The Revenge escrita por Nina


Capítulo 3
Capitulo 2- Tranformada


Notas iniciais do capítulo

Quero muito agradecer as meninas que tem comentado sempre! Os reviews de vocês alegram o meu dia.
Capitulo especial que revela a identidade do vampiro misterioso e tem algumas supresas também.
PS: Lucas Vlandeascu é um personagem meu e muito importante pro desenvolvimento do enredo.



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Bulgária, 1492

Quando Sophia acordou a primeira coisa que sentiu foi dor. Sua cabeça parecia que explodiria a qualquer momento; sua gengiva estava inchada e seus dentes doíam; e o corpo todo estava dolorido. Eram os sinais de que o corpo dela estava em transição do humano para o vampiro. Só precisava de uma pequena coisa para completar a transformação.

Com muito esforço ela conseguiu se erguer na cama ao mesmo tempo que tentava se lembrar do que tinha acontecido. Ela se sobressaltou ao ver que aquela não era sua cama e que estava em um local totalmente escuro e desconhecido. Subitamente ela se lembrou de tudo que aconteceu no dia anterior, ou no mesmo dia, ela não tinha noção de quanto tempo passara desacordada. Com um aperto na garganta e desespero ela reviveu, em sua mente, o momento que encontrou os corpos ensangüentados de sua família. Reviver a imagem de sua mãe morta era doloroso demais. Sem se dar conta, Sophia começou a chorar desesperadamente, com soluços que partiam o coração de qualquer um.

Em certo momento o choro cessou pois ela se lembrou que se vingaria do culpado e se sua memória não estivesse lhe pregando peças, ela se recordava de um homem dizendo que a ajudaria nessa vingança, ele até tinha lhe dado sangue... ao se lembrar dessa parte da lembrança, Sophia pulou da cama ignorando a onda de dor que lhe atingiu o corpo. O que aquele homem tinha em mente quando deu sangue à ela?

Os pensamentos de Sophia foram interrompidos pela entrada do próprio homem. O andar dele era calmo, como o de um felino que não queria assustar sua pressa antes de matá-la.

– Vejo que a donzela já acordou.- Falou com a voz carregada de um sotaque estranho para ela.

– O que fez comigo? Por que me deu sangue para beber? E...- Sophia desembestou a perguntar mas foi interrompida pela rápida aproximação dele. Rápida demais para um humano acusava sua mente.

– Você disse que queria se vingar do assassino de sua família. Essa é a única maneira de conseguir o que tanto quer.- Ele lhe respondeu.

– Qual é a única maneira?- Sophia perguntou receosa.

– Te transformei em uma vampira.

O choque atravessou o corpo dela com a fala do homem. Ela não podia ser uma vampira. Vampiros não existiam. Eram só lendas para assustar das pessoas.

– Eu não posso ser uma vampira. Vampiros não existem. São só lendas tolas.- Ela acusou irritada com a mentira.

– Eu não sou uma lenda tola, Sophia.- Ele a puxou pelo braço e prendeu o pescoço dela em sua mãos e aproximou mais o rosto do dela para que a jovem lhe pudesse ver. Os olhos, antes azuis, estavam negros, e os caninos tinham ficado maiores, se transformando em presas. Ele estava perto demais do pescoço da Petrova e o sangue dela lhe parecia ser muito apetitoso.- Mas você tem razão em uma coisa.- Ele a levantou novamente, mas continuava próximo.- Você ainda não é uma vampira. Precisa de mais uma coisa para completar a transformação.

– O que seria essa coisa?- Sussurrou de tão assustada que estava com a noticia.

– Sangue. Precisa beber o sangue de um humano para virar uma lenda.- Respondeu.

– E onde eu vou arranjar um humano para matar se só tem nós dois aqui?

Ele lhe sorriu satisfeito com a frieza com que a garota tinha lhe perguntado.- Tomei a liberdade de escolher uma primeira refeição para a senhorita.- Ele saiu do quarto e voltou em menos de dois segundos com um corpo nos braços. Ele jogou o corpo de um homem aos pés de Sophia.

– Quem é esse?- Ela perguntou.

– O conde que o seu pai lhe obrigaria a casar.- Respondeu avaliando a reação que Sophia teria após a revelação.

– Como eu o mato? Não tenho presas como você.

– Posso lhe ajudar com isso.- Ele se aproximou do corpo e as pressas voltaram a aparecer, quando ele ia morder o pescoço do homem Sophia o deteve.

– Espere eu quero que ele esteja acordado quando for me alimentar dele. Quero ver o terror nos olhos dele ao ser morto por mim.

– Como quiser madame.- O rapaz concordou, gostando das atitudes da jovem à sua frente.

Eles ficaram se encarando até que o homem acordasse, o que não demorou muito. Resmungando o homem abriu os olhos, se assustando ao ver o vampiro desconhecido tão próximo de si. O velho não teve tempo de gritar, pois teve seu pescoço mordido rapidamente. O grito que ele deu foi ensurdecedor.

– Não me mate, pelo amor de Deus.- O velho pedia desesperadamente para o vampiro.

– Não serei eu a te matar.- Ele respondeu e olhou para a jovem.- Sua refeição está pronta, Pequena Petrova.

Quando o homem ouviu o sobrenome tão conhecido ele se virou para Sophia e se assustou ainda mais.

– O que...- Começou a falar, mas perdeu a coragem quando viu Sophia se abaixar em sua direção.

O vampiro que tinha transformado Sophia observava com admiração o comportamento da cria. O rosto sem emoção alguma, mas a postura segura de uma caçadora.

– Eu nunca me casaria com você, preferia morrer a me casar. Mas agora...- Ela se interrompeu brevemente para virar o pescoço do homem em busca do ferimento recém feito.- Parece que quem morrerá é você.

Ela então o atacou. Ao sentir o sangue descendo pela garganta, sua dores passaram e os caninos começaram a crescer. Agora ela também tinha presas. Ela olhou para o seu criador com um sorriso divertido nos lábios e perguntou:

– Quer me acompanhar na refeição?

– Prefiro assistir você se alimentando.- Ele respondeu.

– Não sabe o que está perdendo.- Ela virou o rosto do homem em sua direção e viu desespero nos olhos dele.- Boa morte.- Sussurrou próximo ao ouvido dele e logo atacou o outro lado do pescoço. A jovem drenou cada gota de sangue do corpo do homem e quando terminou se sentiu saciada.

Ela se levantou e olhou para o outro vampiro, que ainda a encarava com admiração. Decidiu perguntar uma coisa que a tinha deixado curiosa.

– Qual o seu nome?

– Lucas Vlandeascu. E é tudo que você precisa saber, por enquanto. Agora precisamos sair daqui aproveitando que ainda é noite.

– O que acontece se eu sair à luz do sol?- Perguntou intrigada.

– Morrerá queimada. Mas se acalme porque vamos conseguir uma proteção para você.- Ele a tranqüilizou.

– Preciso de um vestido novo. Este está manchado de sangue.- Sophia observou o vestido que tanto gostava.

– Você terá qualquer o vestido que quiser, mas agora não. Precisamos sair daqui rapidamente, Sophia.- Lucas disse em um tom de voz urgente.

Não satisfeita com a resposta Sophia se aproximou de Lucas a passos lentos e disse com a voz autoritária.

– Eu quero um vestido meu e quero agora. Não irei à lugar nenhum com trajes sujos.

Eles se encararam sérios por um bom tempo, mas por fim Lucas cedeu aos encantos da Petrova.

– Vamos correr até a sua casa para pegar seus vestidos, mas depois vamos embora imediatamente, entendido?

– Tudo bem.- A Petrova respondeu satisfeita.- Para que lado temos que ir?

– Leste.- Lucas respondeu e começou a correr na direção. Sophia não ficou para trás e começou a correr também. Ela se encantava com a velocidade que conseguia chegar.

Rapidamente eles chegaram até a casa. Sophia não hesitou e entrou na casa, tentando ignorar ao máximo os corpos e seguiu para o antigo aposento que era seu. Pegou um vestido qualquer e despiu o que usava. Ajeitou os cabelos e uma trança lateral e saiu de seu aposento, caminhando para o dos pais.

Ao lado da mãe ela se ajoelhou e permitiu que algumas lagrimas caíssem de seus olhos.

– Az obicham maĭka ti . Obeshtavam, che shte otmŭsti za smŭrtta mu i tsyaloto semeĭstvo (Eu te amo mãe. Prometo que vingarei a sua morte e a de toda a família- Sophia sussurrou para a mãe morta.

– Está na hora de irmos embora, Sophia.- Lucas murmurou.

– Vai mesmo me ajudar a vingá-los?- Perguntou ainda chorando.

– Eu juro que lhe ajudarei.- Ele disse seriamente.

– Então vamos.- Sophia depositou um leve beijo na testa gelada de sua mãe e se levantou.

– Pegue uma jóia sua. Vai precisar para aquela proteção contra o sol que falei na cabana.- Lucas orientou a menina, que voltou ao seu quarto e pegou um colar e o medalhão da família.

Os dois saíram correndo pela floresta, sem nunca olhar para trás.

Por um bom tempo correram em alta velocidade, mas em certo momento, que pareceram minutos para Sophia, Lucas começou a desacelerar ao avistar uma cabana.

– Onde estamos?- Sophia perguntou um pouco ofegante.

– Na casa de uma bruxa.- Lucas respondeu.

– Bruxa?! Por Deus, será que nada do que eu pensava sobre lendas é real?- Sophia perguntou surpresa com a revelação.

– Você vai descobrir que muitas coisas são reais.

Lucas bateu à porta e uma mulher a abriu. Mulher não seria uma boa definição, já que a garota parecia ser só um pouco mais velha que Sophia. Tinha cabelo ruivo que ia até o meio de suas costas e olhoz verdes, como o dela.

– O que quer, Lucas?- Perguntou com uma voz fina.

– Minha amiga precisa de um lápis lazuli que a proteja do sol;

– E por que eu faria uma proteção à uma vampira para sair livremente pelo sol?- A bruxa perguntou olhando diretamente para Sophia.

– Ela quer vingança contra Nikklaus, assim como nós.- Lucas respondeu e a expressão da bruxa à sua frente mudou.

– Entrem.- Ela falou e cedeu passagem para os vampiros.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? O que acharam da atitude da Sophia quando ela se alimentou do homem? A meninas doce que a Sophia foi quando criança não existe mais. Ela ta focada em se vingar do Klaus.
Me digam: por que vocês acham que o Lucas quer tanto ajudar a Soph? O que será que o Klaus fez para ele pra o ter deixado tão vingativo como a Sophia? Algumas coisas serão reveladas no próximo. Então comentem e no fim de semana eu volto.
Como no capitulo passado teve 4 comentários, só voltarei quando tiver 4 ou mais 



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