Depois de acharmos Alaska com aquele corte em seu pulso,Alexander conseguiu cauterizar o corte da albina já que o moreno sabia manipular o fogo e tal,enquanto isso Drika se agitava ao meu lado e puxava Alexander pela manga do casaco.

–Temos de salvar aquelas pessoas rápido!

–Vamos!-falava Lena pegando na mão de minha meia irmã e saindo correndo para o andar d'baixo. Lena também era uma filha de Loki e por isso também sabia manipular o fogo. Resolvi seguir as duas e Henry fez o mesmo.

No primeiro andar Drika ficou observando uma enorme estante cheia de livros e puxou um livro que não tinha nada de diferente dos de mais além de estar sem poeira,apos puxar aquele livro a estante se moveu para o lado revelando uma escadaria que levava até o porão daquela casa.

Apos descer os degraus pude perceber que o porão deveria ter o tamanho da mansão e o cheiro ali embaixo era forte demais era como se alguém tivesse estripado um porco e outros animas e jogado os restos naquele porão e deixado por séculos. Acendi minha lanterna e corri por todo o porão e percebi que a cena era bem pior do que Drika havia descrito. O chão estava completamente coberto por sangue e cadáveres. Teve uma cena que me deixou paralisado por alguns minutos. Havia uma garotinha,que aparentava ter uns nove anos,seus pulsos estavam cortados e seu corpo já estava em decomposição,no seu pescoço havia um corte,mas estava completamente coberto por vermes que se mexiam de uma forma nojenta de se ver. Um se rastejava pelo belo rosto da jovem e adentrava a boca da mesma,que estava meio aberta. Virei o rosto na mesma hora e percebi que Drika já estava tentando soltar uma garota loira.

–Eu posso quebrar isso.-disse Henry que conseguiu arrebentar a corrente que prendia a loira. Henry sempre teve uma força sobre-humana e aquilo impressionava demais.

Drika ficou segurando a garota e falava algumas coisas para acalma-la enquanto Lena se aproximava e tentava cauterizar os cortes da loira,mas diferente de Alexander,Lena não era tão boa com suas habilidades de fogo,mas até que se saiu bem para uma primeira vez cauterizando um machucado.

Henry voltou para perto de nos segurando uma garota de cabelo ruivos e a deixou próxima de Lena.

–Não tem mais ninguém? -perguntei enquanto corria com minha lanterna por todo o porão.

–Todos mortos.-respondeu Henry.

Drika abaixou a cabeça e fechou suas mãos em punhos,percebi que algumas lagrimas corriam pelo seu rosto. A garota loira que estava deitada ao lado de Lena colocou sua mão sobre a de Drika e disse num tom baixo e falho:

–O-obrigada...

Drika sorriu de canto e disse para Henry leva-la para perto dos outros. Eu ia junto para iluminar o caminho nas escadas,mas de repente a minha lanterna simplesmente apagou e pude sentir a temperatura cair demais. Estava tremendo de frio e a unica luz que tínhamos era de uma pequena chama que Lena conseguia manter acesa.

–O que está havendo?-perguntava Lena.

–O-Oliver...-respondeu a ruiva,que eu podia jurar está desmaiada.

Olhamos ao nosso redor e só havia escuridão,mas depois de um breve momento as velas que estavam no porão se acenderam e ficaram com uma chama negra que não esquentava. Olhei para frente e pude ver um garoto de mais ou menos uns 18 anos,seu cabelo era ruivo e bem bagunçado,sua franja cobria seu olho direito. Sua pele era quase translucida de tão branco,em seus lábios havia um sorriso maligno. O maior usava uma camisa social com os dois primeiros botões abertos e uma calça social preta.

–Você não deveria cravar uma tesoura no olho de alguém,Drika.-dizia o maior,agora percebia que havia uma tesoura velha e enferrujada em sua mão esquerda.

–O-Oliver...?-gaguejo Drika que dava uns passos para trás. -C-como?

Oliver havia ficado mais velhos vários anos em questão de segundos e agora percebia que seus lábios começavam a ficar negros e que seus dentes mais pareciam cerras de tão afiados que estavam. Estava realmente com medo daquele garotinho,ele já dava medo quando era só uma criança e agora que era um adulto tava mais medo ainda.

–O que você é?-perguntava Henry que estava na frente de Lena e nas suas costas estava a garota loira que estava fraca demais para ficar de pé sozinha. Lena estava ajudando a ruiva.

–Um filho de Hell!-falava Oliver se aproximando mais um pouco.

–Você não pode ser um semideus!-dizia Lena assustada.

Oliver ria um pouco e lambia sua própria mão que estava suja de sangue.

–E não sou.

Antes que o menor chegasse perto de Drika,puxei uma adaga que matinha escondida na minha cintura e tentei crava-la no rosto do ruivo,mas o menor foi mais rápido e deu um passo para trás . A unica coisa que consegui foi cortar seu tapa olho,mas me arrependi profundamente de ter feito aquilo. Seu olho direito era completamente vermelho e brilhava de uma forma estranha. Percebi que seu olho esquerdo se dilatou um pouco e sua pele ficou mais branca,ser era possível. Um sorriso maligno se formou nos lábios negros de Oliver.

–O que é você?-perguntava Lena que dava uns passos para trás.

–Bom,sou o que alguns humanos idiotas denominaram de vampiro.-respondia Oliver segurando a tesoura em suas mãos. -Odin de começo não gostava nenhum pouco dos filhos de Hell e por isso os amaldiçoou com a imortalidade,mas isso custou muito. Sabe o que é passar sua eternidade com sede e com vontade de estripar as pessoas ao seu redor?

Confesso que senti um pouco de pena de Oliver naquele momento,mas isso passou no minuto que pude ver o ruivo se jogando contra Drika,a tesoura iria acertar o olho esquerdo da mesma se não fosse por Enzo que apareceu naquele exato momento e se colocou a frente,a tesoura atravessou seu casaco e provavelmente teria perfurado o braço do menor,mas não houve nenhum grito de dor ou uma unica gota de sangue. O sorriso de Oliver sumiu naquele minuto e um sorriso maligno surgiu nos lábios de Enzo que puxou a tesoura e a retirou do seu braço.

Oliver rosnou baixo e se afastou um pouco,enquanto isso Enzo segurava aquela tesoura velha e enferrujada em suas mãos e puxava a manga do seu casaco para cima. Percebi que não fui o único a ter uma reação meio que assustada pelo que viu,o braço de Enzo era simplesmente osso,não havia carne,nem pele. Apenas ossos! O ruivo demorou um pouco para responder e a unica coisa que fez foi jogar seu cabelo pro lado e colocar seus mãos nos bolsos da calça e sorri de canto.

–Você realmente puxou nossa mãe.-falava Oliver. -Tsc...Pelo visto perdi dessa vez.

–O que?-gritou Henry,acho que ninguém acreditava que havíamos ganhado sem fazer muito esforço.

–Sou um vampiro e sei quando posso ser morto.-comentava o ruivo. -Admito que estou perdendo um grupo interessante,mas logo vou achar outros semideuses.

Enzo abaixou a manga do seu casaco e ficou observando o ruivo que estava parado a alguns metros de nós. Acho que ele não acreditava que o menor havia se rendido tão fácil e acho que concordo com ele,era difícil acreditar em tal coisa. Oliver havia prendido semideuses naquele lugar por séculos e agora estava deixando nosso grupo ir embora sem nenhuma luta ou coisa do tipo. Enzo permaneceu parado olhando o ''meio irmão''. Eu só queria sair daquele lugar,mas no minuto que olhei para Oliver havia um sorriso malicioso se formou em seus lábios e ele simplesmente desapareceu.

Aquilo me causou um grande desconforto. Aquilo podia ser uma armadilha?

Minha resposta apareceu em menos de cinco segundos,Oliver reapareceu na frente de Drika. O ruivo segurou em seu pulso e a puxou para mais perto de si e selou seus lábios ao da mesma. Foi rápido demais para Drika fazer algo,mas a única coisa que percebi foi que Enzo cravou a tesoura nas costas de Oliver e nesse exato momento o ruivo desapareceu e a tesoura caiu no chão.

–Você está bem?-perguntei para a morena.

–Sim...-antes que Drika tivesse a chance de terminar sua frase pude sentir o chão tremendo. Não podia ser um terremoto.

–Temos de sair daqui!-gritou Lena,que tentava falar mais alto que o som das coisas que caíam e se quebrava.

Peguei a garota de cabelos ruivos e Henry a loira e saímos correndo do porão,percebi que a porta da frente já estava aberta o que significava que os outros já estavam lá fora. Corremos mais rápido,mas no meio do caminho Enzo e Lena quase foram mortos por um pedaço de madeira que desabou e se os dois estivessem um centímetro mais a frente teria sido decapitados. Por sorte conseguimos chegar ao lado de fora inteiros e ninguém estava machucado ou morto. Olhei ao redor e percebi que Alaska já estava bem,seu braço estava melhor,a vantagem de ser filho de um nórdico e o metabolismo avançado.

–Só essas duas estavam presas?-perguntou Alexander se aproximando de mim e pegando a ruiva com cuidado.

–Sim...-respondi.-Todos os outros já estavam mortos...

–Sabem os nomes?-perguntou Alexander.

–Liesel...-respondeu a garota loira no seu tom baixo e falo.-Aquela e Lucy...