Leis Renovadas: Sinta A ''Vibe'', Temporada 1 escrita por BrunoCTorres


Capítulo 11
Montanha Russa




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/470591/chapter/11

Um sol começou a invadir o céu nublado de Atlos. A escola ainda estava fechada, mas havia alguns funcionários lá.

Uma pessoa de casaco preto, que mais parecia um garoto, estava indo em direção as salas. Ele sobe a rampa que dá para o segundo andar ‘’aberto’’ da escola. Aberto devido a uma enorme varando que existe na frente das salas. E seu destino foi a sala do nono ano. Ele entra e solta um suspiro, com o seu rosto tapado pelo capuz preto. Parece que ele solta uma risada de felicidade e se senta em uma das cadeiras do canto da sala.

Ele se ajeita na cadeira se revirando para os lados para encontrar a melhor posição possível, até que a encontra. Que é com a cabeça olhando para o fundo da cadeira e os braços encolhidos. Mas algo interrompe o momento de descontração dele.

Uma pessoa diz alguma coisa, parada na porta. Uma voz masculina, e pela silhueta que fico desenhado devido a sombra, o homem era gordo e alto.

A única coisa que o garoto, sentado á alguns metros da porta, consegue pensar é puxar uma arma do seu bolso do casaco e atirar em direção á entrada da sala. Ele consegue acertar a pessoa, vendo apenas a sua sombra no chão.

O tiro atinge a cabeça do homem que estava na porta.

O garoto levanta da cadeira calmamente e passa pelo corpo e olha o rosto.

O professor que impôs aos jovens da antigo oitavo ano, o falso júri. Que aconteceu no mesmo ano que tudo começou com V.

– Eu queria ter visto a sua cara ao me ver. –O garoto disse enquanto olhava para o rosto do professor, caído no chão, com um pano em baixo da cabeça, por onde o sangue escorria. – Tirem ele daqui agora! –Ele grita e várias pessoas com capuz preto e roupas preto descem das árvores, ao lado da sala. Mais ou menos 8 pessoas.

– Gostou de eu ter posto o pano, na hora em que ele caiu? –Disse uma das pessoas com capuz preto, se direcionando para o garoto. Era uma voz feminina.

– Foi tão rápido que nem eu percebi. –O garoto faz um tipo de elogio a gelidez da menina.

Ela aperta a mão dele.

As pessoas de capuz puxam o corpo do professor até as árvores e outros ajudam ele a subir. Logo depois, eles somem, junto com a menina e o garoto de capuz, pelas folhas das árvores.

#

O colégio estava totalmente movimentado com a noticia do clube do coral da escola estar classificado para as regionais, uma competição de corais da região. Todos em festa menos...

– SUA VADIA! –Giovanna da um tapa na cara de Ana Clara. Elas estão no corredor mais movimentado da escola, no horário mais movimentado que é a troca de aula. – TA PENSANDO QUE VAI SE SAIR BEM DEPOIS DESSA? –Outro tapa.

Ana Clara põe a mão no rosto e sorri debochado para ela:

– O que eu te fiz?

– VOLTA PRO CANIL! –Outro, mais violento tapa.

Pessoas se aglomeram ao redor da briga.

As duas começam a se estapear, até começarem a se socar. Giovanna por cima de Ana Clara, já no chão, depois do puxão de cabelo.

Ana rola por cima de Giovanna e da outro soco em sua cara.

– TA SEM HOMEM É? –Ana Clara provoca e leva outro soco na boca.

– ACHO QUE ALGUÉM... –Giovanna rola por cima dela e da outro soco. – ESTÁ SEM E QUER ROUBAR DOS OUTROS!

E elas continuam na mesma.

– ACHA QUE EU TE ROUBEI AQUELE VIADINHO DO JONATAS? –Ana Clara novamente provoca enquanto limpa o sangue da boca.

– Como você sabe que é o Jonatas? Ninguém sabia... além... –Giovanna diz, mas acaba levando um soco por raciocinar alto de mais e perder as forças de antes. –V. –Giovanna sorri. –V! V! V! –Ela aponta para Ana. – VOCÊ É V! SUA VACA!

Ana e Giovanna continuam a se bater quando Jonatas e Bruno passam por ali conversando:

– PAREM! –Os dois gritam enquanto seguram cada uma pelo braço, evitando que elas se choquem uma com a outra.

Elas se encaram bufando, com o rostos cheios de sangue e roxos.

– Vamos para a enfermaria. –Jonatas propõe.

Ana Clara empurra Bruno, que estava segurando-a. Ela mexe os braços e se solta de Bruno. Ajeita o uniforme e tira poeira que não existe da calça, e depois alisa o cabelo e dá as costas e sai andando.

– O que aconteceu? –Jonatas pergunta, soltando Giovanna.

– Vocês não vão acreditar. –Ela engole sangue.

– Não nos conte agora, vamos para a enfermaria. –Bruno repete o que Jonatas havia dito. E eles vão até lá.

#

A enfermaria do colégio estava vazia e ali, Jonatas, Bruno e Giovanna se lembraram do dia em que se conheceram. Jonatas havia sido chutado na cabeça, Bruno desmaiou e Giovanna foi vê-lo.

Ali nasceu uma amizade. Uma amizade com cheiro de remédios e álcool.

– Está tudo bem? –Giovanna pergunta, sentada numa maca, para a enfermeira.

– Tudo sim. –Diz ela tocando uma ferida perto da boca de Giovanna. – Não se meta mais nessas briguinhas. A diretora vai querer falar com você.

– É, seu sei.

– Ótimo. Pronto.

#

Os três sentam no pátio, com Fernanda.

– O que houve? –Fernanda angustia-se. – Estava me maquiando.

– Preciso dizer algo. –Giovanna diz e todos prestam atenção. – Eu sei algo sobre V.

– Diz então! –Bruno exclama.

– Acho que é Ana Clara.

– Que? –Jonatas pula.

Giovanna o encara com os olhos.

– Está com tanto fogo por que? Gostava dela? –Giovanna berra.

– Iiiih, to sentindo cheiro de... –Fernanda fala mas é interrompida por um berro de Bruno:

– TINTA.

Ela assente com a cabeça.

– V disse que disse que sabia de mim e Jonatas e viu ele com a Ana Clara. –Giovanna põe as cartas na mesa. – E fui atrás dela. Dei uns bons tapas.

– E...? –Fernanda se inclina mais para frente para poder ouvir melhor.

– Ela me disse que não roubou Jonatas.

– Como ela sabia que você estava lá por Jonatas? –Bruno questiona.

– Por isso ela é V. Ela não sabia de mim e Jonatas. Ninguém sabia. –Giovanna diz convicta.

Bruno tosse.

– Eu sabia.

Todos olham surpreso.

– Isso não vem ao caso.

Fernanda e Jonatas dão uma risadinha por dentro.

– Ela não sabia. Ela falou do Jonatas, certa de que eu estava com ele.

– Bem, ela pode ser V mesmo. –Fernanda bate os dedos no banco.

Todos ali concordam.

– E fazer o que agora? –Bruno pergunta olhando para Jonatas.

– Temos que ouvir a versão dela. E de pessoas que talvez tenham a visto.

– Mas tudo irá indicar que ela é V. Mesmo que tenham visto ela. –Fernanda olha para Giovanna:

– Não sei isso está realmente confuso.

– Vocês acham que ela seria V? Ela se prejudicou tanto quanto nós. Não lembram? –Bruno mais uma vez questiona.

Eles se calam quando Ana Clara passa por eles com cara de choro.

– Me perdoa. Me perdoa. –Ela vai direto a Giovanna e a abraça. –Eu não sou V. Juro. Juro por tudo que é mais sagrado.

– Eu comecei a te bater. –Giovanna se separa do abraço, se perguntando o porque das desculpas. Ela estava confusa.

– Mas eu provoquei. Eu vi você e Jonatas se beijando lá embaixo. Perto da cantina. E Bruno também estava vendo. –Ana olha para Bruno. – Me perdoa, não queria te machucar.

– Nós temos que estar juntos para deter V. Não separados. –Bruno começa a falar, protegendo ambas. – V está fazendo isso. V parece nos querer longes uns dos outros. Para que fiquemos mais fracos.

Todos se olham.

– Bruno está certo. –Jonatas concorda. – Temos que se juntar.

– Sem o Catete nada será o mesmo. –Fernanda levanta e limpa a poeira da roupa.

– Ainda vão encontrar ele. Ou... vamos. –Ana Clara disse aos prantos. Depois se direcionou para Giovanna. – Sou sua amiga de verdade. Faria de tudo para que não lembrássemos disso.

– Não precisa. –Ela sorri.

– Eu gosto muito de você. E do jeito que se tornou uma mulher me batendo. –Ana Clara tira uma parte do cabelo do rosto e joga para trás.

As duas se abraçam felizes.

– Agora chega de melosidade. –Fernanda grita com ciúmes.

– Vem cá! –Giovanna berra chamando-a para o abraço e depois os meninos.

Ali se formou uma verdadeira aliança. E eles não prometeram não confiar em mais nada que V pudesse falar, que botasse um contra o outro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Leis Renovadas: Sinta A ''Vibe'', Temporada 1" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.