós entramos na sala. Minha professora estava sentada em sua mesa. Dez e Trish estavam sentados na frente dela.

– Ah, que bom que chegaram – A Sra. Sever exclamou. Eu apenas sorri minimamente e peguei uma cadeira. Carter e eu sentamos do lado de Trish. Ela virou para mim fazendo uma careta, que passou despercebida pela professora.

– Acho que podemos começar – Carter falou seriamente.

– Sim – A professora sorriu e ficou séria novamente - Acabei de receber uma ligação do Sr. Starr, empresário de Austin Moon. Ele informou que está tudo certo para vocês. Os contratos já foram feitos e assinados, faltam apenas vocês. Será feito assim: Dez você ficará com uma câmera o tempo todo, não muito diferente do que faz todos os dias – Ela falou encarando sua câmera. Dez sorriu e deu ombros – Trish ficará com a parte de apresentações e explicações durante o documentário. E você Ally... – Ela falou apontando para mim – Será a pessoa que vai interagir com Austin. Ficará com ele o tempo todo, vai conversar com ele, ajuda-lo... – Terminou sorrindo. Fiz uma careta imaginando.

– Vou ser tipo uma psicóloga/babá? – Perguntei confusa.

– Se você entende desse jeito – Ela sorriu. Já disse que ela não costuma sorrir?

– E quanto aos créditos para os três? – Carter perguntou interessado.

– Vão receber todo o crédito que merecem. Os três vão fazer maior parte. Ally vai ser a “diretora”. O que ela quiser gravar o que não quiser gravar é por sua responsabilidade. Vai ser feito a escolha de imagens obviamente, mas os três vão fazer parte da escolha e da edição – Ela falou orgulhosa. Eu estava começando a gostar disso.

– E quanto ao nosso ano? – Trish perguntou preocupada.

– Os três irão fazer uma prova no final do ano, que decidirá se passam de ano. Mas, o documentário irá garantir seus anos. O que não foi aprendido durante esses anos está no próximo – Ela falou atenciosamente.

– Carter irá conosco? – Perguntei ansiosa.

– Os três já são considerados maiores de idade. Entretanto, seria irresponsabilidade deixá-los ir sem alguém de confiança. Portanto, Carter poderá ir. Se prometer se responsável – Ela o olhou como se desconfiasse.

– Vou ser – Ele falou quase verdadeiramente, se eu não o conhecesse iria acreditar – Mas, e quanto ao meu ano? – Ele perguntou preocupado.

– Também decidi sobre isso. Seus projetos irão continuar. Você irá termina-los quando voltar. E como sabemos suas notas e sua capacidade você também irá fazer uma prova no final do ano – Ela explicou e Carter assentiu pensativo - Tudo bem. E então? Vocês aceitam? – Ela perguntou esperançosa.

– Sim – Dez falou.

– Eu também – Trish falou logo depois. Todos me olharam em expectativa. Oh, eu deveria aceitar não é?

– Hm... Aceito – Falei rapidamente. Eu me sentia em um casamento. Algo que mudaria minha vida.

– Ah, que bom – Sra. Sever gritou alegre – Aqui está o contrato – Ela falou passando varias folhas para nós – Há vários termos para assinarem. Alguns de sigilo, do próprio cantor. Se quiserem analisar o contrato, antes. Mas, não podem demorar muito – Ela acrescentou praticamente pulando de alegria.

– Nós podemos analisar um pouco? Eu tenho que sair um pouco, mas hoje mesmo voltamos aqui – Carter pediu encarando as folhas.

– Claro. Vou esperar vocês – Ela concordou.

– Sra. Sever quanto tempo será de turnê? – Perguntei receosa.

– Em torno de seis meses. Serão mais ou menos sessenta shows. Uma turnê não muito grande – Ela falou um pouco decepcionada. Isso é grande o bastante para mim. Minha boca se abriu e meus olhos se arregalaram. Eu iria participar disso?

– Obrigada – murmurei nervosa.

Nós todos nos despedimos da professora e saímos da sala rapidamente. Eu passava a mão em meu cabelo nervosamente.

– Ally, está tudo bem? – Trish me olhou preocupada.

– Sim, mas seis meses? – praticamente gritei.

– Pelo menos não são nove meses ou mais – Dez deu ombros. Carter revirou os olhos e veio até mim. Seu braço estava em meus ombros e ele nos forçou a andar.

– Pense que você vai apenas viajar com seus amigos e irmão, garotinha. Vai ser legal. Vamos conhecer vários lugares, prometo arranjar tempo para sairmos um pouco – Ele falou animado.

– Tá – falei convencida por ele.

– Vou ler o contrato antes da minha aula. Nos vemos no almoço – ele avisou. Assenti e ele beijou minha testa. Revirei os olhos rindo e ele saiu correndo.

– Vocês têm aula agora? – Perguntei para Dez e Trish que andavam ao meu lado.

– Só no segundo horário, mas combinei de gravar uns vídeos – Dez falou animado.

– Como sempre não é? – Trish debochou e Dez mostrou a língua – Sim tenho aula daqui uns... – Ela olhou no relógio e arregalou os olhos – Cinco minutos – Falou surpresa.

– Vai logo Trish – Apressei-a. Ela riu e mandou beijo para mim, logo em seguida saiu correndo.

– Vou para minha sala. Depois nos vemos Dez – Disse e ele concordou – Boa sorte com seus vídeos – Falei sorrindo e depois sai andando para minha sala.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

COMENTEEEM MUITOOOO *u* Já tenho outro capítulos, tenho apenas que revisar ok? então não sei quando vou postar, mesmo assim comenteeem kkk Se não gostarem também falem. Até o próximo :3