Amor ou Amizade ? escrita por Vanessa


Capítulo 6
O jantar.


Notas iniciais do capítulo

'' O amigo é a resposta aos teus desejos. Mas não o procures para matar o tempo! Procura-o sempre para as horas vivas. Porque ele deve preencher a tua necessidade, mas não o teu vazio. ''
( Khalil Gibran ).
boooa leitura.



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a única coisa que pude fazer, foi deixá-lo ir. meu coração apertou, mau-mau devia estar mais que furioso. então, lucas se aproximou de mim que continuava olhando a estrada lá fora pela janela da sala.

– por que se importa tanto com ele?

que pergunta! fácil de responder.

– porque ele é como meu irmão. você sabe que mau-mau é uma pessoa essencial na minha vida. por que perguntou?

– porque vejo que você ficou triste de repente.

– não gosto de vê-lo assim...

– esqueça dele! a gente combinou de sair, lembra? vamos nos divertir.

eu sorri ao ver a empolgação de lucas, me agarrei ao seu braço e seguimos até seu carro. sorrindo ele pôs o cinto e deu a partida.

– onde gostaria de jantar? -ele me pediu. - eu estive muito tempo longe daqui, não lembro de muita coisa.

– você lembra do restaurante onde jantamos pela primeira vez juntos?

ele assentiu com a cabeça.

– pois é, ainda existe!

ele sorriu.

–então vamos pra lá !

fui guiando-o pelas ruas até chegarmos no restaurante. foi lá que lucas me conheceu. e me levou para jantar como namorados. a gente frequentava muito aquele lugar aos dezessete anos. era um lugar tranquilo e muito agradável, o atendimento era ótimo tanto quanto a comida.

nos sentamos em uma mesa perto da janela de vidro que dava para a rua. não era a mesa que a gente costumava se sentar quando namorados, mas lembrava-me muito desse lugar. os guardanapos, as taças, os pratos, as flores em cima da mesa... parecia que eu estava relembrando o passado.

– então, o que você vai pedir? -lucas já estava olhando o cardápio.

peguei o cardápio que estava sobre a mesa em minha frente, muitas opções... como sempre.

– eu não sei. o que você vai pedir?

lucas olhava para o cardápio com ansiedade. acho que estava com muita fome.

– eu vou pedir esse prato de lagosta. -ele falou com certeza. - e você?

cara, eu odiava lagosta. mas como ( eu acho ) que lucas pagaria peja janta, melhor pedir a mesma coisa que ele.

– eu vou pedir a mesma coisa.

ele sorriu.

– o que vai beber? -pedi.

– vinho tinto.

o garçom anotava aos nossos pedidos.

– eu quero apenas suco de maracujá, por favor. -disse em seguida.

assim que o garçom partiu, lucas me olhou sorrindo.

– achei que não gostasse de lagosta.

– e não gosto. só pedi porque você pediu. eu não queria ser chata! -rimos.

– você não mudou nada, mari.

–pena que não posso dizer o mesmo. você está muito diferente!

– diferente no lado bom ou ruim?

– no bom. -ele sorriu para mim.

conversamos durante muito tempo, depois jantamos a tal lagosta, que não estava tão ruim. porém, não fazia o meu tipo.

lucas me contou muito sobre o tempo que ficou na flórida, falou sobre seu emprego, seus estudos, sua família e até sobre sua vida pessoal. depois de mim, ele namorou uma tal de Roberta lá da flórida. porém, segundo ele, sempre gostou foi de mim.

ali estava eu e lucas, conversando e nos reconhecendo. mas de repente, mau-mau me veio a cabeça. a cena de ver ele chorando buscando abrigo em seu carro fez meu coração derreter. peguei meu celular de dentro da bolsa, e conferia a hora. 23:45 hrs, à essa altura, mau-mau já estaria em casa. eu precisava falar com ele ainda hoje!

– lucas, eu adorei o jantar. foi muito bom poder sair com você e recordar bons momentos, porém, acho que já esta na minha hora.

– ha você quer ir embora?

– não me leve a mal, eu só... estou com um pouco de sono. -menti.

– tudo bem, vou acertar a conta então eu te levo para casa. -ele falou sorrindo enquanto levantava de sua cadeira e seguia em direção ao caixa.

peguei novamente o meu celular, e mandei um torpedo para mau-mau.

não durma, quero conversar com você.

já estou chegando! mari.

assim que terminei, esperei por alguns segundos, então lucas apareceu.

– vamos?

eu me levantei e ele me conduziu até seu carro. fomos conversando pela estrada e ele falou novamente coisas sobre sua vida. por nenhum momento ele pediu sobre a minha, e isso me deixou meio confusa. ele estava falando e falando....

quando por fim chegamos, ele correu rapidamente e abriu a porta do carro para que eu pudesse sair.

– nossa, mas que gentileza! -falei.

– quando vamos nos ver novamente?

– você me ligue quando quiser. então lhe digo se estou livre.

– combinado. tenha uma boa noite!

– você também, boa noite. -respondi e adentrei a república.

no sofá, estavam Bruna e Samira assistindo TV, elas me jogaram olhares curiosos, mas eu subi diretamente para os quartos. precisava falar com mau-mau, aquela nosso desentendimento estava me perturbando.

bati na porta do seu quarto que estava trancada. ninguém respondeu. vi Tadeu na frente da tela do seu notebook em seu quarto à frente e me aproximei.

– Tadeu, mau-mau está aí dentro?

– está sim. -Tadeu respondeu.

– ok, obrigada.

voltei a bater na porta do quarto de mau-mau. agora com mais força, logo, ouvi os barulhos do molho de chaves e a porta se abriu. mau-mau estava com uma cara brava. chegou a me arrepiar!

sem que ele dissesse nada, adentrei seu quarto, então sentei-me sobre sua cama enquanto ele fechava a porta novamente e se virava para mim.

fiz sinal para que ele sentasse ao meu lado, então ele vinha vindo dando passos calmos e demorados. eu cruzei meus braços o esperando.

meu coração estremeceu ao vê-lo abatido.

– mau-mau... -eu não sabia por onde começar.

– o que você quer?!

– será que podemos conversar como adultos? -perguntei.

ele abaixou a cabeça e encarou o chão. depois, afirmou que sim com a cabeça.

– eu vi você sair pela porta, acho que estava chorando.

– eu estava, mari. não devia! mas estava.

– eu e lucas não estamos namorando. e mesmo se estivéssemos eu não te deixaria.

– você não entende mari. eu não gosto desse cara, não quero vê-la com ele!

– isso são ciumes mau-mau. se passar a conviver com lucas verá que ele é uma pessoa boa.

– ciúmes? eu tenho medo de te perder, não ciúmes! -ele voltou a olhar para mim, seus olhos estavam cheios de água prontos para explodir em lágrimas.

– talvez você não goste tanto de mim como eu gosto de você mari.

– eu amo você mau-mau. você é meu irmão de coração e sabe disso!

lágrimas começaram a descer sobre seus olhos. mau-mau chorava na minha frente como aquele mau-mau sentimental e romantico que eu sempre conheci.

a gente andava brigando demais nos ultimos dias. eu precisava entender o que estava acontecendo!

antes de mais nada, eu precisava voltar a ser a sua amiga de antes... a sua amiga de sempre!


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Notas finais do capítulo

então, demorei mas postei capítulo.
me desculpem pela demora!
quero comentários >



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