História sem nome escrita por Henry RedLima


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Se divirtam aí, acho que ficou bom



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O seu toque está me deixando cada vez mais confuso. O que realmente está acontecendo aqui? Quando foi que me sentei no chão com as costas repousadas sobre a parede? Ainda mais!! Quando foi que ela deitou no meu ombro? Por que ainda conversamos como se o ocorrido fosse alguma coisa normal?
Ela está com suas mãos sobre meus ombros, continua falando no meu ouvido. Por que ela continua falando no meu ouvido? Meu coração acelera quando escuto sua voz bem de perto. Quando suas palavras saem de sua boca tão próximas a mim, que suas frases nem chegam a se perder no ar, entram diretamente sem ao menos se propagarem.
Não consigo prestar atenção no que ela está dizendo, é como se eu estivesse respondendo ela tão superficialmente que nem ao menos preciso pensar para isso. Mas sua voz é realmente única, um tom suave, nem tão fina, nem tão grossa. Seu cheiro é doce,mas não é tão forte a ponto de causar enjôo, nem tão fraco a ponto de ser imperceptível. Ela parece ser o tipo de menina que a maioria dos homens ignorariam.
–Já está ficando tarde, não?
–Quer ir embora já?
–Vamos comer onde hoje?
–Está me convidando para um jantar? Sem nome
(Que sorriso surpriendente)
–Sim, eu acho que seria bom para nos conhecermos.
–Ótima ideia! haha! Estou anotando meu endereço.
(...)
–Você tem realmente um belo sorriso.
–Obrigada.
–Ei, não precisa me chamar de "sem nome".
–Como o chamaria então?
–Me chame como quiser.
(Sério que disse isso? Tenho mesmo esperanças que ela vai ter uma resposta surpreendente como me chamar de "Namorado" ou coisa do gênero?)
–Ok, Sr. "Como quiser".
–Isso foi uma piada? (péssima)
–Sim, não se preocupe. Meu ..a........
(Ei que barulho é esse? Não consegui entender como ela me chamou, "meu"?!? Seu o que ?)
–Do que você me chamou?
–Não irei repetir, tá aqui me endereço, te espero mais tarde
–Ei!
Isso é realmente problemático, ela mora um tanto quanto longe da minha casa. Espero que não chova essa noite. Tenho que chegar logo em sua casa, já estou pronto. Melhor avisar minha mãe que tenho um encontro hoje, acho que ela vai ter um ataque, dizer que está orgulhosa de mim.
Aquele momento realmente foi estranho, exatamente no instante em que ela disse como me chamaria tudo ficou em completo silêncio, nem ao menos consegui achar motivações para viver, tudo se paralizou. Ela puxou meu braço fazendo com que me abaixasse e deu um leve beijo em meu rosto, ou simplesmente o tocou com os lábios? Ela é tão frágil, deve ter sido doloroso viver sozinha, sem amigas ou amigos, acho que se talvez nunca tivesse a notado, nem mesmo eu teria achado uma verdadeira companhia para mim. Realmente, essa sombra não desiste de mim.
É aqui? Melhor tocar a campainha, é realmente enorme essa casa, digo..mansão. Será que ela já está pronta? De verdade, o que aconteceu hoje? Impressão minha ou houve mais diálogos nas nossas trocas de olhares do que até mesmo nas nossas conversas?

–Já vou indo!!
–Ok
–Desculpa a demora, tava me enrolando na toalha, tinha acabado de entrar no banho.
–Você ainda não está pronta...quer que te espere aqui fora?
–Não! Por favor, entre!
–Seus familiares não achariam estranho eu entrar?
–Eu vivo sozinha, ou quase isso...
–Como assim?
–Mais tarde a gente conversa, estou com frio aqui.
–Desculpa!
–Venha, me siga.
Aqui é realmente enorme, como alguém como ela consegue deixar tudo isso tão limpo? E por que alguém como ela vive sozinha? Com apenas 16 anos, que tipo de pais deixariam sua bela filha viver sozinhas? Essas escadas não têm fim?
Ei, analisando essa situação, chega até mesmo a ser perigoso, uma menina inexistênte semi-nua trás para sua enorme casa um garoto com uma sombra maníaca que duplica seus movimento. Ela está levando esse menino para seu quarto? Quais são suas intenções? O casal se conheceu hoje, nem namoram, são apenas amigos, nem isso, são colegas de classe. Melhor eu parar de me tratar em 3º pessoa, mas que sensação é essa? Há um peso de morte a cada passo dado, a atmosfera se torna mais densa e andar fica cada vez mais complicado...será que isso é paixão?
–Me aguarde no quarto, ok? Vou tomar meu banho e já saio
–Ok, não darei nem um passo.
–Não vasculhe minhas gavetas, não veja minhas calcinhas. Não me espione no banho!
–Que tipo de tarado acha que sou?!?
(Por que uma garota trás para seu quarto um garoto que nem ao menos confia e o deixa sozinho com ela no banho?)
–Não sei, mal te conheço, mas acho que o pior possível.
–Você tem problemas!
–Eu sei,ninguém traria um desconhecido pra dentro de seu quarto e o deixa sozinho enquanto toma banho em sua própria suíte.
–Exatamente.
–Mas como poderia dizer...sinto que estou protegida com você aqui, mesmo que já tenha me acostumado a viver sozinha, sei que você me protegeria. Caso alguma coisa dê errado sei que você seria o meu chão.
(Acho que ela está confiando de mais em mim...porém ela não mentiu)
–Me sinto honrado por isso.
Como ela tem coragem de ir pro chuveiro comigo praticamente ao seu lado? Ela não sente vergonha de mim? Que estranho, o relógio quebrou? Não, não é isso...o tempo travou por si só.
O som da água tocando seu corpo, não é só mais um som, não é como se lembrasse o ruído da chuva, é até mesmo mais relaxante. Esse barulho está realmente ocupando minha mente por completa, dominando até mesmo os meus sentidos. É como se eu pudesse sentir a água quente nos tocando ao mesmo tempo. Como se pudesse a olhar por completo, sem nada além do vapor a nossa volta. Como se...estou pensando de mais! Isso é estar apaixonado?
Normalmente, situações como essas são impossíveis de se acontecer. As pessoas não acreditariam nisso e se, quem sabe, acreditassem, pensariam de mais sobre o assunto e chegariam em uma resposta precipitada. Pra falar a verdade, nem mesmo eu estou acreditando que isso é realidade, melhor dizendo, a minha realidade. Por que acharia que alguém acreditaria?
Minhas pernas estão tremendo, justamente agora que ela desligou o chuveiro, espero que consiga me recuperar até a hora de sairmos, por falar nisso, nós já deveriamos ter saído daqui faz tempo. O que dizem é verdade, mulher é mesmo enrolada. Mas foi realmente interessante conhecer a sua casa. Me sinto mal, ela vive sozinha, mesmo não a conhecendo direito, sei que ela não fez nada para merecer isso. Talvez eu a esteja julgando sem mesmo a conhecer, julgando simplesmente por sentir algo diferente quando Ana está por perto. Isso é paixão?
–Desculpa a demora, mas hoje é o meu primeiro encontro. Queria dar o meu melhor possível, espero que seja bom o suficiente pra você.
–Não precisava de tudo isso, é o meu primeiro encontro...e como posso dizer? Eu acho que gosto de você independentemente de como esteja, na verdade, eu não acho, eu sei.
(Quando foi que a peguei pela cintura? Por que ela está tão perto de mim? Ela realmente continua nua? Ei, eu não consigo mais controlar meus movimentos! Estamos realmente quase nos beijando?!? Esse é o sentimento descrito pelos poetas?!?)
Ei casal, tomem cuidado, eu não deixaria que isso acontecesse tão facilmente.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim
Ei, tenho uma pergunta: Acha que eu deveria diminuir o tamanho dos capítulos?



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