Incondicionalmente escrita por FrozenUnicorn


Capítulo 8
I Gotta Choose


Notas iniciais do capítulo

Capítulo totalmente Stefani X Breu. Aproveitem as piadinhas de conotação sexual (amo isso) e o drama infinito =D Para quem gosta mais de Cristal X Breu, o choro é livre o/



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Ah, lá estava eu novamente em meu esconderijo (sim, eu sei que esse início já ficou batido), confabulando sobre uma questão muito delicada: Aquela história de que o Ryan praticava magia negra contra a Cristal e as pessoas próximas a ela... Eu deveria ou não contar aquilo tudo à Stefani? Eu estava com medo de ela gostar da ideia e ajudar o Ryan na empreitada, afinal, bom... Ela odeia a Cristal por motivos óbvios.

Como a ruivinha de temperamento forte não estava comigo no momento, já que foi fazer sabe-se lá o que, fiquei limpando o meu esconderijo, enquanto pensava em que decisão eu tomaria. Sim, eu só fico limpando o local onde moro e não faço nenhum plano maligno. Acho que sou um vilão falido, pois pareço mais uma dona de casa do que o grande arqui-inimigo dos guardiões.

Fui limpar o quarto da Stefani. Sim, a folgada nunca limpava nem o próprio quarto. Fazê-la arrumar a cama já era a coisa mais impossível do mundo, imagina se eu lhe desse uma vassoura na mão? Seria mais fácil ela sair voando em cima dela do que limpar alguma porra. Às vezes acho que ela mais me parece uma filha do que qualquer outra coisa. Sempre tenho que orientá-la, controlar os seus impulsos e mais uma porção de besteiras. Ora essa, eu sou um vilão, não tenho a obrigação de limpar o quarto da minha própria comparsa!

_Odeio limpar essa droga! – exclamei, sentindo uma puta dor nas costas. De repente, sem querer, derrubei um livro da prateleira dela.

Hum, eu sempre gostei de ler, nunca soube que a Stefani tivesse o mesmo hábito. Era um livrinho preto, de capa dura. Estava escrito em dourado no canto inferior direito a seguinte palavra: Confissões. Fiquei curioso e fui abrir o livro para ver do que se tratava. Contudo... Havia um cadeado!

_Puta merda, não é um livro, é um diário! A Stefani tem um diário!

Fiquei ainda mais pálido do que já era. Sim, você sabe muito bem o que eu estava pensando: Eu precisava abrir aquele diário! O que será que ela escrevia sobre mim?

_Breu, pare! – eu dizia para mim mesmo – Um diário é uma coisa muito íntima, não posso simplesmente arrombar o cadeado e sair lendo de cabo a rabo! – mas algo dentro de mim dizia algo diferente – Ah, foda-se, eu vou ler essa porra toda! – e arrombei o cadeado. O que estaria escrito lá?

Na primeira página estava escrito em enormes letras garrafais de canetão preto (nem um pouco chamativo...):

“Confissões para o meu amor Breu do S2”.

Quando li, a minha pele mudou do cinza para o azul calcinha em questão de segundos.

_O diário... – arfei – É todo sobre mim!

Eu estava me sentindo um garoto na puberdade enquanto me deparava com toda aquela loucura. O diário era dividido em três partes:

*Confissões sexuais A paixão sempre vai ser a melhor parte de todo e qualquer relacionamento.

*Confissões amorosas E então você pira, porque desesperadamente precisa daquela pessoa.

*Confissões dolorosas Não há um bom modo de terminar as coisas, afinal é o fim, certo?

Comecei lendo as confissões sexuais. A primeira estava escrita em canetão vermelho e era o seguinte:

“O meu maior sonho é que o Breu me acorrente numa parede e ME FODA até o meu corpo se partir em dois como o Titanic!”.

As palavras “me foda” estavam em tamanho GG gigante.

E eu estava igual a um avestruz acuado: Apenas procurando um buraco de areia onde enfiar a cara. Posso jurar que senti o meu coração batendo na garganta.

_Stefani, sua safada! – gritei.

Mas continuei lendo, porque a curiosidade é sempre maior.

“Espero que ninguém descubra isso, mas sabe quando o Breu está tomando banho? Eu sempre o espio pela fechadura... A minha vontade é de arrancar a minha roupa, entrar no box e FODER com ele até que eu não aguente mais respirar de tantos orgasmos múltiplos”.

A Stefani... Ela... Ela me espia enquanto estou tomando banho?

Cassete, não aguento mais ler isso!

Mas vou continuar. Afinal... Não é todo dia que você descobre em primeira mão todas as fantasias mais sujas de uma garota. E também não é todo dia que você descobre que todas essas fantasias são com você!

“Gostaria de chegar ao nosso esconderijo e ser recebida com o beijo roubado mais selvagem de todos. Quero que ele me amarre à sua cama, amordace-me, vende-me e ME FODA até eu sangrar tanto quanto uma tigresa abatida pelo mais experiente dos caçadores”.

Ela é realmente uma garota muito estranha.

É melhor eu parar de ler isso. Acho que já estou ficando... Bom, você sabe, é complicado...

Pulei para as confissões amorosas. A primeira era:

“Deparo-me com o mais puro brilho daqueles olhos dourados e sinto vontade de dizer tudo o que sinto, mas sei que ele jamais entenderia. Quero abraçá-lo forte e chorar nos braços dele, até que não me reste mais sangue para chorar”.

Acho que ninguém seria capaz de me amar dessa maneira...

“Quando ele está triste, sinto vontade de dizer que, enquanto ele estiver comigo, poderá me revelar todos os seus segredos, confessar tudo o que sente, chorar comigo, mas nunca me esconder nada. Porque eu quero que ele confie em mim, mesmo nos momentos mais críticos. Porque o amor verdadeiro se trata de confiança. Eu o aceito como o meu sentinela. Espero que ele me aceite também”.

Estou sem palavras.

“Estar na companhia dele é como estar sempre em perigo. Sinto que a qualquer momento posso perdê-lo. Mas sou obstinada, jamais desisto na primeira tentativa. Nadarei por todos os sete mares, escalarei as mais altas montanhas, sobreviverei ao mais hostil inverno e ao mais seco deserto para tê-lo comigo. Por ele, matarei ou morrerei se for preciso. Sei que ele jamais faria o mesmo por mim, mas o coração apaixonado não exige reciprocidade. Ele simplesmente age. E espera”.

Vou chorar.

Não, Breu, deixa de ser tonto!

E passei para as confissões dolorosas:

“Às vezes bebo vodca para esquecer a marca permanente que esse amor me deixou”.

“Toda vez que ele fala na Cristal, sinto vontade de cravar mil facas no meu próprio peito”.

“Gostaria que o Breu fosse menos ingrato”.

_Ingrato? – berrei, em fúria – Ingrata é você, Stefani!

Tremi quando senti uma voz bastante conhecida bem atrás de mim:

_Breu! – ela estava com os olhos lotados de lágrimas de sangue – Eu não acredito, você... Você leu tudo isso?

Fiquei muito arrependido por ter lido o diário dela e ainda por cima ter sido pego no flagra. Ela estava claramente desequilibrada. Eu não deveria ter lido, eu não deveria ter lido, eu não deveria ter lido!

_Stefani, eu... – eu não conseguia dizer mais nada. Eu sentia a dor dela e nada que eu dissesse poderia consertar o meu erro.

_Me dá isso aqui! – e arrancou o diário de capa preta da minha mão, com as mãos trêmulas de nervoso – Eu saio só um pouco e você já lê todos os meus segredos... Eu... Como eu vou olhar para a sua cara agora? Como? Estou me sentindo uma puta por você ter lido as minhas confissões sexuais, estou me sentindo uma estúpida por você ter lido as minhas confissões amorosas e estou me sentindo uma fraca por você ter lido as minhas confissões dolorosas! Eu... Eu não posso suportar essa dor... – ela já estava me virando as costas - Eu tenho que sumir daqui, eu tenho que...

Eu não estava mais suportando vê-la descontrolada daquele jeito.

E eu sabia que as palavras eram tão vazias quanto o ar.

Eu precisava falar menos e agir mais.

_Stefani! – e segurei com força os pulsos dela, ela ainda chorava como uma louca. O vendaval mais forte que já presenciei em toda a minha vida começou em nosso esconderijo, como se o simples contato da minha pele com a dela a tivesse atiçado para começar o seu processo de destruição.

_Não toque em mim, desgraçado! – ela estava morrendo de raiva. O vendaval era tão violento que o meu corpo estava flutuando descontroladamente no ar e o dela aparentemente também não estava aguentando tamanha ventania. As minhas mãos tentavam tocar as dela, mas parecia impossível. Felizmente, consegui agarrar os seus pulsos. E o fiz com tanta força que nem mesmo o seu vendaval conseguia nos separar. Estávamos flutuando naquele vento infinito, mas eu precisava dizer a ela:

_Stefani, por favor, entenda, nunca vou te achar uma puta, nunca vou te achar uma estúpida, nunca vou te achar uma fraca! Você... Você é...

_Eu sou o quê? – gritou, exasperada. Os seus cabelos ruivos se levantando e se embolando pela força do vento cada vez pior – Diga! – ainda chorava, as suas lágrimas de sangue escapavam de seus olhos e voavam naquele caos completo – Diga! O que você pensa de mim? O que você quer de mim? O que você espera de mim? – gritou ainda mais alto – Diga!

_Eu penso que você... Você é perfeita... Não sei exatamente o que quero de você, mas tenho cada vez mais certeza de que você está me enlouquecendo... E o que eu espero de você... Só espero que pare de chorar!

O vendaval cessou.

Caímos no chão, um nos braços no outro.

Ela me olhou.

Eu não acreditei no que tinha acabado de dizer.

Aparentemente nem ela acreditou.

_Eu sou perfeita? Estou te enlouquecendo? – ela sorriu, tão vermelha quanto o próprio cabelo – Você não sabe quanto tempo esperei para ouvir isso...

_E agora? – fiquei olhando pra ela com cara de tonto.

_Faça o que tem vontade.

Morri com aquela frase.

Naquele momento eu tinha vontade de fazer muitas coisas.

Mas era da Cristal que eu gostava. Eu não queria fazê-la sofrer. Ficar com a Stefani despedaçaria o coração da pobre garota do vestido colorido. Eu amava a Cristal. Não. Eu não sabia se era ela que eu realmente amava. E, pra falar a verdade, eu já estava farto daquele dilema.

A Stefani me disse para fazer o que eu tinha vontade.

E eu fiz.

Apertei-a contra o meu corpo e beijei-a profundamente, como se aquele fosse o nosso único momento juntos. Eu provava o sabor da sua boca como se eu dependesse de toda aquela sensação de prazer para continuar respirando. Ela me envolvia em seus braços como se eu fosse a sua presa e deslizava as suas mãos por todo o meu corpo, inebriando-me da mais pura loucura. Deitamo-nos no chão e continuamos o beijo, cada vez mais vorazes. Eu precisava dela, eu sentia na parte mais interna do meu âmago que eu precisava dela. Eu precisava de cada suspiro descuidado, eu precisava, sim eu precisava, tão somente precisava.

Finalmente terminando aquele insano beijo, ela perdeu o fôlego e se desvencilhou de mim, deitando-se ao meu lado e me olhando com o maior sorriso que já havia dado. Ela disse:

_Eu sei que beijo melhor do que a Cristal!

Acariciei os seus cabelos e suspirei, enquanto dizia:

_Stefani, você ainda me deixa louco!


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Notas finais do capítulo

Bom, ainda não decidi se ele vai ficar com a Stefani ou com a Cristal. Alguma sugestão, meus queridos leitores?



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