Leis Renovadas: Sinta A ''Vibe'', Temporada 1 escrita por BrunoCTorres


Capítulo 9
Páscoa V


Notas iniciais do capítulo

Episódio de Páscoa.
Voltamos do Hiatus o/



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A cidade lotada. Pessoas e carros para todos os lados. Parecia natal.

No centro, Bruno e Giovanna estavam comprando alguns ovos de páscoa para dar para seus amigos do colégio. A loja onde estavam era linda. Possuía toques rosas traçados com total delicadeza. A mulher do caixa estava com um jaleco branco com uma faixa rosa, do mesmo tom da parede.

A loja estava lotada, mas não como a rua. Até porque é impossível. Muitas buzinas e mães segurando nos braços dos filhos pequenos, que queriam sair e se aventurar pelas ruas bonitas de Atlos.

As casas pela rua eram totalmente nobres. Tinha, a maioria um tom marrom, com dois andares, e um telhado colonial. E Atlos estava vivendo um dos seus dias de glória. Como nas outras festividades como Natal e Ano Novo. Isso devido as cidades próximas. Quase nenhuma tem tantas lojas como Atlos. Essa cidade é a melhor escolha, justamente por ser uma das maiores dali e ter um bom número de lojas e habitantes.

– 78,90. –Diz a atendente se direcionando a Bruno e a Giovanna, que estavam no caixa.

Os dois se olham com medo. Aquilo significava que nenhum deles tinham o dinheiro que totalizaria esse preço.

– É queeeee... –Giovanna gagueja olhando para os lados para não ficar mais nervosa. – BRUNO, CORRE! –Ela berra e puxa Bruno pelos braços.

Os dois saem correndo pela loja até a porta. Dois seguranças negros e altos aparecem tapando a saída e fazem com que Bruno e Giovanna batem em seus corpos e caem no chão.

Giovanna grita.

– Ah! Ah! –Ela continua gritando se levantando e dando dois passos para todos os lados possíveis. – Ah! Ah!

– Gi, calma! –Bruno bota mão em seu braço. – Calma.

– NÃÃÃÃÃO! –Giovanna da um berro e corre até uma janela de vidro, que no interior da loja, na outra, e enorme parte. Ela se prepara para pular pelo vidro, quando de repente Jonatas entra na sua frente.

Ele cruza os braços na sua frente.

– O que pensa que vai fazer?

Bruno, perto da porta de entrada fica abobado com a rapidez com a qual ele agiu e como impediu Giovanna de fazer uma loucura.

#

Os três estavam no escritório da loja.

– E esta loja é da minha mãe. –Jonatas conta. – Foi passada para ela, pela família. Depois dela, será meu irmão mais velho. E depois dele, eu.

– Que legal! –Bruno exclama feliz. – Mas... –Ele tosse. – Como sabia que estávamos aqui?

– Está vendo aquilo ali? –Ele aponta para um monitor cheio de imagens de câmeras espalhadas pela loja. – Eu já havia avisado aos seguranças para não deixarem vocês passar. Queria fazer uma pegadinha de páscoa. Mas Giovanna fez por mim, né?

Ela solta uma risadinha.

– Não resisti. –Jonatas começa a rir. – Não consegui levar a sério vocês fugindo do caixa. – Pode deixar, pagarei o que restou, e falarei para minha mãe que aquilo foi uma loucura de adolescentes de frente para o medo.

– Oh! –Bruno e Giovanna suspiram juntos.

#

O centro continuou lotado pelas horas que se seguiram. O céu estava nublado e todos estavam apressados para comprar, de última hora, os chocolates de Páscoa. E estava na hora para o Prefeito anunciar a caça aos Ovos.

– Todos! Todos! –Grita o atual Prefeito de Atlos, Jeremy. Ele está em um palanque no meio da praça, que divide duas principais ruas. – A caça irá começar. –Jeremy diz. – As regras são simples: Todos podem participar. Deverão ser formados grupos de 10 pessoas.

Os jovens Bruno, Giovanna, Ana Clara, Jonatas e Fernanda se olham.

– Somos em cinco! –Cochicha Giovanna.

O Prefeito continua a falar:

– Os vencedores serão aqueles que pegarem ovos de mais pontos. Em cada ovo está um adesivo com o ponto que vale. Basta buscar o máximo que for.

– Certo. Não será tão difícil. –Bruno diz.

– Não será. –Ana Clara repete, como na última vez.

#

Os jovens fizeram uma rápida seleção de pessoas para aderir o grupo de 10.

Os outros adolescentes que formaram o grupo, estudavam no mesmo colégio dos outros. Júlia, Vinicius, Ana Beatriz, Henrique Veras – O mesmo que foi até Palms – e Lucas Almeida.

Todos estavam ali para ajudar. E era isso que seria feito.

#

Já estava entre nove da noite e dez. Eles não haviam conseguido nada mais que 100 pontos. Que era pouco, já que cada ovo que acharam valia 50.

O telefone dos cinco apitou: Uma nova mensagem não lida, alertou ele.

‘’Queridos amigos, hoje, pretendo, não causar danos a vocês. Só alegria, para comemorar essa data especial. Sei que estão com pouco ponto. Uma pena. Mas tem um jeito de virar o jogo. E não vejam como uma trapaça, porque não é.

Basta todos seguir pela linha do trem, depois da entrada principal da cidade. Lá vão encontrar uma casinha minúscula, mas ela contem mais de 300.000 ovos que foram distribuídos. Vão, antes que eu mude de idéia.

Tenham uma boa páscoa, e não estraguem tudo.

–V’’

E lá foram eles, pela trilha com galhos secos nela. Uma grande névoa tomou conta, enquanto eles chegavam mais perto do destino.

Um trovão.

Três.

O grupo estava conversando quando um grito de socorro veio de trás.

– Parece ser o Vinicius! –Bruno berra e corre em direção ao som.

Todos ficam parados enquanto Bruno avança.

#

Os trilhos do trem, não eram mais o destino de Bruno. Ele teve que sair correndo por entre a floresta escura.

O grito novamente, e Bruno estava se sentindo observado. Ele olhava toda hora, para os lados, buscando quem era que estava seguindo-o.

Ele escuta novamente o grito e corre atrás dele. Até que chega em um lago.

Tudo fica mais escuro e ele vê, do outro lado, Palms, o acampamento. Ele fica confuso. Ao seu lado aparece o corpo de Valadão e depois, do outro lado, a tampa de lixo.

Ele estava delirando.

A voz de Vinicius ecoa pela sua cabeça.

– Vá embora! Vá! –Ele grita.

Bruno vira e vê ele. Segurado, por trás, por uma pessoa de capuz preto, tapando a sua boca.

– Solte-o! Solte-o!

#

– Bruno, acorda! Acorda! –Grita Giovanna.

Eles, e o grupo, estão no meio da floresta, e nada que Bruno viu foi verdade.

– O que houve? –Ele acorda sonolento e tonto.

– Você disse que ouviu alguém gritar e correu até aqui. –Disse Ana Beatriz, morena, baixa e com cabelos escuros.

– Só pode estar doido! –Vinicius exclama.

Bruno levanta.

– Você estava gritando! –Bruno aponta dedo para ele.

Vinicius faz um sinal que não com a cabeça.

– Mas está tudo bem... –Ana Clara põe a mão em seu ombro.

– Geeeeeeente, tem como a gente ir logo? Vocês falam pra gente ir até uma casa e depois esquecem? –Júlia berra. – E uma coisa, quem disse a vocês?

– Ninguém. –Bruno disse.

#

O grupo finalmente chega até o ponto onde os ovos estavam. Os pontos eram deles. Eles ganharam. O lugar empoeirado e mal acabado guardava, como em um armário, muitos mais ovos do que V prometeu.

– Precisamos ir logo. –Jonatas disse. – Aquele-Pessoa pode mudar de ideia a qualquer momento.

– Quem? –Júlia questiona.

– Quem o que? –Bruno pergunta.

– Quem quem o que? –Giovanna se direciona a Bruno.

– Já chega. Esquece. –Júlia cansa da burrice dos dois.

#

O centro, mesmo a noite, estava tão iluminado como a luz do dia.

– Viemos anunciar os vencedores que levaram um grande prêmio! –Dissera o prefeito.

Todos começam a gritar de felicidades e as expectativas ali tomam conta de toda a cidade. Os grupos estavam reunidos um do lado do outro, lotados de felicidade.

– Em terceiro lugar o pessoal da colégio Hauster. Parabéns pessoal. –Ele aplaude, se virando para um grupo de jovens adultos. Eles comemoram. – O vencedor é o time de Atlos. Parabéns, meus jovens. – Os jovens começam a pular, brincar e gritar.

Um grupo de crianças estava com rostos tristes.

– É uma pena, pelo o menos ficamos em segundo lugar! –Exclama, talvez a diretora do colégio das crianças, ou uma animadora.

Os jovens de Atlos se olham. Eles fizeram uma coisa errada. Foi como uma grande trapaça.

– Ei! –Vinicius berra, se dirigindo ao prefeito, que estava em seu palanque. – Eu não faço parte desse grupo.

Todos os grupos olham para ele.

– Se ele não está, temos apenas 9. Não poderíamos competir, certo? –Jonatas questiona.

– Certo! –Bruno exclama. – Certo? –Ele olha para o prefeito.

– É, -Ele olha para os lados, e os rostos das crianças continuam tristes. – Sim, certo.

Ele tosse e ajeita a vestimenta.

– O colégio Atlos está desqualificado. O time da Baby Junior venceu! Parabéns, crianças! –O prefeito exclama e todos batem palma.

As crianças começam a gritar, e os jovens de Atlos sentiram ter feito a coisa certa.

– E qual é o prêmio? –Gritou uma menininha morena.

– É o amor. A caridade. E a confiança.

Todos se olharam.

– Que? –Giovanna perguntara berrando. – Que?

Bruno deu um tapa no ombro dela:

– Também não entendi, mas parece a coisa certa.

Jonatas, que estava na frente deles, ergueu a cabeça para trás:

– Vocês... –E depois ele sorri.

– Sim, é a coisa certa. –Henrique chega e fala, pela primeira vez.

– Você falou!? –Giovanna abre um sorriso enquanto fogos de artifícios são lançados na escuridão do céu.

Ele sorri para ela.

– Feliz páscoa a todos! –Henrique por fim, termina de um jeito que conquistaria a todos.


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