The Shinigami's Love escrita por Ruki
No passado, mudanças foram feitas.Muita coisa mudou e eu pouco percebi, ser ou não a morte nunca teve diferença para mim.
Com o tempo eu fui aprendendo que eu deveria quebrar quaisquer laços que atrapalhariam os humanos de descansar em paz, caso não fossem quebrados, o lugar dessas pessoas era no limbo ou no inferno.
Para me unir aos seres que tornam a vida humana possível (Fate e Ocelot) eu precisava de uma forma física, então retornaram-me o meu corpo de humana...Mas neste corpo eu não poderia enxergá-los.Fate tirou minha visão colorida, tornando meu mundo num paraíso preto e branco para assim vê-los.
Me disseram que eu não era uma pessoa, sequer uma existência,mas sim um fato.Mesmo que eu não faça nada, minha existência em si já providencia que o ciclo da vida e da morte ocorra normalmente sem exceções, ou seja, não importa quem seja, se a hora chegar...Essa pessoa irá morrer.
A morte não é algo que ocorre duas vezes...
Meu cabelo era tão grande naquela época...Me pergunto o que aconteceu. - Murmuro na calada da noite.
Sabe que eu também me pergunto o mesmo? - Quando me viro, vejo Ocelot me saudando.
– Oh....Olá... - Abaixo a cabeça e levanto-a novamente - Descobriu algum modo de me matar?
– Realmente acha que só venho falar com você por causa disso?
– Naquele passado distante, eu propus uma ideia à Ocelot.
FlashBack On.
– Ei...Eu já perdi a conta de quantas vezes tentou me matar...Sequer sei se algumas contam como "formas de matar alguém"
– Não existe um manual de como matar alguém!Mas... Não importa!Vou te matar...
– Isso me cansa..Oh!Eu tive uma ideia.
– O que foi agora? - Ocelot parecia impaciente.
– Vamos ser amigos.
– O-O que!? - Ele se surpreende - Qual seu problema ao fazer amizade com um cara que quer te matar!?
– Gosto de viver perigosamente.
– Eu deveria rir?Por que eu realmente não sei o que fazer.E porque não muda de expressão?
– Não gosto de mudar de expressão, é trabalhoso demais.Mas escute minha proposta.
– Tá, diga logo.
– Vamos ser amigos, nesse período de tempo eu te ajudo a procurar um modo de me matar. - Ele parecia realmente surpreso - Assim eu não preciso me cansar enquanto você tenta me matar, e você não se cansa tentando me matar.E quando achar um método pra me matar você pode fazê-lo sem problema.
– Ora, quem diria que você é boa com negociações, mas é claro que assim podemos ser amigos - Ele passou seu braço pelos meus ombros - Vamos fazer coisas que amigos fazem. - Ele saiu andando e eu acompanhei seu ritmo.
Após 5 minutos nos encaramos e falamos em sincronia:
– O que amigos fazem?
Após isso, rimos por umas boas horas.
FlashBack Off.
Meu sorriso sai involuntáriamente de meus lábios ao me lembrar disso, acho que isso foi felicidade.
– Talvez... - Respondo sua pergunta.
– É ...Você tem razão.Mas hoje venho falar de outra coisa.
– Hum? - Levanto meu rosto.
– Se lembra quando morreu?Sabe quando foi pro limbo pela primeira vez, quando nós nos conhecemos.
– Sei.
– Fate liberou uma folga pra gente...E disse pra "relaxarmos" nessa data, que no caso é hoje.
– Oh... - Me surpreendo - O Fate?Aquele Fate?
– É, aquele.
– Ok...Mas o que fazemos?
– Relaxamos talvez? - Ele me olhava como se fosse perguntar "sério que perguntou isso?".
– Não sei....É suspeito.O Fate deve estar planejando algo...Talvez, algo que nos surpreenda.
– Hum..Ele é bem dessas mesmo.Quer investigar?
– Depois..Faz uns dias que quero dormir.
– Ok, terminou os trabalhos de hoje?
– Obviamente..Se eu não trabalhar...Ninguém morre.Se for possível, eu gostaria de ir "naquela" cabana do campo.
– Ela ainda existe? - Ele disse surpreso.
– É aonde eu normalmente passo as noites...
Realmente, é muito estranho a morte passar a noite numa casa humana.Pois é, eu não pude abandonar meus hábitos de humana depois de todo esse tempo...Eu apenas continuo a ser uma humana que talvez nunca fui de verdade.
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