Killing Time escrita por Gabriel Phantonhive


Capítulo 1
Killing Time




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“Quando sua vida está em jogo seu potencial fala por você. E agora vamos ver do que você é capaz de fazer?”

~’’~

10h46: Parece um dia normal, e tem tudo para ser um, minha mãe já foi ao trabalho, minha disposição para sair da cama é zero, meus pensamentos estão bagunçados, ainda não estou acostumado com a ideia de estar namorando com Cíntia, não que isso seja desconfortável, é que... ela sempre foi uma das garotas populares, que a maioria delas namoram com garotos populares, e eu Lion praticamente um desconhecido por todos da escola, a única pessoa que fala comigo é Jerry, nós já nos conhecemos a bastante tempo, se estou com quatorze deve ser uns sete ou seis anos (sou péssimo com datas e pontualidade). Como estava dizendo, a algum tempo eu venho observando Cíntia, depois comecei a me atrair por ela e até mesmo gostar dela, e é por isso que estou meio confuso.

11h02: Acabei de me trocar, estou descendo as escadas a cozinha está arrumada sem nenhuma louça para lavar, o que é meio estranho, já que essa é minha tarefa.

- Esses devem ser meus dias de sorte mesmo – Suspiro sozinho na cozinha - devo aproveitar esses dias são raros.

11h30: Estou preparando meu almoço, tenho que ser rápido estou atrasado, meu celular toca sinalizando que recebi uma mensagem, quando fui conferir era Cíntia ma convidando para ir ao shopping hoje a noite, hoje é sexta-feira não vejo problema algum vou aceitar.

11h50: A capainha toca, provavelmente é Jerry, como sempre ele não espera e passa pela porta sem nem mesmo pedir.

- Lion você ainda está aqui estamos atrasa... – Diz ele sendo interrompido por mim.

- Eu moro do lado da escola – o corrijo – você ainda não se acostumou com isso?

- Não sou bom em me acostumar com as coisas – Assume ele. – De qualquer jeito vamos logo.

Eu abro a porta e vou à frente, hoje veio bastante gente para a escola, quando entrei na escola, lá estava ela com seus cabelos castanhos claros presos em um rabo de cavalo, uma de seus olhos verdes tampados pela franja que vai até seu queixo. Ela então acena para mim, sem pensar muito eu vou em direção á ela, ela levanta e vem me cumprimentar, ela então me beija, e então fico no mesmo lugar com ela, esperando que Jerry viesse, pois é isso não aconteceu, nesse caso eu e ela fomos á sala, enquanto passávamos pelos corredores notei que não havia nenhum funcionário na escola o que é estranho, mas deixo passar, chegamos a sala dela, a minha sala ficava ao lado por isso consegui ficar mais alguns minutos com ela.

12h14: A aula já devia ter começado a uns 15 minutos, minha sala não parece ligar para isso, Jerry está na frente conversando com as lideres de torcida, e o resto da sala ficou indiferente também. Tudo está estranho, mas ainda comum, até que...

- Olá alunos, fiquem calados para um aviso – Diz uma voz feminina sendo reproduzida em caixas de som espalhadas pelos corredores, interrompendo a todos os diálogos – Considerem hoje os piores dias de suas vidas e o mais horrível dos seus pesadelos, mas ainda o dia da minha diversão, Hoje é o dia de um ataque de terrorismo escolar, agora o primeiro e o segundo prédio serão derrubados para iniciar hora da matança.

Neste mesmo instante se ouve duas explosões, pela janela se vê o primeiro e o segundo prédios caindo, a fumaça toma conta de tudo ao redor, os vidros são estilhaçados, duas das garotas de torcida são mortas por pedaços de vidros quebrados atravessando seus corpos, o sangue delas espalha nas outras e em Jerry. Nesta mesma hora vou correndo para a sala de Cíntia a situação da sala era a mesma, pessoas tossindo sendo sufocadas pela fumaça, e no chão, corpos cheios de pedaços de vidro encravados em suas peles, não hesitei entrei na cortina de fumaça para buscar Cíntia.

- Cíntia! - grito eu desesperado.

- Lio... - Ouço a voz dela e vou atrás

A fumaça abaixou o que permitiu que eu pudesse ver ela, estava manca com um ferimento na perna que provavelmente foi feito por um pedaço de vidro, ela tinha perdido muito sangue, estava fraca não pode se manter em pé, então a pus em meus braços para carrega-la.

- Lion n... – Ela tenta dizer.

- Não diga nada – Digo eu desesperado. - Vamos à enfermaria.

A enfermaria era dois andares abaixo, e me dirigi à escada, pois era arriscado ir de elevador, cada degrau pesava cada vez mais, mas não desisti, meus pensamentos novamente estão bagunçados com uma situação nunca imaginada por mim.

13h15: consegui chegar à enfermaria, Cíntia esta inconsciente na maca, já coloquei os curativos nos ferimentos dela. Estou de frente com duas opções difíceis: deixar Cíntia aqui e tentar a sorte de salvar a escola, ou, Cuidar dela até ela se recuperar. A segunda opção é de fato menos arriscado tanto pra mim quanto para ela, então é isso. Cíntia abriu os olhos.

- Você está bem? – Digo feliz por ela ter acordado, por um tempo esqueci o terrorismo que estava acontecendo.

- Estou bem, o que aconteceu? – Pergunta ela ainda meio zonza.

- Alem de você ter desmaiado nada de mais. – Digo eu ainda alegre.

- Vamos não podemos ficar aqui enquanto a escola está sendo derrubada! – Ordena ela ansiosa.

- Então, se é assim que você quer vamos! – Digo eu retribuindo sua ansiedade.

13h50: Estamos em frente a secretaria o único lugar onde tem acesso aos megafones.

- Vamos! – Diz ela em um tom baixo de voz.

Eu concordei, entramos não havia nada a não ser uma cadeira de costas, que provavelmente era do diretor.

- Eu sabia que você chegaria – Disse a pessoa que estava na cadeira. – não é mesmo filho.

Consegui ver finalmente seu rosto, sim de fato era meu pai, nesse momento me lembrei da foto dele que havia no meu quarto, ele sumiu um dia depois do meu nascimento, os mesmos olhos verdes que eu, o mesmo cabelo loiro, não tinha como dizer que era mentira.

- Você... Por que isso? – Digo eu sem acreditar.

- A quinze anos atrás, eu amava sua mãe, e em fotos que eu nem sabia da existência, vi que ela estava me traindo, e agora não vi outro jeito a não ser tirar o que ela mais ama para me vingar, fazer ela sofrer o mesmo que eu – Explica ele apontando uma arma para mim – e agora é hora de acabar com isso.

Nesse momento Cíntia me empurra para a parede o fazendo errar o tiro, ela então corre até ele lhe dá um soco no rosto fazendo sua arma cair no chão, rapidamente pego sua arma e miro nele.

- Bom siga em frente – diz ele calmamente.

Nesse instante lembrei-me de todas as vezes que eu sentia falta de um pai na minha infância.

- Por que isso? Tudo podia ser diferente. - Eu falo chorando.

-Ande logo – Diz ele

- Eu não consigo – Ajoelho no chão.

- Você me da desgosto – Diz ele.

- Calado! – ordena ela tirando a arma de minha.

Eu seguro o cano da arma, a impedindo de atirar.

-Tarde de mais! – Ele atirou no peito de Cíntia.

Nesse momento meu sangue ferveu, pegando a arma e mirando nele.

- Você abusou – Digo eu atirando nele.

Seu corpo cai no chão, eu fico sozinho na sala com dois mortos, não quero fazer nada, somente sentir êxtase e me afogar nas minhas duvidas, duvida e duvidas, “Por que isso?” Pensei. Não penso em mais nada alem em sair e não avisar ninguém. Quando passo o portão da escola, é como se nada estivesse acontecido a dois dias atrás, Cíntia não faz mais parte da minha rotina, e ainda, não tenho um pai, mas acho que seja melhora assim, me tornar novamente o excluído da sociedade.


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