Uma Nova Vida escrita por Mary, buydordie, buydordie
Notas iniciais do capítulo
Ta ai, espero que gostem
No próximo esperamos postar a festa das bodas de diamante deles.
Como eu disse, esse cap. mostra um pouco da Liz.
Go to History!
LEIAM AS NOTAS FINAIS.
POV Elizabeth
Fiquei sentada na sala, esperando papai descer. Não houveram mais gritos, isso era um bom sinal. Eu não conseguia saber ao certo o que estava acontecendo com o Chris, ele e papai se davam bem e do nada... Buum! A casa entrou em uma situação de guerra.
Mesmo os dois sempre em conflito, dava pra ver que se gostavam bastante, mas Chris é muito parecido com papai, o que faz dos dois igualmente cabeça dura. Mamãe estava sempre na linha de fogo, tentando apartar as brigas e deixar tudo em paz outra vez, mas normalmente acabava brigando com o papai. E eu, bem, tento falar com o Chris, mas ele quer bancar de ''macho alfa'' e esquece que nascemos no mesmo dia, e que eu nasci antes, logo, sou a mais velha.
Ouvi os passos na escada e me virei. Papai estava descendo com o blazer nas costas. Levantei do sofá rapidamente e caminhei até ele.
– Tá tudo bem com o Chris? - perguntei.
– Sim, tudo. Seu irmão é cabeça dura, mas essas crises de rebeldia dão e passam. - ele disse me dando um beijo na testa. - Não comente nada disse com a sua mãe, ok? Não queremos mais brigas. E não quero que ela se incomode com algo que eu já resolvi. Entendido, Liz?
– Sem falar nada com a mamãe. OK. - concordei.
– Vou trabalhar. Seus irmãos já devem estar chegando. - disse indo até a porta, mas parou e se virou para mim. - Juízo. Se cuidem. Sem o Seth aqui dentro enquanto você e o Chris estiverem sozinhos. E sem sair para reserva sem a minha permissão ao a da sua mãe, nem que a Renesmee venha convidar, nem que o Papa, venha convidar. Entendido, Liz?
– Sem sair, sem Seth, ter juízo... - concordei. - Entendido capitão. Agora, tchau, papai. Vai se atrasar.
Ele deu um meio sorriso e saiu, parei na porta e esperei ele dar partida.
– Se eu falo assim com ele, pego no mínimo, três meses de castigo. - Chris disse descendo.
– Porque você brigam muito. - valei sentando no sofá. Ele sentou do meu lado e pegou o controle.
– Agora vai dizer que a culpa é minha? - colocou no basquete.
– Não estou dizendo que a culpa é sua, só estou dizendo que as vezes você se esforça também. - falei. - Papai pediu para não falar nada sobre isso com a mãe. Então, favor, cooperar. Amanhã é um dia especial e eles não podem passar brigados por sua causa. - sussurrei.
– O que seu pai pediu pra não falar comigo? - mamãe disse entrando.
– Gênio. - Chris sussurrou me olhando. - Surpresa. - disse apenas.
– Surpresa? É mesmo? - ela franziu a testa.
– Sim. - respondemos juntos.
– Hmm... - nos olhou por alguns segundos. - Chris, pegue as compras no carro para mim. E depois ligue para Leah, ela estava perguntando por você. - pediu subindo.
– Vai lá garotão. - falei me levantando.
Subi também. Fui até meu quarto e peguei meu celular, mandando uma mensagem para Seth. Não estávamos mais sozinhos, logo, ele poderia vir. Mandei a mensagem e fiquei um tempo esperando ele responder. Saí do meu quarto e fui até o quarto dos meus papais. Bati na porta e ouvi o barulho do chuveiro. Entrei e encostei a porta.
– Mamãe. - chamei.
– Só um minuto, Liz. - ela respondeu do banheiro.
Caminhei até a cama e me sentei. Olhei para o lado e vi a bolsa de Esme, havia uma pasta embaixo. Peguei a pasta e olhei a primeira folha. "Projeto Contratual". Comecei a ler o que dizia. Era literalmente um projeto contratual, uma proposta de emprego. Falava sobre um projeto de um prédio que estava para ser construído atrás do Shopping de Seattle, seria o centro executivo de uma empresa. Eu não entendia quase nada disso, mas parecia ser algo realmente grande, e pelo visto queriam que a mamãe trabalhasse nisso.
Ouvi o chuveiro ser desligado, guardei as coisas na pasta e coloquei no lugar. Poucos minutos depois, mamãe saiu do banheiro penteando os cabelos.
– Tudo bem, querida? - ela perguntou.
– Aham. - concordei.
– Quer me contar alguma coisa? Conversar? - disse.
– Mamãe... Bom, desde que me lembro, pelo menos... Desde que não lembro da verdade... - comecei. - Nunca vi a senhora trabalhar fora de casa. Por quê? A senhora é ótima no que faz.
– Oh, Liz... Eu... Bem, tinha vocês pequenos e as coisas não são tão práticas assim. - ela olhou para a pasta em cima da cama. - Mexeu nas minhas coisas? - concordei. - Leu o que tinha na pasta? - concordei de novo. Ela sentou na cama e se escorou na cabeceira, colocando as pernas para cima e dobrando-as.
– Não vai brigar comigo? - perguntei.
– Não. - ela disse. - Porque você sabe que isso é errado. - completou.
– Por que a senhora não aceita a proposta?
– Ora, Elizabeth. As coisas não são assim fáceis, acabei de lhe dizer isso. - falou. - O projeto pede muito do meu tempo, vou ter que trabalhar fora alguns dias...
– Mamãe, Chris e eu já estamos crescidinhos. E os outros... - dei de ombros. - Nem se fala.
– Mas tem o seu pai também... Não é algo bom ir contra a vontade dele e...
– Está com medo que o papai não deixe você trabalhar? Justo o papai? Que faz absolutamente tudo que a senhora quer? - falei. - Ah, mãe! Sei que o papai não um dor seres mais modernos que vive nesse mundo, mas estamos em outra época, você não precisa obedecer todas as coisas que seu marido faz ou manda.
– Tem razão em parte. - ela disse. - As épocas são realmente outras, Liz, mas esse tipo de coisa faz parte da minha criação, e... Enfim, todas essas coisas que uma família tradicionalista estilo séc. XIX. Nem tudo o tempo muda, querida.
– Mas mudanças as vezes são necessária. - falei. - Mesmo assim, é claro que o papai vai deixar. Como eu disse, ele faz ABSOLUTAMENTE tudo que a senhora pede. Principalmente se pedir com jeitinho... - levantei as sobrancelha.
– Liz! - ela riu de um jeito fraco. - Okay, vou falar com o seu pai hoje.
– Ótimo, Sra. Cullen. - deitei a cabeça no colo dela.
Ficamos um tempo em silencio, enquanto ela mexia nos meus cabelos.
– Mamãe. - falei baixinho.
– Hmm?
– A senhora ainda ama o papai como quando se conheceram? - perguntei.
– Que tipo de pergunta é essa Liz? Claro que sim. - ela disse. - Por que perguntar uma coisa dessas agora? Hmm?
– A senhora já pensou em ter que escolher entre nós e ele? Quero dizer... Entre seus filhos e o seu grande amor? - sentei para olha-la.
– Não estou gostando do rumo dessa conversa, Elizabeth. Por que diabos eu teria que escolher uma coisa assim? - ela disse.
– Eu sei lá... Passou na minha cabeça agora. - dei de ombros. - Desculpe.
– Tudo bem. - ela disse. - Mas pare de pensar besteiras, okay?
Apenas assenti e me deitei novamente em seu colo. Ficamos assim por mais ou menos uma hora. Mamãe desceu para fazer nosso jantar e algum tempo depois, Seth e Leah chagaram. Chris e eu sentamos com eles no pátio e logo, Nessie chegou com Jacob. Os meninos e Leah acabaram ficando com a gente para o jantar. Meus irmãos ainda não tinham voltado da caçada. Provavelmente tinha se perdido fazendo algo mais interessante que correr atrás de cervos.
POV Esme
Os meninos jantaram e subiram para o quarto de Chris, estavam conversando de uma forma animada, era bom esse tipo de barulho em casa. Algum tempo depois Carlise chegou, ele me deu um beijo rápido e subiu para o banho e depois para o escritório. Terminei de arrumar as coisas na sala e na cozinha e subi.
Peguei o Projeto Contratual que havia recebido e fui até o escritório. Bati de leve na porta e entrei.
– Amor, com licença...
– Ah... - ele colocou um marca página no livro. - Oi querida.
– Atrapalho? - fechei a porta.
– Claro que não. - ele sorriu se levantando. - Algum problema?- deu a volta na mesa, se escorando nela.
– Na verdade não. - respondi esticando a pasta para ele. - Pode dar uma olhada nisso?
– Claro. - ele pegou a pasta e leu os papéis rapidamente. - Um contrato interessante... - me devolveu a pasta.
– E o que acha? - perguntei.
– Sobre o contrato?
– Sim... Não... Não exatamente. - falei. - Sobre... Eu aceitar fazer o projeto...
– Amor, não está pedindo minha permissão para trabalhar fora, está? - ele me puxou pela cintura.
– É... Mais ou menos isso. - suspirei.
– O que você acha? Sobre aceitar? - ele me perguntou.
– Seria ótimo. Adorei o projeto. - respondi. - Mas se você achar que não, tudo bem... Sério...
– Se é isso que você quer... Vá em frente. - sorriu. - Não precisa da minha permissão, amor. Mas se quer meu apoio. Tenha certeza que eu amo muito você e vou sempre te apoiar.
– Ah... - sorri abraçando-o. - Obrigado... Também amo você. - completei em seu ouvido.
Ele separou o abraço um pouco e roçou o nariz no meu rosto de leve, me beijando em seguida. Uma de suas mãos foram para minha nuca aprofundando o beijo. Separamos o beijo devagar, passei meus lábios de leve em seu rosto e beijei-o novamente.
– Ah... Pai? - Chris disse fazendo com que nos separássemos rapidamente. - Desculpe atrapalhar... Mesmo... Posso entrar? - falou.
– Agora que já atrapalhou... - Carlisle riu. - Entra ai.
– Desculpem de novo. - disse entrando.
– Tudo bem, querido. - falei. - Vou fazer umas ligações... Fiquem a vontade. - falei pegando a pasta.
Carlisle me puxou pelo braço e me deu um beijo rápido. Saí do escritório e fui para o quarto.
Pov Carlisle
– E então, Chris, espero que tenha bons motivos... - ri dando a volta na mesa e me sentando.
– Tenha certeza que eu não queria nem um pouco ter visto essa cena. - ele riu sentando. - Queria pedir desculpa por mais cedo de novo. Agora de verdade, mas é estranho... Não sei o que acontece comigo, mas as vezes acho que está Deus e o mundo contra mim.
– Tudo bem, Chris, é sério. - falei. - Mas pela a sua cara não é só isso.
– Estou com cara de que?
– De quem quer pedir alguma coisa. - falei. - E não, sem sair durante a semana.
– Acertou a primeira parte, Dr. Cullen, mas não está muito bom em palpite. - falou. - Não quero sair.
– O que quer então?
– Que o senhor me conte melhor a sua história. - recostou na cadeira.
– Pensei que já tivesse ouvido ela milhares de vez. - franzi o cenho.
– Mas nunca do senhor.
– E eu disse que te contaria mais?
– Aham.
– Acho que vou ter que contar, então. - arqueei a sobrancelha com um leve sorriso de canto.
– Aham.
– Tudo bem. - suspirei me recostando na poltrona. - O que quer saber?
– Antes de tudo, sua idade.
– Nasci em... 1640. - respondi. Ele me olhou por alguns segundos. - Facilitando as coisas, tenho 381 anos. - fiz uma pausa.
– Nossa... - prendeu a respiração por alguns segundos. - Quanto tempo o senhor é mais velho que a mamãe?
– Mais ou menos 255 anos. - respondi.
– Depois o senhor diz que o Seth é muito velho para Elizabeth... - disse baixo.
– Eu ouvi isso. - falei. - E as situações são totalmente diferentes. Mas não vamos discutir o não-namoro da sua irmã com o Seth. O que mais quer saber?
– Como o meu 'vovô Cullen' era?Como o senhor foi transformado? - perguntou. - Edward sempre conta meio por cima.
– Era o tipo de pessoa que enlouqueceria se você o chamasse assim. - respondi. - Meu pai era um pasto anglicano. Na época das caçadas. Pense só. Eram dezenas de pessoas mortas por toda a Londres, e toda a Inglaterra, porque eram confundidas com vampiros ou bruxas. Mesmo muito teimoso, ele sabia que estava ficando velho de mais para caçadas noite a dentro. Como eu era o único filho.. Herdei o negócio da família. Mas eu pensava diferente que ele... Ainda penso... - engoli seco. - Eu planejava por dias uma caçada. Estudava as presas... Não me perdoaria caso cometesse um engano e matasse alguém que não tivesse absolutamente nada a ver com essas coisas da noite. Certo dia, descobri o esconderijo de vampiros, eles ficavam nos esgotos da cidade, esperando o momento certo e a vítima certa. Preparei uma caçada com os companheiros do meu pai. E fomos... De forma resumida: o líder deles pegou um dos meu companheiros e depois veio atrás de mim... - abri os braços. - E cá estou eu.
– O senhor voltou para casa? - ele perguntou.
– Não. - neguei com a cabeça. - Passei os primeiros meses querendo morrer, tendo ódio de mim, tentando me matar de todas as formas que pode imaginar. Fiquei fraco, me recusava a matar humanos para me alimentar. Um dia um bando de cervos passou pelo meu esconderijo, dai começou a minha dieta a base de sangue animal. Vi que eu não era um monstro por completo. Só em grande parte. - respondi.
– Por que não voltou para casa? - ele disse. Levantei e fui para perto de uma das janelas.
– Eu havia me tornado um dos seres que meu pai mais odiava. - falei. - Eu tinha certeza que ele me repugnaria assim como repugnava todas os outros... - minha voz falhou, pigarreei, limpando a garganta. - Era certo que eu terminaria na fogueira com mais meia duzia deles... Ou melhor... De outros como eu. - suspirei me virando para ele. - Você voltaria?
– Sim, voltaria, porque saberia que o senhor nunca faria isso comigo. Afinal das contas, é meu pai. - respondeu. - Mas... Como o senhor não sou eu, e bem, seu pai não era você...
– Não nos dávamos muito bem, e as coisas tinham piorado uma semana antes da minha transformação.
– O senhor lembra dessas coisas?
– São lembras que consigo deixar dormindo dentro de mim, mas vez que outra elas voltam... Mas uma das coisas que mais me agonia é não lembrar do rosto dele... - suspirei de novo. - Mas vamos para a próxima pergunta.
– Ah, pergunta... Verdade. - ele disse voltando de um devaneio. - Edward sempre diz com muita admiração o fato do senhor ser médico... E realmente, admiro muito isso também... Mas... Sei lá... O cheiro humano não o deixa nem um pouco desconfortável?
– No primeiro século foi difícil, de verdade. Mas com o tempo fui me acostumando, e agora não sinto nada que me faça imaginar perder o controle um dia. - respondi. - Em basicamente dois séculos que exerci medicina, sua mão foi a unica pessoa que me fez sentir medo de não me controlar.
– Por? - arqueou a sobrancelha.
– Nós vampiros tempos os nossos cantantes... Ou, se preferir, os ''cantores''. - dei de ombros. - O termo em italiano sempre me soou melhor. Mas enfim... Esses cantantes seriam as pessoas que teriam o sangue mais... Chamativo?! Não, exatamente...
– Apetitoso? - ele sugeriu.
– Não gosto muito desse termo, mas podemos usá-lo... - agradeci com um aceno de cabeça. - Bom, essas pessoas tem o sangue mais ''apetitoso''. Cada vampiro tem apenas uma pessoa assim, por exemplo, Edward e Bella... Ele demorou muito para conseguir resistir ao sangue dela. Mas isso é história para outro momento.
– Quer dizer que minha mãe era a sua?
– Exato. - concordei. - Na primeira vez que a vi, tive medo de machucá-la, mas meu autocontrole era melhor do que eu poderia imaginar.
– Foi difícil transforma-la? - perguntou.
– Nem imagina o quanto. - respondi. - Não só ela... Seus irmãos... Você e Elizabeth, não será algo fácil para mim. - me escorei em uma das estantes.
– Se eu pudesse escolher um dom... Escolheria algo que pudesse ajuda-lo a lembrar do rosto do seu pai. - disse por fim.
– Obrigado, garoto. - dei um pequeno sorriso. O relógio badalou meia noite. - Tudo bem. - soltei o ar com força. - Chega do meu momento drama, hora de dormir, outro dia continuo a história.
– Vai ter que prometer. - ele disse cruzando os braços e levantando.
– Ok, prometo. - falei. - Em cinco minutos estou descendo e espero que você já esteja deitando, no vigésimo sono. - brinquei.
– Sim senhor, capitão. - bateu continência. - Boa noite, pai.
– Boa noite. - suspirei voltando a me sentar enquanto ele saia.
Me recostei na cadeira e olhei para a porta alguns segundos. Esme entrou e fechou a porta, vindo até mim. Puxei ela para o meu colo e abracei sua cintura. Olhei o relógio no meu pulso e a olhei por alguns segundos.
– 00h01min. - sorri. - Feliz Aniversário de Casamento.
Ela sorriu e me beijou de leve.
– Obrigado por ter me dado o século mais feliz de toda a minha vida até agora. - sussurrei. -E que venha mais uma eternidade.
– Obrigado por ter me dado a vida. - ela levantou e me puxou para levantar, passando os braços por meu pescoço. - E que venha mais uma eternidade.
– Eu amo você você, minha pequena. - rocei meus lábios no dela.
– Também amo você, meu anjo. - ela disse me beijando.
Mudanças são necessárias as vezes, mas existem coisas que nunca deveriam mudar, e nunca vão mudar.
Meu amor por Esme era uma delas. Duraria mil eternidades.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
FIM MELOSO, OLHA O MEL NA TELA
mas mesmo assim
FOOOOOFOS
Espero que tenham gostado, não sei quem posta o próximo, mas logo logo tá ai.
Agradeço a Leticia pelo comentário no cap. anterior, valeu flor
Amo vocês
s2 pra sempris
— Mary
PS: vamos trabalhar muito com lembranças, algumas aconteceram no livro e já foram mencionadas, outras vamos criar. o passado vai estar bem presente na fic.