Damon havia me dito que Katerina estava morrendo. Não acreditei na noticia. Só podia ser brincadeira. Logo Katerina que era tão forte, tão cheia de vida e...

—Niklaus... Está tudo bem? – perguntou-me Elijah, parecia intrigado com minha expressão.

—Damon Salvatore acaba de me dizer que Katerina está morrendo. –respondi

Tragedy (Tragédia)

If you could envision (Se você pudesse imaginar)

The meaning of a tragedy (O significado de uma tragédia)

Ohh, You might be (Ohh, você poderia ficar)

Surprised to hear it's you and me (Surpreso ao ouvir que somos você e eu)

Resolvi ir ate Mystic Falls para vê-la, a viagem foi um tanto cansativa, mas cheguei. Seus lindos cabelos, outrora castanhos estavam quase inteiramente brancos. Seus olhos estavam fechados, havia uma expressão de dor em seu rosto.

—Não. –murmurava ela durante seu sono, enquanto se remexia na cama.

—Katerina. –chamei colocando a mão sob seu braço e apertando com força. Ela abriu os olhos e pareceu assustada quando meu viu, sentei-me ao seu lado.

—Klaus?

—Olá Katerina. E não irei machucar você. –disse assim que ela encolheu-se, quando estendi a mão para tocar seu rosto. –Vim me despedir.

—Se despedir? –perguntou ela confusa, sorri. Adorava quando ela fazia isso. Eu amei Katerina Petrova, não apenas por parecer com Tatia mais pelo que ela me fez sentir. Quinhentos anos atrás, eu procurava quebrar a maldição e quando ela chegou... No tempo que passei em sua companhia, pude me sentir vivo novamente.

—Sim, sweetheart. –respondi usando o apelido que havia inventado para ela, que corou.

—Por que me caçou por todos esses anos? –perguntou ela

—Você me deixou. - respondi simplesmente

—Você ia me matar. –respondeu ela indignada, mas ainda assim com uma voz fraca. Odiei isso, ela era a imagem que eu tinha de vida. Ela vivia intensamente, mesmo que fosse fugindo de mim.

When it comes down to it (Quando se trata dele)

You never made the most of it (Você nunca se importa muito)

Ohh, So I cry, cry, cried, (Ohh, então eu choro, choro, chorei)

But now I say goodbye... (Mas, agora eu digo adeus...)

—Só porque sabia que meu irmão a traria de volta... De volta pra mim. –a essa frase se seguiu o silencio, ela não olhava pra mim, mas sabia que eu não tirava meus olhos dela.

—Sabe que não acredito em você, não é? –perguntou ela finalmente, quebrando o silencio e me olhando nos olhos. –Fui fraca pra me deixar seduzir por você uma vez, não vou repetir o mesmo erro.

Suas palavras me magoaram. Primeiro por seu tom de voz, que expressava ódio e segundo pela frase em si e o que ela significava. Senti raiva dela:

—Fui um erro pra você, Katerina? –perguntei e infelizmente acabei deixando a magoa que ela me causara com uma simples frase transparecer. Um sorriso divertido brincou em seus lábios e ela disse:

—Poderia parecer que você está magoado. - Segurei sua mão e a apertei levemente ao dizer:

—Eu estou magoado. –pausa. –Fui mesmo um erro pra você, Katerina? –ela soltou um profundo suspiro.

—Isso não faz diferença. –reclamou

—Faz diferença pra mim. –respondi, ela soltou minha mão.

And I wont be made a fool of... (E eu não vou ser feita de boba...)

Don't call this love... (Não chame isso de amor...)

When did you decide (Quando você decidiu)

I didn't have enough to buy? (Que eu não tinha o suficiente para comprar?)

Forgive and forget you a thousand times (Perdoei você e esqueci mil vezes)

For the fire and the sleepless nights (Pelo fogo e as noites sem dormir)

—Por quê? Você nunca me amou de verdade, só me queria pra ter algumas noites de sexo e depois me sacrificar num altar de sangue. –respondeu ela virando o rosto. Dessa vez fui eu quem soltou um profundo suspiro, porque essa garota tem de ser tão complicada? Não poderia ser mais fácil de convencer e entender, assim como Caroline? Mas, não ela tinha de ser assim, complicada e me fazer questionar tudo, ter vontade de ser simplesmente o Niklaus que já fui.

—Katerina. –comecei, colocando seu rosto entre minhas mãos em concha, fazendo-a olhar pra mim querendo ou não. – Quando a conheci... Realmente achei que seria apenas sexo e depois sacrifício num altar de sangue... Só que você me mudou tanto. Me fez ter vontade de ser... O Niklaus que eu já fui, antes de virar lobisomem e antes de virar um Original. Você me fez ver o mundo pelos seus lindos olhos castanhos, me fez acreditar que talvez houvesse uma salvação pra mim. Só não passei mais tempo com você porque...Tinha medo do que você fazia comigo, do que me fazia sentir. Eu não queria ter meu coração quebrado de novo. - pausa. - Você me deu esperança, tirou meu coração das trevas... E depois, o mandou pra lá quando fugiu.

—Mesmo que eu queira acreditar em você... E acredite, eu quero muito acreditar em você, como posso saber que não mentiu? –perguntou-me ela.

—Bem, Elijah iria lhe dar um elixir que permitiria que você saísse viva do ritual, mas como eu não sabia se ia funcionar, eu ia lhe dar meu sangue. –respondi encostando minha testa na dela. –Não queria que você morresse. Eu amei você, muito... E talvez mais do que Tatia.

And I wont be made a fool of... (E eu não vou ser feita de boba...)

Don't call this love... (Não chame isso de amor...)

If don't call this love... (Só não chame isso de amor...)

—Eu vou me odiar por isso, não que faça nenhuma diferença já que eu estou morrendo, mas eu acredito em você. -pausa. –Também amei você... E muito.

—Sabe de uma coisa, sweetheart? –perguntei depois de dar a volta na cama e me deitar ao seu lado.

—Isso depende do que você está pensando. –disse ela rindo levemente, virei-me para olha-la.

—Mesmo com os cabelos brancos e a ponto de morrer, eu a acho incrivelmente sexy. -Segundos depois, o rubor assomou-se a sua face. Ri e aproximei minha boca de seu ouvido. –E ainda a amo.

—Eu também amo você. –respondeu ela descendo sua mão por meu ombro e braço ate chegar a minha mão, e esta entrelaçar-se com a dela. –Você foi meu primeiro amor de verdade.

—Não amava o pai da sua filha? –perguntei com perceptível felicidade em minha voz, enquanto analisava seus olhos castanhos.

—Eu achei que amasse, mas na verdade não o amei. –respondeu ela, com sua mão livre começou a acariciar meu rosto, enquanto com minha mão livre a puxei pela cintura, a trazendo pra mais perto.

—É bom saber disso. –respondi encostando nossos narizes, não precisando de mais nenhuma deixa, colei seus lábios aos meus e pude saborear o gosto familiar de sua boca. Era como cereja, só que um tanto mais forte ,doce mais não de mais. A mão que antes acariciava meu rosto, agora estava puxando meus cabelos para que colássemos mais nossos corpos... Foi quando me lembrei de que humanos precisam de ar pra respirar. Me separei dela e passei a lhe dar vários beijos no rosto todo, enquanto ela respirava profundamente e em seguida começava a rir de meus carinhos por fazerem cocegas. Se ela não estivesse morrendo, eu a faria minha na cama do cara que foi um de meus melhores amigos e quase meu irmão, mas infelizmente não era o caso. Quando parei com meus carinhos, ela colocou os braços ao redor de meu pescoço e sussurrou:

Lalalalala lala... (3X) Lalalalala lala... (3X)

lala lala da-de-da... lala lala da-de-da...

Why did you feel the need to (Porque você sentiu necessidade de)

Prove that everyone was, (Provar que todos estavam,)

Was right? (Estavam certos?)

No, I... won't fight (Não, eu... Não lutarei)

—Amo você, Sr. Niklaus Hibrido Incrivelmente Lindo Gostoso Com Complexo de Agressividade e Que No Fundo É Um Cara Legal e Perfeito Mikaelson. –falou ela e depois rompemos juntos em altas gargalhadas, ao nos recuperarmos de nossa crise de risos, eu lhe disse:

—Também amo você, Srta. Katerina Anjo Fujona Desconfiada Petrova. –rimos novamente e ao pararmos, a abracei e ela colocou a cabeça em meu peito. Não sei por quanto tempo ficamos assim, minutos, horas e dias podiam ter passado que eu não me importaria... E então Elijah bateu na porta aberta, Katerina que estava de costas para a porta e tinha os olhos fechados, não o viu.

Seu olhar me dizia que ele também queria falar com ela, por isso a abracei mais uma vez e inspirei seu cheiro profundamente para poder memoriza-lo, enquanto ela fazia o mesmo, provavelmente pelo mesmo motivo. Soltei-me de minha amada Katerina e a analisei, sentiria sua falta. Dei-lhe mais dois beijos, um lento, carinhoso, demorado e recheado de meus sentimentos por ela e um ultimo beijo em sua testa, após lhe dizer:

—Goodbye my sweetheart.

Ohh, your, my Tragedy... Tragedy... (Ohh, a sua, minha tragédia...Tragédia...)

Your, my Tragedy...Ohh (Sua, minha tragédia...Ohh)

This is, ohh (Esta é, ohh)

No, no, no, no, no... (Não, não, não, não, não...)