Para vocês entenderem essa história, tenho que contar como tudo começou não é? Eu amava morar com meu pai, sentia muita vontade de conhecer minha mãe, até porque ele contava várias histórias sobre ela, dizia que ela era a mulher mais inteligente que ele já conheceu e que puxei isso dela, dizia que ela era linda e todas essas coisas, muitas vezes eu sonhava com ela, me dizendo que fazer ou pra me cuidar e comecei a notar que toda vez que eu não fazia o que ela dizia durante o sonho, algo dava errado, era como se ela soubesse exatamente o que ia acontecer e quisesse me ajudar de alguma forma sabe? Mas tudo bem, quando eu tinha 11 anos, chegou uma carta pra mim, quando comecei a ler achei que fosse alguma brincadeira (até porque essa história de bruxos não existe certo? Não, errado, existe sim, e eu era uma, uma bruxa, e ia para Hogwarts, ia ter professores que lutaram contra o maior bruxo das trevas, e ia viver minhas próprias aventuras, ia ser perfeito) meu pai ficou mais animado do que eu, o que explica o fato de eu achar ele um baita bunda mole por não me querer por perto mesmo sabendo que ser bruxa não me faria virar contra ele e lançar um avada kedrava bem no meio de sua cara. Mas tudo bem, fui ao beco diagonal, troquei meu dinheiro trouxa por dinheiro bruxo no gringots, e fui atrás dos materiais, comprei uma coruja pois ela seria muito útil para mandar cartas ao meu pai e tal, comprei minhas vestes e livros, quando estava na floreios e borrões entrou um grupo de ruivos, acompanhados por apenas um casal moreno, claro, eu li sobre eles e já sabia que eram os Potter e os Weasley, uma menina que devia ter minha idade me olhou e sorriu, eu fiquei pasma, ninguém era legal comigo (nunca) mas sorri de volta, e ela cutucou um moreno do seu lado e os dois vieram na minha direção, achei estranho, que tipo de pessoa vem falar contigo do nada? Só no mundo bruxo mesmo.
-oi, eu sou a rose, rose weasley – disse a menina com um tom de “poderíamos ser amigas se você quiser”
-olá rose, alvo, eu sou a Peyton, Peyton Parker. –falei meio sem graça mas com vontade de conversar com eles. – então, vocês estão em que ano em Hogwarts?
-vamos entrar no primeiro agora, e você? – dessa vez foi alvo quem falou, com uma voz tão tímida e meiga que me deu vontade de fazer o moreno de ursinho de pelúcia.
-também, e isso tudo é meio estranho vocês não acham? Isso de bruxaria, voar em vassouras, feitiços, poções, isso não parece algo real. (tá, eu me senti idiota com isso e pelo jeito eles também porque começaram a rir)
-nascida trouxa não é? – disse alvo entre risadas quase histéricas.
-é, algum problema com isso?- perguntei ficando triste por eles terem rido de mim, claro que nem todo mundo é nascido trouxa como eu.
-nenhum problema com isso Pey, minha mãe foi a nascida trouxa mais inteligente de sua geração. – Rose tinha um jeito meigo, quase que cuidadoso de falar.
-ah, ok então, vocês podem me ajudar? To meio perdida com tudo isso. –eu estava envergonhada, de verdade.
-claro, mas primeiro vamos te apresentar pro resto do pessoal.
Assim, eles me arrastaram até uma parte da livraria onde se concentravam um grupo de ruivos e alguns poucos morenos, e entre eles (SIM, ELES MESMOS, AI MEU DEUS) Harry Potter, Hermione Granger e Rony Weasley, eu li tudo (ou quase tudo) sobre eles, eu quase tive um ataque cardíaco ali, eu estava de frente para os salvadores do mundo bruxo (e trouxa também) por zeus, o que era isso?
-Mãe, Pai, essa é Peyton, ela é nascida trouxa e assim como eu e Al, ela entra esse ano em Hogwarts – disse Rose para Hermione e Rony.
-ela é engraçada, ta estranhando tudo isso e achando tudo estranho – disse Al para Harry e uma ruiva do seu lado que devia ser Ginny.
-Al, não ria dela, sabia que quando eu tinha sua idade eu achei tudo isso MUITO estranho? Eu quase pirei quando cheguei aqui, li todos os livros da escola em uma semana e sabia uma pá de feitiços só pra provar que podia ser inteligente mesmo sendo nascida trouxa –Hermione repreendeu Al por estar rindo de mim, gostei dela, e fiquei vermelha só de pensar que fiz o mesmo que ela. – você está bem Peyton? – a voz de Hermione me tirou de devaneios pra lá de estranhos.
-to sim, é só que eu também já li todos os livros da escola, inclusive uns aleatórios que falavam sobre vocês, e agora cá estou eu, de frente pra vocês – falei meio encabulada.
-ah que gracinha, gostei de você sabe, apesar de seus cabelos e olhos me lembrarem uma certa doninha saltitante.(os adultos riram e nenhum de nós ‘pequenos’ entendeu bulhufas,) você parece inteligente, tem alguma preferência de casa? – isso veio do ruivo ao seu lado (MINHA NOSSA, RONY WEASLEY TAVA FALANDO COMIGO, VOU MORRER, SÉRIO, TO MORTA. Ta, respira Peyton, se concentra.)
-quero ficar na Grifinória mas lufa-lufa ou corvinal são aceitáveis também, única casa que eu decididamente não quero ficar, é sonserina, não quero me tornar alguém mesquinha ou má. – respondi confiante até porque essa era a única certeza que eu tinha ultimamente.
-Gostei dessa menina, sério, onde estão seus pais? – SIM GENTE, RONY WEASLEY GOSTOU DE MIM, MEU CORAÇÃO VAI EXPLODIR AQUI, RONY E HERMIONE GOSTARAM DE MIM, SOCORRO
-meu pai não quis vir, ele deu graças a zeus por se ver livre de mim, e nunca conheci minha mãe, papai diz que sou inteligente como ela e muito parecida também, mas ela foi embora quando nasci. E quando sai de casa me senti como um elfo doméstico que ganha meias novas (risos) – enquanto eu falava, sentia como se toda minha vida estivesse passando em um filme na minha cabeça e eu não fosse a única a assistir.
-você pode ir lá pra casa até começar as aulas se quiser, podemos ir até sua casa conversar com seu pai e pegar suas coisas – Ginny falava com um tom doce, e acho que eu sei o que tava acontecendo, Harry e Ginny estavam lendo minha mente, aquilo era estranho, mas eu gostei deles e aceitei ir passar o fim das férias na casa de Al e Tiago, seria legal na verdade.