Sobrevivendo pela Sorte escrita por Alexyana


Capítulo 9
Capítulo 9 - Adeus.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Fiz e refiz esse capítulo umas 3 vezes, mas ta. A Edoarda me ajudou muito (obrigada), e enfim. Esse capítulo tem bastante Kath/Carl. Espero que gostem! (NOTAS FINAIS)



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No momento estamos indo tirar fotos em uma daquelas maquinas automáticas, hoje é um dos dias mais felizes da minha vida. Meu aniversário de 13 anos, Ashley fez questão de me trazer á este parque.

–Vem Kath, vai ser legal - Implora ela me puxando em direção à cabine de fotos.

–Não Ash, eu estou feia - Falo fazendo careta. Ela simplesmente ignora e me leva em direção ao moço que estava na porta, entregando o dinheiro á ele.

–Melhor amigas para sempre! –Exclama nosso lema sorrindo, acabo por sorrir também.

–Para sempre - Concordo abraçando ela, bem na hora do flash. Aquela foto ficou realmente perfeita

Acordo, mas continuo com olhos fechados tentando voltar ao sonho, algo que é impossível. Lembro-me que hoje faz uma semana que Tonny morreu. Uma semana que encontrei Piter depois de pensar que ele estava morto, e, algumas horas para reencontra-lo de novo, e talvez fugir da prisão. Desisto de voltar ao sonho e abro os olhos, encarando a cama em cima. Minha coxa já melhorou, ainda bem, porém ficou uma cicatriz igual a da minha cintura.

Levanto-me e tiro meu pijama, ficando de calcinha de sutiã, e bem nessa hora, adivinha? Carl entra. Arregalo meus olhos procurando algo para me cobrir, e enquanto isso ele está me olhando. Eu não sou nenhuma magrela, meu corpo é até bonito, mas mesmo assim é constrangedor. Puxo o lençol para cobrir parcialmente meu corpo. Sinto que estou corada, combinação perfeita.

– Me-me desculpe. –Gagueja Carl também corando, tão lindo- Eu só vim pegar minha arma, posso?

–Hãm, sim - Falo dando passagem a ele. Ele pega a arma e sai rapidamente. Por que isso ta acontecendo?!

Termino de me vestir colocando uma calça jeans desgastada, um top preto e uma camiseta soltinha por cima, calço minhas fiéis botas e rumo em direção ao refeitório. Hershel, Carol, Will e Beth com Judith estão aqui, desejo um rápido bom dia a todos e como a gororoba de hoje.

Agora deve ser umas 8 horas, então ainda tenho a manhã inteira para fazer alguma coisa antes de partir para a floresta. Será que seria bom fugir da prisão? Deixar estas pessoas que me ajudaram aqui? Apesar de que Piter é meu primo, minha família. E eu não me sinto parte dessa família toda que é a prisão. E ainda tem o Willi-Will, ele é como um irmão para mim, mas não sei se ele iria vir comigo, não depois da Beth. E por fim, Carl, eu não sei se eu gosto dele ou que, mas eu não queria deixa-lo, mas é simplesmente preciso.

–Ei Kath, hoje é o dia da limpeza! –Chega Maggie rindo – Só as mulheres, que tal participar?

–Claro! –Respondo sorrindo indo acompanha-la em direção as celas, que agora estão vazias. Eu nunca mais tive um encontro de garotas, apesar de que é uma limpeza.

Somente Maggie, eu e Beth estamos aqui. Carol também deveria estar, mas ela trocou de lugar com a Beth, então ela está olhando a Judith. Beth começa a levantar os pertences das pessoas, Maggie jogando água e eu esfregando. Ficamos conversando sobre assuntos banais, sobre seus namorados, ou os homens bonitos da prisão. Foi realmente muito legal, mas como tudo que é bom acaba.

–Sabe Kath, você é realmente uma garota legal – Fala Maggie me abraçando, meu coração fica apertado. Ela não me acharia tão legal se soubesse que eu vou fugir.

–Você também é uma mulher muito divertida - Falo retribuindo o abraço - Você também Beth, Will tem sorte em ter encontrado uma garota como você.

E assim terminou nosso encontro de amigas. Beth foi atrás de Carol, e Maggie atrás de Glenn, e eu resolvo ir para torre fazer vigia. Subo as escadas e entro, Carl está lá também, junto com Glenn.

– Oi – Cumprimento eles sorrindo. Somente Glenn sorri de volta.

–Você viu a Maggie? –Pergunta Glenn.

–Sim, ela está te procurando, aliás. – Respondo. Ele agradece e sai à procura de Maggie, deixando eu e Carl sozinhos.

Fico olhando pros meus pés desconfortavelmente enquanto ele se senta encostado na parede. Decido me sentar também, ficando em frente a ele.

– Então... Oi? – Falo fazendo uma careta.

– Oi - Fala ele.

– Então, como foi ficar responsável por tudo isto? –Pergunto.

–Normal – responde evasivo. – E em Woodbury?

–Tirando a parte que eu fui baleada e que o Tonny morreu, foi pura adrenalina - Falo comprimindo os lábios. Sarcasmo já voltou a fazer parte de mim. Eu nunca mais chorei por isso.

–Eu não pude falar sobre isto, mas eu sinto muito, de verdade – Murmura ele. Assinto com a cabeça olhando em direção a janela.

–Você tem irmãos? –Pergunta ele depois de uns minutos, olhando para mim.

–Irmãos não, mas tenho meu primo. Eu morava com meus tios, então somos praticamente irmãos. - Respondo.

– E o que aconteceu com eles?

–Mortos. –Falo vagamente. Quando vou completar que Piter não morreu ele fala.

–Sinto muito pelos seus tios e primo

–Oh, tudo bem. E meu primo não está morto.

–Como você sabe? –Pergunta

–Eu o encontrei em Woodbury - Falo.

–QUE? –Grita ele.

– Cala boca! –Exclamo. –Você é a única pessoa que sabe, nem sei por que estou lhe falando isso.

–Ele está com o inimigo! –Fala ele.

– Ele não é o inimigo, o Governador os fez pensar que nós somos os inimigos. E de qualquer maneira ele quer fugir. – Ficamos em silêncio por uns segundos.

–E você irá fugir com ele? –Ele pergunta me olhando.

–Bom, acho que sim. Combinamos de nos encontrar hoje na floresta - Falo olhando para ele e mordendo os lábios, pensei que já havia perdido essa mania, aff.

–E você vai. –Isso não foi uma pergunta.

–É... Bem, ele é minha família, e ele disse que Ashley está viva. – Digo.

–Quem é Ashley? –Pergunta ele confuso.

–Minha melhor amiga. –Falo sorrindo. –Promete que não conta a ninguém sobre isso? – Ele me olha hesitante.

– Prometa! Por favor! –Insisto.

– Tá, prometo – Fala ele suspirando.

– Obrigada. –Agradeço sorrindo de lado. Ele fica em silêncio.

–Bom, está quase na hora de eu ir - Falo me levantando. Ele se levanta também, olho-o interrogativa.

–Eu vou lhe acompanhar senhorita, já que hoje provavelmente será a ultima vez que irei vê-la - Fala ele zombeteiro, estendendo a mão para mim, como se fossemos dançar, aceitei. Estou pulando de alegria por dentro, a mão dele é grande perto da minha, mas é tão perfeito.

–Que honra meu senhor – Falo levantando minha saia imaginaria. Ele ri um pouco.

Saímos lá fora, uma brisa leve balança meus cabelo. Ficar perto dele é tão legal, “Você está parecendo uma idiota” Minha consciência fala, “Eu e você somos a mesma pessoa” Respondo. Ai meu Deus, eu estou ficando louca. Começamos a falar coisas idiotas como se fossemos amigos desde sempre.

– Então, eu percebi como você ficou com ciúmes quando eu disse que o Will estava quase beijando a Beth - Falo inocentemente. “E eu fiquei com ciúmes por você ter sentido ciúmes dela”.

– E eu percebi que se você não parar de falar besteiras, vou te jogar no chão. - ele grunhiu, andando.

– Ui, nervosinho - Provoco rindo.

– Cale essa boca.

– Vem calar. – “Com um beijo, por exemplo,” penso. Ainda não acredito que falei isso.

– Eu vou ignorar as suas idiotices. – ele fala revirando os olhos.

Chegamos ao bloco de celas, e percebendo que estou conversando com Carl, Maggie me lança um olhar malicioso. Constrangedor. Ficamos em silêncio enquanto nos dirigimos á nossa cela, eu não sei por que ele está comigo ainda, só sei que estou gostando.

– Feche a cortina, eles não podem ver que estou arrumando minhas coisas – Sussurro indicando com as mãos a cortina que servia de porta. Ele arrasta-a

–Você vai mesmo? – Pergunta ele.

–Sim – Respondo decidida. Eu não quero me apegar a mais pessoas agora, elas irão morrer, e eu não quero sofrer mais.

– Ok. Eu vou procurar o meu pai. –Murmura ele saindo.

Demoro mais uns 20 minutos arrumando minhas coisas, coloco algumas munições, roupas, etc. Passo pela cozinha e pego uns mantimentos sem que ninguém veja. Dirijo-me sorrateiramente até a lateral da prisão e escondo minha mochila lá. Volto rapidamente para dentro como se nada tivesse acontecido, mas meu talento de mentir não ajuda em nada.

–Você ta bem? –Pergunta Willian me olhando como se eu fosse louca.

–Sim, por quê? – Falo sorrindo.

–Sei. – Fala ele deixando claro que não acredita. – Sabe Kath, você não precisa fingir para mim.

– Co-como assim? –Gaguejo, não acredito que fui descoberta!

– Eu sei que você acha que foi culpada pela morte do Tonny, mas isso não é verdade. – UFA!

– Ah! É... Mas eu vou superar- Falo sorrindo alegremente e corro para abraça-lo, talvez o último abraço que terei dele.

– Até mais Willi-Will - Digo dando um beijo em sua bochecha. Acho que vou chorar, “Não vai não” protesta minha consciência.

Decido ir procurar Carl para me despedir, tecnicamente ele cumpriu sua palavra não contando a ninguém, por enquanto. Vou passando pelas pessoas e falando com elas, como se fosse uma despedida disfarçada. Vejo o vulto de Carl nas cercas, vou correndo pra lá, Michonne também está no pátio.

– Tchau – Falo ofegante quando chego à cerca. Ele está mexendo em alguma coisa.

–O que é isso? –Pergunto tentando ver o que há em suas mãos.

– Um colar. –Responde ele me mostrando, é de ouro, e um pingente delicado com sal grosso dentro. – Era da minha mãe.

– É lindo – Murmuro olhando fascinada em direção ao colar, nunca vi um colar tão lindo igual a este.

– Pra você – Fala ele erguendo o colar na minha direção. Olho-o surpresa.

– Pra mim? Mas não era da sua mãe? –Pergunto.

– Sim, mas eu nunca irei usar, e bom, acho que você irá fazer melhor proveito – Responde ele, ainda segurando o colar.

– Tem certeza? – Questiono.

–Já disse que sim garota, aceita logo – Fala impaciente. Pego o colar mesmo hesitante. – Quer que eu coloque?

– Sim – Murmuro entregando o colar novamente á ele, e colocando meus longos cabelos loiros por cima do ombro. Sinto suas mãos em minha nuca, causando um arrepio.

– Pronto. Irá te proteger de todo o “mal” – Fala ele zombeteiro, acabo por rir – E também pra te dar sorte.

–Obrigada – Falo. Abraço-o, ele demora um pouco para corresponder devido à surpresa, mas logo sinto seus braços em torno de mim. Esse com certeza foi um dos melhores abraços da minha vida.

–Certo loirinha, já pode me soltar – Murmura ele. Solto corando.

– Loirinha? – Pergunto com o cenho franzido.

– Bom, você é loira não é? – Concordo com a cabeça. – Então.

– Certo, tchau, até um dia – Despeço-me, já está na hora.

– Tchau, até. – Viro-me e vou caminhando em direção á lateral da prisão. Segurando os colar em minha mão, controlando-me para não chorar.

Chego ao meu destino, pego minha mochila e corro para um buraco que há na cerca, pulo-o rapidamente antes que eu desista. Olho os arredores, ok. Vejo Rick ao longe, perto da ponte, ele está em uma pose estranha, ele anda meio perturbado nos últimos tempos. Respiro fundo conferindo se meu machado está em mãos e parto em direção a floresta, rumo á Piter. Olho uma ultima vez para trás.

Adeus prisão.


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Notas finais do capítulo

Então, vocês acham que a Kath deve mesmo ir embora? Como será o encontro dela com Piter? O que será que esse presente que Carl deu a ela significa? Será que ela irá encontrar Ashley? Respondam o que acham nos cometários! E POR FIM: Vocês preferem: KATHARL ou CARTH?