O assassinato do Leão escrita por Andhromeda


Capítulo 1
Como eu adoro meu trabalho!


Notas iniciais do capítulo

Esse primeiro cap. é para experimentar um estilo, sei que tem algumas falhas, mas em minha defesa só posso dizer que foi intencional, pois tentei me pegar o mínimo possível aos detalhes. Melhor exemplo disso é que não descrevi as personagens só coloquei alguns detalhes já que todas as minhas personagens são baseadas na serie, conseqüentemente suas aparências também.Mas como eu sou uma boa pessoa verdade, eu sou se não gostar é só pedir pra eu colocar mais detalhes, etc...Boa leitura e comentem!



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Ele estava puto!

E não por causa do maldito transito que o prendeu durante 1hora em um percurso que normalmente levaria 20minutos. Muito menos pelas ruas lotadas de homens de terno, mulheres apresadas e ambulantes barulhentos, que tentavam a todo custo dividir o reduzido espaço de pedestres, como um bando de formigas em um maldito formigueiro gigante.

Sandor Clegane estava puto porque fora acordo as 5horas da manha de uma noite fria, depois de ter que ir dormir as 4horas por ter que redigir um relatório completo sobre um cartel de drogas que havia desbancado na noite anterior. O que em sua opinião, fora uma completa perda de tempo, já que o “chefão” não fora preso.

Graças a seus brilhantes advogados de merda e seus ternos de 500 dólares, pensou enquanto desviava de um mendigo na rua, que segurava em mãos tremulas e sujas um cartaz escrito: Já fez uma boa ação hoje?

– Por favor, senhor – disse o mendigo, o seguindo.

– Não tenho dinheiro para dar e mesmo que tivesse não daria, pode acreditar, te deixar morrer de fome é a minha boa ação do dia – disse em resposta ao apelo choramingado do mendigo, sua voz não passava de um rosnado contido.

– Homem miserável, que Deus te de em dobro toda a ajuda inútil que me deu, lambi botas do inf... – o mendigo abruptamente se interrompeu quando percebeu que Sandor parou de andar e agora o encarava com uma expressão enigmática.

– Desculpe senhor, eu tomo remédios e a minha ultima dose acabou há alguns dias – se justificou rapidamente, sua voz se tornando estridente por causa do pânico, que veio com a certeza de que: teria seu crânio aberto na calçada, por culpa da sua bendita boca grande. Mas o homem com a cicatriz, que tomava quase o lado esquerdo inteiro do rosto, apenas sorriu, o que de certa forma foi muito pior, pois se tratava de um sorriso de predador, do tipo que um tubarão da pouco antes de atacar um pobre banhista desavisado.

– Eu...eu...eu... – gaguejo o medindo desesperado, resolveu calar a boca e esperar pelo golpe que viria, poderia correr e sumir na multidão, mas algo no seu interior dizia que não seria rápido o suficiente – Desculpe...

Entre tanto, ao invés do golpe o que o mendigo ouviu foi o tilintar de algumas moedas caindo dentro do copo plástico que usava para recolher as esmolas, que estava aos seus pés.

– Quando estiver tomando a sua dose diária, de um brinde por mim – e se isso te matar de cirrose já terei feito a minha boa ação da vida, pensou sorrindo enquanto entrava no prédio mais luxuoso do centro da cidade.

O Saguão do edifício era suntuoso, todo em mármore, poltronas em tons pastes, grandes janelas envidraçadas, câmeras de segurança para todo lado e recepcionistas com sorrisos perpétuos.

Lugares assim o deixavam incomodado, sem saber o que fazer ou onde por as mãos, Sandor se sentia muito mais confortável em um beco escoro e sujo, cercado por viciados e prostitutas, do que no Edifício Bathareon, com todo seu luxo.

– Senhor, senhor – o chamou uma das recepcionistas – não pode entrar ai sem antes verificarmos sua autorização.

– Fique observando – disse simplesmente, sem fazer nenhuma menção de impedir que as portas do elevador se fechassem.

As portas do elevador se abriram no 39° andar, o ultima daquela torre de vidro e concreto, a recepção elegante estava agora povoada por vários policias, que assim como ele estavam putos de estarem ali naquela hora da manhã.

Do meio da pequena multidão de homens fardado e curiosos de terno, saiu a sua parceira, com a farda impecável e a disciplina de um soldado.

O fato de ela ter chegado antes dele não o surpreendeu nem um pouco, afinal Brienne de Tharth era um dos acertos do sistema. A mulher havia nascido para ser uma policial, tanto no caráter incorruptível quanto na aparência física intimidante. Mas Sandor bem sabia, que Brienne era extremamente gentil por dentro, talvez seja por isso que a parceria dos dois funcionasse tão bem.

O policial mal e o policial bom.

Equilíbrio perfeito.

– Onde estava? – foi o comprimento dela. O fato de que Sandor era um Tenente e por isso com a patente superior a dela, uma policial, era irrelevante na relação deles, pois Brienne tinha uma natureza mandona que a muito ele havia se acostumado.

– No maldito engarrafamento – disse entrando na sala – o que é toda essa gente?

– Bem, é um prédio comercial, as pessoas são curiosas por natureza, ainda mais quando tem morte envolvida.

– Tire todos esses abutres daqui, o espetáculo acabou.

A porta do que pareceu ser a cena do crime, levando em conta o numero de policias forense que andavam pela sala, estava aberta. E foi para lá que se encaminhou, ouvindo Brienne ao fundo enxotando pacientemente os curiosos.

Bando de abutres de merda, praguejou.

A sala poderia ser considerada imponente com sua mesa de mogno, poltronas de couro, lareira de mármore – isso mesmo, lareira – paredes de vidro e moves do século passado. Mas o sangue que manchava de escarlate o tapete, que provavelmente custava mais do que já ganhou em toda a sua vida, e o corpo do homem loiro e pálido que jazia no chão em uma posição antinatural, dificultava um pouco a beleza do lugar.

– O nome da vitima? – perguntou para um policial moreno que deveria ter uns 20anos e estava com o rosto branco como papel.

– Jhoffrey Baratheon, senhor – e engoliu em seco com tanta dificuldade que Sandor poderia ver seu pomo-de-adão subindo e descendo.

– Qual o seu nome garoto? – perguntou enquanto se abaixava ao lado do corpo.

– Po...Podrick Payne, senhor.

– Não me chame de senhor, eu não gosto – disse colocando uma luva de látex que pegou de um dos policias forense pelo caminho.

– Sim, senh... digo, como devo chamá-lo? – uma gota de suor escorreu pela sua testa.

– Tenente – com as luvas já postas começou a examinar o corpo e o local em volta dele, como fazia questão de fazer com todas as suas vitimas, seja uma prostituta da periferia de Blooklyn ou um magnata do centro da cidade. Em determinado momento escutou Podrick soltar um gemido – você não vai vomitar na minha cena de crime, não é garoto? – desviou os olhos do corpo e encarou os olhos assustados do policial.

– Não senh...digo Tenente – negou,mas dois segundo depois deixou a sala com uma mão na boca e outra na barriga.

– Novatos... – disse sem realmente se importar com a atitude do garoto. Sandor podia se lembrar da primeira vez que havia visto um corpo, os olhos vazios, o cheiro da morte, a pele pálida e a atmosfera sinistra que sempre cobria cada crime.

Realmente a morte não era uma coisa fácil de se encarar, não se você se importasse.

– O que você fez com o novato, ele esta lá fora vomitando em um vaso de planta – perguntou Brienne quando entrou na sala.

– Nada, o garoto não encarou bem o loirinho aqui – respondeu apontando com um gesto de cabeça o corpo que acabara de examinar.

– Às vezes a sua indiferença me assusta, Sandor.

– O que sabemos sobre o morto? – Sandor perguntou, ignorando o comentário dela.

– O nome dele é...

– Já sei, o novato me disse – vendo que Brienne o encarou e respirou fundo, Sandor deu um sorriso satisfeito, ela odiava ser interrompida.

O nome dele é Jhoffrey Baratheon – disse dando ênfase em cada palavra – presidente da Industrias Baratheon e concorrente ao cargo de governador do estado, levou dois tiros a queima roupa, a estimativa da hora da morte é entre 21 a 23horas de ontem, temos que esperar a autópsia para ter certeza, nenhum sinal de invasão no prédio, seja lá quem foi tinha autorização para estar aqui, as câmeras de vídeo foram desligadas na hora do crime, sem testemunhas.

– Perfeito, um caso fácil como qualquer outro – disse com ironia – quem chamou a policia?

– A secretaria, achei melhor colocá-la na outra sala da presidência, ela esta meio perturbada.

– Merda, odeio mulheres histérica – amaldiçoou – ossos do ofício.

Brienne se levantou e começou a andar em direção a outra sala, mas parou quando percebeu que Sandor ainda estava parado no mesmo lugar.

– O que foi ? – perguntou intrigada.

– Não há sinal de luta.

– Percebi.

– Significa que o assassino é alguém que ele conhecia...alguém que confiava – se levantando a seguiu ate a outra sala, que mesmo antes de abrir já podia ouvir os soluços afogados .

Como um soldado na linha de frente de uma guerra Sandor Clegane encarou sua parceira, respirou fundo e disse:

– Como eu adoro meu trabalho! – e abriu as portas.


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Notas finais do capítulo

Comentem!Só postarei o próximo cap. quando tiver meu primeiro reviews!Não é chantagem acredite, meu coração puro não me deixaria fazer isso é só que, não gostaria de ficar escrevendo p/ nada, realmente não me importo de escrever p/ 1 pessoa que seja essa frase ficou meio carente, admito mas gostaria q alguém lesse, enfim... Espero realmente que tenham gostado!Ate à próxima!



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