Algum tempo depois...

P.O.V Ally

Finalmente o dia para a viagem chegou! Depois de conferir duas vezes se nada estava faltando entreguei a última mala para o meu pai colocar no carro. Minha mãe foi no banco do carona e eu atrás. Depois de alguns minutos chegamos, na porta da escola havia dois ônibus que nos levariam até o aeroporto – sim, dois ônibus, não iria muita gente da nossa escola porque selecionaram os alunos por notas em provas –, ao lado do portão os alunos conversavam animados, desci do carro e procurei o Austin com os olhos ele e o Beck estavam vindo em nossa direção.

–Bom dia. – Austin falou sorrindo e depois me abraçou.

–Bom dia. – O abracei de volta.

–Sr. E Sra. Dawson esse é o meu irmão Beck.

–Oi meninos. – Minha mãe falou enquanto meu pai sorriu.

Os dois foram pegar as malas no carro enquanto eu ajudava o meu pai com as minhas, colocamos todas na parte de baixo do ônibus. Beck se despediu da gente e foi para a faculdade.

–Você pegou o seu remédio, Ally? - Minha mãe perguntou.

–Sim – a tranquilizei – peguei tudo que preciso.

–Durante esse tempo quem vai brigar comigo pela TV?Sendo que temos três TV’s?

–Ah, pai, também vou morrer de saudades de vocês. –abracei os dois de uma vez – eu preciso ir, agora. Amo vocês.

–Nós também te amamos.

–E Austin, cuida bem dela. – Minha mãe completou. [N/Bruh: cuida bem dela você não vai conhecer alguém melhor que ela ♫ ♫, ta parei]

–Pode deixar.

Entramos no ônibus, ele era bem confortável, me sentei na janela ao lado do Austin e a Jade e o Elliott atrás de nós. Ficamos conversando o caminho todo.

Quando estávamos quase chegando ao aeroporto uma professora passou entregando uma pulseira para não nos perdermos. Depois de seis músicas e meia nós finalmente chegamos, pegamos nossas malas enquanto a diretora ia falar com a recepcionista para ver se estava tudo ok. Uma moça anunciou o nosso voo e entramos no imenso avião.

–Eu aposto que você vai dormir primeiro do que eu. – Falei para Jade, me virando para as poltronas de trás.

–Você sempre perde essa aposta. – Respondeu rindo.

–Mas dessa vez eu estou bem empenhada.

–Duvido. – Elliott falou.

–Tudo bem, se eu dormir quando chegarmos lá eu e o Austin vamos arrumar o quarto de vocês por três dias, mas se você dormir vocês arrumam os nossos.

–Feito. – Jade falou estendendo a mão e eu a apertei logo em seguida.

–Você sabe que vamos perder, não é? – Austin perguntou quando me sentei e afivelei o cinto de segurança.

–Porque você acha isso?

–Porque você é uma dorminhoca. – Ri.

–Posso dizer o mesmo de você.

A aeromoça avisou que já iríamos decolar e pediu para desligarmos os celulares, feito isso eu fiquei olhando Miami pela janela.

[...]

–PARECE QUE ALGUÉM VAI TER QUE ARRUMAR O MEU QUARTO POR TRÊS DIAS! – Sim, eu acordei com uma criatura gritando isso.

–Eu não estava dormindo – Falei –, só descansando os olhos.

–Você ‘tava quase babando no Austin. – Elliott riu.

–Não exagera.

–Enfim, vou poder fazer a bagunça que eu quiser! – Jade fez uma dança estranha na poltrona.

–Você podia pegar leve com a gente. – Austin pediu.

–Vou pensar no caso de vocês.

A aeromoça avisou que pousaríamos em cinco minutos, enquanto isso fiquei encantada olhando pela janela.

Quando pousamos e já estávamos todos com nossas devidas malas fora do avião havia mais um ônibus esperando pela gente.

–Esse é o último ônibus – a diretora avisou – vamos direto para o acampamento, chegaremos em aproximadamente meia hora.

Quando as pessoas diziam que o transito de NY é terrível elas não estavam brincando, ficamos presos por duas horas em um engarrafamento. Já era começo de tarde quando chegamos, a diretora nos passou algumas instruções antes de entrarmos.

–Como todos sabem nós vamos dividir o apartamento com outra escola do Alasca, eles chegarão em provavelmente duas horas, enquanto isso vocês podem se estabilizar e amanhã de manhã nós vamos fazer um tour por aqui. Nós mostraremos os dormitórios e a cafeteria.

Na estrada estava pendurada uma placa onde se lida “Sejam bem-vindos ao Paradise Camp”, seguimos uma trilha que nos levou aos dormitórios, havia dois, um para os meninos e outro para as meninas. Na porta de um quarto estava escrito o meu nome, o da Jade e o de uma menina chamada Riley Mitchell.

–Deve ser do Alasca. – Jade falou.

O quarto era grande com três camas com criados mudos ao lado e três armários, as paredes eram brancas, havia um banheiro dentro e só, o resto nós arrumaríamos. Depois de arrumar a minha parte fui ajudar a Jade com a dela, eu fiz a maior parte do trabalho porque aposta é aposta, não é?

Depois que terminamos nos jogamos na cama e eu mandei uma mensagem para a minha mãe avisando que havíamos chegado. Foi uma longa viagem.