Dois meses tinham se passado. O colégio Atlos estava mais inovado e mais tecnológico. Tudo nas cores Amarela, Vinho e Branco. A combinação perfeita.

O corredor estava lotado de gente. Bastantes e incontáveis alunos novos.

Bruno estava andando por ali. Com o uniforme do colégio e um casaco vermelho. Várias pessoas andavam em sua direção, cruzando o seu caminho. Vários para um lado, e vários para o outro.

– Woool! –Bruno exclama ao bater com o braço nos livros de um menino de óculos. Os livros foram ao chão. O garoto se abaixa para pegar quando Bruno o interrompe. – Me desculpa. Eu pego. –Bruno leva a mão ao chão buscando, em meio de vários pés ao lado, os livros.

– Obrigado. –O garoto diz.

– De nada. –Bruno assente com a cabeça e uma pergunta vem a sua mente: - Você é novo, não?

– Sim. Vinicius. –Ele ergue a mão e se apresenta.

– Bruno.

– Obrigado de novo. –Vinicius sai andando pelo corredor.

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No fim da aula de Física, Jonatas e Giovanna foram até o pátio.

– Obrigado por pagar meu lanche. –Diz Jonatas.

– Só dessa vez. –Giovanna sorri e da um tapinha no ombro dele. – Na próxima você pagará pra mim.

Eles riem.

– Claro. –Ele sorri com o canto da boca.

Os dois se olham e se aprofundam, um no olhar do outro. Depois Giovanna vira o rosto e olha para frente, visualizando toda a área da frente do colégio.

– Olha como tudo é engraçado... –Giovanna muda de assunto, afim de desabafar. – Ganhamos o Bruno e perdemos o Catete.

– As coisas não são justas. –Jonatas olha no olho dela novamente.

– Eu sei. Mas, você acha que foi esse V que sumiu com Catete? –Giovanna pergunta a ele.

Jonatas sente uma pontada de dúvida.

– É... Não sei.

– Também não.

Mais pessoas entram no pátio. Vários novos e alguns que já estudavam na classe deles.

– Percebeu que V nos deixou? Pelo o menos nesse tempo? –Jonatas arrisca uma questão.

– É.

Ele pega na mão dela e Giovanna o olha, sorrindo. A outra mão do Jonatas é usada para envolver o pescoço dela. Ele chega com ela mais perto e os seus lábios se tocam.

Envolvidos eles não se importam com a regra de não se beijar no colégio.

Bruno está olhando do segundo andar do colégio. De primeira ele estranha. Olha com uma cara diferente e depois sorri. Feliz pelos seus amigos estarem juntos. Ou pelo o menos parecerem juntos.

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O clube do coral, que se tinha se formado no mesmo ano, se reuniu na lanchonete do colégio. Uma as mesas eram tingidas de vinho, como o uniforme. Havia várias pessoas sentadas nas mesas, outras muitas em pé, e outras jogando do outro lado da lanchonete.

Três meninas subiram na mesa e começaram a cantar. Os cinco meninos sentados nos bancos da mesa estavam cantarolando. Um tocava violão, o outro batia com os talheres na mesa, como uma bateria, o resto cantava junto com as garotas.

Muita gente se juntou cercando a mesa, incluindo Ana Clara, Jonatas, Giovanna, Bruno e Fernanda.

Todos batiam palmas e dançavam. Uma festa no horário de recreio.

As mulheres da cantina sorriam e batiam palmas.

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O final do dia. A escola sem bagunça, crianças na sala de aula e adolescentes fora delas esperando os seus responsáveis os apanharem.

– O que vocês vão fazer no domingo? -Ana perguntou aos jovens reunidos ali.

– O que tem no domingo? –Giovanna pergunta angustiada.

– Páscoa. –Fernanda fala antes de Ana Clara, que estava abrindo a boca para deixar as palavras saírem.

Todos disseram que iam ter visitas, mas se concordassem, podiam dar uma escapada.

– O prefeito disse que botaria vários ovinhos de páscoa pelo centro. E quem achar mais, ganha um prêmio. –Jonatas diz. – Quem topa participar, depois de dar um rolo na família?

– Eu! –Todos erguem a mão juntos.

O pessoal caí na gargalhada.

– Então fechou. –Bruno grita.