Leis Renovadas: Sinta A ''Vibe'', Temporada 1 escrita por BrunoCTorres


Capítulo 4
Sinta A Vibe


Notas iniciais do capítulo

HOJE COMEÇA A MARATONA DE INÉDITOS
DOMINGO, EP 4
SEGUNDA, EP 5
QUARTA, EP 6



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/470591/chapter/4

O vento passava pelas folhas das belas árvores do local. Os alunos do colégio Atlos já haviam desembarcado á algumas horas, e estavam chegando no lugar onde passariam o final de suas férias.

– Sejam bem-vindos á Palms! –Gritou uma mulher loura, vestida com uma roupa azul e com um crachá escrito ‘’Lanna, Diretora do Pamls, Acampamento’’. – Esperamos que tenham uma boa estadia durante a semana que passarão por aqui.

Todos os alunos assentiram com a cabeça e sorriam um para os outros. No meio do acampamento, que era possível ver, por trás de Lanna, havia uma grande fogueira e pessoas circundando ela. Todos pareciam felizes.

– Me sigam. –Disse ela, tentando apontar todos os alunos.

‘’Fique perto dos professores.’’ Avisou ela.

– Aqui vemos o clube do coral! –Lanna falou feliz apontando para as pessoas da fogueira. Ela e os outros andaram por mais um tempo até chegarem á um campo brilhante e bem arquitetado de futebol. – E por aqui, temos o Dart’s. São os nossos jogadores de futebol do acampamento.

Ela é interrompida pelo início de uma música.

Várias garotas aparecem do nada no meio de todo mundo dançando no ritmo da música. Uma menina loura se põe na frente cantando o início da música.

Girls, we run this motha!
Girls, we run this motha!
Girls, we run this motha!
Girls, we run this!
Girls!

Elas dançam freneticamente, como se não tivessem nada que as impedissem. A loura é a mais rápida de todas. Ela salteia, bate os braços e as pernas.

Todos estavam pasmos com os movimentos delas.

Some of them men think they freak this
Like we do
But no they don't
Make your check come at they neck
Disrespect us?
No they won't

Boy don't even try to touch this
Boy this beat is crazy
This is how they made me
Houston, Texas baby

No meio do acampamento, elas continuavam e mais gente se juntava. Até meninos estavam na performance. Que era para ser só das meninas já que o nome da música deixa implícito: Run The World (Girls).

Os jovens de Atlos estam em um grupo e os adolescentes, já presentes no acampamento, dançavam e cantavam como um confronto.

A loura apontava para Giovanna, que estava na frente do seu grupo. Ela parecera insultada. Não tinha o que fazer a não ser revidar. O pessoal de Atlos, um pouco tímidos não deixaram a desejar. Cantavam um coral lindo, até melhor que os adolescentes que já estavam ali.

Todos dançavam um grupo contra o outro, confrontando-os. Giovanna ergue a cabeça abre a boca e deixa fluir sua voz:

You'll do anything for me

Depois eles continuam, todos na mesma sincronia, na mesma voz. No mesmo tom.

Mais pessoas se juntam a ambos os grupos. José olha para Bruno, que está no outro grupo. Os dois trocam olhares de dúvidas enquanto continuam dançando. Apenas ele conseguia avistar Bruno. Mas ninguém.

José Pedro balança a cabeça incomodado e olha novamente. Bruno não está mais lá. Ele era o único que sabia que Bruno estava ali. Porque não contou?

O rosto de Bruno estava ferido. Algumas manchas. Algumas gotas de sangue.

Giovanna repete a sua parte e continua cantando junto. A música continua a rolar e ninguém parece cansar. Um grande coral toma conta.

Who are we?
What we run?
The world
(Who run this motha?)

No fim, a loura da um passo a frente, como Giovanna e a música termina. As duas se encaram.

– Seja bem vinda. –Diz a jovem do acampamento.

#

Todos estavam se organizando nos chalés, que não ficavam tão longe da fogueira.

Do lado direito do acampamento, se encontravam os Chalés Femininos. E do lado esquerdo os Chalés Masculinos.

José estava no seu canto, sem falar com ninguém. Ele era aluno novo, era seu primeiro dia de verdade com as pessoas que passara o resto do ano junto.

Como de costume, o líder da turma se apresenta á ele.

– Olá, sou Lucas Catete. –Ele ergue a mão. – Mas pode me chamar de Catete. É como todos aqui me chamam.

#

– Meninos. –Diz Catete em cima da beliche. – Creio que a maioria aqui me conhece de alguns anos atrás. –Ele mexe a mão e pisca para Henrique Veras, que era amigo de Catete desde criança. Henrique era pianista. – Sou o Catete, líder da turma. Até agora né? –Ele solta uma risada.

Todos no aposento riem e caem na gargalhada.

Mas nenhuma era verdadeira.

#

As meninas estavam mais rápidas nas organizações do que os garotos. Tinham algumas que já até tinham tomado banho e se vestido.

– Hoje teremos algo na fogueira. –Cita Fernanda feliz.

– Alguém sabe o que é? –Ana Clara se ergue da cama. Os braços apoiando todo o peso de seu corpo branco.

Nenhuma menina diz nada.

– Acho que isso foi um não. –Ela solta uma risada e põe a cara no meio do travesseiro.

#

A luz da lua brilhava sobre o pequeno lago que havia ali. A fogueira estava começando a encher de gente abrangendo os seus lados.

Todos estavam misturados. Até mesmo os de Atlos com o pessoal do acampamento.

– Desculpe por hoje. –Sussurra a menina loura, que cantou a música da Beyoncé, no ouvido de Giovanna. – Você sabe... Era só para apresentarmos. –Ela ergue a mão –Prazer, sou Carollyne Caldas, e sou a líder da torcida do colégio da minha cidade. E ah, sou a líder das meninas do acampamento.

– Ah, -Giovanna se espanta com a sua rapidez ao falar. – Prazer. E eu sou a Giovanna.

As duas sorriem uma para a outra. Um menino põe a mão gélida no ombro de Giovanna. Ela sorri para o menino.

– Finalmente. –Ela berra. – Pensei que ia passar a noite toda naquele quarto com aquele livro em cima de você. Te consumindo.

Ele mexe a cabeça negativamente e troca olhares sinceros com ela.

#

Todos estavam em volta da fogueira. Alguns contavam piadas, outros cochichavam e outras cantavam baixinho.

Carollyne, Carol, começou a cantar uma música, baixinho.

Put on my J's and dance the whole night away
I'm naughty by nature like I'm hip-hop hooray
With my hands in the sky, I wave 'em from side to side
My feet on the floor, I'm 'bout to turn up now

A música, em sua original, cantada a maior parte por Miley Cyrus, toma conta da tranquilidade da fogueira. Catete que também cantava, entrou na música seguindo de onde Carol parou. Uma menina, que estava do outro lado da fogueira também cantou. Os três foram para frente da fogueira e vários meninos foram atrás e dançaram um tipo de dança de rua. A menina morena era Sara, uma das líderes do acampamento.

Quando terminaram, todos bateram palmas e se sentaram.

– Não precisava desse xingamento todo. –Dissera Lanna. – Mas tudo bem.

Os jovens estavam todos totalmente parados sem fazer um ruído sequer, porque a tradução da música havia sim, muitas palavras chulas.

– Gostaria de dar as boas vindas aos jovens do colégio Atlos, que fica á algumas horas de avião daqui. –Ela sorri em direção a todos. – Espero que estejam gostando daqui.

Todos assentem com a cabeça e sorriem de volta.

– Mas o motivo real da fogueira é o que fazemos toda a semana, e hoje é um deles. –Lanna fala feliz e radiante. – Aqui falamos o que queremos com a música. Com o poder da música.

Jonatas solta uma gargalhada.

– Do que esta rindo? –Pergunta Sara.

– Nada. –Responde.

#

– Gostaria de agradecer á Sara, Carollyne e ao jovem de Atlos, Lucas Catete, por abrirem a noite de hoje. –Ela faz um gesto de positividade e se senta. – Agora vocês podem levantar para mostrarem o poder da música aos nossos amigos.

Ninguém se manifesta.

Uma menina com cabelos cheios e escuros se ergue do gramado.

– Olá, eu sou a Gabi e gostaria de cantar uma música para alguém que está aqui hoje. –Ela fala cruzando as mãos brancas na frente da barriga.

Ela, ainda tímida, fica em pé de frente pra todos. A cabeça abaixada sem saber o que realmente deixar sair de suas cordas vocais.

No momento em que ela abre a boca tirando a timidez que tinha guardada em si, um enorme raio atravessa o bosque fazendo um enorme estrondo.

Todos se entre olham e uma chuva rápida começa a cair violentamente. Pássaros voavam para todos os lugares, buscando um abrigo.

– Todos para o chalé. – Grita Lanna.

Os adolescentes a respeitam e correm, um batendo no outro.

#

Todos reunidos num enorme chalé que abrangia adolescentes de todos os sexos. Ele era para ser utilizado como o refeitório, mas como a noite só estava começando foram para lá.

Um apito. Uma mensagem.

Fernanda teclou o telefone celular. Ela se localizara em uma cadeira no final de uma enorme mesa de madeira. Giovanna também estava ali. As duas estavam conversando.

Ela ergue o celular e desbloqueia.

‘’Fique louca. Mas não suma.’’

–V


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Leis Renovadas: Sinta A ''Vibe'', Temporada 1" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.