Coisas de Lorna escrita por Sra Kentwell


Capítulo 8
Capitulo 8


Notas iniciais do capítulo

(...) Agradeço por Ana Guedes, Pelas suas inspiradoras sugestões.



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Olho em volta, há grandes mesas cheias de comida, uma de guloseimas, uma de petiscos e outra de comida caseira. Tudo isso só para mim, nessa enorme quarto espaçoso. Que ironia.

Mal dá para sentir que estou dentro de um avião. É a mesma coisa que eu estivesse numa pousada.

Lembro-me do que Sula me entregou quando estava me esguelando quando saí do Sul. Enfio a mão no bolço e retiro o colar que Sula me entregara. É feito á mão, e com um pequeno osso pendurado nele, ou presa - não dá para identificar, é muito bonito. Coloco-o imediatamente sob meu pescoço, caminho até o banheiro que há em meu quarto e olho- me no espelho. Ficou lindo. Parece que foi feito para mim - mas é claro que foi.

Volto á minha cama, sem nada a fazer, procuro não pensar que se eu atravessar a porta estarei de cara com mais de dez justiceiros me monitorando.

Começo a ficar com fome e observar discretamente as mesas fartas á poucos metros de mim. Pego ou não? Isso é uma ótima pergunta a se fazer. Ando até a mesa e pego uma das maças que está na cesta. Abocanho-a. Ela está muito boa, parece que é feita de açúcar de tanto que está boa.

Termino de comer a fruta e jogo o resto dela na pequenina lixeira ao canto do cômodo.

Não leva muitos minutos para o sono me atacar. Estranho eu estar com sono justo agora, sendo que horas antes eu estava dormindo. Estico-me na enorme cama macia e confortável. Relaxar é uma ótima coisa a se fazer. E assim faço.

Acordo com alguma coisa me sacudindo de leve, para não incomodar:

–Ei, querida, chegamos. - Uma voz baixa diz aos sussurros á mim.

Me dou conta de que cheguei. Estou no Centro do país. Na região Centro-Oeste.

Upf! Num pulo já estou posta de pé. Sylvia me observa com um sorriso feliz no rosto.

–Já pegaram sua bagagem, vamos. - Diz ela me puxando pelo pulso do quarto. - E mantenha a calma, vai ter muita gente, eu sei, mas não tenha medo. - Ela diz um conselho antes de desembarcarmos.

Dá porta do jatinho consigo ver no mínimo dez justiceiros com armas em mão prontos para me guiar. Atrás de nós vejo a mesma quantia.

Ela retira dois óculos escuros da bolsa preta, pões um nos olhos e estica o outro em minha direção. Pela sua expressão já sei que é para mim colocar. Pego e os coloco.

Tem muita gente lá fora, eles gritam muito, tem bandeiras e muitos carros. A cidade é iper diferente do Sul. Tem muitos prédios, pessoas e automóveis.

Nós andamos apressadamente sob os tapetes. Tem muita, mas muita gente se inclinando sob as barras protetoras para tentar me tocar, mais é claro, os justiceiros não permitem. Agora entendo o motivo de estar usando óculos escuros, é para preservar minha imagem dos fotógrafos.

Nós chegamos até um cumprido carro branco brilhante. Sylvia me conduz até dentro do carro, abrindo a porta, os justiceiros ficam atrás, e quando estou entrando no veículo, eles se dividem, um grupo para o carro da frente e outro para o de trás. Nos duas ficamos sozinhas no enorme veiculo. Tem cumpridos bancos de couro branco, com almofadas roxas, carpete lilás, luzes azuis e rosa pink no assoalho e no teto, grandes prateleiras com taças e bebidas. Tevês de muitas polegadas pelo visto. Os vidros fumê e poltronas brancas e cinzas.

–Ual! É maior que meu quarto! - Elogio.

–Ufa que consegui ela, a Limousine. - Ela diz com aparência de estar orgulhosa de si mesma, mas parece cansada.

Sentada ao meu lado, ela retira um caderno, lápis, e uma fita métrica. No mesmo instante retiro os óculos escuros e entrego a ela.

–São seu, pode ficar.

–Obrigada. - Sinto minhas bochechas corarem um pouco.

Penduro o óculos na blusa.

–Vamos começar. - Ela fala para si mesma - Muito bem, que numero você usa e calça Lorna?

–Não faço a mínima ideia. - Sacudo a cabeça franzindo os lábios.

Então vou te medir, tudo bem? - Ela não parece nada surpresa pelo fato de eu mal saber o numero do maniquim que uso, ou de meus própios pés.

–Hãham. Balanço a cabeça.

Ela passa a fita métrica sob minha cintura e coxas, e anota tudo certinho no caderno. Depois ela me encara com dúvida.

–Vista meus sapatos. - Ele retira dos pés um par de lindas sapatilhas brancas e me entrega.

Eu retiro os chinelos de dedo dos meus pés, já pequenos e gastados. Coloco as delicadas sapatilhas.

–Coube! E ficou lindo! - Ela aprova tanto a ideia de mim calçar o mesmo numero dela quanto eu. O pior é que combinou muito com meus pés brancos e delicados. - Vá com a sapatilha. Eu tenho outro em minha mala.

No resto do caminho tudo fica silêncioso. Observo com atenção as ruas da bela e enorme cidade, grande, luminosa e cheia de vida.

–Estamos quase chegando. - Ela não desvia o olho da tevê. - E..E você irá conhecer seu mais novo treinador. - Ainda sem tirar os olhos da tevê ela dirije a mim com um sorriso no rosto.

–Conheço.

–Quem é? - Pergunto.

–Alex Piece. Um ótimo treinador. - Ela elogia.

É melhor que seja bom, para pelo menos eu saber fabricar armas. Já que na batalha não pode ser utilizadas armas de fogo. Apenas armas brancas como facas, lanças, machados, espadas, arcos e flechas. Minha especialidade, que são Cordas, parece ser inútil para muita gente, mas ninguém imagina a quantia de animais que matei só laceando. Animais. Não gente. Porém cordas são apenas suprimentos, e quando eu estiver naquele campo, e se tiver uma pedra rochosa a minha frente ou uma gigante árvore, não será difícil subir até eles.

–Chegamos. - Ela abre um enorme sorriso que vai de orelha a orelha.

Ela abre a porta e ponho os óculos novamente. Lá fora está uma multidão maior do que na pista. Entramos no imenso hotel cinza e preto e subimos direto ao elevador, mas agora só com três justiceiros perto de nós. Paramos em um corredor com lustres, flores e espelhos.

–Podem ir. - Sylvia se dirige aos justiceiros. Eles descem pelo elevador novamente.

Ela vai até uma das grandes portas de madeira com listras pretas e a abre.


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Notas finais do capítulo

(...) Obrigada a quem leu.



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