Ladra De Salto escrita por Lily Evans


Capítulo 8
Capítulo 8 - Chegada à Lake Lively.


Notas iniciais do capítulo

Hey guys! hah
Well, "Lake Lively" e "Casta" foram os nomes - pouco criativos - que inventei para as cidades que eles devem seguir viagem UHEUHEUE enjoy! =D



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Annabeth.

Depois de horas caminhando em completo silêncio, Percy e eu chegamos às linhas de trem. O sol ainda não nasceu, mas eu diria que o relógio marca 3h00 ou 4h00 da manhã. Meu pé dói e minha respiração está pesada, percebo que não há ninguém no local talvez por ser ainda muito cedo, então me sento e ele senta ao meu lado.

Olho para as estrelas que ainda se fazem presente no céu e inspiro o ar suave da noite. Estou cansada, e minha viagem não está nem no começo.

– Você me deve algumas respostas. – Disse Percy.

– Não podemos apenas dormir? – Pergunto, mesmo sabendo que ele está certo, eu lhe devo algumas respostas... Aliás, eu não devo nada, pois não pedi sua companhia.

– Não! Eu me arrisquei por você, eu mereço alguma coisa... – Ele coloca a mão na nuca, parecendo perceber o tamanho da encrenca na qual havia se metido.

– Eu não pedi para que você me acompanhasse. – Digo fechando os olhos.

– Você tem razão, e eu sei que isso foi loucura, mas... Annabeth olhe para mim!

Abro os olhos devagar, e faço a cara mais irritada que posso. Percy está em pé me encarando.

– Tudo bem. – Digo por fim. – Sente-se aqui Cabeça de Algas, a história é longa.

Ele pareceu surpreso pelo apelido, mas logo se sentou e prestou atenção em palavra por palavra. O moreno não me interrompeu nem uma vez durante a história, e por algum motivo eu sentia que podia confiar nele.

– E é por isso que preciso encontrar minha mãe... – Terminei o relato.

Percy sentou novamente ao meu lado, e passou a encarar o horizonte além das linhas dos trens e eu fiz o mesmo. O sol agora começa a nascer, e ilumina nossa pele devagar. Percy volta-se para mim e eu me surpreendo pela proximidade em que estamos. Cada vez mais próximos. Seus olhos verdes ficam ainda mais claros com a luz do sol. Ele retirou alguns fios que insistiam em cair nos meus olhos, e quando estávamos prestes a nos beijar ele disse:

– O guichê abriu, é melhor comprarmos nossa passagem rápido antes que alguém nos encontre.

E com isso o moreno levantou-se e estendeu a mão. Eu não a recuso, mas admito que fico desapontada, eu não sabia que queria tanto beija-lo até ele estar tão próximo e não ter feito tal coisa.

Fomos em direção ao guichê. Uma moça já idosa estava lá, seus cabelos são cinza e os olhos castanhos. Sua boca está com um batom vermelho borrado, e seus olhos inchados de uma noite mal dormida.

– Em que posso ajudá-los meus jovens? – Diz ela, seu bafo cheira a cigarro.

– Precisamos de uma passagem para Casta. – Respondo.

– Não há um trem que leve diretamente para lá, mas vocês podem fazer uma parada em Lake Lively e de lá embarcar em um trem para Casta.

Olho para o Percy, e ele acena para seguir em frente. Afinal, qual opção nós tínhamos?

– Tudo bem. – Respondo para mulher.

Ela pisca com um dos olhos, e vai até o fundo da sala. Poucos instantes depois ela volta com duas passagens.

– Aqui está.

Entrego parte do dinheiro que temos e agradeço.

– E aí, que horas saí o nosso trem? – Percy pergunta.

– 7h00.

– Isso significa que temos tempo para comer alguma coisa. – Ele sorri, e antes que eu possa protestar me leva para uma lanchonete ao lado do guichê.

***

A lanchonete apesar de antiga é bem organizada. Percy e eu estamos sentados na última mesa. Pedimos dois hambúrgueres e duas coca-colas.

– Isso aqui está sensacional! – Seus olhos quase saltam da órbita depois de experimentar o hambúrguer, e eu não posso evitar uma gargalhada.

– Com certeza, muito melhor do que a comida servida lá no acampamento. – Concordo ainda sorrindo.

Ele para de comer e me observa. Eu o encaro de volta. O moreno ergue uma sobrancelha, e eu faço o mesmo.

– Está tudo bem por aqui ou querem mais alguma coisa? – A garçonete pergunta quebrando nossa pequena guerra de olhares.

– Está... – Começo a dizer, mas paro ao perceber que ela não tira os olhos de Percy.

– Estaria ainda melhor se eu tivesse seu telefone. – Ele pisca para ela. A garçonete parece tão feliz com o pedido, que anota algo rapidamente em seu bloquinho e entrega para ele, em seguida a mesma sai rebolando.

Ele então volta a olhar para mim.

– Até que ela é bonitinha. – Percy dá de ombros e morde o último pedaço de seu hambúrger.

– Sério isso?! – Pergunto meio indignada. – Você acaba de estragar tudo. – Bebo o resto de minha coca e encaro o vidro da lanchonete percebendo que nosso trem está ali.

– Estraguei tudo? – Ele sorri.

– Tudo. – Digo me levantando e analisando o relógio da lanchonete.

– Ei, onde você está indo?

– Nosso trem parte em dez minutos. – Digo e saio andando.

Embarco no trem e escolho um banco qualquer. Percy ainda não havia entrado, talvez tenha ficado para pagar a conta. Mas minha felicidade dura por poucos instantes, pois ele logo se senta ao meu lado.

– Você está brava? Ah qual é Annabeth... Você sabe que eu só pedi o número dela para que ela nos deixasse em paz. – Continuo encarando o vidro, e ele continua a falar – você quer mesmo uma notícia ruim? Nosso dinheiro está acabando, acho que não teremos como comprar uma passagem para Casta, muito menos duas.

O trem começa a se movimentar, olho uma última vez para a paisagem antes de encarar Percy.

– Nós daremos um jeito. – Suspiro, e me aconchego em seu ombro. Ele parece surpreso pelo gesto, mas então me abraça e seguimos viagem para Lake Lively.

***

– Acorda Bela Adormecida, nós chegamos.

Abro os olhos devagar e me surpreendo ao perceber que já é noite. Nós desembarcamos e já na plataforma Percy pergunta o que nós faremos.

– Vamos visitar um velho amigo meu. – Sorrio.


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Notas finais do capítulo

E aí galero, não esqueçam de deixar a opinião! Hahah :3
Talvez no próximo capítulo teremos o ponto de vista do Percy, o que vocês acham?



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