Leis Renovadas: Sinta A ''Vibe'', Temporada 1 escrita por BrunoCTorres


Capítulo 6
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Notas iniciais do capítulo

Esse episódio fecha o projeto ''Maratona de Inéditos'' e ainda uma novidade: Está disponível para download agora, o EP contendo músicas desse episódio.
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Estava tudo realmente muito escuro. Apenas algumas luzes, vindas das janelas dos chalés iluminavam a área.

Vindo do beco que dava para perto do lago, saía Bruno e Jonatas com as mãos e blusas ensanguentadas. Os dois não olhavam para os lados. Apenas olhavam para frente, pensando no que fazer depois daquilo acontecer. Depois de matarem Valadão.

Eles pararam no fim do beco, onde a luz da fogueira acesa ainda brilhava.

– Agora, preciso saber. –Jonatas começara com um futuro interrogatório. – Como veio parar aqui? Digo... –Ele olha para os lados. – Logo na hora da briga. Você estava nos observando?

Bruno engoliu um seco.

– Sim. –Bruno começou. – Tenho que ser honesto. Era pra ser uma surpresa estar aqui. Eu estava no avião e nos lugares que vocês estavam. Mas não podia deixar aquele idiota de derrubar...

Eles começam a andar novamente.

– Obrigado. E ah, bem vindo de volta.

#

O acampamento estava mais feliz do que em todos os 7 anos de existência. Bruno voltou para seus amigos, e eles estavam festivos.

Bruno contou a todos a mesma coisa que contou a Jonatas na noite passada. Todos levaram numa boa e ninguém perguntou porque ele não estava em Nova York.

Giovanna foi a primeira a recebe-lo com muito amor e carinho. Pulou, dançou, abraçou e beijou.

No rosto.

– E para comemorar... –Giovanna falou feliz. – Temos que fazer algo. O que? O que?

– Que tal uma festa do pijama? –Ana Clara sugeriu.

– Que tal uma festa do pijama, fora dos limites do acampamento? –Catete complementou.

Todos assentiram feliz e sorrindo. Parecia que aquela felicidade nunca iria ir embora. Nunca.

#

No meio da escuridão, os jovens estavam em festa. O toque de recolher já fora, e eles estão saindo dos limites do acampamento.

– Agora estou um pouco arrependida. –Giovanna disse e logo depois olhou para Bruno. – Mas não estou.

Todos sorriem e continuam por entre o bosque. Areia e árvores cobria aquele pequeno e estreito pedaço de terra.

Eles conseguiram. Atravessaram o bosque que dava entre o lago e o acampamento.

Bruno olhou para trás e não havia ninguém seguindo eles. Isso era um bom sinal.

O lago não havia uma grande profundidade, dava para passar sem chegar água ao pescoço. E foi o que fizeram.

Fernanda foi a primeira a querer atravessar. Ela pôs um casaco em si para cobrir da água gelada que havia ali.

– Você está bem? –Bruno perguntou. – Se quiser, não é preciso ir. Podemos ficar, e comemorar ao voltarmos para Atlos.

Atlos ficava á horas de avião de Louislee – Atual cidade onde eles estavam e onde estava o acampamento.

– Vou ficar. Quando atravessar essa bosta! –Fernanda ergue as mãos, embola os cabelos e faz ele ficar preso na sua cabeça.

Bruno assentiu e sorriu para ela.

Fernanda começou a andar pela água. Olhava para os lados, respirava e continuava. Depois, seguiu Jonatas. A mesma coisa, andou, respirou, parou e suspirou.

Logo, Bruno desceu até o lago gélido. Se seguiram Giovanna, Catete e Ana Clara.

Um atrás do outro, como em uma fila indiana. Mas uma coisa deu errado. Ana é puxada para baixo d’ água e começa a se afogar. Depois de cair a primeira vez, ela não consegue subir mais. Parecia estar presa em algo. Só pedia ajuda com o bater das mãos.

– TIREM ELA DE LÁ! –Catete foi o primeiro, já atravessado, a gritar.

– Não grite. Vão descobrir a gente! –Bruno berrou.

– Ela está morrendo! –Giovanna começou a soluçar.

Os três, e Fernanda e Jonatas já estavam do outro lado do lago. E Ana foi a última a ir.

Ela continuava batendo as mãos e era possível, pelo o menos por segundos ouvir gritos abafados vindos lá de baixo.

Jonatas se voluntariou e pulou de volta á água. Bateu os braços e nadou para chegar mais rápido do meio do lago. Ele conseguiu avistá-la e mergulhou.

Submerso, ele viu Ana inconsciente. Pálida e com a boxa totalmente roxa. Jonatas se espanta e deixa escapar o seu ar. Ele levanta a cabeça e pede ajuda. Bruno e Catete nadam até lá.

De baixo d’ água, sem ninguém ver, por estarem discutindo como tirá-la um suspiro.

Ana abriu os olhos e sorriu.

#

Secos e já do outro lado do lago, em meio a uma floresta, lá estavam os jovens. Em frente a uma fogueira, todos de pijamas de diferentes tipos de cores.

– Ainda bem que ninguém nos descobriu né? –Ana Clara pergunta feliz, já bem.

– É. –Dizem todos juntos

Jonatas faz um sinal de espera para todos e vai até uma pequena barraca que fizeram em baixo de uma árvore.

– O que é uma... –Ele tira a cabeça da barraca e volta com ela pra dentro, procurando algo. – Festa sem música? –Ele mostra um rádio portátil.

Todos batem palmas.

#

A festa já estava rolando, todos felizes e cantando as músicas. Mas Bruno estava num canto de onde estava acontecendo a festa. Com o telefone no ouvido. Sussurrando.

– Mas... –Bruno estava com cara preocupada. –Não, claro. Tudo bem.

Giovanna e Jonatas se aproximaram:

– O que foi? –Giovanna perguntou sentando ao seu lado.

Jonatas estava de pé em frente a eles:

– Pode nos contar?

Bruno esquiva o rosto.

– Foi só um telefonema.

– De quem? –Jonatas insistiu.

– De Nova York. Eles não querem mais meu livro.

– Mas como assim? –Giovanna angustiou-se. –Ele é perfeito.

– Eles não quiseram. Foi isso. Não quer dizer que é ruim. –Jonatas tentou aumentar o astral.

– Isso significa que não vou voltar para Nova York.

Giovanna e Jonatas abaixam a cabeça. Mexem na roupa, e no cabelo.

– Seu sonho né? –Jonatas fez uma cara triste.

Bruno assentiu.

– O seu sonho não morreu. –Giovanna falou, finalmente, alguma coisa séria. – Não morreu e não morrerá...

– Nunca. –Jonatas e Giovanna falam juntos.

Ele sorri e os três se abraçam.

– Pra sempre? –Bruno pergunta.

– Pra sempre. –Os seus melhores amigos respondem.

#

Algum tempo depois, Jonatas e Giovanna foram para a fogueira junto com Bruno e os outros. Jonatas cantou uma música linda sobre contar com os verdadeiros amigos. Giovanna cantou outra maravilhosa para aumentar o astral chamada Raise Your Glass.

Todos levaram um tremendo susto quando Jonatas disse que iria cantar, pois ninguém nunca o ouviu. Mas ao final da música ele foi melhor do que ele já era. E ele disse que fez isso para os dois melhores amigos dele. Aqueles que sempre podem contar com ele.

No fim, Ana Clara, Catete, Fernanda, Jonatas e Giovanna cantaram Don’t Stop Believin’, da Journey, para Bruno. Aquela música fez ele chorar.

Don't stop believin'
Hold on to that feelin'
Streetlight, people

Don't stop believin'
Hold on to that feelin'
Streetlight, people

#

Toda a floresta já estava iluminada pelo sol.

Fernanda foi a primeira a acordar. Ela andou a floresta até o limite do lago, por onde havia chegado. Ela olha para o acampamento do outro lado e sorri. Depois olha para o lago e fica triste. Fernanda estava com uma pontada de medo de incomodando.

– Bom dia. –Alguém sussurrou em seu ouvido, botando a mão em seu ombro.

– Bom... –Ela se vira e propriamente se interrompe ao ver a pessoa, em que a um tempo atrás, havia dado adeus.


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Notas finais do capítulo

Link para EP de Conte Comigo: http://www.4shared.com/rar/eEvCIQWIce/leis_renovadas_conte_comigo_ep.html?



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