“Por que é mais fácil escrever do que falar?”

Eu não sou nenhuma escritora famosa. Na verdade, minha escrita é totalmente amadora. Claro, tem gente que é totalmente inexperiente, e algumas pessoas podem considerar minhas palavras bonitas. Algumas falam que eu tenho talento, mas sei que existem pessoas muito mais talentosas do que eu por aí.

Eu amo escrever. Escrever é como libertar tudo o que sinto dentro de mim, e passar para o papel. No meu caso, para a tela do computador. Não escrevo para agradar os outros. O que quero dizer é que escrevo por mim mesma.

Escrever é falar tudo o que eu sinto, tudo que penso. Escrever é como libertar todos os meus demônios. Eu escrevo porque não consigo aguentar a realidade na qual vivo, então crio uma nova, onde todos os meus sonhos e desejos mais profundos podem se tornar realidade. Eu escrevo para me sentir viva. Tudo o que eu faço é para minha sobrevivência. A única coisa que foge disso, é quando escrevo. Quando não o faço sinto que estou desaparecendo.

Eu escrevo porque odeio tudo e nunca consegui amar, e quero entender o motivo. Escrevo romances porque odeio o amor por ser algo desconhecido e tão cruel, mas ao mesmo tempo tão alegre. Escrevo porque tenho muitas perguntas e nenhuma resposta, e às vezes parece que nunca vou conseguir uma. Escrevo, porque preciso passar tudo que sinto indiretamente, se não esses sentimentos vão me matar, como meus pensamentos. Escrevo, porque ninguém nunca vai conseguir me entender completamente. Escrevo porque tenho milhares de segredos. Escrevo, porque acredito que posso mudar o mundo de outras pessoas com as minhas palavras, de algum jeito.

Escrevo, porque as palavras que eu falo nunca são suficientes. Sempre vai faltar alguma coisa, e eu nunca vou saber o que é.

Eu sei que no final tudo o que vai restar de mim serão ossos e poeira, e as palavras que deixei. Quero que alguém se lembre de mim de alguma forma. Tudo o que fiz não vai ser falado no final, porque tudo vai desaparecer. O mundo, as pessoas. Todas as descobertas e invenções não vão ter servido para nada. Ninguém pode escapar do final inevitável que nos espera.

Eu só quero saber que depois de tudo, eu deixei alguma coisa. Só preciso saber que eu fiz algo.

As palavras são como magia. Elas podem ferir e curar ao mesmo tempo. Tudo depende de como nós a usamos. Em minha opinião, elas são as coisas mais belas e tristes do universo. Palavras são como confidentes. Elas são todos os seus segredos, medos e salvação.

E no final, eu me entendo melhor com as palavras do que com qualquer outra pessoa. Eu sei expressar meus sentimentos através de histórias e cartas, mas sou a pior pessoa do mundo para conversar pessoalmente. Quando falo com alguém parece que tudo se entala na minha garganta, me impedindo de falar o que sinto, e tudo isso se mistura com o medo e nervosismo. Mas quando escrevo, tudo é diferente. Não preciso ter medo.

No final, as palavras sempre serão a minha melhor companhia.