Coisas de Lorna escrita por Sra Kentwell


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

(...)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/470011/chapter/2

Consegui acalmar ela a tarde, já que tive de ajudar meu pai a reunir os cavalos e pôr-los junto as árvores para o cherife não suspeitar, é claro.

Moro com meus dois irmãos mais velhos, que me adoram, e com meu pai. Minha mãe faleceu há 6 anos atrás, morta por um dos justiceiros, era manhã de recolher a escolhida, então como sempre, eu disse guerra sem querer, ela tentou me defender, mas foi morta. Essa é uma de muitas lembranças de que eu nunca vou me esquecer, e que me dói o coração só de lembrar. Não ter uma mãe é como não ter um dos braços ou pernas, é horrível.

Na minha região, no Sul, só é escolhidas garotas. Garotos, só são ao outro lado, ao oeste da região Sul. Existem 5 regiões na Metrópole, meu país. Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sul e Sudeste. O Centro-Oeste não participa, pois foi ele que começou com o país.... Queria poder ir morar lá. Cada região tem dois lados, leste e oeste, as garotas são escolhidas (sorteadas, praticamente) no lado leste de cada região, e os garotos, ao oeste.

Ouço meu pai me chamando para jantar, desço as escadas imediatamente para a cozinha. Minha casa não é tão grande, por fora é azul, um azul bem desbotado, olhando de cima a baixo vemos duas varandas de madeira, mais para baixo temos a porta de entrada. A sala tem o tamanho normal, toda revestida de piso branco, dois sofás de madeira com almofadas, e uma tevê bem velha.

Indo em frente, sala e cozinha são separadas por um único balcão, de mármore, a cozinha inteira tem azulejos laranja cor do pôr-do-sol, com uma mesa de madeira, quatro cadeiras, e eletrodomésticos em cima da pia. Nós nunca tivemos condições de ter coisas como eletrodomésticos, mas minha mãe fez um grande esforço na época para uma filha de um nome grande lá no centro, então em retribuição, nos deram a tevê, alguns eletrodoméstico e um vídeo-game para meus irmãos que por sorte ainda está inteiro. Minha mãe planejou tudo isso quando ainda era viva. Vendo isso eu tenho vagas lembranças dela. Isso me faz chorar as vezes, ou melhor, quase sempre. Dói o coração, desde já.

–Boa Noite!, o que estava fazendo? onde? -Ele já começa a me interrogar como se eu tivesse cometido um crime.

–Rárá, eu estava tomando banho. No banheiro. tá? E...e.. me arrumando. No quarto, tudo bem? - Respondo num tom irônico e brincalhão.

Ele ri. -Ok.

Quando percebo meus dois irmãos, Fred e Mauricio já estão postos na mesa. Eu os adoro! Eles nunca me mimam, mas são protetores, não me deixam na mão nunca.

Fred puxou minha mãe, tem a pele lisa e macia como algodão, e olhos claros, como eu. Já Mauricio puxou meu pai. Tem olhos castanho-claros e cabelo escuro, menos intenso que preto, mais escuro que meu e de meu outro irmão.

Eles tem o mesmo tamanho, e o mesmo peso. Isso explica pois nasceram gêmeos, mas não tem simplismente nada em comum na aparência. Os dois tem 21. Eles tem muita sorte de morar no leste, não no oeste.

Oi, Fred. -Eu o cumprimento.

Oi! Ele dá um sorriso tão bonito que não tem como não sorrir tambem. Mesmo mastigando comida.

Olá Mauricio! - Falo num tom super simpático.

Como está minha garotinha? -Ele tem esse tom brincalhão, que não tem como ficar sério perto dele.

–Bem como você cavalgando com Clato. - Faço a piada que ele mais odeia.

Mauricio não sabe cavalgar, ele não gosta, pois sempre se dá mal. Ainda mais Clato, que não o obedece.

–Tá bom, tá bom, você venceu, mas da próxima vez não vai sobrar frango nenhum pra você. - Ele avisa com a boca cheia de frango e arroz.

–Vai sobrar sim. - Fala meu pai do outro lado de nós lavando uma panela na pia. Aquela resposta vou como um tapa no rosto de Mauricio.

Eu e Fred rimos.

Meu jantar foi normal, como os outros, cheios de brincadeiras e guerra de arroz que sempre acaba mal, com um de meus irmãos tendo de limpar a casa no final de semana.

Eu e meu pai assistimos os Simpsons a tevê da sala. Enquanto meus dois irmãos ficam no quarto de Fred, Em uma disputa de video-game.

Vá dormir, já está tarde. - Meu pai boceja.

–Tudo bem. Boa Noite. - Eu retruco com uma voz de criança de 6 anos.

Subo as escadas de madeira brilhante, para chegar a meu quarto tenho que passar diante de 4 cômodos. Quarto de meu pai, quarto de Fred, banheiro, depois o quarto de Mauricio, até que enfim o meu.

Meu quarto é pequeno. No minimo cabe uma cama de solteiro, um guarda-roupas, tapete, uma pequena estante de livros intocados por pessoas além de mim, e uma escrivaninha.

Pego minha necessaire e vou até o banheiro, escovo meus dentes enquanto escuto o som do vídeo-game de Fred.

Voltando para meu quarto, arrumo a cama tirando delicadamente o jogo de cama dela. Coloco meu pijama azul de listras pretas, pego uma livro e fecho a porta.

Não demorou mais de 5 parágrafos para eu me sentir exausta, depois de todo aquele processo de reorganização de meu pai com os garotos (meus irmãos) que eu já me sinto sonolenta. Sem perceber dormi com a luz acesa e o livro por cima de mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem se puder!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Coisas de Lorna" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.