— Ei, foi você que eu vi no bar. — diz Damon apontando pra mim.

— Sim, foi. Prazer em conhece-lo.

Myra sorri e assente para mim.

— Ah, eu não acredito! — exclama a duplicata mais velha. — Mais um clone de mim? O quê eu fiz para merecer uma coisa dessas?

Solto uma risadinha para ela.

— Sou mais bonita, querida.

Todos me olham e Klaus vem em minha direção. Myra se coloca na minha frente.

— Nem pense nisso. Tenho quase a mesma experiência que você.

Começo a ficar impaciente, pois não sei o que fazer. Nós planejamos isso por 17 anos. Mesmo assim, eu tenho medo.

— Só quero saber. — fala Klaus. — O quê vocês fazem aqui?

— Ele perguntou. — diz Myra com um sorriso. — Estamos aqui porque a minha linda afilhada quer conhecer a família.

— Afilhada? — pergunta a loira. — Você parece ter uns 16 anos.

— E tenho. Há muito tempo. — responde ela. — Vou contar uma história para vocês. Nós as Bennett de Salém, sempre fomos bruxas muito poderosas. Qetsiyah proclamou um feitiço para que demorarmos a envelhecer. Quando Klaus me encontrou em meados do século X, eu estava quase morrendo. Ele se mostrou encantado por mim e disse que ficaríamos juntos para sempre. Ai ele me transformou. E foi embora. Triste não? Eu nem gostava dele mesmo. Gostava de ser idolatrada.

— Essa é das minhas. — diz Katerina.

— Enfim ... Isobel foi sempre minha amiga e pediu para que eu cuidasse de Rose. É claro que eu aceitei. Ela disse sempre que queria conhecer a família verdadeira. Dizia sempre que quando ela tivesse idade eu a levaria. Acá estamos. E já aviso que eu amo Rose e mato quem a feri-la.

Dou um abraço nela. Minha melhor amiga e mãe. Ela é tudo que me importa.

— Espero que entendam que não quero fazer mal a ninguém. — digo. — Só quero conhecer Mystic Falls, minha cidade natal. E minha família. Mas, bem ... minha irmãzinha não deixou uma só pessoa para eu conhecer.

Elena me encara. Eu não estou mentindo. Tudo o que eu pretendia conhecer, ela arruinou.

— Eu não arruinei nada. Aliás, você nem estava aqui para ver o que estava acontecendo.

— Ah, esqueci de mencionar. — interrompe Myra. — Nós temos monitorando vocês desde que Damon disse: Olá irmãozinho.

— Nossa. Então faz muito tempo. — fala Stefan.

— Sim, faz. Sei a característica de cada um de vocês. E quero que conheçam as minhas. Como eu disse, não quero fazer mal a ninguém. Só marquei este encontro para me apresentar para vocês.

— Duplicata 2.0 — diz Damon. — Você acha que pode chegar assim?

— Salvatore 1.0, já que você é mais velho. — sorrio. — O quê vocês quer dizer com isso?

— Quero dizer que não é uma boa hora para se chegar.

— Por que não? Porque Elena está com birrinha em qual Salvatore vai escolher? Katherine, você não faz nada não?

— Eu faço. Nem sei o que eles vêem nessa dai.

— Vocês três são iguais! — exclama Damon.

— Você não pode saber. Não me conhece ainda. Talvez eu não seja iguais a elas.

— Olha. — Elena se pronuncia. — Nem te conhecemos como vamos saber que você é de confiança?

— Pelo simples motivo que eu vim até aqui para conhecer a única pessoa com quem tenho laços de sangue.

Ela parece pensar.

— Pronto, Rose. Vamos para casa. Depois você conhece eles mais fundo. E ah, Klaus. Antes que você tente usar o sangue dela para criar seus híbridos, o sangue dela não é puro.

— Como ...?

— O sangue dela foi misturado junto a de muitas criaturas sobre a terra. Nem tente.

Saímos de lá e eu olho para trás só para encarar aqueles olhos azuis.