Estava eufórica demais por causa dos elfos e tudo mais. Em geral elfos são bem amigáveis e são ótimos anfitriãs naquela noite fomos centro de todas as atenções e fomos mimados de todas as formas que se pode imaginar,eu até ganhei uma cama feita com algumas folhas,mas era a coisa mais macia que já deitei em toda minha vida. Além de tudo isso ganhamos um banquete que daria para um exercito. Nunca imaginei que os elfos comiam carne,mas comiam,não da mesma forma que nós humanos eles comem bem menos e tentam até não comer,mas já que estavam na nossa presença.

Todos comemos até não aguentar mais,até Alaska que sempre estava calada e comia pouco. Alan como de costume foi o mais educado de todos ali e com isso ganhou inúmeros elogios e mimos dos elfos,nunca vou entender um filho de Freya. Eles gostam de ser bajulados demais,mas tenho que admitir que até eu estou gostando disso. Depois de tantos mimos e comida todos acabamos pegando no sono e só acordamos no dia seguinte mais ou menos umas seis da manhã,tinha dias que não dormir pelo menos umas sete horas e os elfos havia indo embora e nem deixaram um café da manhã pronto ou qualquer coisa do tipo. Sabíamos que ficar naquele lugar sozinhos seria meio que gritar ''Semideuses aqui! Por favor,Odin nos mate!''. Com isso voltamos a caminhar pela floresta,mas agora estava claro e estávamos descansados e se algum ogro ou trol poderíamos nos defender ao invés de só correr deles. Me sentia bem melhor e por esse motivo sai um pouco na frente e observava o cenário ao nosso redor,os bosques da Noruega são realmente o melhor lugar para se esconder dos outros humanos,aqui meio que tenho certeza de que não vamos machucar ninguém,nesse momento olhei de canto para Alaska que estava com seus braços cruzados e de cabeça baixa. Ainda me assusta pensar no que teria acontecido se eu perdesse o controle. Digo,Alaska é filha de uma deusa um pouco menor,mas eu sou filha de Thor um dos deuses mais fortes e se a albina quase congelou toda a cidade com aquilo...Estremeci um pouco e balancei a cabeça para afastar os pensamentos que vinham na minha cabeça e não foi muito difícil pois me distraí com uma coisa que se mexia em meio a algumas plantas,se aprendi alguma coisa em botânica essa planta que ta se mexendo esta repleta de belladonna...Calma...Eu nunca aprendi nada de botânica,só sei isso por causa dos filmes mesmo,tentei me aproximar mais Henry se colocou na minha frente.

Henry era meio que o irmão mais velho de todo mundo...Mesmo Alaska sendo a mais velha do grupo...E depois dela o Alan...Confuso né?

Henry só tem 14 anos,mas é o mais maduro de todos do grupo além de não aparentar ter só 14 anos. Ele é o mais alto e mais forte do grupo isso tudo porque é filho de Magni,em outras palavras sou tia dele. Magni é um filho de Thor com uma gigante e tal,nunca liguei muito para isso. Percebi que nas mãos do maior já estava uma simples faca de cozinha que havíamos pego na casa de Alaska. Todos estávamos com um pouco de medo de ser alguma coisa maior que um trol ou um ogro,sim existe coisa maior e pior como um Grendel,alguns Grendel chegam a ter o tamanho de uma montanha e são semelhantes a lobisomens.

Acho que todos paramos de respirar no momento que dois vultos saíram do meio das plantas,mas voltamos a respirar ao perceber que era apenas duas garotas. Uma aparentava ter uns 17 anos e tinha longos cabelos negros que desciam em cascata ate o meio de suas costas com as pontas rosas. Sua pele era branca,mas nem de longe era branca com Alaska,seus olhos eram até um pouco hipnóticos de tão azuis e a beleza dela era realmente invejável,me perguntava se Alan já havia percebido as pequenas semelhanças entre ambos.

A outra garota deveria ter uns 17 ou 18 anos,seu cabelo era castanho escuro e um pouco comprido com belos e perfeitos cachos na ponta e com uma franja para esquerda do seu rosto. Seus olhos eram de um tom amarelado,mas podia ver um pouco de heterocromia já que aquele tom amarelado se misturava com um tom meio grafite. Por algum estranho motivo senti um pequeno...Hum...Não sei qual palavra usar para isso,mas senti um pequeno respeito por aquela garota,não faço a minima ideia do porque.

–Quem são vocês?-perguntou Henry abaixando a faca,mas ainda deixando na mira de ambas.

–Oh! Essa sua arma é realmente bem trabalhada.-debocho a morena com as mechas cor de rosa.

–Muitos massacres ocorreram com uma simples faca de cozinha.-respondeu Alan que fitava a garota.

–Sem massacre!-falou a garota de cabelos castanhos com um sorriso meio sem jeito.-Drika não quis debochar de ninguém.

–Quis sim.-respondeu a morena.

A outra apenas revirou os olhos e depois voltou a sorri para nós.

–Me chamo Ann e está nervosinhas aqui é Midrika,mas ela gosta de ser chamada só de Drika. -falava Ann sorrindo e se aproximando.-Oh! E este é Toreba.

Apos dizer aquilo Ann apontou para um gato Norueguês da floresta,sua pelagem era ruiva nas costas e na parte de cima da cabeça,seu peito,pescoço e patas eram brancas e sua cauda também avermelhado,semelhante a Ann o gato tinha heterocromia nos olhos,mas diferente da heterocromia da ''dona'' o gato tinha um olho amarelo e o outro grafite.

–Ele tem me seguido já tem um tempo.

Alaska e Alan riram baixo e não demorou para Alan acabar com toda a felicidade de Ann por ter um gato selvagem seguido ela.

–Parabéns você tem um Fylgja. -falava o moreno sorrindo de canto.- Nas histórias de heróis um Fylgja aparece quando o herói tinha sua alma separada do corpo. Os Fylgja costumam se tornar os animais que seus donos são,todos que li eram lobos ou ursos,você é a primeira com um gato selvagem.

–Separada da alma?-repetiu Ann acariciando o gato que dava um miadinho e pedia colo.