Era uma vez no Oeste escrita por nina


Capítulo 32
Epílogo




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Epílogo

– Tudo pronto, esquentadinho?

– Quase tudo, Rosie. – Eu bufei. O cheiro de assado já tinha se espalhado pela casa toda e minha barriga pulava de fome, mas nada do almoço sair.

– Você vai nos matar de fome. – Christian me lançou um olhar exasperado enquanto se equilibrava entre mexer uma panela e jogar sal na outra.

– Não seja exagerada, Rose. Eles ainda nem chegaram.

– Mas vão chegar a qualquer momento. – Protestei enquanto espiava a carne que ele fazia para as tortilhas de milho.

– Sim, a qualquer momento, não agora. – Ele me espantou com um pano de prato.

– Mas...

– Rose! – Eu já tinha a resposta na ponta da língua quando ouvi gritarem meu nome.

– Salvo pelo gongo. – Eu disse ao me retirar da minha cozinha espaçosa e deixando para trás um Christian me lançando insultos sobre me meter nos seus negócios.

– Rose!

– Já estou aqui, Lissa. – Eu disse ao entrar na sala.

– O que é que vocês colocam na refeição dessa criança? Eu nunca vi um bebê tão pesado. – Eu comecei a rir enquanto os braços finos da minha melhor amiga tentavam equilibrar meu pequeno – nem tão pequeno assim – Ivan. Ele era o bebê mais bonito que eu já tinha visto, e não é só porque ele é meu filho, mas basta olhar para seu pai. Ele tinha os mesmo olhos do Dimitri, mas o cabelo e o sorriso eram meus.

– Basta você olhar para o tamanho do seu pai.

Ivan ao ouvir minha voz mais próxima, teve sua atenção toda em mim. Seus olhinhos castanhos brilharam quando ele me encontrou, torcendo seu pescoço na minha direção, então seus bracinhos gordinhos se esticaram na minha para eu pegá-lo.

– Acho que ele está com fome.– Lissa constatou, não gostando da ideia de ser trocada.

Eu o peguei no colo, apertando seu rostinho no meu enquanto eu resmungava coisas de bebê.

– Ele acabou de comer faz pouco tempo. Não é, gracinha? – Eu apertei sua bochecha enquanto ele gritava feliz. – Você é insaciável, gracinha, igual ao seu pai, não é?

– Rose! – Lissa protestou. – Não fale essas coisas perto do seu filho, não é saudável.

– Que coisas? – Deu um sorriso malicioso para minha amiga, Lissa revirou os olhos.

– Eu ainda não acredito que você se saiu como uma ótima mãe.

– Ei! – Dessa vez eu protestei. – Dimitri sempre soube que eu seria uma ótima mãe, onde está sua confiança em mim? E eu sempre fui responsável. – Eu abaixei minha voz no final, entregando minha mentira. Lissa riu.

– Vamos lá, Rose. Há três anos você fugiu de casa vestida de homem para procurar o bandido mais perigoso do Texas. E o Dimitri está apaixonado, ele não conta.

Eu tive que rir. Era verdade, eu poderia estar vestindo um saco de ração que meu marido ainda sim me elogiaria. As vantagens de se laçar um cowboy todo para mim.

– Ivan, você não concorda com sua madrinha, não é, bebê?

Ivan tentou dizer alguma coisa, mas acabou foi babando e soltando gritos incoerentes, fazendo com que eu risse e Lissa se derretesse de amor.

Eu alcancei seu lenço e limpei sua boca.

– Você sabe que você mudou muito, Rose. Para melhor. Você ainda é a Rose criançona que não perde uma chance de fazer piada de qualquer situação, mas você cresceu e se tornou uma mãe e esposa incrível.

– Obrigada, Lissa. Você será uma grande mãe também, mas isso eu já sabia desde sempre. – Quando pequenas Lissa sempre fazia o papel de mãe e eu era o pai que saia pelo deserto em uma aventura.

– Estamos tão ansiosos. – Lissa sorria e esfregava sua barriga de sete meses. Eu não podia deixar de admirá-la, ela ainda conseguia ficar magra e elegante com seu vestido armado e chapéu redondo na cabeça. Na minha gravidez eu fiquei enorme e só agora eu tinha voltado ao normal, sem contar o mau humor e a fome louca, Dimitri nunca reclamou, mas apenas porque eu acho que ele estava empolgado demais com a ideia de ser pai e construir nossa própria família.

– O cheiro aqui está uma delícia. – Uma voz forte veio da escada. Lissa e eu nos viramos.

– Pai, você pode, por favor, ameaçar o Chris dessa vez? Ele está há horas na minha cozinha e não tem nada pronto.

Meu pai riu e Lissa parecia olhar assustada com a ideia do meu pai ameaçando seu marido.

– Chris diz que cozinhar é uma arte e que a arte leva tempo. – Ela disse. – Tenho certeza de que ele já está terminando, eu mesmo vou apressá-lo. – Dizendo isso ela sumiu pela porta que levava a cozinha.

– E o meu neto, está bem alimentado? – Meu pai amava seu neto, mais do que qualquer coisa e foi muito grato ao Dimitri quando ele escolheu uma fazendo em El Passo para morarmos. Assim Abe vivia ali, mimando seu primeiro neto.

– É claro que está, pai.

– Ele está enorme. – Abe constatou com um sorriso de orgulho masculino. Homens.

–Com você e o Dimitri mimando esse garoto nunca irá lhe faltar nada. Eu fico imaginando se eu tivesse uma menina.

Meu pai arregalou os olhos.

– Você está grávida? – Eu podia ver alegria pura em seus olhos.

– Ainda não. Mas eu e o Dimitri estamos pensando em aumentar a família em breve. – Meu bebê já estava para completar um ano e nós queríamos um campo cheio de crianças correndo.

– Isso é maravilhoso, minha filha. – Meu pai me pegou de surpresa quando em puxou para um abraço, Ivan sendo esmagado entre nós dois. – Obrigada por me dar uma família.

Eu sorri para meu pai. Eu queria dar isso para ele, depois que minha mãe nos abandonou eu sabia que ele se sentia sozinho e nunca passou por sua cabeça arrumar uma nova esposa. Agora ele não precisava mais, ele dizia que tinha tudo três fazendas de distancia e eu acreditava nele, eu via a felicidade em seu rosto.

Ajeitei Ivan no meu colo. Ele realmente estava enorme, meu braço já estava dolorido. Ele apenas riu com o pulo e começou a brincar com meu cabelo, alheio a nossa conversa.

– E a tia Kirova? Nenhuma outra notícia?

– Na última carta ela disse que estava indo para a Europa, acho que não vamos vê-la por um tempo.

Tia Kirova tinha nos visitado no último natal para conhecer Ivan, que na época tinha poucos meses, ela tinha acabado de desencalhar e arrumado um marido muito rico, dono de enormes latifúndios de algodão. Eu achava impossível, mas ela tinha ainda mais bagagens e chapéus com ela. Sua coleção parecia triplicar agora. Mas o melhor da sua visita foi ver seus olhos vermelhos e cheios de lágrimas quando ela conheceu meu filho e o segurou. Ela podia ser minha tia fútil, mas tinha um fraco que eu não entendia por mim. Eu sempre seria muito grata a ela por me criar e fazer o que ela achava seu melhor.

– Acho que ela finalmente conseguiu tudo o que ela queria.

Ele acenou em concordância, então seu rosto repentinamente ficou sério.

– O que foi? – Perguntei desconfiada.

– Eu recebi outra carta também. – Não sei por que, mas eu acho que não iria gostar.

– De quem?

– Sua mãe. – Por uns dois segundos meu coração parou de bater. Nós não tínhamos notícias dela há anos.

– O que ela queria?

– Ela quer fazer uma visita. Ela disse que queria ver você e eu contei sobre seu neto e marido. – Eu devia deixa-la se aproximar, mesmo depois de tudo?

– Eu não sei. Nossa relação não seria saudável para o Ivan. – Ao mesmo tempo eu queria vê-la e poder abraça-la e chama-la de mãe, mas eu tinha medo de uma nova rejeição.

– Fale com seu marido primeiro. – Eu acenei. Dimitri sempre saberia o que era melhor.

– Eu vou.

– Falando nisso, onde ele está?

– Ele estava no celeiro, organizando tudo para receber o pessoal. – Então me lembrei de que era meio dia e o calor lá fora deveria estar insuportável. – Eu vou procura-lo e levar uma bebida.

Meu pai sorriu e me deu um tapinha nos ombros.

Ainda com Ivan no colo eu fui até a cozinha para pegar uma jarra de chá bem gelada quando me deparei com Lissa e Christian se agarrando na minha cozinha. Era a visão do inferno ver sua amiga com uma barriga enorme ser prensada na mesa que você tinha suas refeições todo dia.

– Ah Qual é? Eu como aqui. Dá para vocêss dois pelo menos respeitarem meu filho. – Eu gemia de frustação. Essa imagem ficaria na minha cabeça pelo resto do dia.

Lissa e Christian se afastaram rapidamente, ambos ofegantes e vermelhos. Eu fui até a geladeira e peguei a jarra e um copo.

– Desculpa, Rose. São esses hormônios. – Lissa ficou roxa agora.

Me virei para Christian.

– Controle sua esposa e termine o almoço. – Bufei. Eu espero que meu filho esteja entretido demais no meu cabelo para ver qualquer coisa, eu não queria traumatizar meu Ivan. – E a proposito. – Falei enquanto saia da cozinha. – Talvez queiram saber que é bem provável que o Ivan tenha sido consumado nessa mesa. – Eu ri ao ouvir Christian xingando alto e Lissa o repreendendo.

Segui porta afora e em direção aos estábulos. O sol estava fervendo e eu já começava a derreter.

Assim que cruzei o grande portal que dava para o celeiro eu avistei meu marido empilhando alguns sacos de ração. Eu tive que parar um minuto ou dois para olhar. Ele vestia calça, botas e a minha camisa branca favorita, que marcava todos os seus músculos e aqueles movimentos que ele fazia de abaixar e levantar os sacos estava me dando ideias que me deixaram com ainda mais calor. O chapéu que ele sempre usava, o que nos acompanhou na nossa história estava jogado em sua cabeça, mas seu cabelo estava preso por um fino cordão de couro. Senhor, eu nunca me cansaria de olhar esse tamanho de homem.

Ivan soltou um som engraçado e babado e isso atraiu a atenção do seu pai. Dimitri jogou o último saco na estante e se virou com um sorriso enorme, então caminhou na nossa direção e se possível me fez ainda mais quente.

– Olha quem veio me fazer uma visita. – Ele nos alcançou. – Oi mamãe. – Sorrindo, ele me deu um beijo que quase me fez perder o chão, sua boca desceu na minha firme e com possessão enquanto sua mão me puxava pela cintura, para mais perto dele.

– Oi. – Eu já não tinha fôlego quando ele se afastou.

– Oi, garotão. – Ivan respondeu feliz em sua língua de bebê enquanto Dimitri o puxava para seu próprio colo. Brincando de jogá-lo para cima três vezes, enquanto meu bebê gargalhava. – Ele está enorme, Roza. – Dimitri tinha aquela voz de pai orgulhoso.

– Eu sei, quase sinto falta de quando eu podia aninhá-lo em um só braço.

– Podemos ter um novo bebê em breve. – Ele me lançou seu sorriso torto e malicioso que era só meu.

– Por falta de tentativas não vai ser, camarada. – Ele me deu um olhar quente e me puxou para um breve beijo.

– Pensei que você poderia estar com sede. – Mudei de assunto quando ele se afastou. Eu, Dimitri, mais celeiro deserto já tinha histórias e lembranças boas demais para despertar nosso desejo incontrolável e aquele não era o momento ideal. Ivan estava ali e nossa casa estava cheia de convidados nos esperando.

– Morrendo de sede, Roza. – A maneira como sua voz saiu rouca me fez olhá-lo em advertência.

– Mais tarde. – Eu sussurrei.

– Mais tarde. – Como uma simples frase podia conter tantas promessas?

Eu servi a bebida e ele bebeu quase tudo em uma golada só.

Ivan tentava pegar o copo suado e seus dedos acabaram deixando marcas. Dimitri sorriu e deu um pouco da bebida na boca do nosso filho. Ivan tentou segurar o copo enorme, fazendo eu e Dimitri rir.

– Ele adora seu chá. – Dimitri me deu o copo e eu servi um pouco mais. Dimitri dividiu entre ele e Ivan enquanto eu descartei a jarra e me encostei à parede de madeira, os observando. Os dois homens da minha vida.

– Quando eles iam chegar?

– Eles disseram que na hora do almoço. – Dimitri respondeu. – Devem estar próximos. Como Christian está se saindo na cozinha?

– Ele realmente cozinha muito bem. – Admiti. – E não conte a ele. – Avisei, fazendo Dimitri rir e concordar.

– De jeito nenhum, Roza. Eu e Ivan não ouvimos nada, não é, garotão? – Ivan estava mais entretido brincando com uma cordinha da camisa do pai.

– Preciso te perguntar uma coisa. – Meu tom sério fez ele me olhar imediatamente, franzindo a testa com preocupação.

– Alguma coisa errada?

– Eu não sei. Meu pai recebeu uma carta da minha mãe. Ela quer vir nos visitar, quer conhecer você e o Ivan.

Dimitri ficou pensativo por um tempo.

– O que você quer? – Ele perguntou por fim.

– Eu quero vê-la novamente, ela é minha mãe, depois de tudo. Mas eu tenho medo de que ela me abandone novamente. – Dimitri sempre me entendia. Ele me puxou pelo ombro para junto dele e de Ivan, onde eu me aninhei, brincando com Ivan.

– Roza, eu acho que você deve dar uma chance a ela. E se ela for estúpida para abandonar novamente a filha maravilhosa que tem, então, ela não merece seu amor. E não se esqueça de você sempre terá a nós. – Ele sorria me apertando mais contra ele.

– Eu vou dizer que ela pode vir. – Dimitri tinha razão, eu sempre teria pessoas que me amavam de verdade ao meu lado. Se minha mãe não fosse digna de ser parte da minha vida, ela seria a única a perder todas essas pessoas incríveis.

Ficamos um tempo mais no celeiro, um momento de família. Um momento só nosso, quando ouvimos sons de cascos. Dimitri e eu sorrimos um para o outro e caminhamos para a entrada da nossa fazenda de mãos dadas.

A comitiva parecia cansada quando atravessou as porteiras e os rostos conhecidos sorriam para nós.

– Pequena Rose, é sempre uma alegria vê-la. – Adrian foi o primeiro a saltar de seu cavalo, vestindo um terno caro e gravata de cordão.

– Eu estava louco para ver esse garotão. – Eddie disse, seguindo todos os outros cowboys que se desfaziam de suas montarias.

– Olha como ele está grande. – Esse era Mason.

– Tiro Certeiro, você é um cara de sorte.

Depois fomos inundados pela calorosa recepção dos cowboys da comitiva. Todos queriam um pedaço da atenção do meu pequeno Ivan e não se cansavam de dizer que sentiam falta do Tiro Certeiro e suas antigas aventuras. Dimitri estava mais do que satisfeito de dizer que aquele lugar era onde ele pertencia agora.

Quando os cowboys acomodaram seus cavalos e tiveram uma rápida lavagem no poço, Christian finalmente terminou a refeição. Eu quase podia ouvir os coros de aleluia.

Uma enorme mesa de cavaletes nos esperava nos fundos, a sombra fresca de uma árvore. Eu e Lissa cuidamos de levar as bebidas enquanto os homens levavam as louças e as enormes panelas com o melhor da culinária de Christian.

Ivan era paparicado enquanto andava de um lado a outro seguindo os cowboys, sob o olhar atento do meu marido, é claro.

Hoje era mais um dia feliz na Princesa. Nossa fazenda Princesa. Nós queríamos um pedaço do Sr. Nagy em nossas vidas e apesar de a única coisa física que tínhamos dele ser meu colar de rosas, ele sempre estaria em nossos corações.

Eu olhava ao redor da mesa cheia e barulhenta. Para mim essa era a verdadeira felicidade. Dimitri e eu ainda tínhamos muito que superar, muito coisa do passado nos marcou de uma forma que nunca seria totalmente curada, mas tínhamos um ao outro e agora ao Ivan, nós ficaríamos bem. Muitos altos e baixos ainda estavam por vir, com dias bons, como esse, e dias terríveis, como no dia do nascimento do Ivan onde Dimitri achou que ele perderia a ambos, mas ter tido a honra de compartilhar uma parte da minha vida com essas pessoas maravilhosas já era o suficiente para mim. Eu já tinha mais de felicidade do que eu já tinha imaginado ter um dia.

Dimitri deve ter percebido que eu estava perdida em pensamentos, porque eu senti sua mão buscando a minha por debaixo da mesa e a apertando gentilmente.

– Está tudo bem? – Ele perguntou, parando um segundo de alimentar Ivan, que estava no seu colo.

Eu sorri e apertei sua mão de volta.

– Está. Só estou pensando.

– Pensando?

– Em como eu encontrei meu lugar aqui. Obrigada, Dimitri.

Dimitri pareceu surpreso primeiramente, mas então, eu vi as mesmas emoções que eu sentia transbordarem dos seus olhos.

– Eu te amo, Roza. – Ele se inclinou e deixou um beijo carinhoso na minha testa. Quando eu achei que ninguém notava nosso momento um coro de provocações se seguiu dos cowboys.

Eu estava em casa.


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Notas finais do capítulo

Acabou =/
Estou tão triste por ter chegado ao fim de mais uma fic. Eu amei escrever essa história, obrigada por cada comentário, cada favorito, cada recomendação e cada mensagem de carinho que vocês me deixaram a fim de me incentivar a continuar. Fiz meu melhor aqui, espero realmente que vocês tenham gostado da história e que de alguma forma ela tenha sido especial, porque para mim foi. Obrigada a todos por fazerem parte =) E um obrigada especial a todas as meninas que me acompanham desde o começo e comentam a cada capítulo, vocês são parte dessa fic garotas!!!

Eu pretendo escrever novas histórias e tenho várias ideias incríveis, mas estou sem tempo no momento e não quero deixá-las tanto tempo ser atualizações, por isso eu vou voltar a escrever quando conseguir organizar minha vida corrida primeiro, sabem como é, mudando de cidade, começando faculdade nova, minha vida está uma correria. Mas estou aceitando sugestões de temas de fundos para uma nova fic em breve.

Beijos e até a próxima