Almas Acorrentadas escrita por Camila


Capítulo 2
Visita da “Princesinha”


Notas iniciais do capítulo

O segundo capítulo ai, espero que estejam gostando.Boa leitura.



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‘Rosas são vermelhas

Violentas são azuis

Hoje eu tenho a visitinha,

De uma patricinha mimadinha.

E não to a fim de aparecer.'

Meu novo poema fofo... Esta ai para você sou um ótimo poeta, eu sei,Okay.Eu tentei de todas as maneiras evitar esse encontro. Mas o que eu podia dizer? Não tinha como fugir, a resposta mais criativa foi algo como ‘Não estou’. Mas acredite, não funcionou, o que eu consegui com isso, foi parecer mais ainda o idiota que eu já sou.

“Que pena, eu volto outra hora. Mas queria deixar recado, você passa para o Elliot?”, disse Sonia ao meio das risadas escandalosas, eu a admirava, ela me agradava e me mimava, mesmo eu sendo insuportável. Considerava ela em tão pouco tempo como minha mãe. Ela dizia que era um bom menino, isso piorava ainda mais o que eu pensava a respeito da ‘princesinha’.

“Claro, qual seria?”

“Elliot? Que nome bonito, eu me chamo Elisabeth. Poderia vir para onde a luz bate para que eu pudesse vê-lo...”.

Olhei para onde a luz vinha. Com apenas um olho, não deixando que ela me visse.

Apenas vi seus olhos castanhos claros, com um ar perigoso, marcado com os lápis pretos. E os lábios vermelhos e delicados, pele tão clara que parecia que ela não saia de casa (não sou a pessoa certa para julgar muito a palidez das pessoas...).

“Esta com medo de mim? Não vou lhe machucar... Chegue mais perto, Tia Sonia me falou muito de você...”.

“Não sou um bichinho, para falar comigo desse jeito”, disse sem perceber, saindo do escuro, onde estava escondido, e parando na frente da grade, erguendo a sobrancelha.

“Desculpe...”, disse ela com a voz tremula.

“Não vou lhe machucar, ou talvez eu machuque, loucos costumam morder as pessoas... Sabia!”, disse arregalando os olhos e agarrando na grade, ela estava tão assustada que quase caio para trás, pois estava agachada.

“Já chega Elliot, que brincadeira besta!”

“Desculpe Sonia. Posso voltar para o escuro?”

“Não, eu a trouxe aqui, para lhe conhecer, e você faz essa desfeita!”

“Não estava a fim de vê-la, eu disse isso varias vezes!”

“Que falta de educação, ela esta bem na sua frente, é assim que trata uma dama?”

Eu fechei a cara, e cruzei os braços, e a encarei.

“Como você me vê?”

“Como um rapaz prepotente, que esta preso numa cela, talvez para parar de ser tão arrogante!”

“Obrigado senhorita, estou encantado com sua visita”, disse com um sorriso forçado, que dava na cara para ver que estava sendo irônico e minha vontade era esgana-la... “Agora se me da licença”, disse virando de costas para voltar a sentar onde eu estava antes. Quando senti um toque suave em meu braço. Olhei para trás e vi uma mão branca, com uma luvinha de renda que cobria apenas a palma da mão.

Olhei nos seus olhos, e ela soltou meu braço, e deu passos para trás. Havia loucos com as mãos esticadas o tempo todo, e tentaram a puxar. Eu não estava nem ai para ela, mas quando vi que alguém poderia lhe machucar, puxei seu braço. Ela ficou tão perto do meu corpo que eu conseguia sentir o cheiro do seu cabelo descolorido, com um corte estranho e bagunçado. Estávamos perto, mas separados pela grade.

“Tome cuidado! Aqui só têm loucos, e eu sou um deles...”.

Sua cara estava vermelha, ela torceu os lábios e me olhou de cara feia.

“Amanha você tem escola Elisabeth, acho bom irmos. Outro dia voltamos... Boa noite querido!”

“Ate amanha Sonia”

A garota não me falou nada, e saiu ao lado de Sonia. Fiquei bravo, por não ter nem me agradecido. Já ia virando minhas costas quando senti o toque suave da garota na minha blusa, me puxando para perto da grade e beijou minha bochecha. E depois ficou vermelha e sussurrou um ‘obrigada’. E foi embora correndo.

Suas roupas eram escuras e estranhas. Ela era uma mistura de Cyndi Lauper e Madonna, só que de um jeito muito diferente. Acho que diria que não gostava daquele tipo de roupa em ninguém. Mas naquela patricinha chata eu poderia dizer que eu quase fique com vontade de beijar lhe os lábios, quando ela me beijou na bochecha.

Depois a gente se fala.

Abraços Elliot.


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