Coisas de Lorna escrita por Sra Kentwell


Capítulo 5
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

(..) Erros de ortografia, eu faço o possível para não recebê-los bem aqui.



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–Ei! -Grito.

–Que é? Achou? - Ela vem a meu encontro.

Eu foco boquiaberta com a quantidade de cenouras na sacola.

–E.. tem mais - Ela cavoca o fundo da sacola e retira dois tomates, mais quase estragados. - Legal, né? - Com os olhos cheios de esperança.

–Onde-Você-Conseguiu-Isso? - Eu exagero na separação das palavras.

–Sabe a feira? Então, como a produção de alimentos está.. digamos que não muito boa, eles jogaram fora. Então a esperta aqui - Ela gesticula para ela mesma - Viu e pegou.

Sula continua.

–Mas não dá para a gente comer, estão quase podres. - Diz desanimada. - Eu pensei nos dois cavalos, então ... -Assente com a cabeça.

Sula tem uma estranha mania de mudar de expressão muito rapidamente. Para quem a não conhece, fica de olhos arregalados.

–Ah, e eu quase não dormi hoje a noite. Por isso que dormi de manhã. - Aquilo soa quase como um sussurro.

–Há que motivo? - Eu crio um aspecto apreensivo.

–Eu sonhei que tinha sido escolhi-lhi da'da - Ela gagueja - para ir para a guerra. - Sua testa agora está franzida, os olhos expressando uma preocupação fora do comum.

–Você não vai ser escolhida! - Afino a voz, zombando, para não preocupá-lá.

Ela já parece um tanto melhor.

– E você?

–Eu o que?- Eu já começo a me perguntar com o que ela está querendo dizer.

–Como você se sente em relação com a probabilidade ser uma das escolhidas? - Sula parece se confortar de saber oque eu quero dizer.

Essa é uma pergunta complicada, por mais que ela tenha a mesma idade que eu, parece que eu estou conversando com uma garota de 11 anos.

–Nada. Eu sei que não existe chance de ser uma de nós... a escolhida. - Balanço a cabeça.

–Então você não tem medo? - Ela parece esperar minha resposta com ansiedade.

– Não. - Minto com um sorriso estampado no rosto.

Ela retribui o sorriso.

Ela pega a sacola, e anda até o meio da campina, onde o cavalo está parado pastando; e joga um tomate e metade das cenouras quase-podres.

Sula tem um corpo fenomenal. É de causar inveja em qualquer adolescente. Sua pele morena brilha com a intensidade do sol, causando um brilho suave. Seu andar é gracioso, calmo, e não cheio de pressa.

Ela observa Clato comer umas três cenouras de uma vez enquanto acaricia seu pelo.

Então caminha até a floresta para tratar do outro cavalo, Coceira, outro Mangalarga Marchador, irmão de Clato.

De repente sai correndo do meio das árvores, quase sem respirar, chega a meu lado rapidamente abaixo da mangueira.

–O coceira sumiu. -ela retoma o ar - acho que fugiu.

Coceira é um cavalo de pelagem amarelada, e crina loura. é difícil saber como ele escapou, eu não me importo tanto, eu quase não usava ele, só nas raras vezes quando Clato estava não muito bem.

–Hum. Ok. - Dou de ombros.

Sula adorava ter outro cavalo de sobra, para ter alguma coisa para tratar ou se distrair cavalgando quando eu estrava treinando. Ela não treina mais faz alguns anos. Os dois cavalos são mantidos apenas na campina, entre as árvores, território pertencendo já pela densa floresta. Ela não liga tanto para minha resposta fria.

Para andar logo, treino o resto do dia enquanto Sula guia Clato, pelos obstáculos, já havia retirado todas as inúmeras cordas dos troncos ocos de árvores.

Eu aprendi a lacear faz anos. Depois que aprendi com minha mãe, nunca mais esqueci e sempre pratiquei em casa, laceando coisas como maçanetas, objetos leves ou copos de plástico.

(...)

–Já não acha que está bom o treinamento por hoje?

As pernas de Sula já estão bambas de tanto andar pra lá e pra cá. Dá para perceber até encima do cavalo. Desço dele rapidamente, já que não há tantas dificuldades por minha altura, que é de alguns 1,65.

Depois de um longo trabalho para esconder tudo em seus devidos lugares, tirar a cela do cavalo e esconder por estre o mato, está tudo bem. Ai percebo que o Pôr -do-Sol está Próximo.

Nós duas descemos aquela serra juntas, conversando por entre o caminho. Eu levo comigo uma corda presa á cintura para qualquer utilidade.

Ai é que passa um galo. Não sei da onde veio mais, não estou nem ai, ajo rapidamente. Laçando ele. Enforco-o com a corda. E pronto, está morto. Sula fica boquiaberta com minha ação de segundos. Ela não fala uma palavra, mas sua expressão já diz tudo. ''Como você fez isso?'', ela parece não acreditar com o que acabou de acontecer.

Corro em casa, limpo o animal dos pés a cabeça. Logo após retiro todo seu sangue. Ligo a geladeira rapidamente e atiro a ave no congelador.

Minha família ainda não chegou. Quero estar limpa quando eles chegarem, pra não ir atrasando tudo. Caminho até a porta dos fundos e lavo rapidamente as roupas sujas de ontem. Já que são poucas apenas tomam 15 minutos de meu tempo.Tiro as botas sujas de terra e as coloco ao lado da porta.

Subo escadas e fecho a porta de todos os quarto que me vem abertas pela frente.

Desamarro meu cabelo pelo curto caminho até meu quarto, chegando lá, pego um shorts (um dos únicos que não estão apertados) e uma camisa verde. Pego mais alguns necessários e dou um pulo até o banheiro. Ligo o chuveiro, o chuveiro frio como sempre. Eu já me acostumei com isso, desde que eu me entendo por gente eu tomo banho na água fria. Olho-me no espelho do banheiro. Vejo uma pessoa muito branca, olhos verdes, boca pequena cabelo castanho escuro sobrancelhas finas, rosto fino e suave, com apenas algumas sardinhas minúsculas, que só vistas de muito perto que consegue-se observá-las.

Quando saio do banho, enxugo-me com a única toalha existente na casa. Ponho a roupa e saio do banheiro. Ouço conversas na cozinha então eles já chegaram. Caminho novamente até o quarto, pego o pente antigo que era de minha mãe e penteio meus cabelos, que dão só até um pouco acima dos cotovelos, depois prendo-o em um coque.

Vejo meu pai fazendo alguma coisa na cozinha. É o frango, é claro.

Parei no alto da escada meu pai me avistou e disse com um sorriso:

–Obrigado querida, muito obrigado.

Eu sabia que era sobre o galo enorme, ele adorava comer aves.

Desci as escadas, e Fred, veio a meu encontro me abraçou forte e me pegou nos braços. Era como ele não estivesse me visto fazia tempo. Mas eu sabia que era por causa do frango, é claro.

Ele me põe no chão.

–Até que você não é tão pesada - Ele joga na minha cara.

–Até que você não é tão forte - Retruco no mesmo tom brincalhão.

Depois que meus irmãos tomam banho, meu pai, e que nós jantamos o delicioso frango, sentamos no sofá para assistir quem será os escolhidos deste ano.

Primeiro as damas, é claro, anuncia o apresentador de cabelos negros feito breu. Primeiramente começa com o Norte, Depois o Nordeste, Depois o Sudeste, sempre os nomes nada conhecidos, enquanto chega a vez do Sul:

–Caros espectadores, as damas primeiro, é claro. Os números rodam e rodam na televisão que fica a seu lado, Sai um papel na máquina, ele o pega, e com muito suspense pronuncia o nome. Meu pai resmunga, fala alguma coisa tentando fazer piada, na hora do nome e todos nós não intendemos praticamente nada. Consigo compreender alguma coisa como ''Farna show'', mais isso é ridículo, não é nome de gente.

O apresentador diz, olhando o pequeno papel novamente em sua mão:''Repetindo o nome: Da região Sul: Lorna Glow''

Um arrepio cobre toda minha espinha, meu coração parece que parou. Eu entendi bem? Consigo captar os olhares das pessoas a me lado.


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Notas finais do capítulo

Suspense: Tcham Tcham, Tcharamm"""



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