Era apenas uma turnê... escrita por Lena Potter Howe


Capítulo 21
Uma garota esperta


Notas iniciais do capítulo

Heeey gente *-* Demorei muito? Espero que não e boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/471638/chapter/21

POV Ally

O segundo mês de shows começou tão rápido quanto o primeiro mês terminou. Fazia um dia que estávamos em St. Louis no estado de Missouri, lugar do primeiro show do segundo mês. Neste primeiro dia nós não fizemos absolutamente nada, apenas descansamos.

Eu agradecia por isso, não estava muito animada para ficar o tempo todo ao lado do Austin, mais do que já passo. Desde que tentamos escrever a música e tivemos aquela discussão, nós não dirigimos uma palavra um ao outro.

Rydel às vezes tocava no assunto, mas ela entendia que não queríamos falar sobre isso. Os outros não falavam nada também, não querendo se envolver.

– Levanta logo. Vamos sair – resmunguei em protesto quando Rydel disse isso. Nós duas estávamos dividindo um quarto. Trish havia escolhido ficar com Emy e Jess. As três estavam bem amigas.

Neste momento eu estava muito confortável debaixo de uma coberta e mexendo no meu celular. Mas, claro que Rydel tinha que me tirar de lá.

– Vamos tomar um café fora deste hotel. Estou cansada de hotéis já – Rydel reclamou e eu ri.

– São cinco meses em hotéis ainda – falei pulando da cama e Rydel choramingou.

– Vou ter que aguentar, mas nós vamos conhecer um pouco dessa cidade – ela avisou e concordei sem reclamar mais.

– Esse “nós” seria quem? – perguntei curiosa.

– Ahn, eu você, Carter e Austin – ela falou rapidamente e eu suspirei – Sei que vocês não estão muito bem um com o outro, mas só temos hoje aqui, então vamos aproveitar, por favor - ela falou fazendo uma careta fofa. Revirei os olhos e assenti em seguida.

– Trish, Dez e os outros não vão? - perguntei confusa.

– Eles escolheram passar o dia aqui – ela deu ombros. Franzi a testa, confusa. Meu palpite era ainda que tinha algo entre Dez e Trish e eles apenas não admitiam.

– Está pronta? – perguntei virando-me para ela.

– Sim, estou apenas te esperando – ela avisou e depois continuou: - Espero que as fãs de Austin não fiquem atrás de nós – ela falou pensativa. Não respondi nada. Por que, na verdade, eu não sabia o que esperar de hoje.

– E onde iremos? – perguntei curiosa. Ela sorriu divertida.

– Quero ver aquele rio imenso primeiro – ela bateu palmas. Fiz uma careta brincando.

Ela falava sobre o rio que cortava a cidade, e que era realmente imenso. Eu sabia poucas coisas sobre a cidade e uma delas era essa. Havia também uma ponte que possibilitava o acesso por lá.

– Tudo bem então – concordei.

Demorei poucos minutos para me vestir. Coloquei uma roupa leve assim como Rydel. Vestia um short jeans claro e uma camiseta branca caída em um ombro. Coloquei uma sapatilha também branca e deixei meu cabelo solto.

– Pronto - falei para Rydel que mexia em seu celular distraidamente.

– Vamos – ela saltou da cama e agarrou minha mão. Ela me arrastou daquele quarto como se garantisse que eu iria mesmo.

– Até que enfim – meu irmão reclamou assim que nos encontrou no saguão. Não o respondi, mas ri quando ele ficou todo bobo perto de Rydel.

Foi então que percebi Austin ao lado de meu irmão. Ele olhava fixamente para seu celular e provavelmente nem percebeu nossa presença. Austin estava muito lindo e parecia estar mais despreocupado. Talvez por não ter show hoje.

– Podemos ir? Eu dirijo – meu irmão avisou.

– Então eu vou embora – brinquei. Até mesmo porque Rydel me arrastaria de volta se eu fosse mesmo embora.

– Engraçadinha – Carter fez uma careta e eu mostrei a língua. Muito maduros. Austin ergueu o olhar e me analisou. Às vezes ele conseguia não demonstrar nenhuma emoção e eu o admirava por isso.

A música que havíamos tentando escrever continuava em minha cabeça. A cada segundo eu tentava encontrar um final para ela. Toda vez que via Austin eu sentia a necessidade de termina-la, mas não sabia como.

– Seu motorista vai? – Rydel lembrou quando já caminhávamos para o estacionamento. Austin pareceu interpretar a irmã por alguns segundos.

– Não. Carter pode dirigir – ele avisou e sorriu quando Rydel beijou sua bochecha alegremente. – Preciso só revolver uma coisa – ele disse e em seguida saiu correndo.

Observamos ele ir falar com um de seus seguranças que estava no estacionamento. Foi então que me lembrei de que não era muito recomendável ele sair sem seguranças. Afinal, pode não parecer, mas Austin era muito conhecido. E algumas fãs podiam fazer tudo para vê-lo.

Austin ficou um bom tempo conversando seriamente com o segurança. E enfim, ele voltou para perto de nós com um sorriso vitorioso. Confesso que gostei muito desse sorriso. Suspirei com esse pensamento. Carter havia passado um pouco de seu jeito bobo para mim por engano.

– Só não podemos demorar muito – ele avisou assim que chegou perto de nós. Concordamos rapidamente e fomos ao carro. Carter pulou para o banco do motorista e Rydel foi ao seu lado.

Austin e eu entramos cada um em um lado. Carter começou a dirigir e então ele e Rydel começaram a falar sobre algo sem importância.

Fiquei observando St. Louis e percebi que a cidade era encantadora. Ela não era muito movimentada, ainda mais por ser uma quinta-feira às dez horas da manhã. A cidade tinha poucas praças e muitos prédios. Prédios gigantescos.

– Que lindo - Rydel observou depois de alguns minutos. Nós havíamos chegado a parte da cidade que era cortada pelo rio.

Havia um parque enorme perto dele, onde algumas pessoas se divertiam. Carter estacionou em uma área que tinha para isso. Rydel pulou para fora do carro e nós fomos em seguida.

Era como se estivéssemos em uma cobertura e ela acabasse. Em baixo dava direto para o rio, por isso não era permitido o acesso. Onde estávamos dava para ver uma boa parte da cidade e todas as pontes que tinham sobre o rio.

– Aqui é mesmo incrível - falei para ninguém em especial.

– Sim – Austin concordou ao meu lado. No local onde estávamos ventava muito, portanto ri quando fiquei perdida entre meus próprios cabelos.

– Foto – Rydel avisou e eu bufei.

Desde que a turnê começou ela tinha uma mania de tirar fotos minhas e de Austin. Ela adorava isso. Isso em todos os lugares que estivéssemos, mesmo que fosse em um lugar branco sem nada de especial.

– Vamos lá – ela riu e fez um sinal com as mãos como um sinal para nos aproximarmos.

Revirei os olhos e Austin riu. E por fim, acabou com o braço dele na minha cintura. Coisa da Rydel. Não que eu não esteja gostando.

– Agora um sorriso – ela pediu como se fossemos bebês.

Sorri e Austin fez o mesmo.

– Satisfeita? – perguntei assim que Rydel conseguiu tirar sua querida foto.

– Com certeza - ela respondeu rindo. Austin não tinha percebido, mas continuava com o braço em minha cintura. Afastei-me um pouco dele e isso pareceu o despertar.

Nos afastamos rapidamente e juro que pude ouvir uma risada de Rydel. Carter e Rydel também tiraram algumas fotos, mas não demoraram muito tempo, logo estávamos andando sem rumo pelo parque.

Mas, o que eu realmente não esperava era que quando estávamos conversando coisas quaisquer uma garota nos parasse repentinamente. A menina parecia ter no máximo quinze anos. Ela andava sozinha mexendo no celular e assim que passamos ao seu lado ela ergueu o olhar.

Não foi difícil interpretar seu objetivo por isso cutuquei Austin. Ele me olhou e eu apontei para a menina. Ela parecia surpresa e ao mesmo tempo parecia lutar consigo mesmo. Talvez estivesse com vergonha.

– Acho que ela quer falar com você – falei e ele me olhou confuso. Às vezes Austin era lerdo. Era fácil de perceber a garota enlouquecendo por ele – Oi – falei chamando a atenção da menina. Ela abaixou a cabeça envergonhada.

– Oi. Desculpe por... É que... – ela se enrolou e Austin riu.

– Foto? – ele perguntou e ela sorriu feliz.

– Com certeza – concordou.

– Eu tiro – Rydel falou e a menina agradeceu.

Ela parecia ser mesmo uma fã de Austin, mas uma fã muito educada e envergonhada. Ela abraçou Austin e ele riu. A menina estava a ponto de chorar. Afinal, encontrar seu ídolo em um parque não é para qualquer um.

Afastei-me um pouco deles e fiquei apenas observando-os. Austin era realmente atencioso com suas fãs. A menina conversou um pouco com ele, mas sabia que não poderia ficar ali para sempre, mesmo que quisesse. Ele falou algo como se precisasse ir embora e ela concordou um pouco decepcionada.

A menina abraçou mais uma vez Austin se despedindo e então olhou em minha direção. Ela parecia envergonhada, mas mesmo assim veio até mim. Os três que estavam um pouco longe entranharam a ação da menina assim como eu.

– Você é a Ally? – ela perguntou curiosa.

– Como sabe? – questionei depois de concordar.

– Os fãs sabem de algumas coisas. Às vezes mais do que vocês mesmo – ela disse eu franzi a testa.

– Um abraço? – ofereci e ela riu concordando.

– Quero que saiba que nós, fãs de verdade, apoiamos a decisão que for e mesmo que não apoiássemos, não se preocupe com a opinião dos outros – ela pediu atenciosamente e se afastou de mim. - Obrigada – ela acrescentou. Provavelmente por eu ter chamado a atenção de Austin para ela.

– Sem problemas. Obrigada também – falei piscando. Ela sorriu para mim vendo que eu entendi o que ela disse.

A menina se virou indo embora. Ri balançando a cabeça.

– Tudo bem? – Rydel perguntou quando voltei para perto deles.

– Sim. Apenas surpresa de como aquela garota era esperta – falei tentando disfarçar um sorriso. Mas, assim que disse isso, Austin ao meu lado sorriu minimamente.

Realmente, eu era a que menos sabia sobre mim mesma e sobre o que estava acontecendo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam do capitulo? E antes que me perguntem, não vai demorar para ter momentos os momentos Auslly que todas nós queremos, mas antes eles têm que perceber algumas coisas. Comentem! Beijos.