Trapped in Class escrita por jupiter
Notas iniciais do capítulo
Minha segunda one shot HP e minha primeira Jily, espero que gostem e comentem!!!
ÚNICO
Lily bufou enquanto terminava de guardar seu material. A aula do professor Binns era a pior: ele passava horas falando sobre o mesmo assunto diversas vezes, do mesmo jeito entediante. Ela só não dormia porque era a melhor aluna. E melhores alunas não dormiam durante a aula, por mais entediante que ela fosse.
– Hey – chamou sua melhor amiga, Dorcas, na cadeira em sua frente, se virando. – Sua mãe te deixou dormir na minha casa?
– Deixou – informou Lily. Era sempre assim. A ruiva sempre dormia na casa de Dorcas e vice-e-versa. Na casa de ambas sempre havia uma cama de armar nas sextas que uma dormia na casa da outra. – Mas antes tenho que passar lá para ajudá-la com as compras – Lily revirou os olhos.
– Supermercado?
– Óbvio. Quem dera, ela fizesse compras no shopping – resmungou a garota. – Sério, me diga: qual é a graça de eu ir com ela para comprar frutas?
– Sei lá. Talvez enquanto peguem algumas bananas ela pense que você vai contar para ela sobre suas aventuras sexuais, ou algo assim – Dorcas deu de ombros e Lily riu.
– Opa, alguém disse “aventuras sexuais”? – Um garoto, sentado na fileira ao lado, parou de conversar com seu amigo e se virou para Lily.
– Sim James – a ruiva revirou os olhos. – Mas isso não te diz respeito.
James Potter era o garoto dos pesadelos de Lily. Sim, não dos sonhos, dos pesadelos. Com seus cabelos negros sempre com gel, seus olhos azul-gelo, que praticamente gritavam: “você não é boa o suficiente para ficar comigo”, e aquele sorrisinho irritante no rosto. Além do cigarro apagado que ele mantinha nos lábios.
– Cara, é proibido ficar com cigarro aqui dentro – disse Lily, antes que ele começasse a falar, ela revirou os olhos. – E não tente falar que está imitando o Augustus Waters* porque ele é cem vezes melhor do que você, ok?
– Como você sabe que estou fazendo uma alusão á A Culpa é das Estrelas*? – Ele ergueu as sobrancelhas.
– Ao contrário de você, eu leio ok? – Lily disse.
– Ei, eu também leio, como iria saber disso? O filme não estreou ainda – ele falou colocando o cigarro atrás da orelha. – E eu só posso dizer que não gostei da morte dele, foi muito injusta.
– A vida é injusta, Potter – falou Lily se levantando. – Vamos Dorcas?
– Vamos – elas iam sair, mas James segurou o braço da ruiva. Ela fechou os olhos.
– Espera um pouco Evans – disse o garoto.
– Pode ir na frente Dorcas, eu já vou – a loira assentiu e saiu da sala. James esperou todos saírem e o professor também. Lily suspeitava que ele era meio cego, assim que ele saiu e fechou a porta, James olhou para ela. – O que foi, Potter?
– Eu preciso falar com você.
– Sobre? E solte meu braço – ela se soltou e cruzou os braços. – Diga logo.
– Eu… bem, quero te convidar para ir ao cinema comigo – James colocou uma mão na nuca.
Lily gargalhou.
– Você? James Potter? Que eu odeio e que me odeia? Me chamando para ir ao cinema? Certo – Lily começou a olhar ao redor. – Cadê as câmeras? Isso é uma pegadinha, não é?
– Porque você tem que achar que tudo que eu digo é mentira? – James bufou. – Eu quero ir ao cinema com você, sério. Quero me acertar com você.
– E porque você gostaria de fazer isso? – A ruiva ergueu a sobrancelha direita.
– Argh garota – James se sentou na carteira. – Eu quero me acertar com você, é difícil imaginar isso?
– Depois de tudo que a gente passou? Sim.
Lily deu as costas para James e andou até a porta, virou a maçaneta, mas ela não abriu. A ruiva arregalou os olhos e girou de novo. Nada. Ela começou a entrar em pânico e puxou a porta com força, então, pálida e de olhos arregalados, a garota se virou para James.
– Oh, oh – ela falou.
James, que estava olhando para o teto, se virou para olhar para Lily.
– O que foi Evans?
– A porta está trancada.
– Como assim a porta está trancada?
– Bem James, sabe quando alguém passa a chave numa porta e aquela coisinha de metal fica entre a porta e a parede? Deixando-a fechada? Então, foi isso que aconteceu, querido.
James pulou da carteira e andou até a porta, tentou abri-la, mas nada aconteceu.
– Ela está trancada – disse.
– Jura? – Lily colocou a mão sobre a boca. – Que gênio que você é, garoto!
– E agora?
– Eu vou saber? Tente abrir a porta, quebrar uma janela, sei lá. Mas eu não vou ficar presa numa sala trancada com você.
– Bem, enquanto esperamos alguém vir nos resgatar, porque eu não vou conseguir abrir, tenho algumas idéias – ele sorriu em direção a ela e começou a andar em direção a Lily.
A ruiva recuou até bater as costas na parede. Seu olhar mostrava o medo que ela sentia.
– O que está fazendo, Potter? – Lily perguntou.
– O que eu sempre quis fazer – ele respondeu e segurou a cintura dela, grudando seus corpos.
– Potter? – Sussurrou a garota.
Ele não respondeu. Apenas fechou os olhos e grudou suas bocas. Lily deixou os olhos arregalados, mas lentamente os fechou e correspondeu ao beijo, sua língua dançando com a de James.
Ele segurou sua cintura com mais força e a ergueu, colocando sentada em uma cadeira. Inconscientemente ela passou as mãos em volta do pescoço dele e agarrou seus cabelos.
Quando se deu conta do que estava fazendo, Lily o empurrou.
– POTTER! – Ela gritou. – O que está fazendo?
– Eu sempre quis fazer isso. Vai dizer que não gostou? – Ele sorriu sacana.
Lily havia gostado, mas não podia dizer isso a ele, óbvio.
– Solte-me – ela ordenou quando percebeu que ele ainda segurava sua cintura. – Me deixe em paz, Potter.
– Você gostou, quer mais. E eu também.
E a beijou novamente, Lily correspondeu quase que imediatamente, enlaçando suas penas na cintura dele e agarrando os cabelos negros e lisos. Ele deixou a boca dela e começou a beijá-la no pescoço. A ruiva jogou a cabeça para trás.
– James – ela sussurrava. O garoto sorriu entre os beijos.
– Eu sempre quis fazer isso – repetiu ele voltando a beijá-la na boca. Lily mordeu seu lábio inferior, enquanto pensava: Mas o que diabos eu estou fazendo? Mas a outra parte gritava: Você está beijando James Potter. Ele é o mais popular. Aproveite.
– James – ela repetiu entre os beijos.
– Você não está me chamando de Potter? – Ele grudou as testas deles.
– James – repetiu Lily segurando o queixo dele. – Cala a boca e me beija.
Ele calou a boca e a beijou. Lily se derreteu nos braços deles, ficaram beijando-se até que o professor e Dorcas abriram a porta.
– Lily – gritou a loira e então olhou para a cena, mais atentamente. – E James?
– O-Oi Dorcas – murmurou Lily e desenlaçou as penas da cintura de James. Tirou as mãos de seus cabelos. James sorriu e se inclinou, dando um selinho rápido nela, sussurrando em seu ouvido enquanto mordia seu lóbulo:
– Eu passo na sua casa as seis. E não adianta recusar. Eu sei que você gostou.
James acenou para Dorcas e para o professor e saiu da sala, colocando um cigarro na boca. Lily pegou sua mochila e saiu, tocando os lábios, pensando no que acontecera nos últimos minutos.
Ela nunca havia pensado que gostaria de ter ficado presa numa sala de aula. E numa sala de aula com James Potter!
Mas ela havia gostado. E muito.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
*Augustus Waters: Personagem da obra literária A Culpa é das Estrelas
*A Culpa é das Estrelas: Livro escrito por John Green, recomendo a leitura!
O que acharam? Vocês gostariam de ficar presas/presos numa sala com James Potter ou Lily Evans? Respondam nos comentários!!Até!