Tempo Perdido escrita por Helga Hufflepuff


Capítulo 1
Tempo Perdido


Notas iniciais do capítulo

E lá vou eu, mais uma vez, com um título nada a ver com o capítulo. Sou um fracasso em títulos, mas... é a triste vida T-T

Não me aguentei e resolvi escrever essa oneshot hoje. Dessa vez, resolvi abordar um tema não muito comum (na minha opinião): como Thalia e Luke se conheceram. Me basei em alguns trechos de "Os Diários do Semideus" para fazê-la. É realmente muito bom lê-lo *w*

Enfim, alguns trechos realmente ficaram podres, mas... foi isso que minha imaginação permitiu. Espero que gostem, comentem e... eu ia me esquecendo de agradecer à todos que comentaram na minha oneshot passada. Vocês arrancaram um sorriso meu fazendo isso. ^3~

Aproveitem!



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Capítulo Único –

Era uma noite nem um pouco bonita e calma. Caía uma forte chuva, com trovões. Thalia não sabia muito bem para onde estava indo, só sabia que estava seguindo a cabra sagrada de seu pai, Amalteia. Não imaginava para onde estava indo, mas confiava em Amalteia, pois da última vez que a seguiu, conseguiu achar um lugar seguro.

A cabra estava entrando dentro de uma caverna. Thalia franziu o cenho, um pouco confusa. O que será que deveria ter ali? Um pouco assustada e hesitante, continuou seguindo-a. Estava tudo muito escuro, seus olhos demoraram um pouco para se acostumarem com a escuridão. Mesmo assim, ela quase não conseguia se locomover direito.

Preciso de algo para iluminar este lugar..., pensou, impaciente. Mexeu nos bolsos de suas roupas, até que achou o seu pequeno isqueiro. Pegou-o e acendeu. Um pouco de luz iluminou o ambiente daquela caverna. Não fazia muita diferença, mas era melhor do que nada.

Thalia olhou para frente e franziu o cenho. A cabra havia desaparecido. Ela pensou em sair de dentro da caverna, procurar algum beco para dormir, mas concluiu que, se havia sido trazida para lá, deveria ter alguma coisa importante para fazer – ou achar – lá.

Amalteia sempre aparecia como uma espécie de aviso de seu pai. E não era muito bom ignorar os avisos de Zeus.

A semideusa suspirou e seguiu em frente, com o isqueiro iluminando uma parte muito pequena daquela caverna. Ela tentou imaginar qual era o tamanho daquele lugar. Deveria ser enorme, pelo visto.

De repente, Thalia parou, assustada. Havia visto alguma coisa à sua direita. Ela reuniu toda coragem que tinha e foi para aquela direção.

Foi uma decisão errada. Havia um imenso dragão ali. Bom... pelo menos aqui realmente é um lugar grande. Ele estava adormecido, por isso, ainda tinha tempo para poder fugir dali.

Thalia achou melhor apagar o isqueiro. Se ele percebesse sua presença... bom, provavelmente ela não sobreviveria para contar a história.

Se virou na direção da saída. Era possível vê-la, porque os trovões iluminavam o ambiente externo vez ou outra. Tentou fazer o mínimo barulho possível; foi andando, andando...

E, quando estava quase na saída, acabou batendo em algo. Ela caiu no chão, assustada. Não era uma pedra, pois não era dura o suficiente para ser...

- Ai! – ouviu uma voz humana exclamar.

Instintivamente, Thalia se encolheu, assustada. E se fosse mais uma armadilha?

- Ei... quem é você?

Percebeu que quem falava era um garoto. Deveria ter quatorze anos de idade, pela voz.

- Isso não interessa – ela resmungou. Se levantou e tentou encará-lo na escuridão da caverna. – Quem é você?

- Isso não interessa – ele a imitou. Depois, deu um sorrisinho de canto. – O.k., meu nome é Luke. Luke Castellan.

Luke estendeu a mão para ela. Thalia recuou.

- Sou... sou Thalia Grace – a garota disse.

- O que está fazendo em uma caverna de dragão, Thalia? Poderia ter sido morta.

- Digo o mesmo de você – retrucou, mal-humorada. – É bastante estranho um garoto da sua idade entrando em cavernas, no meio da noite.

- Nossa, quanta diferença – ela percebeu que Luke havia revirado os olhos. – Quantos aninhos você tem? Nove? Dez?

Ele parecia fingir que estava falando com uma criancinha. Aquilo contribuiu seriamente para que o seu mal-humor aumentasse consideravelmente.

- Doze anos. – respondeu.

- Ah – Luke ergueu uma sobrancelha, sorrindo. – Eu tenho quatorze. Ou seja, posso mandar em você.

- Mas é uma diferença de dois anos, apenas!

Luke riu.

- Dois anos fazem muita diferença, sabia, Thalia? – ele se aproximou dela. Mais uma vez, ela recuou. – Ah, não precisa ficar com medo de mim – disse, rapidamente, ao perceber o que ela estava fazendo. – Eu não sou nenhum monstro disfarçado. Acho que sou como você...

- Como eu...? – imediatamente, ela compreendeu o que ele quis dizer. – Você também é filho de um deus?

- Sim - o tom de voz dele era bastante desanimado. – Eu sou. Filho de Hermes.

- Hm... sou filha de Zeus... – hesitou um pouco. – Então... sabe, os monstros também tem grande facilidade para achá-lo, não é?

Luke fez um gesto positivo. Já imaginava o que ela queria.

- Então... – Thalia continuou. – Por que não ficamos juntos? Para podermos ajudar um ao outro, entende?

Ele pensou um pouco. Demorou um tempo razoavelmente grande, considerando que estavam dentro de uma caverna, na qual havia um dragão dentro.

- Tudo bem – disse, por fim. – Mas, juntos, iremos atrair mais monstros. Você sabe disso, não é?

- Sei, é claro. Mas... pelo menos teremos mais chances de se defender.

- O.k., você tem razão. E, hã... aonde podemos passar a noite?

- Qualquer lugar, menos aqui. – Thalia passou na frente dele, saindo da caverna. Imediatamente, a chuva voltou a molhá-la. – E, de preferência, que esteja seco.

Ouviu Luke rir atrás dela.

- Você tem dinheiro? Poderíamos passar a noite em um hotel.

- Não, não tenho – olhou para ele. – E você?

- Uou... também não – ele resmungou. – Podemos dar um jeito. Alguma casa abandonada, quem sabe.

Luke passou na frente dela. Só então Thalia percebeu que ele segurava um bastão de baseball. Ela soltou um risinho, incapaz de se conter. O filho de Hermes olhou para ela, irritado.

- O quê? – perguntou. – Foi a única “arma” que eu achei. Era isso ou um livro. Achei que o bastão teria mais resultados na hora de enfrentar monstros.

- Claro, Luke – sorriu. – Realmente, faz uma diferença surpreendente. Literalmente,

Ele revirou os olhos, enquanto Thalia continuava rindo.

- Ahn, bem... – Luke disse, um pouco envergonhado. – Temos que achar um abrigo. E, ah, tome cuidado com monstros, eles sempre me surpreendem...

- Eles também fazem isso comigo, é óbvio. – suspirou. Thalia olhou para ele e sorriu. Por pior que estivesse a situação, pelo menos ela não estava mais sozinha.

Mentalmente, agradeceu Amalteia e Zeus. Por causa deles, sentia que havia arranjado um amigo. Talvez, alguém que pudesse considerar como sua “família”.

Ela encarou Luke e deixou escapar um sorriso. Ele fez o mesmo. Os dois foram andando, conversando sobre tudo que havia acontecido até agora.

Thalia nunca imaginou que Luke pudesse fazer aquilo... passar para o lado de Cronos. Mesmo quando o viu, mudado, ainda era possível reconhecer seu olhar. O mesmo olhar daquele garotinho de quatorze anos que a ajudou quando estava sozinha.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Um cocô? KKKKKKKKKKKKKK Tá, não ficou tããããão péssimo assim. Tá razoável, né?

Se você leu a história... bolinhos grátis u.u Dez pontos para a sua casa de Hogwarts u.u E com certeza seu chalé ganhará a Caça à Bandeira.

E talvez você ganhe os Jogos _|||_

Até a próxima o/

— Helga Hufflepuff