Hisako, the school of death escrita por hidechan


Capítulo 1
Capítulo 1: Apresentação


Notas iniciais do capítulo

Sejam todos bem vindos!

A fic segue com narração em primeira pessoa, mas presentem atenção no comecinho de cada cena! Haverá lá a indicação de quem está dando rumo a fic :3 no caso, começaremos com o L.

Na capa: Hisako, a escola da morte.

Enjoy!



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-------------- + ------------------------- + --------------- L

Meu nome é Lawliet, estou para entrar no primeiro ano do internato Hisako e ainda não sei como será o mundo fora do meu quarto. Ah sim, vamos a algumas explicações: sou órfão e moro na fundação Wammy’s House – pelo menos pelos próximos 30 minutos – tive apenas professores particulares, logo nunca entrei numa escola como a maioria das outras pessoas na minha idade... tudo o que sei sobre elas, está apenas na teoria.

Eu não descreveria o que sinto como medo, mas sim uma ansiedade crescente, sou com certeza a mente mais brilhante daquele colégio e apesar disso não deixo de sentir coisas como essas – me coloco assim ao mesmo nível de um aluno normal, ah... acho que fui um pouco rude, desculpas.

Peguei a mala vermelha encostada ao pé da cama e arrumei minhas coisas, algumas camisetas, jeans velho, um tênis all star surrado, nenhuma meia – porque eu as odeio obviamente – chinelos, um par de luvas para o frio, meu livro preferido – o pequeno príncipe – e meu notebook. Se minha mala é pequena, meu mundo é menor ainda e essa nova fase me fará ter uma visão mais ampla. Estou feliz e o pequeno sorriso que vejo no espelho é prova suficiente.

Oh mais uma coisa, devem estar se perguntando a razão de sair de uma escola para super dotados e ir para outra do mesmo nível. Simples, minha ambição de ser detetive pede que eu tenha o mínimo de noção de comportamento social em grupo, vamos encarar isso como um estágio. Preciso de trabalho de campo, sabe... se não nunca vou entender completamente.

Como ainda sou menor de idade pegarei um ônibus, arrastei a mala de rodinhas até o ponto e esperei pelo 74L. Não tem ninguém para me dar adeus, acho que pela primeira vez me sinto um pouco sozinho... respirei fundo e olhei mais uma vez para a pista vazia.

Como é verão, o calor me obrigou dobrar as mangas da camiseta que usava e felizmente era branca – refletir luz = menos calor, sim eu sou nerd e penso teorias o tempo todo; minha mente é algo bem interessante, mas acredito que para a maioria das pessoas, seja totalmente sem graça. De qualquer forma, agradeci quando vi o ônibus chegar.

Sentei ao lado da janela, ele estava completamente vazio, acho que ninguém vai mesmo para o extremo leste desse país. A medida que íamos passando pela rodovia, pude notar o aumento de áreas verdes, alguns animais curiosos na beira da pista e pouca habitação. Meu novo colégio ficava afastado do centro industrial, gosto da ideia de calmaria e paz; muita paz eu espero.

Completados uma hora de viajem saltei do circular e cá estou em frente aos portões do meu novo “lar”. Primeiras impressões? Bom... do portão até o primeiro prédio havia uma boa caminhada sobre um caminho estreito de pedras azuis – muito curioso, aliás – o resto é todo coberto por uma grama uniforme e flores, muitas flores. Os prédios são antigos, porém, bem cuidados. Tive a impressão de entrar num asilo, mas deixando de devaneios, toquei o interfone.

- Seu número e letra por favor _uma voz eletrônica feminina saiu do pequeno aparelho branco a minha frente.

- 667 L.

Com um pequeno estalo o pesado portão de ferro começou a se abrir automaticamente, não precisei dar mais do que dois passos para alguém vir ao meu encontro.

- Olá, prazer em conhecê-lo _o menino a minha frente estendeu a mão sorridente _sou Mail Jeevas e serei seu guia por hoje, seja bem vindo a escola integral Hisako! _disse num discurso muito bem decorado.

- Lawliet, prazer em conhecê-lo também _apertei sua mão em sinal de respeito, era muito macia _... você é mais novo? _perguntei assim que parei para olhar seu uniforme, que era diferente do meu.

- Estou um ano abaixo de você, mas tenho certeza que posso te ajudar em algumas coisas por enquanto _coçou a nuca, um pouco envergonhado.

- Ah sim, não quis ser rude, me desculpe _respondi sem emoção.

- Não esquenta, teve sorte do Mello estar doente hoje _vi ele abrir um sorriso travesso.

- ...quem?

- Você vai acabar conhecendo, estamos todos no mesmo andar... sabe nos dormitórios, aqui não se separa por idade.

- Uhum, tudo bem.

Seguimos conversando até o dormitório, Mail se mostrou gentil e descontraído, seus cabelos ruivos entravam em contraste com seus intensos olhos verdes e isso dava a ele um destaque bem maior do que eu – não que eu me importe com algo fútil assim – um detalhe a mais eram seus goggles amarelos pendurado no pescoço. Pessoa interessante, mas muito infantil para ser meu primeiro contato social – acho que fui rude outra vez, preciso parar com isso.

O dormitório é na verdade uma mansão adaptada. O chão é de um carpete escuro, logo na entrada pude ver duas enormes escadas de carvalho. Seguindo por elas se encontravam quartos e mais quartos, todos são divididos entre dois alunos e tem um banheiro próprio – vulgo suítes, para os desavisados – fiquei no numero 66 no final do primeiro corredor, Mail me explicou que tinha a ver com o numero que recebi para identificação.

- Aqui está sua chave _me entregou um pequeno molho de chaves _quarto, banheiro e guarda-roupas, o chaveiro é presente do diretor.

- Obrigado... _puxei o “L” de acrílico que estava pendurado e o coloquei contra a luz, o verde claro ficou do mesmo tom dos olhos de Mail.

- Quem será seu companheiro de quarto?

- Acho que não terei um.

- Hum que pena... bom agora tenho que ir, mais tarde passo aqui para te levar ao refeitório.

- Obrigado mais uma vez _entrei no quarto antes que o menino pudesse dizer mais alguma coisa, estou realmente cansado da viajem.

Meu primeiro contato com esse novo lugar foi bom, estou mais seguro e tranquilo. Tomei um banho gelado para espantar o calor, logo menos teria que enfrentar mais uma leva de contato social – era algo assustador ás vezes.

O jantar é servido todos os dias as 19:00 hrs e vai até as 21:00 hrs, o cardápio é variado e balanceado. Os alunos tinham o dever de limpar seus quartos nos finais de semana. Nunca trazer animais para dentro do dormitório... talvez então eu devesse deixar o coelho branco ir, ele não pode entrar aqui...

Cai no sono rapidamente enquanto lia as regras do dormitório e comecei a sonhar com Alice no país das maravilhas – tenho quase certeza que eu era a Alice - só acordei duas horas mais tarde com alguém batendo na minha porta.

- Ah estou indo...! _levantei-me rapidamente e destranquei a porta para que ele pudesse entrar.

- Desculpe te acordar, é que não tenho seu celular para mandar um e-mail... _espiou curioso para dentro do quarto.

- Entre, eu só vou... calçar algum sapato _ odeio sapatos, meu único tênis estava todo sujo então usei meus chinelos mesmo.

- Ah parece que teremos purê de batatas no jantar, o que gosta de comer?

- Nada em especial.

O refeitório fica logo atrás das enormes escadas que vi na entrada, um salão amplo com um grande teto abobadado de vidro, desenhado nele uma serpente gigantesca. O chão é todo coberto por um piso escuro e as paredes cheias de quadros dos antigos diretores – um tanto indigesto para um refeitório – no salão, existem seis longas mesas dispostas uma ao lado da outra, toalhas brancas de renda e cadeiras de madeira maciça com um estofado igualmente branco. Como tudo pode ser tão estupidamente branco com esses selvagens comendo o tempo todo sobre os tecidos?

- Incrível este lugar, não acha? Vamos nos sentar com meus amigos _Mail apontou para um grupinho de pessoas na segunda mesa.

- Tudo bem eu posso ficar aqui mesmo.

- Não seja tímido, ei Mello esse é o aluno novo! _me puxou pelo braço até eles, realmente não estou acostumado com esse convívio!

- ...ein, esse ai é o cara que passou com 100% de acertos? _um loiro invocado me encarou.

- Seu nome é Lawliet, não seja mal educado Mello.

- Sou Mihael Keehl, prazer _se apresentou rapidamente e voltou a atenção para os amigos me deixando no vácuo com a mão estendida.

- Sente-se Lawli, Mello está de mau humor porque você foi melhor do que ele nos testes de admissão – no ano que ele fez, é claro _fez um sinal negativo com a cabeça.

- ... _sentei ao lado do ruivo tudo foi servido em louças Inglesas finas e talheres de prata. Me pergunto o motivo de tanta ostentação numa escola.

- Me chame de Matt, aqui todos somos amigos não precisa ser formal!

- Não diga... _resmunguei bem baixinho para que ele não pudesse ouvir, não acho nada educado ver alguém falando de boca cheia.

- Hum?

- Não é nada, me chame de L se quiser _tentei meu melhor sorriso e voltei a atenção para o pudim á minha frente, meu pudim melhor do mundo.

---------- + --------------------------- + --------- Mello

O novo aluno... por que diabos Matt tinha que ficar encarregado dele? Eu mal encarei aqueles olhos de panda e já não gostei. Ele foi melhor nos testes, mas com certeza eu irei tirar notas mais altas logo na primeira prova.

Enquanto voltávamos para nosso quarto, Matt me contou mais coisas sobre o tal do Lawliet; se destacou em todos os exames nacionais ganhando assim a oportunidade de concorrer a uma bolsa no Hisako – um internato de alto padrão – e passou com 100% de acertos, foi considerado um verdadeiro gênio por isso. Não sabemos nada sobre sua vida particular, esses dados não são disponibilizados por ai e eu também estou pouco me fodendo para tal. Tudo o que importa é fazer esse nerd magrelo perder.

Parece que além de Near, agora terei que me preocupar com mais um imbecil... mas que inferno.

- Ei Mello, se acalme.

- Hum? _me voltei para Matt que estava me observando da cama ao lado _eu não disse nada, porra.

- Nem precisa... _apontou para minha mão esquerda, estava esmagando uma barra de chocolate ao leite. Meu pobre e inocente chocolate.

- Ah... _respirei fundo e coloquei os pedaços na mesinha ao lado _aquele maldito Lawliet me tirou do sério.

- Mihael, não se esqueça do seu propósito aqui dentro _a voz de Matt estava calma, mas seus olhos estavam um tanto ameaçadores. Difícil de acreditar como uma cara feito ele pode ser assustador quando quer.

- Relaxa, não sou burro para deixar esse tipo de coisa tomar conta de mim.

- ...desculpas _abriu um sorriso e voltou para seu psp _você sabe que esse é o meu trabalho, não é?

- ... Matt...

O fitei com certo pesar, mas eu realmente não podia desviar do meu objetivo aqui, não posso sentir todas essas coisas agora. Fechei meus olhos com força e virei de lado para dormir, talvez eu precisasse comer alguém para ficar mais tranquilo – indecência faz parte da minha personalidade, não me julguem mal.

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Notas finais do capítulo

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