Lembranças - Hayffie escrita por F Lovett


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Olá, galera linda e maravilhosa :D

Gostaram da pegação do capítulo 4? Consegui colocar pegação suficiente para vocês? xD

Agradeço a recomendação super diva de nicolarie mason! Fiquei mega feliz quando li, então dedico esse capítulo para você, amore! *-*

Então, gente... eu ainda estou vendo até onde essa fic vai, porque não pretendia deixá-la tão longa, mas tá difícil de me despedir dela, então vou tentar esticar um pouco ;)

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/470707/chapter/5

Eu não consigo conter minhas lágrimas. Tento inalar o cheiro da peruca, tentando extrair mais alguma lembrança, mas acabo espirrando. Aquela peruca deveria estar ali há um bom tempo.

Perucas. Agora nada mais disso me importa. Não faz mais sentido ser a Garota da Capital. Eu não vejo mais graça em tudo isso.

Eu preciso de Haymitch. Agora, mais do que nunca.

– Eles estão realmente ótimos! – comentou Haymitch aos patrocinadores. Eu estava ao lado dele, observando-o fazer o seu trabalho. – Aposto que farão melhor desta vez.

Sorri discretamente e encontrei seu olhar. Ele sorria de uma forma sincera. Isso me fazia corar de uma forma absurda.

Naquele dia, Haymitch conseguiu persuadir dois patrocinadores a ajudarem nosso casal desafortunado, agora com aliados na arena. Não sei se isso era realmente bom, mas Haymitch transparecia confiança, então achei melhor confiar nele.

À noite voltamos ao prédio para assistir ao massacre. A ausência de Cinna fazia tudo ficar desanimado. Minha companhia naquela noite foi Portia. Conversamos sobre a evolução de Katniss e confesso que ela me surpreendia cada vez mais. Eu não queria perde-la, apesar de ter quase certeza de que ela não ia muito com a minha cara.

– Aceitam um drinque, queridinhas? – soou uma voz masculina que eu conhecia muito bem. Tive novamente aquela sensação estranha quando me virei e dei de cara com Haymitch sorrindo.

– Não, obrigada, Haymitch – respondeu Portia. – Mas aceito fazer um lanchinho, com licença. – ela se levantou e foi até a cozinha, procurando algo para comer.

Haymitch deixou uma breve risada escapar.

– Foi impressão minha ou essa saída de Portia foi proposital? – perguntei, fitando-o desconfiada.

– Acha que ela sabe de alguma coisa? – sugeriu Haymitch, levantando uma sobrancelha, sentando-se ao meu lado. Próximo demais, para ser sincera.

– Haymitch! – sussurrei, querendo gritar, dando um tapa no seu braço. – Não está acontecendo nada – desviei meu olhar e fiquei encarando o chão. Naquele momento ele parecia bem mais convidativo.

– Então isso aqui não é nada? – Haymitch se adiantou e me roubou um beijo. Corei novamente (ah, sempre isso!). – E isso aqui? – ele me beijou novamente.

– Haymitch, não! – eu disse, em meio a risos. Sua barba malfeita roçando no meu pescoço me deixava com cócegas. Fechei os olhos, tentando conter o riso, mas quando os abri, dei de cara com Portia assistindo a cena com os olhos arregalados.

“Portia!” gritei, soluçando logo após. Não precisei colocar força ao empurrar Haymitch, pois ele voltou ao seu lugar rapidamente, olhando desconfiado para o nada. Eu estava boquiaberta.

– Interrompi alguma coisa? – perguntou ela, ainda sem sair do lugar. Vi em seus lábios um sorriso maroto se formar timidamente. – Eu posso voltar para a cozinha.

– Não! Claro que não! –minha voz saiu mais fina do que o habitual. Percebi que eu estava um pouco nervosa. Limpei a garganta. – Não interrompeu nada.

– É, nada – completou Haymitch. Pude notar o desânimo na sua voz. Então para ele tinha alguma coisa. Na verdade, para mim também, mas eu ainda não conseguia admitir isso ainda.

Haymitch se levantou sem olhar para mim e voltou para a varanda. Eu o acompanhei com o olhar, sentindo-me péssima pelo que eu disse. Portia, por sua vez, veio correndo até o sofá e sentou-se onde antes estava Haymitch, olhando para mim como quem espera por um doce.

– Acho que tem muita coisa no meio desse “nada”, hein Effie? – ela começou, piscando para mim. – Juro que eu nunca cogitei a possibilidade de você e Haymitch...

– Shhh! – tapei a sua boca com as mãos. Portia falava alto demais às vezes. – Não está acontecendo nada, eu já disse! – sussurrei, olhando para a varanda, onde Haymitch caminhava inquieto de um lado para o outro. Mordi o lábio enquanto olhava para ele lá fora. Minha vontade era de ir até lá e beijá-lo novamente.

– Você gosta dele! – exclamou Portia, olhando dele para mim, batendo palminhas com as mãos. – Não vê a forma como você fica? Está parecendo uma garotinha apaixonada!

– Claro que não, Portia! Me dá isso aqui – puxei de suas mãos uma garrafa de algo que eu não sabia o que era, mas que quando tomei, senti minha garganta queimar. Tentei sufocar um engasgo, mas não deu. Aquilo era horrível! – O que é isso? – perguntei, entregando-lhe a garrafa de volta.

– Aguardente, colega! – disse Portia, rindo da minha cara de nojo. Aquilo era realmente horrível. – Mas vamos ao que interessa... Effie Trinket, você não vai conseguir mentir para mim, então me diga: você gosta do Haymitch, não é?

Ótimo. De todas as perguntas no mundo, ela me fez justamente a que nem eu mesma sabia responder. Ou talvez eu soubesse... só não queria admitir.

Respirei fundo e olhei em seus olhos. Não consegui sustentar o olhar por muito tempo e acabei desviando para Haymitch novamente, apertando os lábios.

– Eu não sei... eu – gaguejei, ainda com os olhos presos nele. – eu acho que... ah, quem estou querendo enganar? É claro que eu gosto dele.

–Olha Effie, para ser bem sincera, eu nunca achei que vocês dois pudessem... bem, formar um casal, sabe? Mas dizem que pra essas coisas ninguém escolhe. Se você se sente bem com ele, ótimo! Só não minta para si mesma... eu vi como vocês estavam e como você olhou para ele. Se isso não é amor... eu não sei o que é.

Portia deu uma piscadela e saiu da sala, deixando-me sozinha com meus pensamentos confusos. Não sabia se Haymitch vira ou ouvira algo na nossa conversa, mas me levantei e fui até a cozinha à procura de (não acredito nisso) alguma bebida.

Peguei uma garrafa de vodca e coloquei uma quantidade generosa do líquido no primeiro copo que vi pela frente. Comecei a andar de um lado para o outro na sala, tomando a vodca aos poucos. Acho que comecei a ficar um pouco tonta, então me apoiei na mesa e pousei o copo lá.

Ouvi uma risada vindo na minha direção. Já sabia de quem era.

– Você é muito fraca – comentou Haymitch, ainda rindo da cena. – Me dá isso aqui – ele esticou a mão para pegar meu copo, mas consegui ser mais rápida que ele.

– Não – eu disse. – É meu.

– Effie, você não é acostumada – ele continuou, contornando a mesa até onde eu estava, ainda tentando tomar o copo de mim. Estiquei meu braço para frente. – É melhor você me dar – murmurou no meu ouvido. Pude vê-lo pousar seu copo na mesa, passando uma mão pela minha cintura. Mordi o lábio, tentando me conter. A outra mão de Haymitch já estava me tomando o copo, pousando-o na mesa também.

Eu não podia deixá-lo escapar. Não dessa vez.

Segurei suas mãos nas minhas e o puxei para mais perto, inclinando minha cabeça para o lado, deixando-o distribuir beijos pelo meu pescoço. Me virei para beijá-lo e passei as mãos ao redor do seu pescoço, trazendo-o para mim.

– E se alguém nos ver? – murmurou, entre os beijos.

– Danem-se.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Essa Effie é confusa das ideias, né? Vontade de chegar nela e dizer PARA DE SER BESTA, MOLIER! *haha

Então, curtiram? ;D