Coisas de Lorna escrita por Sra Kentwell


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

(...) Haverá grandes possibilidades de haver erros de ortografia. Eu não tenho tempo para revisá-los.



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Depois de descer do alto da campina acompanhada por Sula,e pegar a lebre que cacei ontem de manhã do riacho, eu lhe dou Tchau e eu um até em breve. Mas tomando muito cuidado, para não ser pega saindo dos territórios proibidos.

Quando avisto minha casa, ao final da rua asfaltada, percebo que tem gente lá.

Abro a porta e me deparo com Fred discutindo um assunto irracional com nosso pai, parece uma coisa boba, de criança mais não tem muito a ver. Consigo pegar uma parte da discussão, enquanto Mauricio está sentado na cadeira da cozinha com cara de incomodado:

–Há grandes possibilidades de isso acontecer. E se acontecer, ela não vai mais voltar, eu tenho certeza. -Grita meu irmão, muito preocupado com algum motivo muito misterioso.

Meu pai inspira, logo dizendo alguma coisa quando eu os interrompo:

–Quem não vai mais voltar?- Pergunto com uma voz controlada, alta, e de autoridade.

Os dois dão um salto de espanto.

–Ninguém. - Responde meu pai.

Eu fico absurdamente pensativa com aquela troca de olhares muito ameaçadora, mas de repente, voltam a ser os mesmos pais e filhos de antes.

Subo, lavo as mãos na pia do banheiro. Limpo-as com a bainha da camisa.

Quando desço as escadas novamente, eles estão postos á mesa.

Como não tem nada na geladeira, eles conversam enquanto tomam copos de água. Eu sei que se não tomar iniciativa logo, e pegar a lebre que consegui lacear ontem de manhã, vamos morrer de fome!

–É... - suspiro - consegui pegar uma lebre ontem de manhã - Digo rapidamente.

Posso ver o brilho em seus olhos.

–Onde está? -Mauricio diz com os olhos quase brancos de fome.

–No meu embornal.

Corro até a porta da sala, do lado de dentro da casa, atrás do sofá foi onde deixei. A caça ainda está fria, eu acertei de tela deixado amarrada no riacho.

–Está aqui. - Ergui o braço que estava segurando a lebre.

–Magnífico! - Exclama meu pai, com os mesmos olhos brilhantes.

Ele logo lida com o animal em 15 minutos, não é tão grande, mais dá para o almoço. Rezo que o animal seja grande o suficiente para alimentar as 4 bocas, e sobrar talvez a cabeça para a janta.

Meu pai não me deixa cozinhar de jeito nenhum. Ele adora isso. A Maioria das jovens de dezesseis anos do sul, cozinham para os própios pais, que tiram proveito disso.

Enquanto meu pai prepara o almoço, eu observo atentamente sentada na mesa compartilhada com Fred e Mauricio. Eles são tão diferentes.

Mauricio é magro, olhos grandes e castanho- claro. Cabelos quase preto cor de breu. Ele é bem branco, como eu, aliás que eu e meus dois irmãos somos descendentes de albinos. Minha avó era albina, mãe de minha mãe.

Fred tem o mesmo tamanho que Mauricio. Lá pelos 1,73. Ele é muito bonito, meninas de 13 anos dizendo que um amor não vale a pena, e eu aqui, não sabendo porque meu irmão ainda não tem uma namorada. Ele tem pequenos olhos, azuis encantadores. Pele tão suave quanto as nuvens. O cabelo de um marrom, com uma leve elevação no topete, cor de tronco de árvores limpas. Quando eu estudava, na única escola do Sul, meninas esperavam na saída até ele passar, cochichando uma para as outras. Eu tirava até proveito da situação, já que elas sempre me debocharam e deixavam-me de lado.

–Está quase no ponto - Meu pai fala alto, não percebendo que não somos surdos.

Isso desperta minha atenção.

Meu pai não é de perto uma pessoa para dizer que é magra. Ele é gordinho, fofo, para melhor explicação. Ele tem olhos castanho-claro como o de Mauricio, e tem uma minúscula diferença, pois é de uma família italiana, seu pai era italiano.

–Fala ai, como é que vai com a Michelly? - Meu irmão questiona Fred, com um tom de zombação.

–Que Michelly? - Ele pergunta gaguejando, demostrando preocupação com a pergunta feita a ele, sua respiração se altera.

–Huhum, sei. - Mauricio tenta terminar o assunto mais já é tarde demais, eu não vou dar de ombros.

–Quem é Michelly? - Pergunto com um tom severo.

–Não é ninguém, ele está brincando. - Dessa vez Fred está quase a ponto de soar.

–Quem é Michelly? - Issisto - Mauricio?

– é uma garota, Sabe- Ele faz drama- que trabalha lá no nosso serviço, ela, digamos que ... Vê se tudo está no seu devido lugar. -Ele diz calmamente, fitando Fred, enquanto eu fico com os olhos semicerrados.

–É só uma amiga, é... colega! - Ele sobe a voz três oitavas.

–Parece bem íntima ao caso. - Diz Mauricio, lambendo os dentes, com um tom de desafio.

Eu desvio automaticamente meu olhos para Fred, que está olhando de um lado para o outro, com cara de cachorro que apanhou.

Estou de braços cruzado por cima da mesa, dando uma de mãe deles, e bem que parece isso mesmo.

–Que tal assistimos quem vai ser os escolhidos está noite- As palavra voam da boca de Fred.

Era um ótimo assunto para se comentar, mais eu ainda não tinha esquecido o caso Michelly.

Eu mordo o lábio, me achando uma juíza, ainda com os olhos semicerrados. Enquanto meu pai mal está percebendo nossa existência no cômodo, quão importado que está com o assado que está quase terminando, cantarolando uma canção há assovios ao lado da bancada, mexendo com alguma coisa.

–Okay. - Eu demostro com clareza que não vou esquecer do assunto.

Passam-se alguns minutos em conversas do tipo ''Você está velha, logo completará 17,18,19... E logo chegará aos 40'', isso são exemplos de piadinhas que meus irmãos adoram fazer comigo, logo após vem a minha vez.

Meu pai corta o assusto ao meio, pondo a mesa a lebre assada. O cheiro perambula pelo ar.

Nosso almoço é escutado como batidas de garfos no prato, e risadas altíssimas, ou com arroz sendo arremessado pela cozinha.

Quando dá a hora de minha família voltar ao serviço não tem nada a se fazer, apenas lavar os pratos do almoço, catar os grãos de arroz espalhados pelo cômodo, varrer e passar um pano ûmido pela casa.

Logo após eu limpar a casa, discretamente subo até a campina, onde Sula ainda não chegara antes de mim.

Rapidamente desamarro Clato para pastar um pouco, mantendo a rédia curta. enquanto monto os obstáculos feitos de madeira sob a campina, a enorme campina.

Depois de terminar de arrumar os obstáculos e alvos viro-me para trás e quase caio de pé. Sula está bem atras de mim. Imóvel.

–Terminou? - Diz com gentileza.

Assenti com a cabeça.

–Posso dar algumas voltas, prometo que não vou deixar Clato cansado- Os inigualáveis olhos verdes pedem pra mim.

–Pode sim, eu lhe dou um abraço, não por ela estar apoiando, mais sim, por ela ser a única a me acompanhar, ajudar e proteger nas horas difíceis. Não parece, mas ela já fez muito por mim, alem do mais, ela que me ajudou a não deixar Clato ser levado pelo cherife. Quando me indicou o melhor lugar para deixá-lo a noite.

Ela sorri- Obrigada. -Agora com a voz fina e baixa, quase um sussurro.

Eu sento na pedra,debaixo da mangueira, de costume, me estico na enorme pedra, lisa. De lá temos vista de uma enorme parte do Sul.

Olho para o lado e avisto uma sacola, provavelmente é de Sula. Abro-a e está abarrotada de cenouras, amarelinhas, até passadas um pouco do ponto de comer.


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Notas finais do capítulo

(...) Continuação em breve!!!



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