Incondicionalmente escrita por FrozenUnicorn


Capítulo 2
Around Her Finger


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu estou um pouco triste :-( Só tem uma pessoa acompanhando a história... Eu sinceramente esperava muito mais do que isso... O que houve, hein? Eu fiz essa história com tanto carinho, porém parece que ela não está tendo retorno... Ok, chega de drama, afinal o show tem que continuar...



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Eu não entendia o que vinha à minha cabeça quando eu a via. Mas eu simplesmente não conseguia evitar todos os sentimentos que me invadiam quando eu pensava naquele rosto, naqueles cabelos negros, naquele par de olhos azuis... Simplesmente indescritível...

Porém, eu não poderia de maneira alguma sentir aquilo. Afinal, quem poderia amar um monstro? Alguém assustador? Alguém sem escrúpulos como eu? Ninguém, ninguém mesmo. No meu esconderijo, tudo parecia escuro e vazio assim como a minha alma e o meu coração. Percebendo isso, logo voltei a realidade e notei que vê-la apaixonada por mim seria algo completamente improvável, impossível. Portanto, o meu foco deveria estar em meus planos malignos, não nela. Mas o que fazer quando deixar de pensar em alguém é tão difícil quanto pintar o céu de vermelho?

_Imerso em seus pensamentos como sempre, Breu? – disse a Stefani, invasiva como sempre.

_O que você quer, sua doida? – falei, sem nem olhar na cara dela. Bastava dar confiança a ela que eu não teria mais nem um segundo de paz.

_Nossa, como você tem sido gentil comigo esses dias, hein? – disse ela, com um sorriso irônico estampado no seu rosto.

_Você é patética... – falei, com raiva – Eu quero ficar sozinho, está bem?

_Em outras palavras... – disse ela, com aquela típica cara de tonta – Você quer ficar com a Cristal... Mesmo que isso só ocorra em seus pensamentos, né, meu Lorde Breu?

_Lorde Breu? – indaguei, sem entender.

_Oh, é que você sempre se coloca acima de todo o mundo, como se você fosse um deus. Você pensa que eu não posso te dizer nada, que eu tenho sempre que ficar calada e te obedecer... Então você é o Lorde Breu, querido... Pois fique sabendo que nós não vivemos mais no absolutismo, ok, reizinho?

_Ok, Lady Stefani... Você sempre quer mandar em mim, também... Então nós estamos quites, certo?

_Hum... Lady Stefani... Isso me lembra a Lady Gaga...

_Ah, lá vem você de novo com essa sua obsessão pela Lady Gaga...

_E sabe uma música que eu poderia cantar para você?

_Qual?

_Alejandro!

_Eu não conheço essa!

_Pois então... Eu vou te dizer a tradução de um trecho dessa música; Ela tem ambas as mãos em seu bolso e ela não olhará para você, ela não olhará para você.

_A Cristal não é assim! – gritei.

Uma tempestade começou.

_Ela é sim! Uma sem sal! Ela tem medo de tudo e de todos! E nada tira da minha cabeça de que ela também tem medo de você!

_Ela não tem medo de mim!

Eu ouvia o barulho de vários trovões. A chuva caía com cada vez mais intensidade.

_Claro que ela tem! – retrucou a Stefani – Além disso, não há como ela se apaixonar por você, mesmo se você fosse um ser humano assim como ela, porque ela já está noiva!

_O quê? Mas ela só tem dezesseis anos!

_Eu sempre reparo nos detalhes! Ela tem uma aliança em volta do dedo! Você não percebeu isso?

Naquele momento eu senti como se aquela aliança estivesse em volta de mim, apertando o meu pescoço, até me matar. Aquela era a pior notícia que eu poderia receber em toda a minha vida!

_Não... – falei, caindo de joelhos no chão, enquanto afundava o meu rosto em minhas mãos cinzentas.

Ela não poderia ter alguém, não, não, não... Ela tinha que ser só minha, só minha, só minha...

_Calma, Breu – disse a Stefani, enquanto tocava a minha mão – Você não está sozinho...

_Por que você é assim comigo, Stefani? – perguntei – Por que às vezes você é uma garota fria e sádica que só sabe me perturbar e de repente se torna um amor de pessoa? Por que tantos enigmas, tantos mistérios em sua alma? Por quê? Quem você era antes de se tornar a minha ajudante? Quem é você, Stefani?

_Eu sou quem você quiser que eu seja, Breu... – disse ela, olhando fixamente em meus olhos dourados.

Eu toquei o rosto dela e disse:

_Eu quero respostas, Stefani!

Ela parecia corada ao ver que eu me importava com ela. Justo ela que sempre foi tão segura de si, tornou-se tão frágil e tão vermelha naquele exato momento... Ela era mesmo um universo a ser descoberto e uma verdadeira caixinha de surpresas...

_Na minha vida não há respostas, Breu... Apenas perguntas... – disse ela, derramando uma lágrima de sangue. Estranhamente as suas lágrimas eram sempre assim.

_Você sempre chora assim? – perguntei.

_As minhas lágrimas já secaram, faz séculos, Breu. Agora só restou o sangue para contar a minha história...

Eu olhei para ela por alguns segundos. Ela parecia arrasada. Contudo antes que eu pudesse dizer qualquer coisa para motivá-la, ela saiu voando rapidamente do meu esconderijo e quando eu vi, ela já havia desaparecido. Eu fiquei com medo de que ela nunca mais voltasse, mas com certeza ela não me abandonaria. Ela achava que me enganava, mas eu sabia muito bem que ela gostava muito de mim e que jamais partiria dessa forma.

A tempestade cessou.

Porém, eu continuava a pensar na Cristal...

Sem pensar duas vezes, fui vê-la novamente. Ela, como sempre, estava cantando e dançando em meio à relva. Enfim, ela nunca perdia essa estúpida mania... Coitada... Tão inocente...

_Você de novo? – indagou ela.

_Eu serei rápido, está bem? – falei, um pouco nervoso – Você... Você é comprometida?

_Por que essa pergunta idiota?

_Por nada...

_Sim! Eu sou comprometida! Veja a minha aliança... Como você pode ver... Eu estou noiva! – disse ela, com uma expressão meio triste no rosto.

_Você realmente ama o seu noivo? – perguntei, sem pensar.

Ela hesitou. Por cinco segundos.

_An... Mas é claro que eu o amo, Breu!

Algo estava errado. E eu teria que descobrir. Pela Cristal. Por mim.

Eu senti que estava sendo observado. E eu estava certo quando percebi a Stefani surgindo próxima a nós e dizendo:

_Então aqui está o casalzinho nota mil, certo? Beijem-se, beijem-se, beijem-se! – berrou ela.

_Cala a boca! – falei.

_Quem é ela, Breu? – disse a Cristal.

A Cristal também podia ver a Stefani! Isso era simplesmente extraordinário!

_Ela? – falei, com desdém – Ela não é ninguém!

De repente, sentimos a terra tremer. Um vento muito forte nos atingia, quase arrancando as árvores que estavam ali por perto.

_Eu não sou ninguém, Breu? Então veja o que essa “ninguém” é capaz de fazer!

A Cristal já estava chorando e gritava cada vez mais alto:

_Para, menina, para!

_Menina? Você me chamou de menina? Eu tenho um nome, você sabia? Sua garotinha chorona! – disse a Stefani, cada vez mais raivosa.

A ventania e o tremor se intensificavam. Eu abracei a Cristal para que ela pudesse se sentir mais protegida, porém aquilo só aumentou a raiva da Stefani. O chão, então, se abriu justo entre mim e a Cristal, forçando-nos a nos separar para que nenhum de nós caísse na enorme fenda que se abriu no chão.

Eu, assim, gritei:

_Chega, Stefani!

Ela, assim, parou.

_Está bem... Eu vou... Mas eu volto! – disse ela, desaparecendo em pleno ar.

Naquele momento eu pude perceber o que a Stefani realmente estava sentindo para ter armado toda aquela terrível catástrofe natural.

O pior sentimento que alguém poderia sentir na vida.

O ciúme.


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Notas finais do capítulo

Comentem e recomendem, por favor...



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