A Última Lágrima. escrita por Pedro C


Capítulo 15
Respostas.




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'' Ninguém te contou ainda? A vida não é justa. ''
— Stephanie Meyer.

§§

O tempo estava frio e silencioso. Um silêncio como os dos filmes, quando a mocinha estava fazendo algo que a levaria para a morte. Mas, eu não era a mocinha dos filmes.

O balcão não estava totalmente coberto pela escuridão, alguns pontos de luz esbranquiçada se espalhavam pelo lugar, iluminando minhas vistas para todo o grande salão. O piso cheirava pó e estava grudando como chiclete, as paredes cuja cor era de branco sujo estava fria e em uma fase de descascamento. O teto era de alumínio, que ajudava a aumentar a temperatura fria.

Eu analisava o lugar, pelo centro do salão, olhando rapidamente os detalhes. Ninguém aparecia. Poderia ser um trote? Quem sabe. Precisava esperar, estava segura. Edward me esperava lá fora, longe, mas com a sua audição perfeita e o silêncio do lugar, ele escutaria qualquer gemido meu.

Flashback:

Momentos antes.

— Por favor. — ele implorou com os olhos brilhando, me olhava com um aperto no coração visível em sua face.

— Edward. — chamei seu nome, o seu perfeito nome. — Preciso saber.

Ele encostou-se na árvore, como se estivesse decepcionado consigo mesmo.

— Não conseguirei me segurar se essa pessoa fizer algo com você. —jurou. — Se houver um arranhão, o mesmo será multiplicado.

Engoli a seco.

Beijei seus lábios. Queria que não fosse uma despedida, mas toda aquela cena perto do salão estava sendo uma maldita e dolorosa despedida. Para a minha morte?

O deixei lá, indo a pé até o salão que ficava um pouco longe. Edward me fitava sem expressão, em pé, escorando sua cabeça no caule da árvore. Ele parecia estar concentrado em qualquer som, qualquer mínimo som.

Fim do Flashback

— Pensei que não viria, Bella. — Disse uma voz que eu reconhecia de algum lugar, mas ela estava modificada. Sádica e maléfica.

— Quem é você? — Engoli á seco e dei alguns passos a frente.

Um corpo saiu das sombras. Não o conseguia o ver com nitidez, mas escutava seus pés tocar o chão calmamente. Ele abriu um sorriso, e apareceu na pouca luz dali.

— Quem mais poderia ser? — indagou. Cuspia as palavras com orgulho.

A luz refletia com pouca nitidez, me dando pouca visão de seu rosto. De alguma forma sua voz me intrigada, ela não era assim. Estava maléfica em excesso, com orgulho e prazer pelo o que estava prestes a ser dito.

— Eu matei o John, Caroline, — disse novamente do mesmo jeito. — E matarei você.

Senti meu corpo tremer ao ver quem era. Vitor.

— Você?! — indaguei não conseguindo acreditar.

Vitor? O mesmo Vitor brincalhão? O Vitor amigo de todos nós? Isso não poderia estar correto!

— Creio que gostaria de saber o motivo da morte de seus amiguinhos. — começou se aproximando, e parou quando eu o repreendi dando alguns passos para trás. — Você chorou tanto! Sentiu tanta falta! — ele sorriu mostrando seus dentes serrados, seu sorriso era irônico e seu tom falso.

— Não é possível!— Afirmei.

— O John— ele começou chamando minha atenção, sua voz ocupou pelo todo o salão. — Infelizmente precisou morrer. Não sei como ele descobriu ou deduziu, mas precisava esconder isso de todos. Eu precisava esconder meu segredo, ninguém poderia saber. Eles poderia me pegar e isso não era um segredo só meu! — ele parecia descontrolando, parecia conversar consigo mesmo.

— Eu não queria matar ele! — gritou. — Eu não queria. — repetiu para si mesmo sussurrando. — Eu nunca tinha matado ninguém, mas eu precisava... Ele sabia demais!

Ele pausou por alguns segundos, seus olhos estavam arregalados e me passavam sinceridade uma sinceridade doida.

— Então, eu matei. Como havia visto em alguns filmes.

Meus olhos começaram a arder e eu repreendi as lágrimas, como ele foi tão cruel? E esse segredo? Qual poderia ser? O quanto importante para matar duas pessoas?

— Você é um monstro! — eu o sibilei.

— Eu sei. — sussurrou. — Mas o que agente não faz por amor?

— E por que matou Caroline? Por causa desse seu maldito segredo? — indaguei tentando controlar á raiva.

— Caroline já foi algo que aconteceu. — ele disse. — Ela estava no lugar errado, na hora errada. Ela viu o que não devia e, então, eu precisei dar um fim nela. — ele parecia se aliviar contando isso. Ele parecia não sentir culpa como sentia ao falar de John. — Ela mereceu. Ela ficou me ameaçando. Ela mereceu! — sussurrou arregalando seus olhos claros. — Eu já tinha matado uma pessoa mesmo. Eu já tinha feito isso, então eu...

— Eu odeio você! — disse em forma de um rosno. — Odeio!

Ele me olhou como se gostasse de me ver falar aquilo.

— Agora que chegamos a ponto final, você. — disse. — Você estava começando a desconfiar... Eu não podia deixar você descobrir! Não podia. Então marquei o encontro como fiz com todos, e você veio. — sorriu. — Como um peixe mordendo a isca.

— Mas qual é esse seu segredo? — Indaguei.

— Não é tão óbvio? — sorriu ironicamente. — Emmett.

As coisas começaram a ficar claras em minha mente, Emmett era muito amigo de John e namorado de Caroline. Mas qual era o segredo?

— Ele me amava. — sorriu como se estivesse em um delírio. — Ele me ama.

— Você e ele? — indaguei mostrando surpresa.

— Eu aceitava Caroline, mas ela pareceu não aceitar muito.

Meu sangue ferveu, como se adrenalina tivesse sido injetada no meu sangue, eu senti vontade de avançar nele. Nunca fui de brigar, mas minha boca tremia de vontade para machucar ele. Ele era muito cruel! Matou meus dois melhores amigos por causa de um amor bobo!

— Eu vou matar você. — disse e tirou uma faca do bolso.

A faca refletiu a luz e parecia muito bem afiada. Então, eu criei coragem. Ele ergueu a faca e veio na minha direção, desviei com alguma facilidade de alguns dos seus golpes tentando me concentrar. A faca caiu no chão e eu o segurei pelos cabelos, o prensando contra o piso gelo.

Batia sua cabeça contra o piso, descontando minha raiva e em seguida chutava ele sem saber aonde pegaria. Ele tentava se levanta, mas repetia os gestos até ele desistir, fechando os olhos. O sangue escorria pelas suas narinas e sua boca, caí no chão sentada. As lágrimas percorriam meu rosto e não conseguia controlar o choro alto.

Como eu fui capaz de fazer aquilo?

Ele se levantou, agarrando a faca rapidamente.

— Você é muito tola, não? Acha que eu vou deixar você ir? Jamais! — Gritou.

Ele estava com raiva de mim, alguns vultos começou a circular pelo salão. Só conseguia ver a sombra escura se movimentar facilmente, Vitor parou também sentindo que algo estava ali. Edward?

— É só um inseto. — disse Vitor e começou a se aproximar de mim.

Um homem alto parou atrás do seu corpo, sem ele perceber, abriu a boca mostrando seus dentes e cravou no pescoço de Vitor. Eu gritei. Vitor parecia ter ficado mole, o homem sugava o sangue que saia do corpo e um pouco do mesmo jorrava pelas veias cortadas.

Comecei a correr em direção á porta aproveitando que a coisa parecia estar concentrada em sugar o sangue do Vitor, que já não tinha mais vida. Não tinha tempo de chorar e quando parei na porta para descer o degrau Edward me olhou como se estivesse preocupado e parado bruscamente. Eu o abracei, sentindo seu perfume e por um momento ele aceitou, mas em seguida me empurrou gentilmente.

— Só temos alguns segundos. A levarei até a rodoviária e você vai fugir floresta adentro. – Ele dizia, olhando em meus olhos enquanto falava calmamente. - Rosalie escutara você e a encontrará, Alice vai me ajudar a matá-lo.

Eu apenas assenti, pensando em apensar sair dali. Esquecer tudo por um momento, tentar fazer com que a dor passasse. Apesar de tudo, eu ainda, sentia que Victor era meu amigo. Edward me pegou no colo, como se eu fosse uma pena. Fechei meus olhos, tentando sentir sua respiração. E quando abri os mesmos estava no meio do asfalto vazio, frente à floresta fria e gelada.

Como ele era forte, incansável.

— Eu te amo, Bella. Vai dar tudo certo

Passei entre a cerca com cuidado para não me rasgar e respirei fundo, encarando a floresta. Abri caminho com os braços e entrei na mesma, já sentindo o cheiro de musgo e umidade. Tremi com o frio. E continuei andando, sem rumo.

Procurando por Rosalie.


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Notas finais do capítulo

Olá, Pessoas.
Como estão?
Eu sei que demorei, um pouco.
Mas estamos na reta final, não?
O que acharam desse penúltimo capítulo da primeira temporada?

O que esperam do final?
E o que esperam da segunda temporada??

Eu fico muito feliz com cada comentário. E, se puderem divulgar as fics nos grupos do facebook ou para amigos, fico agradecido.

Muito obrigado, e nos vemos daqui uma semana ( ou menos. ) Beijos! Comentem!



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