Para minha beta, Mary La Rue, sem seu entusiasmo, ajuda e amizade nada disso teria se tornado realidade.

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— O que você é? — Perguntei enquanto recuava dois passos assustada.

Ele abriu a boca, mostrando os dentes afiados, os olhos de castanho mel ficaram negros e não reconheci a pupila, as veias que cercavam a pálpebra inferior ficaram roxas e visíveis. Ao vê-lo se aproximar comecei a ficar tensa, ele não era humano. A cada passo me assustava mais e o medo apenas me consumia totalmente.

Levantei-me assustada, meus nervos não poderia me abandonar agora, e comecei a correr sem olhar para onde seguia. Entrei no meio da mata enquanto sentia as folhas úmidas e raízes agarrarem meus pés, que estavam calçados com botas, e galhos finos acertarem minha face. Corria sem olhar para trás enquanto sentia as minhas pernas formigarem e o meu fôlego acabar rapidamente.

Olhei novamente para trás e a única coisa que se via ou ouvia-se era o silêncio castigador. Não sabia o que fazer, aonde havia me metido? Sem nem ao menos pensar direito, escondi-me atrás de uma árvore grossa e rala enquanto sentia em minhas costas um líquido quente. Sangue.

Minha respiração estava ofegante e mordi a língua em uma tentativa falha de não ser achada, só que ao fazer isso senti um líquido mais quente e salgado em minha boca e o cuspi com nojo. O medo me consumia e não me fazia pensar direito.

A floresta estava totalmente deserta, afinal quem andaria por ali? Passos extremamente leves andavam em minha direção, era apenas um animal. Apenas um animal... Queria acreditar nisso. Minhas mãos tremiam e suava frio, minha respiração estava ofegante e meu coração acelerado.

— Pensou que iria se esconder? — Rapidamente reconheci a voz que me perguntou, ele estava com um sorriso irônico no rosto. — Olá, Bella Swan.