Era uma vez no Oeste escrita por nina


Capítulo 1
Tiro Certeiro


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey
Essa é a minha nova história...eu ameeei escrever e me empolguei aqui =)
Conto com a presença e participação de todos!!!
Boa leitura...



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– Rosemarie, se afaste da janela. Você quer seu vestido todo empoeirado? – eu revirei os olhos para a minha tia Kirova.

– Que eu saiba nós estamos cercadas por deserto, e já que eu vou ficar aqui é melhor me acostumar. – eu me debrucei ainda mais sobre a janela da diligencia. Eu ouvi minha tia murmurando algo sobre eu não ter educação, mas isso só me fez afastar a cortina de algodão bege e jogar a cabeça ainda mais para fora, permitindo que o vento seco e quente desmanchasse meu coque bem feito.

Eu sentia falta do Texas. A paisagem vermelha com seus grandes cânions contrastando com extensas planícies de terra batida e vegetação escassa e arbustiva, muito diferente de todo o verde e excesso de água que eu tinha na minha última casa na Geórgia. Minha infância tinha sido toda nesse ambiente desolado e monocromático, e eu sentia falta de tudo, principalmente das pessoas.

Eu tinha me mudado para o estado da Geórgia quando tinha 13 anos, meus pais haviam se separado e eu fui morar com a minha mãe e minha tia, mesmo contra toda minha relutância. Kirova é a irmã do meu pai e foi ela quem me criou na verdade, com muita rigidez devo acrescentar, mas eu nunca fui muito boa em ouvir as pessoas.

Minha mãe quase não ficava em casa, ela era uma cantora de sucesso e viajava o mundo se apresentado, esse foi um dos motivos da sua separação repentina. Se separando do meu pai e também da sua filha. Eu não tinha nenhum sentimento de perda, afinal, ela nunca esteve presente. Mas bem no fundo eu sabia que eu sentia falta de ter tido um lado materno na minha vida.

Mas agora, cinco anos depois, eu estava de volta. Voltando para a pequena cidade de El Passo, no coração do Texas. As economias da minha tia vinham acabando, e ela sempre foi uma pessoa muito apegada ao luxo, ao ponto de voltar para o lugar que ela mais odiava. Meu pai era um rico fazendeiro nessa região e podia nos proporcionar todo o requinte que estava ficando em falta.

Depois de uma viagem de dois dias de trem, nós havíamos chegado à estação de Santa Helena, que era a maior cidade da região. O trilho terminava ali, então para chegar ao nosso destino final eram mais cinco dias de estrada e muita poeira.

Eu sabia que ao entardecer do quinto dia já estávamos chegando quando avistei o rio Appaloosa. O rio pedregoso e de águas limpas que corria por trás de El Passo e se perdida por entre os cânions.

– Eu espero que Ibrahim tenha dado ordens aos seus empregados para nos esperarem com as devidas recepções. – kirova chiou do seu acento em frente ao meu. Mesmo após passar cinco dias na estrada ela parecia impecável para alguém que passou as noites em pequenas pousadas humildes. Seu vestido de anágua verde claro estava completamente ausente de qualquer ruga e seu cabelo escuro estava preso em um penteado chique, permitindo que seu chapéu da mesma cor pendesse pela sua cabeça de forma elegante. Esse definitivamente não era o lugar adequado para uma mulher como ela.

– Meu pai nunca foi muito hospitaleiro, por isso não espere muito tia. – eu disse sando de ombros. Tudo o que eu queria era chegar ao meu destino e rever as pessoas que me fizeram tanta falta.

– Eu já me arrependi de ter deixado todo o asfalto da Geórgia para trás. – ela disse espirrando e balançando a poeira da sua frente.

Nossa diligencia parou abruptamente.

– Mais essa agora. – Kirova resmungou, abrindo seu livro e se concentrando ali.

Eu coloquei minha cabeça para fora, para constatar que o motivo da parada era um grande rebanho atravessando a estrada. Eu ouvi o som de botas pesadas batendo no chão de terra e espiei o lado para ver nosso cocheiro se aproximando da janela. Um homem de meia idade, mas com o rosto marcado pelo sol e o trabalho pesado.

– Senhorita, só estamos esperando a boiada passar e já seguiremos viagem. Isso não deve demorar mais do que alguns poucos minutos. – seu sotaque era espanhol.

– Não há problemas. – ele acenou e subiu no seu banco novamente, dessa vez cantando uma canção sobre índios e cavalos.

Eu apoie meus braços na madeira e observei a movimentação. A boiada de fortes bois marrons estava sendo guiada por vários cowboys. Eles gritavam comandos enquanto cercavam os animais, e os conduzia pelo caminho certo. Eles vinham montados em grandes cavalos e usavam trajes feitos de material grosseiro, como o couro e algodão. Sem contar o chapéu de aba baixa, que era algo indispensável com esse sol e a bandana que alguns usavam para afastar a poeira do nariz e da boca.

Um em particular me chamou a atenção. Não sei se pela sua voz forte e comandos firmes do cavalo ou se pela altura e graça. Ele dava ordens para os homens, por isso considerei que ele fosse o chefe do grupo. Eu não sei se ele sentiu meus olhos o observando atentamente, mas ele seguiu meu olhar. Nessa distância eu não poderia distinguir suas feições, mas eu podia dizer que ele era moreno. Eu não desviei o olhar, percebendo isso o homem me cumprimentou abaixando a aba do chapéu e tive a impressão de que ele sorria torto.

Minha tia tinha me falado muito sobre esses cowboys. Segundo ela eram homens que gostavam de se aproveitar de jovens inocentes que se apaixonavam por seu modo másculo e independente, eu não seria uma dessas, por isso voltei para dentro da carroça, fechando a cortina no processo.

Alguns minutos depois eu senti o arranque das rodas de madeira, então voltei a abrir as cortinas, vendo os homens e a boiada se afastando. Eu não sabia o porquê, mas tinha prendido a respiração.

Chegamos a El Passo quando o sol estava começando a descer. Nossa diligencia seguia pela rua principal. A primeira imagem que se tinha da cidade era sua cor marrom apagada e fosca, seja pela madeira das construções ou pela terra que nos cercava.

Carroças iam e vinham, e pessoas, sendo a maioria montada em seus cavalos olhavam curiosas para os novos visitantes. Minha tia mantinha a sua janela fechada, enquanto ajeitava as penas do seu chapéu que já estava em perfeita posição na sua cabeça. Já eu, estava atenta a tudo que acontecia ao redor.

Eu ouvi um barulho de vidro se quebrando e uma gritaria, isso chamou a atenção de quase todos. Na porta de um dos saloons, um homem caindo de bêbado estava sendo expulso. O dono do estabelecimento, um homem gordo e muito rico estava acusando o bêbado de roubar na mesa de pôquer. Nossa carroça continuou seguindo, e logo eu já não podia mais ouvir a discussão que ficava para trás. Mas sabia onde isso podia terminar, em um duelo. Bem vinda de volta ao Texas, Rose.

Paramos em frente a grande casa do Mazur. Meu pai era temido e respeitado por todos, pelo menos era isso que eu me lembrava. Muitas crianças tinham receio em fazer amizade comigo por conta disso. A casa de dois andares era de madeira e cercada por uma varanda de fora a fora. Ao lado ficavam um grande estábulo e o haras. Meu pai era dono de uma quantidade razoável de cavalos, mas seu dinheiro vinha mesmo da exploração de minas de ouro.

Assim que paramos o cocheiro abriu a porta e estendeu a mão. Minha mão enluvada por renda pegou a sua e eu pisei nessas terras pela primeira vez em cinco anos, não me importando em sujar a barra do meu vestido rendado.

Eu deixei minha tia para trás e praticamente corri, subindo a pequena escada e atravessando a varanda. Quando eu abri a porta o cheiro familiar de bolo de milho e limonada gelada me invadiu.

– Pai! – eu chamei. Uma porta se abriu e eu me lembrei de que aquele era o gabinete que meu pai costumava usar. Parece que as coisas por aqui não tinham mudado muito.

– Rosemarie. – Meu pai atravessou a sala e me puxou para um abraço. – É muito bom ter você de volta. – eu o abracei apertando, guardando seu cheiro amadeirado que me fez tanta falta. – Me deixe dar uma olhada em você.

Nós nos afastamos o suficiente e enquanto ele me observava com olhos brilhando eu me vi fazendo a mesma coisa. Meu pai parecia não ter mudado em nada. O mesmo cabelo bem penteado e barba aparada, tudo em um tom escuro, semelhante ao meu próprio cabelo. Suas roupas extravagantes também estavam ali. Abe vestia um terno de linho cinza, com uma gravada de cordão de couro amarrada ao pescoço. Um lenço vermelho estava colocado ordenadamente no bolso da frente do paletó e um chapéu preto que parecia muito caro estava na sua cabeça.

– Você se tornou uma mulher linda Rosemarie. – Eu tinha mudado muito em cinco anos. Bem eu tinha 13 quando deixei meu pai e naquela época eu apenas tinha começado a adquirir certa vaidade. Agora eu era uma mulher bem formada e bonita. E segundo todos os jovens da Geórgia dona de um corpo espetacular, mesmo sobre todos os tecidos dos vestidos estruturais. Mas eu era diferente das mulheres sem graças e bem comportadas, isso era um prato cheio para chamar a atenção de tantos homens. E eu também gostava de namorar, por isso toda a atenção que eu recebia era muito bem vinda.

– Você também não está nada mau pai. Para um velho de... 50 anos? – ele estreitou os olhos para a minha brincadeira.

– Eu sou um homem muito cobiçado nessas terras Rosemarie. E sua mãe, uma mulher muito bonita, foi uma das que não resistiram ao meu charme.

– Tenho certeza de que ser dono de quase uma montanha inteira não tenha influência nenhuma. – eu disse levantando as sobrancelhas.

– Você fez falta nessa casa Rosemarie. – meu pai me abraçou mais uma vez com um sorriso, e nesse momento Kirova entrou pela porta resmungando.

– Kirova, minha irmã. Vejo que está aproveitando a viagem como ninguém. – A mulher lançou um olhar de ódio para o meu pai. E observei que seu vestido impecável já tinha uma macha de poeira. Eu não pude evitar rir discretamente.

– Apenas peça para seus empregados me prepararem um banho quente Ibrahim. – ela disse subindo as escadas enquanto tentava carregar uma de suas malas de mãos que deveriam estar repletas de cremes e perfumes.

– Espero que você tenha se comportado bem enquanto esteve com ela. – eu olhei para o meu pai com inocência fingida.

– Eu fui uma verdadeira lady.

– Eu conheço a filha que eu tenho. E recebi algumas cartas da minha irmã. – Eu gostava de fugir de casa durante a noite para beber com alguns amigos no porto. Um deles tinha um pai rico, que era dono de muitos barcos. Mas a cidade era grande e ficar mal falada exigia um pouco mais de esforço. Eu me fiz de desentendida e mudei de assunto.

– Como estão as coisas aqui desde que eu deixei? A cidade se parece exatamente com a mesma. – meu pai me deu um olhar que dizia que conversaríamos mais tarde sobre as cartas.

– Pouca coisa mudou realmente. A diferença é que El Passo agora é um dos locais de paradas dos vaqueiros. Por isso a cidade tem recebido muito visitantes desconhecidos, e já peço desde já Rosemarie, não ande sozinha, principalmente durante a noite. – Eu não estava mais na Geórgia onde a polícia tinha controle sobre tudo, aqui era o velho oeste onde os homens não tinham leis.

– Eu não vou. – prometi com os dedos cruzados nas costas.

– Agora, o que me diz de um lanche? – eu concordei com entusiasmo e o segui para a cozinha. – Pedi que fizessem bolo de milho, limonada e seu preferido, brownie de chocolate.

Meu pai teve que sair depois disso, mas eu permaneci na mesa até que todo o chocolate tivesse acabado.

Houve uma batida na porta e um dos empregados saiu para atender.

– Senhorita Rose. – Uma mulher baixinha me chamou. – A visita é para a senhorita. – eu acenei e corri para a sala, me corroendo de curiosidade.

– Eu não acredito! Lissa? – uma versão mais velha da minha melhor amiga de infância estava na minha sala.

– Rose. – ela soltou um grito de alegria e me abraçou apertado, eu retribuí na mesma intensidade. – Quando eu soube que você estava voltando fiquei tão contente. Eu senti a sua falta aqui, é tão bom te ver novamente.

– Eu também senti falta. De você e de tudo. – Eu dei uma boa olhada na minha amiga. Seu rosto fino e angelical parecia o mesmo, os mesmos olhos verdes claros, a mesma bochecha rosada. Os cabelos loiros eram um pouco maiores, mas a real diferença era na altura.

– Olhe para você, é uma mulher. E está mais alta do que eu. – eu disse com um sorriso. Lissa sempre tinha sido a menor da turma.

– Bem, eu tenho crescido muito nos últimos anos. Mas o que dizer de você, eu aposto que é a mulher mais bonita de todo o Texas. – Lissa com sua beleza suave era algo difícil de bater, mas eu apenas sorri.

– Como você soube que eu cheguei? – perguntei curiosa.

– Todos na cidade só comentam sobre isso Rose.

– Bem, eu sempre gostei da atenção. – eu brinquei.

– Vamos, você não pode ficar mais um segundo se escondendo aqui dentro.

Lissa ligou nossos braços e me puxou em direção à porta da frente.

Eu ajeitei melhor meu chapéu, mesmo para um fim de tarde o sol estava quase me queimando.

– O que eu perdi todos esses anos? – perguntei enquanto caminhávamos na rua principal, atraindo os olhares de muita gente.

– Ah Rose! Tanto, mas principalmente os cowboys. E o melhor deles, Tiro certeiro. – ela disse com um suspiro.

– Tiro certeiro?

– Na verdade esse é um dos apelidos que deram a ele. Aqui em El Passo ele é conhecido como Tiro certeiro, entre os índios é Kaluanã, que significa grande guerreiro, entre os mexicanos é chamado de El gran hombre, o que você vai entender quando vê-lo. Além de Enoma que significa bonito...

– Por que não chamá-lo pelo próprio nome? – eu interrompi tonta com tantos nomes.

– Ninguém sabe seu verdadeiro nome nem seu passado Rose. Mas ele não é daqui, eu sei disso pelo sotaque diferente.

– Você já falou com ele? – perguntei desconfiada. Eu não entendia o porquê de tanta euforia com um simples cowboy.

– Umas duas vezes, mais foi o suficiente para mim.

Nesse momento uma nuvem de poeira se levantou da entrada da cidade. Lissa me puxou naquela direção, praticamente correndo. A maioria dos moradores parou o que estavam fazendo e fizeram a mesma coisa, principalmente as moças.

Bois entravam no curral. Lissa subiu no primeiro degrau da cerca de madeira desgastada sorrindo em antecipação. Eu permaneci com meus pés na terra batida.

Eu percebi que os mesmo cowboys da estrada estavam colocando os bois ali. As moças empoleiradas na cerca ajeitavam o cabelo e o vestido e conversavam animadamente entre si, enquanto olhavam descaradamente para os homens. Algumas pessoas aplaudiam e acenavam para os vaqueiros, como se aquilo fosse a melhor coisa do mundo. Eu apenas bufei.

Quando o último dos bois entrou, os cowboys desmontaram dos seus cavalos e seguiram até o poço para encher seus cantis. A multidão começou a se dispersar, mas alguns desocupados ainda perdiam seu tempo ajudando os visitantes.

Lissa conversava animadamente com algumas meninas e apontavam discretamente para um dos vaqueiros enquanto soltavam sorrisinhos animados.

– O que é isso? – perguntei exasperada.

– Aquilo é Tiro Certeiro. – ela apontou para o homem mais alto que lavava as mãos no poço. – O homem mais charmoso, corajoso e livre de todo o Texas.

– Do Texas? Você quer dizer do mundo. Olhe para ele. – uma das garotas disse com olhar sonhador. Eu revirei os olhos, nada impressionada. Ficou claro para mim que toda garota de El Passo estava apaixonada por esse vaqueiro desconhecido.

– Ele não me parece tão bonito assim. – dei de ombros. E vários pares de olhos indignados me censuraram.

–Rose. – Lissa tinha seu sorrisinho característico. – Tiro certeiro é o melhor cowboy em milhas e não existe uma mulher aqui que não tenha tido um caso com ele. – eu arregalei os olhos.

– Ele...- ela me interrompeu.

– Ele nunca tiraria a moral de uma mulher. Apenas seu coração. – ela sorriu. – Ele sabe que tem a atenção de qualquer mulher e acho que quer apenas provar que é capaz de tudo o que ele deseja. Mas são apenas beijos. Na verdade apenas um beijo, ele nunca beijou uma mulher uma segunda vez. Jamais. – ela constatou com tristeza.

– Espera, isso quer dizer que... você já o beijou?

– Sim, a uns dois anos atrás. – ela disse com um ar sonhador. – Eu até acho que ele se lembra do meu nome. – eu estava ficando com raiva agora. O que há com todas essas mulheres?

– Como você pode gostar de um homem assim?

– Rose, você não o conhece. – ela disse olhando para o homem e arrumando sua franja que caia no seu olho. As moças ainda permaneciam ali tentando aproveitar ao máximo a presença do vaqueiro mulherengo.

– E você o conhece? – perguntei irritada.

– Bem, não realmente. Mas eu sei que ele é um excelente beijador e que tem uma ótima mira.

– Eu não sei o que há de errado com todas vocês. – resmunguei.

– Você vai saber do que eu estou falando Rose. Você é provavelmente a única mulher que ele ainda não beijou aqui então se prepare para conhecer seu charme.

– Isso nunca vai acontecer. – eu disse determinada.

Eu ouvi suspiros e quando olhei para frente vi que o tal Tiro Certeiro estava se aproximando. Ele passou ao nosso lado com um sorriso torto e abaixando a aba do chapéu.

– Senhoritas. – ele cumprimentou. Então eu o reconheci, era o homem que eu tinha visto da diligencia. Sua voz parecia muita mais grave e imponente assim de perto e ele realmente tinha um leve sotaque desconhecido. Era como veludo suave e chocolate quente. O que?

Ele puxou seu cavalo o montando com grande elegância e usava um longo casaco de couro marrom, típico dos homens daqui. Então seus olhos caíram em mim e ele inclinou a cabeça enquanto me observava. Segundos depois um sorriso se formou no seu rosto. Ele se lembrava de mim também.

Sem dizer nada ele virou seu cavalo, seguindo para dentro da cidade.

– Ele é maravilhoso. – uma das moças voltou a dizer.

Eu estava com raiva do homem de vários nomes. Ele era tão convencido de si, quem ele achava que ele era para iludir todas essas garotas estúpidas, para dizer o mínimo. Eu tinha que admitir que ele era bonito, não havia dúvidas quanto a isso. Seus olhos escuros guardavam tanto segredos, sem falar nos seus cabelos compridos como seda. Eu não poderia dizer muito porque o chapéu fazia uma sombra escondendo boa parte das suas feições.

Ele olhou para trás como se percebendo pela segunda vez que eu o observava e sorriu e me dando um aceno atrevido. Eu apertei os olhos com raiva e puxei Lissa, marchando de volta para minha casa. Se existe uma mulher que esse cowboy não ia conseguir beijar, essa mulher seria eu.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do primeiro capítulo?
Devo continuar?
Vocês é quem mandam!!!