Mundo de Chamas escrita por SrStanislaw


Capítulo 1
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Eu espero que gostem.



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Organização das Nações Unidas, 01, Fevereiro, 2013

Pela primeira vez o conselho de guerra interespacial estava entrando o vigor, ao lado dos terráqueos: todas as nações compartilhando tecnologias e estratégias de combate, mesmo que o outro time, os marcianos, estivessem em vantagem óbvia devido a seu equipamento de altíssima engenhosidade, alguns mecanismos que nós, humanos, não estamos nem próximos de descobrir. Por entre todos os embaixadores, tomavam a mesa central as quatro maiores potencias mundiais em quesitos de arsenal militar, entre eles estavam Estados Unidos, Rússia, Japão e Alemanha; de todos esses, a última cadeira se encontrava vazia, o representante alemão fora assassinado a poucos dias em um ataque a cidade de Berlim, que foi devastada logo em seguida.
Após um curto período de tempo desconfortável, um ruido de exclamação veio pela mesa do embaixador americano, que se apossou do microfone mais próximo, moldando uma expressão rígida enquanto começava a ditar:

-Não podemos mais evitar os mutantes nessa guerra, eles são necessários!— Julien, o embaixador americano, continuou dando firmeza ao timbre, transpassando confiança enquanto falavaNão podemos render a terra pelo nosso orgulho, precisamos, hoje mais do que nunca, do auxílio de seus poderes, suastecnologias... Podemos criar umaaliança!

- Eles nunca cooperariam, você sabe como funciona... São jovens, inconsequentes.— Devolveu o embaixador norueguês.

-Mas eles precisariam ajudar, estamos lutando pela mesma causa, precisamos salvar a Terra. Sejam realistas, foi-se o tempo em que esperávamos vencer esse combate sozinhos.— Agora Julien pressionava o botão com cada vez mais força, deixando claro o quão trêmulos estavam seus dedos, eles compartilhavam da mesma sensação, medo. A essência humana estava à beira da extinção.

Notou-se uma pequena balbúrdia se formando entre os líderes mundiais, os domos já se formavam à favor ou contra a ideia, a maioria se opunha a utilização dos mutantes na guerra, achavam que poderiam vencer sozinhos. Julian abandonou seu microfone, chorou baixinho enquanto sentia o desespero crescer no fundo de seu peito. Aos poucos as vozes se reduziram ao pequeno farfalhar do vento, e, enfim, o único aparelho de telefone na sala tocou, chamando atenção imediata de todos eles. O embaixador americano, Julian, foi o primeiro a se apossar do aparelho, que emitia em claro e bom som:

-Senhor comandante— comunicou a voz ao telefone, acompanhada pelos piados de um radar —, temos uma má notícia. O navio. S.S. Vega não se encontra mais no mapa.

Proa do Cruzeiro Mutante, 31, Janeiro, 2013

Os mutantes se preparavam para mais um dia comum, alguns adolescentes entravam e saiam das piscinas com toalhas no ombro, outros empilhavam livros nos braços enquanto caminhavam até as salas de aula e até mesmo algumas brigas interrompiam no grande saguão, apenas a rotina pacata do cruzeiro S.S. Vega. A preocupação e os murmúrios que se alastravam pelo Cruzeiro eram lentamente esquecidas com o passar do tempo, haviam sido proibidos de participar diretamente da guerra, então por que se preocupar? Bastava se manter afastado, cuidando para que todos os mutantes recebessem o mesmo treinamento de sempre.

A diretora Verona Vega havia separado atividades especiais para aquele dia, e descia as escadarias com panfletos na mão, sorrindo calorosamente para todos os alunos que cruzavam a sua direção; prosseguiu até a proa do enorme maquinário, e, por fim, se inclinou para depositar as pilhas de folhagens abaixo do timão principal. Assim que se levantou, Verona observou no canto de seus olhos profundos uma forma metálica se aproximando do convés, ao primeiro reflexo, um disco voador. Em uma análise mais detalhada, o conhecimento avançado da reitora auxiliou. Já havia estudado o pouco que se sabia sobre tecnologia alien, e aquilo era certamente coisa de outro mundo.

Já posicionada, Verona acionou as sirenes que ecoaram por todos os corredores do Cruzeiro, colocando em prática um dos procedimentos padrões e os alertas de perigo e precaução.. Todos os alunos se armaram e se posicionaram por entre as bordas que dividiam o navio da água, curiosos para saber a fonte do alarme, alguns até mesmo arriscavam um blefe. Um dos alunos mais velhos também seguiu os olhos de Vega, e cruzou os olhos com a forma giratória que cada vez diminuía sua distância, o jovem era um tecnopata, mas sem dúvida, aquela aeronave não fazia parte de nenhuma formação humana conhecida, se tratava de outra das naves infernais marcianas. O aluno gritou enquanto apontava a forma descer cada vez mas rápido, mas não houve tempo para reação, ele foi interrompido por um horrível som estridente, um disparo partindo da aeronave.

O disco alienígena disparou um raio verde pelo casco do navio, que mesmo sendo feito de diamante foi rachado ao meio como um pedaço de pedra. Os mutantes reagiram a altura, tentaram contra atacar com seus poderes extraordinários, mas não era suficiente, muitos já sucumbiam com o primeiro disparo, afundando-se cada vez mais pelas profundas águas do caribe, muitos deles, mortos antes mesmo de alcançarem o mar salgado. O combate foi breve, mais disparos interrompiam por cada vez que um mutante se aproximava, aniquilando brutalmente os corpos jovens dos corajosos o suficiente para enfrentá-los. Aos poucos a tripulação foi rendida. Verona, em seu último ato de via, forçou a nave de encontro a uma pequena combinação de ilhotas rochosas, terminando de naufragar o navio. Os macianos foram contidos após horas de combate, já que os instrutores guiavam os recém chegados até o primeiro domo de areia que conseguiam. Muitas vidas perdidas, mas acima de tudo, um novo objetivo ganho: Aniquilar a maldita raça alienígena.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do epílogo? Imagine o resto! Dê um feedback, obrigado.



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