Coisas de Lorna escrita por Sra Kentwell
Notas iniciais do capítulo
(...)
Acabo de acordar, estava cochilando debaixo de uma bela mangueira no pasto, os cavalos estão comendo, então não quero atrapalhá- los.
Semana que vem acontecerá a disputa mensal de Prova dos Tambores então quero que meus cavalos e eu estejamos preparados para ganhar, ou melhor, eu e Clato, meu mangalarga.
Ouço alguem vindo em minha direção, quem será? Tenho medo de ser o cherife novamente, pois da última vez em que ele me pegou aqui, levou minha égua, então não quero passar por isso novamente.
–Estava achando que era o cherife de novo? - Diz uma voz irreconhecível.
–Não. Eu sabia que era você. - Falo disfarçando a preocupação no começo de minha frase.
Sula ri. Não existe pessoa que me conheça tão bem quanto ela. E nem gente que a conheça tão bem quanto eu.
Você vai participar da prova dos tambores este mês? - Perguntei.
–Não. Da última vez caí do corcel. E você, vai participar de novo?
–Haham. - Respondo balançando a cabeça.
–Pensei que você fosse na prova do laço. - Ela pergunta num tom Duvidoso.
–Eu ia, mas a ''prefeita'' não permitiu. - Gesticulei zombando da palavra.
Nos duas rimos.
Quando percebi ela já estava a meu lado, mas só que sentada, parecia estar pensando num passado bem distante.
Sula é uma morena de cabelos escuros, encaracolados e muito pretos. O que chama a atenção nela é seu físico e seus lindos olhos verde-esmeralda.
–Falando sozinha de novo? - Sula observa, e ri.
Eu devo ter mencionado a palavra 'Pretos' ou 'esmeralda' sem perceber. Isso é uma de minhas manias.
–Eu só estava pensando como os escolhidos reagem na guerra. - Eu desvio o assunto com a maior cara de pau.
Sula percebeu isso. E começou a me olhar como se eu fosse uma Poser falando.
–Se algum justiceiro te pegar falando guerra novamente, você sabem que eles te machucam, não sabe Lorna?- Ela diz isso sempre quando repito a palavra. Bocejando, joga uma pedra na manga que está no alto.
Sula me salvou uma vez de ser chicoteada por um justiceiro em tempo de pegar os escolhidos. Eu mencionei a palavra GUERRA perto de um deles. Nem sei o que seria de mim sem minha melhor amiga.
–Será que alguem vai depositar? - Ela diz fitando as serras e pequenas montanhas, bem longe de nós.
Eu sabia que ninguem iria. No tempo de pegar os escolhidos, para ir ''honrar a região'' (como os do centro dizem) Só jovens da região do Sudeste iriam. A maioria dos jovens do Sudeste pagam para ir na guerra. Isso é uma coisa que o pessoal do Sul nunca faria, minha região.
–Provavelmente não, ninguem do Sul nunca depositou.. - Minha frase se perdeu no ar.
Sula me olhou como se estivesse vendo uma assombração.
–Amanhã é o dia, n-não é? - Ela começa a ficar pálida -O dia de selecionar os escolhidos? -A tenção começa a tomar conta do ambiente.
–É, é sim. - Eu falo com tranquilidade, mas de tranquila eu nada estou. - as 21:00.
A respiração de Sula começa a se alterar.
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Hummm, oque acham? Não sei quando postarei o capítulo 2º, não tenho tanto tempo para me dedicar.