Precisa ser você! escrita por DuddIn


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

O hiatus acabou, baes ♥
Como postei a fanfic em 2014, resolvi fazer algumas edições e arrumar alguns erros, então os capítulos já editados terão "Capítulo editado." nas notas finais.



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Capítulo 9

 Situações constrangedoras.

Primeiro: Achei que minha vida já estava ruim o suficiente e nada poderia piorar.

Segundo: Tudo piorou.

Só imagino o quê deve ter se passado na cabeça do rosado quando ele descobriu que eu iria trabalhar no Orangine. Deve ter pensando que sou uma maluca psicótica – o que não é totalmente mentira.

Sentei-me em um dos bancos que havia no vestiário dos funcionários. O local era bastante pequeno, havia alguns armários para os funcionários e algumas caixas com decorações esquisitas. Fiquei um tempo fitando o nada enquanto pensava em uma maneira de fugir antes que Natsu me encontrasse.

Estava nervosa demais.

Não bastava ter de ver o Natsu todos os dias no colégio, ainda teria que encontrá-lo todos os dias no trabalho. As coisas estavam cada vez melhores!

—Sou uma sortuda mesmo. –Murmurei. Eu juro que estava fazendo de tudo para me afastar daquele rosado, mas assim não dava. Depois vou ligar para Juvia e pedir alguns conselhos, só ela poderia me entender. –Pare de pensar no Natsu! –Me repreendi.

—Pensar em quem? –Quase cai do banquinho pelo susto.

Mirajane estava sorrindo abertamente, me fazendo sentir alguns calafrios. Seus olhos azuis brilhavam assustadoramente.

—Tem alguma mocinha apaixonada aqui? -Perguntou, mesmo já sabendo da resposta.

—N-não é i-iss –

—Quem está apaixonada? – Lisanna abriu a porta da salinha e apareceu cheia de sacolas nas mãos.

A família Strauss é bizarra as vezes. Lisanna e Mirajane tem essa péssima mania de assustar os outros, aparecendo igual fantasmas nos lugares. Nunca irei me esquecer do episódio fatídico do Natal, em que Mira apareceu magicamente na cozinha, me fazendo derrubar o peru e espalhar salada pela cozinha inteira. Tive que passar a noite de Natal ouvindo as reclamações de Laxus por não ter um peru descente e ainda tive que limpar toda a bagunça da cozinha.

—Lucy! –Mirajane apontou para mim de forma acusatória. -Eu sabia!

—L-Lisanna? -Ainda não tinha me recuperado do susto.

—Lucy está apaixonada? –A albina mais nova revirou os olhos. –Isso não é novidade.

—C-como é?

—Você já sabia? –Mira-san deu vários pulinhos animados. –Quem é? –Perguntou diretamente para Lisanna, me ignorando completamente. Não! Por favor, não! Os olhos azuis dela estão brilhando daquela maneira assustadora,  e na última vez que os vi brilhando assim, acabei em um encontro desastroso com Max, um maluco viciado em vassouras e limpeza (?)

—Pelo Natsu. –Lisanna fez uma careta de pura reprovação e largou as sacolas no chão.

—Oi? –O rosado apareceu magicamente com uma caixa enorme nas mãos. –Lucy? – Eita.

Ai

Meu

Coração

...

—Entendeu? –Natsu estava irritado. Muito, muito, muito irritado.

—Acho que... – Sorri meio sem jeito. - mais ou menos. – O rosado revirou os olhos, fazendo uma careta estranha.

Estava dando o melhor de mim, mas realmente não estava dando certo. Eu não sabia cozinhar e não ia ser hoje que iria aprender. Depois daquela confusão, Mira-san conseguiu inventar uma desculpa qualquer e mandou todos irem fazer suas atividades. Como era nova ali, a albina teve a brilhante ideia de me colocar como dupla do Natsu. Isso não agradou muito o rosado, que parecia sentir uma certa repulsa da minha pessoa.

—Natsu, eu sei que você deve me odiar e tudo mais –Fitei-o por alguns segundos, sentindo uma enorme vontade de socar seu rostinho bonito. -Mas você precisa entender...– Minha voz saiu rude. Ele não tinha motivos para me odiar tanto, nem estava mais na sua cola. –Não pedi pra vir ficar na cozinha, eu ia trabalhar como garçonete. Não pense que estou aqui para usufruir da sua companhia, então pode guardar essas ferraduras!

Nunca pensei que fosse falar assim com meu senpai, mas dane-se! Ele pode ser o cara mais lindo do mundo, porém, ninguém vai me tratar dessa maneira rude e sair impune.

Natsu estava agindo como um babaca sem motivo algum, então eu também podia agira assim.

O rosado não falou nada, apenas ficou me fitando com uma cara de idiota. Bufei e tirei meu avental, jogando-o em qualquer canto. Estava cansada de ficar olhando para aquela panela maldita. Nunca iria aprender a cozinhar, era melhor desistir agora enquanto a cozinha ainda existia. Deixei o rosado sozinho e fui procurar a Mira-san.

Quando finalmente encontrei a albina, quase me ajoelhei no chão e beijei seus pés, implorando para que ela me deixasse trabalhar servindo as pessoas. Acho que sou boa em fazer drama, porque ela deixou na mesma hora.

...

Lisanna suspirou de forma cansada enquanto me ajudava a organizar as mesas do Orangine.

—Estou impressionada com a quantidade de pessoas que apareceram por aqui hoje -Comentei. 

—Né! Essa ideia das promoções foi ótima. -Lisanna concordou.

Estávamos na semana de promoções, os preços estavam mais baixos e os clientes ainda ganhavam sobremesa pela metade do preço e um cookie decorado de presente. Lisanna que havia preparado todos os cookies de uma forma bastante caprichada, pois estavam bem fofinhos com decorações de florzinhas. 

—Realmente, ninguém resiste a uma promoção. –Me apoiei no balcão para tentar fazer com que a dor em minhas costas parasse. 

—Ah, temos que agradecer ao Natsu também. –Kinana estava fechando o caixa. Ela também parecia bastante cansada. Imagino que deve ser chato ficar apenas sentada ali, abrindo e fechando o caixa todo o santo dia. –A maiorias dos fregueses que provam sua comida voltam. Ele é um ótimo cozinheiro!

Lisanna concordou com a cabeça.

—Quando eu ficava deprimida, ele sempre fazia aquelas tortas maravilhosas. – Senti uma pontada de inveja. Talvez guardasse um pouquinho do meu salário para comprar uma sobremesa. Todo mundo vive elogiado a comida de Natsu, não quero ser a única que ainda não provou.

—Meninas, vou trocar de roupa e ir para casa.– Sorri amigavelmente para as duas e me retirei pela porta dos funcionários.

Já fazia quase um mês em que eu estava trabalhando no Orangine. Era um local bom de trabalhar e eu não tinha nenhuma reclamação sobre nada. As coisas estavam melhorando para o meu lado nos últimos dias, mamãe já havia voltado para casa, mas ainda estava de repouso e vivia tomando remédios. Lisanna e eu estávamos cada vez mais próximas, a albina havia parado de tentar me “seduzir”. Estava me empenhando na escola e até tinha tirando um sete em álgebra – o que já é quase um milagre vindo de uma pessoa que só tirava abaixo de três.

Cheguei ao vestiário e me troquei rapidamente, louca para chegar em casa e ir direto para cama. Os últimos dias estavam me matando de cansaço.  Ajeitei meus cabelos –que estavam pior que uma vassoura – e peguei minha mochila.

Estava prestes a sair quando a porta da sala foi aberta.

Natsu me fitou.

Eu o fitei.

Nós quase nunca nos falávamos. Eu só falava com ele para lhe informar os pedidos dos clientes, nem uma palavra a mais.

—Com licença. –Pedi educadamente. Desviei os olhos dos seus, evitando qualquer contanto visual com o ônix de seus olhos.

Eu ainda era apaixonada por ele. Sabia que não seria assim tão fácil me livrar daquele sentimento, mas estava realmente disposta a esquecer aquele rosado. Cheguei à conclusão que ficar correndo atrás dele não adiantaria em nada, eu só iria me machucar - ainda mais. E Natsu deixava bem claro que não gostava da minha presença.

—Podemos conversar? –Natsu passou as mãos pelo cabelo, os deixando mais bagunçados. Droga, Lucy! Pare de observar como ele fica lindo assim.

—Desculpe, preciso ir pra casa. –Me afastei do rosado e andei rapidamente até a porta.

Falta pouco, Lucy!

A porta esta logo ali!

—Vai ser rápido! –Puxou minha mochila com certa força. Me virei assustada por sua ação. –Lucy, eu não aguento mais essa situação.


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Notas finais do capítulo

Capítulo editado.



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