A manhã de aulas ainda estava apenas no começo, mas os problemas já haviam começados desde muito antes.

Ana, Bruno, Giovanna e Fernanda estavam na diretoria do colégio, em frente a diretora.

– Por que? –A diretora se inclina para mais perto dos alunos. – Me digam por que. Só isso.

– O que a senhora quer com todos nós? –Ana cruza as pernas.

– Vocês,... –Ela é interrompida pela entrada de Jonatas na sala. – Aí está você!

Ele se senta do lado de Fernanda.

– Espero que o José não inventou novamente outra briga, porque... –Jonatas se poupa das próprias palavras.

– Não é sobre isso que quero conversar com vocês. É sobre algo mais sério ainda. –A diretora muda totalmente a expressão, para pior.

– Acharam o Catete? –Fernanda diz com esperanças.

– Não. Mas é esse o ponto que quero chegar.

Os cinco se olham.

– Eu descobri que vocês saíram do acampamento Palms, na noite do sumiço do aluno Lucas Catete. –A diretora tira o óculos.

– Não! –Ana Clara berra.

– Não! –Todos fazem junto.

– Então me digam o que acham deste filme... –Ela diz pegando um controle da gaveta e acionando o botão ‘’Ligar’’.

Uma tela branca desce na parede atrás dela, e o Datashow é acionado, refletindo a imagem na parede.

A cena não está tão clara, mas graças a algumas luzes pode-se ver seis adolescentes olhando para todos os lados, cruzando o pequeno bosque que dava para o lago. Os adolescentes olham para todos os lados buscando alguém que estivesse vigiando.

Os adolescentes eram os mesmos daquela sala e Catete.

O vídeo começa a picotar e chuviscos cobrem a maior parte da tela. A câmera de segurança era do acampamento Palms, e ela vigiava depois do beco dos chalés. De frente para o bosque.

Bruno e Jonatas se olham e ficam nervosos por talvez serem vistos escondendo o corpo de Valadão. Eles estavam tremendo com a ideia de rever tudo aquilo que eles fizeram.

A câmera acaba virando para cima e era possível ver por cima das árvores. Um pequeno som chiado entra pela primeira vez no som, que ainda não estava funcionando.

Alguns minutos depois, avançando o vídeo, eles conseguiram ver a fumaça da fogueira que eles acenderam para a pequena festinha deles. E logo depois outra fumaça, com uma considerável distância da fogueira deles.

Eles se espantam.

– Mas... mas... –Giovanna fica nervosa.

– O que vocês estavam fazendo? –A diretora questiona.

– Eu... eu... eu... Não quero lembrar. NÃO QUERO LEMBRAR. –Fernanda começa a pirar. – ELE ESTAVA LÁ. EU VI. –Ela berra e bate as palmas da mão na cabeça.

– Calma, Fernanda. –Jonatas passa a mão no seu cabelo.

Ela bate nele e sai correndo para fora da sala, berrando.

– O que houve com ela aquela noite? –A diretora se assusta.

– Ao que parece ela viu alguém. Mas ela nunca disse nada. –Ana responde.

– Awwwwwin, tadinhaaa. –Giovanna levanta da cadeira. – Vou ajuda-la. –Ela sai atrás de Fernanda.

A diretora respira fundo.

– Para onde Catete foi?

– Não sabemos. –Bruno responde.

– Se soubéssemos iriamos querer ele aqui com a gente. Não sozinho ou até... –Ana Clara é interrompida pela própria pessoa.

Jonatas tem um pequeno momento de raiva e a fuzila com os olhos.

– Sabe, eu nem quero perguntar o que vocês estavam fazendo lá. Mas só sei que estão de castigo. Ficarão três tempos na sala de castigo. OS CINCO. Depois conversarei com a Fernanda. –A diretora levanta e direciona eles até a saída.

Os três assentem.

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A sala de castigo era gélida devido ao ar condicionado ligado a muito tempo.

– Nós não vamos ficar aqui. –Bruno decide.

– Catete está lá fora. –Jonatas afirma.

– E a gente aqui. –Giovanna cai a cabeça sobre a mesa.

Ana Clara tosse:

– Acho que não deveríamos nos arriscar buscando ele. –Diz ela se pondo na frente dos quatro, sentados em cadeiras.

– O que você está dizendo? –Disse Fernanda, já mais calma, e conversada com a Diretora.

– Estou dizendo que sabemos quem fez isso. Quem levou Catete. –Ana põe a mão sobre a mesa de Fernanda. – Mas não sabemos exatamente que pessoa é. Pode ser qualquer um lá fora.

– Ela está certa. –Bruno aponta para Ana.

Ela pisca para ele.

– Tudo bem, não vamos. –Jonatas impõe.

– É melhor... –Giovanna fala sem esperanças.

– Se V tirou ele de nós. V vai querer mostrar o que fez. –Ana Clara pensou sabiamente, em voz alta- Temos que pensar tão mal quanto V. Temos que elaborar tanto quanto V.

Todos assentem em um sim.

– Nós não podemos ter medo da verdade. –Jonatas afirma se pondo ao lado de Ana Clara.

– E nem temos que se esconder da mentira. –Bruno se põe do outro lado de Ana.

Todos sorriem.

– Deixemos que V nos mostre. –Fernanda prende o cabelo, falando de sua carteira.

Giovanna começa a rir.

– Por que está rindo? –Bruno prende o riso também. A risada dela era hilária.

– Vempo. –Ela responde e começa a rir novamente.

– Que? –Ana Clara fica tão confusa quanto o resto.

– A mistura de V e tempo. –Giovanna da a explicação e caí na gargalhada novamente.

O telefone dela alerta de uma mensagem. Ela imita o som que ele faz e pega do bolso. Giovanna faz uma cara de surpresa ao ler o que estava na tela.

– A Carol vai vim pra Atlos, visitar, na próxima semana! –Ela levanta os braços pra cima.

– Quem? –Jonatas se indaga.

– Carollyne Veras. A garota que cantou com Giovanna quando chegamos em Palms. –Bruno tenta explicar e ninguém entende. –A loura.

Todos fazem um ‘’Aaaaaah’’, e compreendem.

– Uhuuuuuuuuuuuuuuul! –Giovanna grita novamente.