The First Love escrita por Sabrina Lopes


Capítulo 14
What's a Soulmate?


Notas iniciais do capítulo

Sei que não tá muito longo, mas eu tinha que atualizar logo né... Então aí está.



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Você já se sentiu como se nada valesse à pena? Ou que ninguém no mundo achasse que você valesse à pena? Você já se sentiu completamente sozinho? Quando você está tão triste que não tem vontade de fazer nada, como se estivesse doente. Você já se sentiu como se ninguém no mundo se importasse com você e como se você carregasse tudo por contra própria? Bem, é assim que eu me sentia há semanas. Desde que eu havia parado de falar com Ali. Era difícil manter isso, mas eu sabia que era preciso. Eu não podia deixá-la brincar comigo mais. Eu estava cheia disso, eu merecia alguém melhor do que isso.

Acordei naquela manhã com uma batida na minha porta. Imaginei quem poderia ser. Minha mãe estava fora viajando. E hoje era fim de semana. Por que alguém iria bater tão cedo no final de semana? Então, virei-me para ver as horas e eram quase 1h da tarde. É, não era tão cedo assim.

Abri a porta e me surpreendi quando vi uma cansada Hanna.

– Hanna? – ela entrou sem dizer uma palavra e eu fechei a porta e a segui. - O que faz aqui? – perguntei.

– Eu vim te dizer para você parar de não falar com a Ali! – ela gritou. – olhe para mim! – ela apontou para o seu cabelo que estava uma bagunça. - Isso está acabando comigo. Eu comecei a rir diante da desgraça da Hanna e ela começou a me bater.

– O que houve? – perguntei ainda rindo.

– Ela não para de falar em você. So em você. Quando eu tento falar do Caleb e do Travis, ela volta a falar de você... – tenho certeza que isso me fez corar. – não esta mais que obvio que ela te ama? Por que não a perdoa logo e sejam felizes? – ela perguntou.

– Por que você não perdoa o Caleb logo e sejam felizes? – devolvi a pergunta.

– É complicado. – ela respondeu.

– O mesmo. – respondi e Hanna me olhou com uma cara de “é sério isso?”

– Em, é completamente diferente! – eu neguei com a cabeça. – você sabe que é. Caleb me deixou do nada, sem nenhuma explicação. Você sabe que a Ali te ama e te quer de volta. Então faz o favor de parar de reclamar e pega-la de uma vez porque quem dera o meu caso fosse assim.

Eu não disse nada, sabia que não valia à pena discutir com isso. E, além do mais, Hanna realmente estava sofrendo com toda a história da volta do Caleb. Mesmo eu sabendo que o meu problema com certeza era mais complicado. O que aconteceu com a Ali e aquele outro garoto me magoou muito, mas acabou sendo uma desculpa para ficar afastada dela. Mesma doendo muito, eu a estava protegendo. Esse pensamento me fez forte para não ceder.

O dia se passou comigo e Hanna reclamando da vida, vendo TV e comendo pizza. Absolutamente nada mais. Quando escureceu e nos demos conta eram 21h da noite e Hanna disse que tinha que voltar para casa, pois prometera a sua mãe que iria jantar com ela.

Logo que Hanna saiu, eu fui tomar meu banho e fui deitar. Eu não tinha nada para fazer e nos últimos dias não tinha dormido muito. Isso faria bem para mim, mas o que eu não esperava é que, na verdade, iria dormir pouco.

***

– Alison? - perguntei quando acordei e vi Ali se aproximando da minha cama no meio da noite. - Emily, você não faz idéia do quando senti sua falta. - ela começou. Eu já ia mandá-la sair do meu quarto e acho que ela percebeu porque logo continuou - Por favor, não fique brava.

– Você escolheu isso. Escolheu por você, escolheu por mim...

– Eu sei que está chateada. Eu sei que te magoei muito. - ela disse com uma voz sincera, mas nunca se pode saber com Alison. - mas eu quero explicar - prosseguiu.

– Mas você não pode. - a interrompi curtamente.

– Mas eu posso. - ela se aproximou e sentou se na minha cama.

– Você não faz idéia do que eu passei nesses dias...

– Você está certa, eu não sei! Mas você não tem idéia do que eu passei também.

– Emily, por favor--

– Você me destruiu, ok? - gritei.

– Eu sei. E eu me arrependo disso todo dia, toda hora. Mas eu não consigo mais ficar sem você. - ela admitiu.

– Aham. - ironizei.

– Se não fosse verdade, porque eu estaria aqui me humilhando pelo seu perdão? - ela perguntou retoricamente. - Emily, eu... eu...

– Você o que?

– Eu estou apaixonada por você! - ela gritou e me encarou. Depois de uns segundos de surpresa e silêncio eu respondi:

– Bem, cada um com seus problemas, não é? - sorri sarcasticamente.

– Você não esta falando serio. – ela falou sem acreditar nas minhas palavras.

– Por que não, Alison? - perguntei retoricamente. - você esta tão acostumada a ter o que quer que não aceita o fato de que eu não quero estar com você mais. Desculpa-me, mas eu te esperei minha vida inteira, mesmo depois da sua "morte", eu não desisti de você, sempre pensei que algo como isso pudesse acontecer. Você aparecer do nada... Mas olha o que isso me fez? Voltei a sofrer como naquela época, terminei com minha namorada, que realmente gostava de mim.

– Em... - Ali segurou minha mão, mas eu logo afastei a afastei.

– É melhor você ir.

– Eu não posso. Você não entende? Eu não consigo mais, Emily. Eu preciso de você. - eu tentei interrompe-la, mas ela não deixou dessa vez. - Trouxe uma coisa que eu vi há muito tempo atrás. E é exatamente o que eu sinto por você. - ela tirou um livro de sua bolsa, parecia com seu diário, mas a capa era diferente e parecia um pouco maior.

– "O que é uma alma gêmea? Bem, é tipo uma melhor amiga, mas mais que isso. É aquela única pessoa no mundo que te conhece melhor que todos. É alguém que faz você uma pessoa melhor. Na verdade, eles não fazem você uma pessoa melhor, você faz isso com você mesmo porque eles inspiram você. Uma alma gêmea é alguém que vai continuar com você para sempre. É a única pessoa que conhecia você, aceitava você e acreditava em você antes de ninguém acreditar ou quando ninguém acredita. E não importa o que aconteça, você sempre irá amá-la. Nada no mundo pode mudar isso." – ela leu cada palavra firme e devagar, vendo minha reação.

Quando ela acabou de ler ficamos em silencio por, mais ou menos, 1 minuto. Aquilo era lindo e era exatamente como eu me sentia por ela. "Não importa o que aconteça, você sempre irá amá-la." Parecia que a pessoa que escreveu aquilo conhecia nossa historia. E saber que Ali se sentia realmente assim. Eu sabia que era difícil para ela expor seus sentimentos. Mas nesse texto falou de amar, e ela disse que se sente exatamente assim em relação a mim. Foi uma declaração. Uma linda declaração.

Eu queria falar para ela que era exatamente isso que eu sentia também, mas o trato com A, me impediu.

– Não posso perdoar o que você fez. – usei como desculpa, mas ela não se convenceu aparentemente, pois chegou mais perto de mim e sussurrou em meu ouvido:

– E se eu fizer isso? - ela perguntou e se aproximou seus lábios dos meus. Mas não me beijou, esperou para ver se eu a impediria. E como eu não o fiz, ela me beijou.

O beijo começou lento, quase parado. Mas, então, Ali pediu passagem com sua língua e eu abri. Que saudades de beijá-la, de senti-la... Nossas línguas se encontraram e foi como um abraço, entre a gente. Como quando ela me pediu para encontrá-la - pela primeira vez desde que descobrimos sobre ela estar viva - e nos abraçamos urgentemente, cheio de saudades. Foi como esse beijo, foi um beijo de saudades. Mas ele foi rápido. Ali parou e se afastou. Então ela olhou para mim e eu não pude evitar sorrir para ela e ela sorriu também. Aproximamos-nos de novo e nos beijando. Dessa vez com mais intensidade. Ali pegou segurou meu rosto com suas duas mãos e as minhas estavam segurando as delas. Dessa vez eu me afastei e disse:

– Eu acho que o seu texto está certo. “Não importa o que aconteça você sempre irá amá-la”. – Ali abriu um enorme sorriso e voltou a me beijar. Nesse momento, eu esqueci completamente de –A.


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Notas finais do capítulo

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