Trapped in Class escrita por jupiter


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Minha segunda one shot HP e minha primeira Jily, espero que gostem e comentem!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/470824/chapter/1

ÚNICO

Lily bufou enquanto terminava de guardar seu material. A aula do professor Binns era a pior: ele passava horas falando sobre o mesmo assunto diversas vezes, do mesmo jeito entediante. Ela só não dormia porque era a melhor aluna. E melhores alunas não dormiam durante a aula, por mais entediante que ela fosse.

– Hey – chamou sua melhor amiga, Dorcas, na cadeira em sua frente, se virando. – Sua mãe te deixou dormir na minha casa?

– Deixou – informou Lily. Era sempre assim. A ruiva sempre dormia na casa de Dorcas e vice-e-versa. Na casa de ambas sempre havia uma cama de armar nas sextas que uma dormia na casa da outra. – Mas antes tenho que passar lá para ajudá-la com as compras – Lily revirou os olhos.

– Supermercado?

– Óbvio. Quem dera, ela fizesse compras no shopping – resmungou a garota. – Sério, me diga: qual é a graça de eu ir com ela para comprar frutas?

– Sei lá. Talvez enquanto peguem algumas bananas ela pense que você vai contar para ela sobre suas aventuras sexuais, ou algo assim – Dorcas deu de ombros e Lily riu.

– Opa, alguém disse “aventuras sexuais”? – Um garoto, sentado na fileira ao lado, parou de conversar com seu amigo e se virou para Lily.

– Sim James – a ruiva revirou os olhos. – Mas isso não te diz respeito.

James Potter era o garoto dos pesadelos de Lily. Sim, não dos sonhos, dos pesadelos. Com seus cabelos negros sempre com gel, seus olhos azul-gelo, que praticamente gritavam: “você não é boa o suficiente para ficar comigo”, e aquele sorrisinho irritante no rosto. Além do cigarro apagado que ele mantinha nos lábios.

– Cara, é proibido ficar com cigarro aqui dentro – disse Lily, antes que ele começasse a falar, ela revirou os olhos. – E não tente falar que está imitando o Augustus Waters* porque ele é cem vezes melhor do que você, ok?

– Como você sabe que estou fazendo uma alusão á A Culpa é das Estrelas*? – Ele ergueu as sobrancelhas.

– Ao contrário de você, eu leio ok? – Lily disse.

– Ei, eu também leio, como iria saber disso? O filme não estreou ainda – ele falou colocando o cigarro atrás da orelha. – E eu só posso dizer que não gostei da morte dele, foi muito injusta.

– A vida é injusta, Potter – falou Lily se levantando. – Vamos Dorcas?

– Vamos – elas iam sair, mas James segurou o braço da ruiva. Ela fechou os olhos.

– Espera um pouco Evans – disse o garoto.

– Pode ir na frente Dorcas, eu já vou – a loira assentiu e saiu da sala. James esperou todos saírem e o professor também. Lily suspeitava que ele era meio cego, assim que ele saiu e fechou a porta, James olhou para ela. – O que foi, Potter?

– Eu preciso falar com você.

– Sobre? E solte meu braço – ela se soltou e cruzou os braços. – Diga logo.

– Eu… bem, quero te convidar para ir ao cinema comigo – James colocou uma mão na nuca.

Lily gargalhou.

– Você? James Potter? Que eu odeio e que me odeia? Me chamando para ir ao cinema? Certo – Lily começou a olhar ao redor. – Cadê as câmeras? Isso é uma pegadinha, não é?

– Porque você tem que achar que tudo que eu digo é mentira? – James bufou. – Eu quero ir ao cinema com você, sério. Quero me acertar com você.

– E porque você gostaria de fazer isso? – A ruiva ergueu a sobrancelha direita.

– Argh garota – James se sentou na carteira. – Eu quero me acertar com você, é difícil imaginar isso?

– Depois de tudo que a gente passou? Sim.

Lily deu as costas para James e andou até a porta, virou a maçaneta, mas ela não abriu. A ruiva arregalou os olhos e girou de novo. Nada. Ela começou a entrar em pânico e puxou a porta com força, então, pálida e de olhos arregalados, a garota se virou para James.

– Oh, oh – ela falou.

James, que estava olhando para o teto, se virou para olhar para Lily.

– O que foi Evans?

– A porta está trancada.

– Como assim a porta está trancada?

– Bem James, sabe quando alguém passa a chave numa porta e aquela coisinha de metal fica entre a porta e a parede? Deixando-a fechada? Então, foi isso que aconteceu, querido.

James pulou da carteira e andou até a porta, tentou abri-la, mas nada aconteceu.

– Ela está trancada – disse.

– Jura? – Lily colocou a mão sobre a boca. – Que gênio que você é, garoto!

– E agora?

– Eu vou saber? Tente abrir a porta, quebrar uma janela, sei lá. Mas eu não vou ficar presa numa sala trancada com você.

– Bem, enquanto esperamos alguém vir nos resgatar, porque eu não vou conseguir abrir, tenho algumas idéias – ele sorriu em direção a ela e começou a andar em direção a Lily.

A ruiva recuou até bater as costas na parede. Seu olhar mostrava o medo que ela sentia.

– O que está fazendo, Potter? – Lily perguntou.

– O que eu sempre quis fazer – ele respondeu e segurou a cintura dela, grudando seus corpos.

– Potter? – Sussurrou a garota.

Ele não respondeu. Apenas fechou os olhos e grudou suas bocas. Lily deixou os olhos arregalados, mas lentamente os fechou e correspondeu ao beijo, sua língua dançando com a de James.

Ele segurou sua cintura com mais força e a ergueu, colocando sentada em uma cadeira. Inconscientemente ela passou as mãos em volta do pescoço dele e agarrou seus cabelos.

Quando se deu conta do que estava fazendo, Lily o empurrou.

– POTTER! – Ela gritou. – O que está fazendo?

– Eu sempre quis fazer isso. Vai dizer que não gostou? – Ele sorriu sacana.

Lily havia gostado, mas não podia dizer isso a ele, óbvio.

– Solte-me – ela ordenou quando percebeu que ele ainda segurava sua cintura. – Me deixe em paz, Potter.

– Você gostou, quer mais. E eu também.

E a beijou novamente, Lily correspondeu quase que imediatamente, enlaçando suas penas na cintura dele e agarrando os cabelos negros e lisos. Ele deixou a boca dela e começou a beijá-la no pescoço. A ruiva jogou a cabeça para trás.

James – ela sussurrava. O garoto sorriu entre os beijos.

– Eu sempre quis fazer isso – repetiu ele voltando a beijá-la na boca. Lily mordeu seu lábio inferior, enquanto pensava: Mas o que diabos eu estou fazendo? Mas a outra parte gritava: Você está beijando James Potter. Ele é o mais popular. Aproveite.

James – ela repetiu entre os beijos.

– Você não está me chamando de Potter? – Ele grudou as testas deles.

– James – repetiu Lily segurando o queixo dele. – Cala a boca e me beija.

Ele calou a boca e a beijou. Lily se derreteu nos braços deles, ficaram beijando-se até que o professor e Dorcas abriram a porta.

– Lily – gritou a loira e então olhou para a cena, mais atentamente. – E James?

– O-Oi Dorcas – murmurou Lily e desenlaçou as penas da cintura de James. Tirou as mãos de seus cabelos. James sorriu e se inclinou, dando um selinho rápido nela, sussurrando em seu ouvido enquanto mordia seu lóbulo:

– Eu passo na sua casa as seis. E não adianta recusar. Eu sei que você gostou.

James acenou para Dorcas e para o professor e saiu da sala, colocando um cigarro na boca. Lily pegou sua mochila e saiu, tocando os lábios, pensando no que acontecera nos últimos minutos.

Ela nunca havia pensado que gostaria de ter ficado presa numa sala de aula. E numa sala de aula com James Potter!

Mas ela havia gostado. E muito.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*Augustus Waters: Personagem da obra literária A Culpa é das Estrelas
*A Culpa é das Estrelas: Livro escrito por John Green, recomendo a leitura!
O que acharam? Vocês gostariam de ficar presas/presos numa sala com James Potter ou Lily Evans? Respondam nos comentários!!Até!