No Bravery escrita por Rock and Perfect


Capítulo 6
Bloodletting - Part.2


Notas iniciais do capítulo

Poucos comentários, isso me deixou triste.
Mundando de assunto, sabe o que eu encomendei? Um trailer para a fanfic!!
Quando chegar eu mando o link, okay?
Boa Leitura...



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KAYA, FAZENDA DE HERSHEL GREENE

— Então, você é uma cirurgiã? – Hershel, um senhor fofo, velhinho de barba e cabelo branco pergunta.

— Residente em cirurgia. Poderia te ajudar, porém não posso fazer tanta coisa. – Respondo me contendo para não abraça-lo e chamar de Papai Noel.

— Toda a ajuda será necessária.

Sentamos na mesa e eu desenho um corpo num papel, era assim que eu fazia antes de ajudar em qualquer procedimento. Faço um círculo marcando onde é o ferimento e pequenos pontos de onde estão os fragmentos, “x” em onde temos que suturar e numerando o que temos que fazer primeiro.

Hershel olha para mim e sorri.

— Isso é bom. – Ele diz — Vai nos ajudar e está do mesmo jeito que eu iria fazer.

Sorri de volta e percebo que é a primeira vez que eu sinto-me feliz.

DALE, INTERESTADUAL

Observo Cyrus perto de seu carro, claramente ele estava chorando. Todos o observam, como faziam com Kaya. Como ainda fazem com Kaya.

Pego um pouco de tinta e ajudo Andrea a escrever no vidro de um carro. Um sinal para Sophia.

— Você está bem? – Pergunto a ela em algum momento.

— Sim, Dale, eu estou. – Andrea responde irritada.

— Andrea, eu não quis te fazer mal. – Confesso tirando toda a minha tristeza e raiva de dentro de mim – Apenas quis te salvar, quis te mostrar que ainda tem algo para lutar.

— Oque, Dale? Oque!? – Ela larga o pincel e grita.

— Esse grupo. Gleen, Carol, Lori, Carl, Kaya, Daryl e todo o resto. Nós estamos aqui para te ajudar e você também precisa fazer o mesmo. Cada um cobre o outro e assim sobreviveremos. Então, se quer se matar, pense em nós.

Andrea olha para mim e volta a pintar, eu largo o pincel e vou para o trailer. Vejo Daryl e Cyrus conversando.

CYRUS, INTERESTADUAL

[20 minutos antes]

— Como é Jake? – Daryl pergunta para mim enquanto estou sentado na mesa do trailer bebendo agua.

— Loiro de olhos verdes. – Responde sem olhar na cara dele – Lembra um pouco da fisionomia da Kaya. Apenas a fisionomia. – Sussurro essas últimas palavras.

— Jake? Ela não podia arranjar um nome melhor? – Ele diz para si bebendo um pouco de sua água em tom baixo.

— Bom, ele ficou sem nome até ter um mês de vida. – Falo mesmo sabendo que Daryl não queria resposta.

— Então, por que Jake?

— Quando Kaya estava anestesiada ela parecia Jake Sparrow. – Começo a rir ao lembrar da cena – E ele sempre foi o personagem favorito dela. – Foram bons tempos, até tudo desmoronar novamente. Até Kaya perder a sanidade novamente...— Quase que a criança foi chamada de John Doe.

Daryl sai sem dizer mais nada, apenas sorri.

Foi bom conversar com você também, penso.

KAYA, FAZENDA DE HERSHEL GREENE

Meço a pulsação de Carl, enquanto Hershel mede a pressão. Batimentos lentos e fracos. Precisamos fazer o que precisamos logo, se não a criança morrerá.

— Eu vou ir – Rick diz, porém ele estava branco de tanto doar sangue. — Me fale o que precisa, eu posso ir.

— Rick, você está muito fraco. – Hershel tenta convencê-lo – Não conseguiria sair dessa casa.

— Eles já deveriam ter chegado. – Rick insiste — Algo deu errado.

— Seu lugar é aqui, com seu filho – A boa esposa entra na discussão.

— Eu não posso sentar e esperar! – Eu e Hershel nos afastamos.

— É exatamente isso que você vai fazer! – Lori grita. — Se quiser orar, chorar ou dizer a Deus o quanto ele é cruel, vá em frente! Mas você não vai embora, Rick! Carl precisa de você, aqui. – Ela abaixa o tom — E eu não consigo fazer isso sozinha. Não desta vez...

— Então o que iremos fazer? – Rick começa a chorar novamente.

Eu não conseguia, ver uma família sofrendo, acho que esse é o meu ponto fraco, não posso ficar aqui sem fazer nada. Eu não poderia fazer a cirurgia sem equipamentos básicos. Então eu sou uma inútil aqui.

— Eu vou. – Falo sem perceber e fico surpresa após disso, mas já era, eu já falei.

— Não, Kaya, você e Hershel vão cuidar de Carl. – Rick protesta.

— O que eu irei fazer sem os equipamentos? – Agora estou entusiasmada, farei algo de bom.

— Kaya...

— Rick, você não vão precisar de mim aqui. – Digo com autoridade.— Eu irei voltar e Hershel vai ajudar seu garoto.

Pego minha aljava e coloco meu machado dentro. O meu arco eu prendo em volta de meu torso e saio do quarto antes que pudessem protestar. Monto na minha Harley e a ligo, mas antes de sair Lori sai correndo da casa gritando:

— Kaya, espere! – Ela se aproxima e me entrega uma arma. — Leve isto e ...obrigado.

— Por nada, Lori.

KAYA, AMBULATÓRIO IMPROVISADO

Chego depois de uma meia hora de estrada. Paro antes de me aproximar, pois o local está infestado de zumbis. Saio da Harley e pego meu machado, me aproximo lentamente e silenciosamente. Um monstrinho nota-me e eu enfio o machado na cabeça dele, tiro e limpo o sangue no chão.

Corro um pouco e vejo dois andarilhos bloqueando meu caminho, pego meu arco e enfio uma flecha na cabeça de ambos. Me aproximo e retiro as flechas limpando-as no chão.

Até agora eles não me notaram aqui.

Ando lentamente, ouço um barulho atrás de mim e já ataco sem ver o que era. Felizmente eu enfiei um machado na cabeça de um zumbi. Vou até um arbusto e me escondo lá, observo ao redor e ouço barulho de tiros, todos os monstrinhos vão na direção do som.

Shane, seu idiota, acabou de piorar mais ainda as coisas.

Espero a quantidade de zumbis diminuírem e vou também na direção dos tiros, me escondo novamente num arbusto e consigo ver claramente Shane e um outro cara. Quando vou levantar-me para ajuda-los vejo aquele idiota atirando na perna daquele pobre homem e deixa-lo para os zumbis.

Eu não podia ficar lá, ele iria perceber que eu havia visto.

Começo a correr na outra direção, não havia nenhum monstrinho para me atrapalhar, assim que vejo que ele estava quase me vendo, viro-me e finjo que acabei de chegar.

— Vocês conseguiram? Está tudo ai? – Pergunto sem nenhuma emoção.

— Sim, porém Otis…- Esse deve ser o nome do cara que ele acabou de matar. — Não conseguiu, havia muito deles.

Mentira, seu filho da mãe! Como você tem coragem de fazer isso!?

— Precisamos voltar, eles estão se aproximando. — Ignoro aquele pensamento e volto correndo para a minha Harley.

Shane entra em seu carro e olha duas vezes para mim antes de liga-lo. Ele desconfia de mim, disso eu sei. Saio assim que possível e pegamos o caminho de volta.

Sinto estar sendo observada por Shane, como ele estava no carro da frente eu podia ver ele olhando para trás.

Ele sabe.

Shane sabe que eu o vi matando Otis.


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Notas finais do capítulo

O HOOBBIIITT!!
Amo muito tudo isso, kkkkkk.
Gostaram do cap?
Achei ele meio curtinho, kk.
Capítulo betado pela Tia Voldy do Nyah Conference!
Te vejo nos coments!