O lado bom da Vida escrita por LittleLion


Capítulo 3
Não podemos ser positivos?


Notas iniciais do capítulo

Bem, eu ontem escrevi mais 4 capítulos, contando com esse e se vcs gostarem posto todos hj. Boa leitura e bjs :3



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“Um incidente pode mudar uma vida”

Assim que meu pai me viu, notei que sua expressão mudou. Depois que me assumir e me casei, ele mudou comigo, de filha querida, virei apenas à filha lésbica dele. Esperava que com o tempo as coisas mudassem, mas não mudaram, porém melhoram um pouco.

Randy, o amigo do meu pai, veio cumprimentar minha mãe e foi assim que ele notou minha presença. Como sempre afetuoso (espero que entendam a minha ironia) ele disse:

O quê?O que é isso?- ele me disse com um pouco de raiva na voz, então veio até mim e tocou em meu ombro, enquanto olhava para minha mãe, que parecia suplicar que ele não fosse grosso ou hostil comigo. Então ele me olhou de volta e disse com um sorriso amarelo. - Tudo bem?. -Eu apenas concordei com a cabeça e foi então que ele me abraçou e eu não pude esconder minha surpresa.

Onde está?- ele perguntou sobre o cordão da família.

Bem aqui- eu disse enquanto ele tirava de dentro da minha blusa.

Aí está. Não queremos que roubem. - ele disse e sorriu.

Ainda tem o seu?- pergunto já sabendo a resposta.

Sim, ainda estou com o meu- ele diz sorrindo, então ele olha pra minha mãe e começa a falar sobre mim como se eu não estivesse ali.

Eles discutiam sobre ela não ter contado que iria me tirar do sanatório e eu fiquei realmente surpresa, porém ela fez questão de mudar de assunto e dizer que estava tudo bem. Ele disse com falsa preocupação que apenas queria certeza que eu estava bem antes de sair. Então novamente ele voltou a discutir com a minha mãe sobre mim, como se eu não estivesse ali e aquilo realmente me estressava.

Eu os cortei e disse que eu estava bem e que o tribunal tinha concordado com a minha saída, ele pareceu se dar por vendido e me deu parabéns por ter saído.

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Depois de uma longa conversa com meus pais sobre como foi no sanatório, resolvi ir pro meu quarto e começar a ler os livros que Marley tanto ama ler e meu pai não deixou de me criticar dizendo que eu devia superar Marley e me dizendo que ela vendeu nossa casa e foi embora.

Ele podia dizer o que quisesse, mas não importava, pois ele não sabia nada do meu casamento, eu sei que Marley e eu somos apaixonados ainda como ele e minha mãe.

Então ele tentou me convencer mais uma vez dizendo, que ela se foi e não ia voltar.

Então eu me lembrei da minha palavra de força “Excelsior” e que eu tinha que pegar toda a negatividade dele e usar como combustível para lutar e reconquistar minha mulher e minha vida.

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Passei horas e horas lendo um dos livros que Marley amava, minha mãe me trouxe comida e eu agradeci, pois já estava mesmo com fome. Então quando acabei de ler o livro fiquei decepcionada e fiz questão de grita “Mas que porr...” e joguei o livro pela janela. Fui correndo para o quarto dos meus pais, que levaram um susto, mas eu nem me importei.

Porr... de livro estúpido. Não creio que Marley esteja mesmo ensinado esse livro. - eu disse com raiva. - O tempo todo. Vou resumir pra vocês. O tempo todo você torce pro tal Hemingway sobreviver á guerra e ficar com a mulher que ama, Katherine Barkley.

São 4 horas da manhã, Quinn. - minha mãe disse de um jeito doce porém repreensível mas eu não me importei e continuei.

E ele consegue. Consegue. Ele sobrevive á guerra. Depois de explodir, sobrevive e foge pra Suíça com Katharine.Mas agora Katharine está grávida! Não é ótimo? Ela está grávida e eles fogem pras montanhas, vão ser felizes, vão beber vinho, vão dançar. Acham que acaba assim? Não! Ele escreve outro final. Ela morre, pai!- digo demonstrando toda a minha raiva e frustração enquanto sou encarada pelos meus pais.

O mundo já é difícil o suficiente, sabe? Já é o suficiente, porr...- digo enquanto minha frustração só aumenta.- Alguém não pode dizer:” Sejamos positivos!” “Vamos ter um final feliz na história”?

Então como se nada d que eu tivesse dito, tivesse a menor importância minha mãe fala calmamente.

Quinn, você nos deve um pedido de desculpas.

Eu retruco um pouco mais calma. - Mãe, não posso me desculpar. Não vou me desculpar por isso. Vou me desculpar em nome de Ernest Hemingway. Pois ele é culpado.

Então eu saí um pouco mais calma, mas ainda sim muito frustrada do quarto e escuto meu pai dizer com certo sarcasmo.

Peça ao Hemingway para nos ligar e pedir desculpas para nós. - meu pai falou.

Resolvo não retrucar e volto para o meu quarto, o melhor nesse momento era dormir, pois amanhã eu voltaria pro jogo, e lutaria por Marley.

Continua


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Notas finais do capítulo

Devo continuar?