A turma ainda estava na busca pelo lugar onde Catete estava. ‘V’ mostrou na tela – ao vivo – dentro do avião, que ele estava no lugar onde ficava o bagageiro. A grande porta estava aberta e Catete quase sendo lançado do avião em movimento.

Uma turbulência. Ana Clara e Jonatas caíram para um lado do corredor e Giovanna e Fernanda para o outro.

Giovanna botou a mão na cabeça e gritou em meio ao barulho:

– O que está acontecendo? VAMOS MORRER? AI MEU DEUS! –Ela não espera ninguém responder.

– É só uma turbulência, Gi! –Grita Jonatas de volta.

Ela assente com a cabeça e abraça Fernanda.

– Está tudo bem. Tudo bem. –Ela sussurra no ouvido de Giovanna.

#

Todos estavam recuperados da turbulência. Tudo parecia bem até que um papel grudado na parede fora avistado.

ACHEM O RELÓGIO SUBMERSO. ELE NÃO É A PROVA D’ÁGUA E VOCÊS TERAM DE ENCONTRÁ-LO ANTES QUE A ÁGUA ENCHA E ELE ESTRAGUE.

Logo depois de terminarem de ler os telefones apitam alertando de uma nova mensagem não lida. Todos tocaram a tela do telefone, desbloqueiam e leem em voz alta, todos juntos.

E ADIVINHEM SÓ? SE NÃO ENCONTRAREM ELE ANTES DE SER TOMADO PELA ÁGUA, O AMIGUINHO DE VOCÊS IRÁ AR A BAIXO.

–V

Eles ficaram sem reações para a situação. Os rostos tomados pelo medo e pelo arrepio.

– O que faremos agora? –Fernanda pergunta, se direcionando á Ana Clara.

– Acharemos o relógio.

#

O tempo estava passando cada vez mais rápido. E ainda não havia sinal do relógio. Até que...

– Gente! –Grita Giovanna – Um aquário.

Ela aponta e sorri feliz, com esperança estampada em tudo quanto é parte do rosto.

– V não seria tão idiota ao ponto de botar o relógio em um... –Jonatas se interrompe ao avistar o relógio de bolso submerso entre os peixes.

– Achamos! –Gritam todos juntos.

Jonatas corre até perto do aquário sorrindo. Ele fica de frente para o pequeno mar em uma caixa de vidro. Os peixes o encara e ele solta uma gargalhada de orgulho.

O relógio ainda não foi completado por água.

– Vá logo! –Fernanda grita. –Não perca tempo.

Ele põe a mão dentro d’ água. Agarra o relógio, e finalmente consegue levar até a superfície.

#

E agora, onde Catete deve estar? , a pergunta que não saía da cabeça deles.

Os telefones apitam e alertam de mensagem. Eles tiram do bolso, parados em meio de um longo corredor escuro, com apenas as luzes do lado de fora.

VOLTEM PARA OS SEUS ASSENTOS. O SEU AMIGO JÁ ESTÁ ESPERANDO.

–V

#

E foi o que acontecera, Lucas Catete, aquele que fez todos buscarem para o seu melhor, estava no assento, sentado e calmo.

– O que aconteceu? –Pergunta Ana Clara, e os outros atrás de si.

Eles estavam no meio do corredor onde ficam os assentos. Todos olhando.

– Se eu falar, não estarei mais vivo.

Olhos se trocam e um abraço de afeto torna cada um mais feliz. Todos sorrindo de orgulho e esbanjando felicidade.

– Agora, sentam-se. –Diz a aeromoça no microfone. –Vamos descer.

Ela parou por um tempo, enquanto todos colocavam os cintos de segurança. Uma música alegre tomava conta do fundo. Uma música feliz e que encheu os pulmões de ar. Era ‘’Brave’’ na versão da série de TV Glee.

Say
what you want to say
and let the words fall out
Honestly
I wanna see you be brave
With what you want to say
And let the words fall out
Honestly
I wanna see you be brave

A voz da aeromoça voltou ao microfone, e a música estava ainda no fundo:

– Chegamos ao nosso destino.