Verdades de um passado escondido escrita por Cibaa


Capítulo 6
Segredos...


Notas iniciais do capítulo

Oiee

le ana: um pouco d história para vcs!!!

eu: eh mais história mesmo, pouca coisa acontece, ms espero q gostem!!!



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Luana acabou indo dormir abraçada com o diário. No outro dia levou um susto ao acordar e perceber que ainda estava com ele.

Na primeira página estava escrito: "Diários não foram feitos para serem lidos". E logo embaixo: "Não leia. Perigo de morte."

Luana riu e achou a avó um pouco exagerada. Na segunda folha estava escrito de caneta preta:

" Papai me disse que devemos ao máximo evitar produzir provas contra nós mesmos, mas ele abriu uma pequena exceção para mim. Ele disse que me faria bem e todos concordaram. Não que eu seja uma garota mimada e sensível que precisa de um diário. Mas é bom desabafar e poder contar a verdade a alguém.

Mesmo que esse alguém seja um diário.

OK, acho melhor começar bem do começo.

Meu nome é Mariá Omuvaré."

Luana parou de ler. Esse não era o diário de sua avó. O nome dela era Priscila Maria Ferreira. Folheou o diário e percebeu que ele era escrito até uma parte de caneta preta com várias anotações vermelhas; na outra parte era escrito com caneta azul com a mesmas anotações vermelhas e o fim era todo escrito em vermelho.

Como se fosse um livro dividido em três parte.

Continuou a ler:

"Quando eu nasci, minha mãe estava presa. Ela foi cúmplice em um crime e teria que ficar presa por um longo tempo.

Meu pai não podia simplesmente me tirar de lá e me criar até que minha mãe saísse. Ele estava mais encrencado que minha mãe e ele acabaria preso também. Então quando eu nasci minha mãe estava desesperada: se ela não desse um jeito de me tirar de lá, eu iria para um orfanato.

E nós nunca mais nos veríamos."

OK. Ou sua avó tinha uma criatividade muito boa ou... não, não podia ser. Ela apenas inventou essa história. Sim. Uma história inventada em forma de diário.

"Ela fez assim: armou um plano com uma parceira dela lá dentro. A irmã dessa parceira era casada e não podia ter filhos, portanto ela cuidaria de mim por um tempo. Ela tinha um celular dentro da cadeia e ligou avisando a irmã. Minha mãe aproveitou e ligou para meu pai escondido desta tal parceira. Todos avisados, era só por o plano em ação.

No dia combinado, eu fui entregue para a irmã da parceira dentro de uma mala de viajem, durante uma visita. Não me pergunte qual desculpa elas usaram para tirar a mala de lá, mas deve ter sido muito boa.

Porém, essa "parceira" não era muito confiável e matou minha mãe para que sua irmã pudesse ficar comigo.

Traidora.

Desgraçada"

As próximas palavras estavam borradas, como se o papel tivesse sido molhado.

Como se alguém tivesse chorado em cima do diário.

Não. Talvez ela tenha derrubado um pouco de água. É isso. Só isso.

" Mas enfim, meu pai e meus tios acharam o casal que estava comigo e ameaçaram chamar a polícia. Afinal, fui 'adotada' de modo ilegal. Eles, sem escolha, me entregaram.

E essa é minha história. Louca. Anormal. Mas a única que tenho. E, sinceramente, se eu pudesse escolher, não mudaria nada. A não ser que isso trouxesse minha mãe de volta. Mas isso é impossível..."

Luana sabia que a avó tinha perdido a mãe quando era muito pequena. Mas nunca ouviu essa história louca.

"Em breve vou fazer 16 anos. Tenho muitas histórias para contar mas vou deixar isso para depois.

O que importa é que eu tenho um segredo. Sobre minha família.

Digo a todos que nós lidamos com troca e venda de mercadorias. Que temo lojas em outras cidades.

Mas é mentira.

O nosso negócio é roubar.

Roubamos objetos muito valiosos, fazemos cópias muito fiéis, devolvemos uma cópia no lugar do original. Então vendemos a original pelo triplo do valor e as cópia pelo dobro.

Troca e venda de mercadorias.

Pensando bem, eu não minto. Apenas conto meia verdade,

Moramos no interior, em uma cidade meio pequena, não ao ponto de a cidade ser tão pequena que todo sabem da vida de todo mundo. Não, seria arriscado demais. Mas também não é um grande centro."

Alguém bateu na porta. Luana deu um pulo de susto, mas ficou aliviada ao ver que era só Flávio.

– Bom dia dorminhoca. Ué, você já esta acordada?

– Bom dia. Venha ver só o que eu achei. Estava bem ali- Luana apontou para a gavetinha na lateral do baú.

– E o que é?- Perguntou Flávio se sentando no lado da irmã.

–Um diário- ela respondeu entregando o diário para Flávio.

Ele leu as primeiras páginas e olhou admirado para Luana.

– Você acha mesmo que...

– Não sei, talvez seja só uma história inventada...

Flávio pensou durante um tempo.

– É, uma história inventada. Mas então por que ela deixou o diário para você? Quer dizer, e se ela quisesse que você descobrisse algo e então te deixasse o baú com o diário de herança? Se fosse uma história inventada ela teria mostrado para a gente.

– Eu já não sei de mais nada. Se devo acreditar ou não.- Admitiu Luana

– Bem, então, que tal tomarmos café?

– Essa foi a melhor coisa que você disse essa manhã.


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Notas finais do capítulo

E então?



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